Caldo de baroa ou mandioquinha

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Há regiões do Brasil em que este legume que escolhemos para a nossa sopinha do jantar leva o nome de batata baroa ou simplesmente baroa. Em outras, é chamado de mandioquinha. Por muito tempo era apenas um ingrediente nutritivo de sopa de criança, mas hoje está na cozinha dos melhores chefs, no preparo de purês e cremes sofisticados. Como o purê feito só com a baroa costuma ficar liguento, gosto de misturá-la a outros ingredientes, o mais usual é a batata inglesa.

Certo dia, no hotel onde trabalhava, sendo a responsável pelo setor de gastronomia, precisei fazer um cardápio especial para um grupo de franceses. Queria fazer uma comida genuinamente brasileira, com ingredientes que ainda não conheciam, mas que, ao mesmo tempo, não fugisse do paladar ao qual estavam acostumados. Inventei então este creme. Na falta de palavra para traduzir baroa, coloquei “Crème au carotte jaune” ( creme de cenoura amarela). Fez um sucesso danado e permanece no cardápio internacional do hotel desde muitos anos.

Caldo de baroa com alho poró e cebola

O nome já diz os ingredientes. A proporção que uso é : 1/2 de baroa, 1/4 de alho poró e 1/4 de cebola. Temperos: sal com alho, pimenta do reino branca, noz moscada, cebolinha verde. Se gostar, uma pitadinha de nada de curry faz a diferença.

Deite óleo, manteiga ou azeite em uma panela e frite a cebola e o sal com alho. Junte o alho poró e a baroa. Frite bem, junte água fervente até cobrir os legumes, tampe a panela, abaixe o fogo e deixe cozinhar. Quando espetar o garfo na baroa e perceber que está macia, retire todo o conteúdo da panela e bata no liquidificador. Se o creme estiver muito grosso, junte um pouco de água e bata mais. Volte para a panela e tempere a gosto. Deixe ferver. O creme deve ficar com a consistência de um caldo grosso. Na hora de servir, junte creme de leite ( para a proporção de legumes que viu na foto, use 1 xícara de café) .Retire do forno antes que ferva. Sirva com cebolinha verde para colocar individualmente nos pratos. Acompanhe com torradas amanteigadas.

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Novidades!

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Ao pé da Serra do Curral del Rei, em Belo Horizonte, o termômetro do meu carro marcou 13 graus hoje as 9 da manhã, com dia ensolarado. Pensei: dia bom para começar o nosso prometido Festivas de sopas, cremes e caldos!

Em Minas, temos uma larga tradição destes pratos para esquentar as noites de inverno; este, ao que parece, começou bem mais cedo este ano. Eu adoro sopas e por isto, tenho mais de 20 receitas deliciosas e fáceis de fazer que vamos passar para vocês. Até hoje só publicamos uma – Creme de tomates. Veja algumas das quais me lembro agora: Creme de baroa, Vaca Atolada, Caldo de Feijão, Maneco sem jaleco, Caldo verde, Sopa de legumes da vovó, Sopa francesa de cebolas, Consommé à la reine, Creme de aspargos, Canja de galinha…hum! só delícias! Verei agora o que temos de ingredientes em casa e logo mais farei uma sopa. Amanhã passo a receita .

Pretendemos postar 1 ou 2 por semana, pois, além disto, vamos também dar início à Linha Light,  trazendo receitas balanceadas, com valores nutritivos e quantidade de calorias, devidamente assessoradas por uma nutricionista! Aguardem as novidades!

 

Frango ao molho de cogumelos

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Sabe porque sempre temos peito de frango no almoço da segunda-feira? Praticidade. Você compra o peito de frango no supermercado já desossado e guarda no congelador. Se lembrar, tira na segunda antes de ir para o trabalho e deixa descongelando na geladeira. Se esquecer, descongela no microondas na hora que chegar, corta e tempera. Vai fazer outras coisas, depois grelha, faz um caldo gostoso e está pronto! Hoje sugerimos mais um destes molhos que se faz rapidamente com ingrediente que sempre tem na despensa. Um peito de frango com molho é muito mais gostoso, fica suculento, macio e a gente come com prazer.

Peito de frango ao molho de cogumelos

Limpe o peito de frango, passe na água fervente e depois corte na horizontal para tirar os bifes. Tempere com sal e alho e deixe pegar tempero por 15 minutos a uma hora.

Deite um fio de óleo na frigideira e grelhe os bifes até ficarem bem coradinhos. Retire e reserve. Rale 1/2 cebola pequena, coloque um pouquinho de manteiga ou azeite na mesma frigideira e doure a cebola, misturando com uma espátula para aderir toda a borra da fritura do frango. Torre, à parte, 1 colher de sobremesa rasa de farinha de trigo e depois misture na cebola, fazendo uma pasta. Despeje água fervente aos poucos até formar um caldo de boa consistência. Volte com os bifes para o caldo, acrescente os cogumelos-de-paris fatiados, misture, prove o sal, junte gotas de molho inglês e um tico de pimenta do reino e está pronto para servir.

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Camarão na moranga

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Domingo é dia de receber a família e os amigos para o almoço. No sábado, o conselho familiar discute o cardápio e no domingo vou sempre ao mercado comprar o que falta. Às vezes, dependendo do que acho, tenho alguma ideia e passo WhatsApp com foto para as filhas perguntando opinião. Pois hoje mudamos o cardápio de feijoada para camarão! Ok, sei que tem muita gente esperando a receita da feijoada que prometi para quando o tempo refrescasse. Já esfriou um pouquinho mas reservei a feijoada para inaugurar uma nova seção do blog, a dos almoços ou jantares com  cardápio completo: aperitivos, entrada, prato principal com seus acompanhamentos e sobremesa. Aguardem, em breve vai começar! Vamos então à receita do que comemos no nosso almoço de hoje:

Camarão na moranga

Como sempre, passo a receita para 6 pessoas. Compre 1 abóbora moranga de tamanho de médio para grande e 1 kg de camarão. Vai precisar ainda de 2 a 3 tomates maduros, 2 cebolas, 1 pedaço de pimentão amarelo e a mesma quantidade de pimentão vermelho, 1 ramo de coentro, 3 talos de cebolinha verde, azeite ou manteiga, sal, alho, limão, pimenta malagueta e ainda 1/2 copo de requeijão.

Pré aqueça o forno a 180 graus. Coloque a moranga inteira sobre uma assadeira rasa com um pouquinho de água e deixe no forno por 45 minutos. Enquanto isto, limpe os camarões ( tire as tripas) e tempere com 1/2 limão e uma colher de sobremesa cheia de sal. Pique os tomates, as cebolas e os pimentões. Em uma panela, frite primeiro, no azeite ou na manteiga, os camarões escorridos até que fiquem vermelhos. Retire da panela e reserve. Coloque mais um pouco de azeite ou manteiga e frite primeiro a cebola picadinha, depois o sal com alho ( 1 colher de sobremesa cheia), acrescente os pimentões e por último os tomates. Frite tudo até começar a amolecer e então coloque 1 xícara de chá de água fervente, tampe a panela, abaixe o fogo e deixe cozinhar. Acrescente sal e pimenta malagueta a gosto.

Retire a moranga do forno. Corte, com uma faca bem afiada e da lâmina comprida e fina, uma tampa com 8 cm de diâmetro. Pelo buraco, retire a polpa cavando por dentro com uma colher. Deixe a casca da moranga com 2 cm de espessura. Junte ao molho 3 a 4 colheres de sopa bem cheias da polpa da moranga sem as sementes. Misture, deixe cozinhar até formar uma sopa cremosa. Retire da panela e bata no liquidificador para obter um creme no ponto de purê mole.

Volte para a panela, prove o sal e a pimenta. Junte os camarões e deixe que o creme fique bem quente. Desligue o fogo e acrescente o coentro e a cebolinha picados bem miúdo. Coloque o creme com os camarões dentro da moranga e acrescente o requeijão. Misture e leve ao forno à temperatura de 280 graus até ver que a moranga está fumegando. Sirva bem quente acompanhada de arroz branco.

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Frango macio e suculento

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Há certas receitas que fazemos um belo dia por mero acaso – ou com os ingredientes que achou na sua frente – e ficam tão deliciosas que se tornam prediletas. Quando é fácil de preparar então se torna perfeita! Esta só tem um defeito: como é de forno leva quase duas horas para ficar mesmo especial. Mas…qual o problema? Faça assim: tempere o frango de véspera ou na hora que for em casa almoçar e deixe na geladeira.  Quando chegar em casa ao fim da tarde é só colocar no forno. Aí você vai tomar um banho, ver Tv, cuidar da sua vida e… Oh! o frango já deve estar pronto!

Frango assado com mostarda e mel

Para 2 pessoas, compre 2 coxas. Veja se tem em casa: cebola, mostarda ( pode ser aquela amarela cremosa comum ou a tipo Dijon, que vem com os grãozinhos em uma pasta). Separe cada coxa em duas partes ( coxa e sobre-coxa) e passe na água fervente. Prepare um tempero com sal e alho, cebola batidinha e mostarda. Passe no frango e deixe no tempero por, no mínimo, meia hora. Pré- aqueça o forno a 180 graus. Vai precisar de um pedaço de papel alumínio. Pegue uma assadeira e unte o fundo com 2 fios de óleo. Coloque as coxas, tampe com o papel alumínio e leve ao forno por uma hora e meia a duas. Mantenha um caneco com água quente no fogão, pois caso notar que o frango está secando, não deixe! Pingue água quente. Se for fazer outras coisas, já ponha um pouco de água na assadeira assim que a carne mudar de cor. Quando o frango estiver corado e macio ( espete o garfão para verificar) , retire do forno. Esquente o mel no microondas para que ele fique bem líquido e misture com um pouco de mostarda – aí é melhor você misturar a mostarda Dijon. Espalhe a mistura sobre o frango, vire as peças do lado contrário ao que estava e volte para o forno, sem o papel alumínio, para terminar de corar.

Se quiser fazer um prato único, coloque na assadeira um ou dois destes ingredientes: batata crua cortada em quatro, cebola cortada em quatro ou cebola baby inteira ou tomate maduro cortado em quatro ( sendo que o tomate e a cebola você vai colocar só na última meia hora de cozimento e a batata desde o princípio).

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Bife à parmegiana

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No Brasil, instituiu-se que “parmegiana” significa algum alimento que foi empanado, ou seja, passado no ovo e depois na farinha de pão ou de trigo torrada. Esta receita era feita em minha casa desde quando eu era menina e a maior parte de vocês deve conhecê-la.

No hotel onde trabalhei por 9 anos, fui, entre outras funções, Gerente de Alimentos e Bebidas, ou seja, a chefe do Chef, entre 2002 e 2011. Quando comecei nesta função eu já cozinhava quase de tudo, mas dentro do que se pode chamar de comida caseira – exatamente a que estamos passando as receitas para vocês desde que o blog começou, com algumas exceções. Desde que me iniciei nesta função, precisei ser autodidata porque não tinha tempo para fazer um curso especial de culinária para restaurante, se é que existe um. Então comprei muitos livros, nacionais e importados, e me dispus a estudar e experimentar e adaptar o que achava bom. A consequencia foi que montei um cardápio bem sofisticado para servir aos hóspedes, tanto nos eventos em que se serviam coquetéis e jantares, quanto no cardápio à la carte e até no buffet, que chegou a servir uma média de 200 pessoas por dia no almoço. Os cardápios precisavam ser mudados a cada seis meses e, passados alguns anos, eu não tinha mais o que inventar. Pois um dia resolvi começar a fazer as receitas caseiras da minha infância e coloquei este bife à parmegiana no cardápio do buffet. O Chef ( bem metido) ficou indignado como eu poderia colocar uma comida tão caseira no cardápio! Pois foi o maior sucesso! A ponto de clientes habituais sempre perguntarem que dia teria de novo aquele bife tão gostoso. Tornou-se então um dos pratos preferidos dos nossos clientes homens ( não sei porquê).

Bife à parmegiana

Para 2 pessoas considere 300 a 400 gr. de carne para bife ( filé ou miolo de alcatra), separe 4 fatias de presunto e 4 de queijo muçarela, 3/4 de xícara de molho de tomate e 1/2 xícara de farinha de pão torrado e 1 ovo. Corte os bifes com 1 cm. de espessura e bata-os ligeiramente. Tempere com sal e alho e deixe por 15 minutos.

Quebre um ovo, misture a clara com a gema, passe os bifes rapidamente no ovo e depois na farinha. Aqueça a frigideira e passe os bifes de um lado e outro, sem esfregar até que corem. Tome uma travessa refratária, passe um pouco de molho no fundo e assente os filés empanados. Cubra com outra camada de molho de tomates. Distribua as fatias de presento e depois da muçarela. Espalhe por cima a terceira camada de molho.

Pré-aqueça o forno a 180 graus e leve ao forno a conta do queijo derreter. Sirva, individualmente, sobre uma camada de arroz misturado com molho de tomate ou de purê de batata.

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Páscoa em Berlim

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Para encerrar o passeio do Sal & Alho pela Europa Central, fomos à grande feira que é montada todos os anos atrás da famosa Porta de Brandemburgo, em Berlim, no feriado de Páscoa, que lá vai de 6a. a 2a. feira, inclusive. Além de feira de comida e bebida, apresentaram este ano variados shows diários com artistas de 23 países diferentes.  No meio da ampla avenida ao centro do parque Tiergarten foi montado um imenso parque de diversões para crianças, com todos os brinquedos e barraquinhas que você possa imaginar. Haviam milhares de pessoas, a maioria famílias alemãs trazendo suas crianças e aproveitando o ensolarado feriado de temperatura amena.

Como não podia deixa de ser, o ponto alto são as tendas das cervejarias. Algumas até montam uma mini fábrica. Outra mania são os Bretzel gigantes servidos doces e salgados, com muitas variedades e formas. Tradição que não pode faltar são as castanhas carameladas vendidas em cartuchos coloridos. Para acompanhar a cerveja, tomada em canecas de até 1 litro, são oferecidos pães e preparados com carnes. Os principais são: boulettes ( hamburger) , knakauer ( salsicha branca), bratwurst ( pão com salsicha) e nakensteak ( steak) 

Hoje os turcos somam uma parcela considerável da população de Berlim. Com suas grandes famílias participavam da festa agregados em grandes mesas comunitárias. O que mais comem é um sanduiche de pão árabe grosso e gigante, recheado com salada de alface e tomate bem temperada e uma almôndega achatada. Para acompanhar, tomam o tradicional café turco, servido em copinhos de vidro.

 

Lentilha o ano todo

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Para muitos, a lentilha remete ao Reveillón que, segundo a tradição nos traz boa sorte para o Ano Novo. Mas a lentilha pode e deve ser comida o ano todo, trazendo variedade ao nosso cardápio, além de vitaminas, mineirais e fibras (veja mais informações nutricionais no final do texto). Da mesma maneira como aqui no Brasil a base da refeição é o arroz e o feijão, no Oriente Médio a lentilha é o coringa na mesa. Um alimento barato e popular que, mais ainda do que o nosso feijão, pode ser preparada de mil e uma maneiras, uma para cada noite. Insha’Allah! (em árabe, significa ‘se Deus quiser’)

Então apresentamos a:

Lentilha ao pesto de hortelã com cebolas caramelizadas

Para 1/2 quilo de lentilhas (rende muitas porções) você vai precisar de uma cebola, um molho de hortelã, 1/2 xícara de chá de castanha de caju triturada ou pinoli, 1/2 xícara de chá de azeite, 100 gr de queijo pecorino ralado, 2 colheres de sopa de açúcar cristal, 1/2 xícara de café de vinho tinto e uma pitada de molho shoyo.

Separe: uma panela grande, uma colher grande, um pilão.

Comece cozinhando as lentilhas por cerca de 20 a 30 minutos ou até que estejam ‘al dente’. Para cada medida de lentilha, use o triplo de medida de água. Quando estiver cozida, desligue, escorra e reserve.

Agora vamos ao preparo do pesto. Usando um pilão de madeira ou de pedra amasse as folhas de hortelã junto ao azeite até que forme uma pasta. Acrescente as castanhas e bata mais. Por último, coloque o queijo, a gosto, e misture bem. Reserve.

Corte a cebola em fatias médias. Jogue um fio de azeite na panela e em seguida a cebola. Quando já estiver  macia e amarelada, afaste-as para as bordas da panela e coloque cerca de 2 colheres bem cheias de sopa de açúcar cristal no centro. Deixe que o açúcar fique marrom e comece a caramelizar e então misture tudo rapidamente. Despeje o vinho e espere que o álcool evapore (você vai sentir o cheiro do álcool evaporando). Tempere com molho shoyo, que já contém sal. Quando as cebolas já estiverem coradas, macias e saborosas, acrescente as lentilhas e misture tudo por 5 minutos. Desligue.

Na hora de servir, junte o pesto.

Segundo nossa nutricionista de plantão Letícia Menicucci, a lentilha tem as seguintes características:

– Fonte de vitaminas e minerais fundamentais para a saúde do organismo: ácido fólico, B6, magnésio, ferro e triptofano (aminoácido essencial).
– Rica em fibras solúveis que diminuem a absorção do colesterol dos alimentos;
– Contém carboidratos complexos que ajudam na diminuição do açúcar no sangue
– Baixa concentração de gordura, quase toda insaturada.
As vantagens da lentilha sobre o feijão são:
– Menos calórica;
– Possui maior quantidade de fibras;
– Possui maior quantidade de ferro.

 

Estamos preparando uma edição especial em parceria com nossa nutricionista, aguardem!

Salada de Frutas Cremosa

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Este ano o calor está custando a ir embora! Que delícia que o verão esse ano veio esticado. Então para refrescar e também recuperar das comilanças de Páscoa, nada melhor do que uma salada de frutas.

Para a salada que costumo preparar, escolho as frutas mais cremosas e suculentas, bem brasileiras. Portanto, nada de melão nem de pedaços de laranja. O que também diferencia esta salada é o suco que tem um toque especial que dá corpo e sabor à salada.

Pique as frutas que mais gostar em pedaços pequenos e de tamanho semelhante. As que escolhi foram: 1 banana, 1 mamão papaya, 1/2 manga, 1 maça, 2 pêras pequenas e 6 morangos. Desta vez não tinha em casa, mas às vezes coloco também lascas de ameixa, que vão muito bem.

Separe uma parte do mamão (mais ou menos 1/4 de mamão papaya) e bata com 1 copo de suco de laranja. Se aumentar a quantidade das frutas, aumente também a quantidade de suco. Acrescente à mistura 1/2 pacote de gelatina em pó dissolvida (sem sabor ou de morango) em 1/2 copo de água morna.

Agora junte o suco às frutas e misture tudo. Gosto tanto desta salada que até dispenso a sobremesa de chocolate!

Ovos de Páscoa

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Prometi contar a história dos ovos de Páscoa da região da antiga Hungria, que mais tarde se tornou parte do Império Austro-Húngaro e que então abrangia largas extensões de terras que hoje são de outros países, como a Eslováquia e a República Tcheca.

Agora que estamos na Semana Santa, vi ovos de Páscoa à venda nas feiras de rua, desde Budapeste, passando por Bratislava, Viena e Praga. Vi alguns simplesmente pintados de uma única cor como azul, vermelho e verde.

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Pela aparência, desconfiei que eram ovos verdadeiros de galinha, e eram mesmo! Daí comecei a ver ovos finamente pintados com lindos desenhos em todas as cores. Pela preciosidade dos motivos e variedade de cores julguei não ser possível que alguém pintasse ovos de galinha com tanto capricho. Pois fui perguntar e fiquei admirada por saber que eram todos ovos de verdade! Pensei: porque alguém se dá ao trabalho de pintar um ovo que depois de alguns dias apodrece? Perguntei de novo e fiquei sabendo da antiga tradição de se presentear ovos no Domingo de Páscoa. A história antiga é a seguinte:

Na manhã do dia da Páscoa, os homens acordavam cedinho, iam até o poço mais próximo e retiravam um balde de água, que a esta época do ano está a cerca de 8 graus de temperatura. Voltavam às suas casas e acordavam as mulheres da família, a esposa e as filhas, se houvessem, jogando água fria em cima delas. Como era considerado um gesto de agrado, pois a água é sinal de vida e representa renovação, as mulheres não podiam reclamar. Ao contrário, a esposa dava de presente ao marido um ovo pintado por ela. Quanto mais prendada, ou rica e de boa família, mais bonito tinha que ser o ovo, que representa a fertilidade, mostrando assim o seu desejo da família crescer e prosperar. Antecipadamente, as mulheres se reuniam no sábado para pintar os seus ovos. Prosseguindo, no domingo de Páscoa, depois que tomavam o café da manhã, os homens das aldeias se reuniam e iam de casa em casa, jogando água nos cabelos das mulheres e recebendo em troca um ovo pintado e um agrado em forma de bebida alcoolica, um tipo de cachaça doce feita a partir da fermentação de frutas como ameixa, cereja ou pera. Hoje o costume continua na região da atual Hungria, só que os homens jogam perfume em aerosol no cabelo das mulheres ao invés de água. As mulheres continuam retribuindo com ovos e bebida. Como passam o dia visitando as casas dos vizinhos, amigos e familiares, ao final do dia os homens estão totalmente bêbados. Segunda-feira então ficou sendo feriado, pois é o dia de curtir uma tremenda ressaca!

Dica: você pode tentar tingir o ovo de um tom avermelhado deixando que cozinhe na água com casca de cebola!

Pastelaria tradicional da Europa Central

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Hoje vamos dar destaque para os pães e biscoitos ( seria nossa tradução) mais populares nos países da Europa Central, como Hungria, Eslováquia, República Tcheca, Áustria e Alemanha, por onde o blog Sal & Alho está dando uma voltinha por estes dias. No próximo domingo será a Páscoa e as ruas e praças estão cheias de turistas e famílias locais aproveitando os dias de feriado. Estas fotos foram tiradas em Praga, na famosa praça do relógio astronômico no centro histórico. Com alguma dificuldade, pois é difícil conseguir alguém que fale inglês e que ainda tenha tempo e paciência para conversar com turista blogueira e curiosa, obtive alguma informação.

Trdelnik

Este nome me intrigou, pois não consegui pronunciá-lo! Trata-se de um biscoitão fofo, em forma de anel, oco por dentro. Tem gosto bem próximo ao nosso conhecido “sonho” ou “biscoito de chuva”. É originário da cidadezinha de Skalica, hoje situada em território da República Tcheca mas que já foi húngara. O nome tem a ver com estaca de madeira. Faz-se a massa ( que a mulher não quis me dar a receita) e com ela são feitos rolos ( igual gnocchi) que são enrolados em torno de um pedaço de pau. Leva-se a uma grelha igual de churrasqueira para assar, enquanto gira-se de um lado e outro. Depois polvilha-se com açucar. Pode-se misturar farelo de nozes ao açucar. Por mais o equivalente a 1 euro é possível pedir para passar nutella ou outro creme na parte de dentro. Delicioso, mas faz uma melança para comer!

Alpenbrod, ou pão dos Alpes

É muito tradicional e comum este tipo de pão em toda a região, porém é proveniente dos Alpes, do qual leva o nome. Segundo a minha guia local, que me passou a receita, é muito fácil de ser feito. Só tem um segredo: é preciso ser bem guardado, em uma lata, por exemplo, para não endurecer. Tente fazer: para 1/2 quilo de farinha, junte 250 gr. de manteiga e a mesma quantidade de açucar. Misture, acrescente 2 ovos e 1 colher de café de fermento biológico seco. Misture tudo em um processador. Tire e sove a massa até dar consistencia de enrolar. Deixe a massa descansar por meia hora. Aqueça o forno a 180 graus. Forre uma assadeira com papel manteiga. Faça 6 rolinhos com a massa e coloque-os de comprido na forma. Asse por 10 a 15 minutos, até corar. Ainda quente, polvilhe com açucar e corte na diagonal de 2 em 2 cm.

 Pretzel

Sua origem data da Idade Média, dizem que foi inventado por um monge que os dava de presente às crianças que aprendiam as orações. Há várias versões da história mas sempre ligada às tradições religiosas. Pretzel não equivale a uma determinada receita, é a forma do pão ou do biscoito. No formato original, tem a forma de um coração em que as linhas que fazem o “V” descem cruzando e enlaçam as laterais, dando a forma de um coração que abraça. Bonito, não é? Conforme a região é feito de outras formas, como a da foto, que tem um enrolado no meio. É tradição oferecer pretzel no café da manhã no dia da Páscoa.

Outra tradição de Páscoa, principalmente entre namorados e de pais para filhos é oferecer um coração de chocolate com o nome da pessoa amada.

No próximo post vou contar a história húngara dos ovos de Páscoa. Bem divertida, aguarde!

 

 

 

 

Tortas vienenses

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Viena é famosa pela qualidade de sua “pasticérie” e tudo começou, por mero acaso, no ano de 1832. Hóspedes importantes iriam jantar em um conhecido hotel e, justo neste dia, o chef de cozinha adoece e falta ao serviço. Seu jovem aprendiz, Franz Sacher ( pronuncia-se sárrah), prepara como sobremesa uma torta de chocolate de sua invenção, que foi muito elogiada. Passam, desde então, a ser fornecedores oficiais da Casa Real, inclusive da Imperatriz Elizabeth (a Sissi). A Torta Sacher torna-se famosa em todo o Império Austro-Húngaro. Vem gente de todo o mundo saboreá-la e hoje a torta é um importante produto de exportação da Áustria.

O segredo da receita da Torta Sacher, que é feita em 36 passos, é guardado a sete chaves. Só o mestre confeiteiro tem acesso à tal receita, que exige uma perfeita harmonia na mistura dos ingredientes e uma determinada temperatura e humidade do ambiente onde é preparada. Usualmente pede-se um café para depois da torta.

Outras tortas e sobremesas são servidas. Viena também é conhecida pela qualidade de seus chocolates.

O Café Sacher também serve pratos leves, como o Salmão marinado ao azeite balsâmico e ervas, que eu pedi e estava perfeito.DSCN0424

Chucrute à moda húngara

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A maneira de se fazer o chucrute aqui na Hungria é bem diferente da moda alemã. Parece ( ou será igual?) com o charuto da culinária árabe. Os húngaros são os únicos povos da Europa Central com etnia diferente da germânica e da eslava. São descendentes de povos nômades da Ásia, talvez venha daí parte de suas tradições culinárias. Minha nova amiga Timea, nascida e criada em Budapeste, foi quem me explicou como fazer o chucrute, que é, depois do goulash, uma das receitas mais populares e apreciadas por aqui. Vou passar para vocês a receita dela, porém vou fazer em casa logo que voltar. Se necessário for, retorno e dou mais uns toques.

Chucrute à moda húngara

A receita é feita com arroz, carne, repolho, sal, páprica e pimenta do reino. Calcule 2 a 3, digamos, trouxinhas, para cada pessoa e para cada uma considere 1 folha grande de repolho , uma colher de sobremesa de arroz cru e a mesma quantidade de carne moída, também crua. O arroz é misturado com a carne e temperado com uma pitadinha de sal, outra de páprica e outra de pimenta do reino preta. Amassando com as mãos, faça um bolinho com estes ingredientes e coloque-o no centro da folha de repolho, também crua. Enrole com firmeza e depois dobre as laterais para dentro, apertando e moldando a trouxinha. Agora corte o restante do repolho em tiras finas, como se corta couve. Corte também cebolas brancas em fatias, pique e reserve a cebolinha verde.

A maneira certa é colocar as trouxinhas, com o repolho e a cebola picados por cima, acrescentando um pouco de água, a conta de cobri-las, em uma panela grande, de preferência de barro, como é o tradicional na Hungria, e deixar que cozinhe por 2 horas, pingando água quente, sempre que necessário, até que as trouxinhas fiquem macias e cozidas. No final, salpique mais um pouco da cebola branca fatiada e, por último, a cebolinha verde. Por minha conta, se você não tiver paciência de ficar tomando conta de panela por 2 longas horas, experimente cozinhar no forno.

Como o recheio fica avermelhado, perguntei se a receita levava molho de tomate. Originalmente não leva, a cor ferrugem é devido à páprica.

 

Comida de rua em Budapeste

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Tarde de sábado de céu azul e temperatura fresca em Budapeste, capital da Hungria. Oba! Feira de comida na rua, barraquinhas, comidas e bebidas típicas a ótimos preços, feitas no maior capricho e deliciosas. Por todo lado, gente bonita e alegre aproveitando o início de primavera e tomando cerveja em canecos enormes! Saí fotografando tudo a fim de mostrar para vocês. Vamos lá, de 3 em 3 fotos. Clique nas fotos para ver o texto de cada uma.

A primeira receita seria a do Goulash, que aqui se chama sopa de Goulash ( pronuncia-se goyash). Esta já saiu no blog. Tem diferenças: a sopa tem muito mais caldo, vem temperada com muita páprica e leva batatas e cenouras. Fazem assim para render mais, pois carne aqui é muito cara e este é um prato bem popular.

A carne de porco é vista em todo lugar, na brasa assam pernil e joelho de porco ( primeira foto) e na chapa fritam embutidos (quinta foto), que apresentam muitas variedades; alguns, tipo salaminho, são comidos crus.

O Pato ao molho de laranja (segunda foto) é delicioso. Este você já pode fazer com receitas que já demos. Veja dica de como cozinhar pato e confira a receita do frango ao molho de laranja. Depois que o pato estiver cozido, siga a mesma receita do frango.

Esta maneira de se fazer batata (que está na terceira foto) é muito boa para acompanhar carnes assadas na brasa. Parece com a Salada de batatas quentes, só que é feita na chapa, por partes. Em uma chapa fritam a cebola cortada em quatro. Na outra, fritam as batatas cortadas e no final jogam por cima bastante cebolinha verde picada. Misturam as cebolas e as batatas com a linguiça, que por sua vez, também já foi frita em outra chapa. Em algumas barracas vi colocarem tomates cortados em quatro sem as sementes, que são fritos junto com as cebolas depois que estas já começaram a corar. Temperam com sal, páprica (sempre doce) em pó e pimenta do reino negra também em pó.

Nas barraquinhas vendem ainda queijos de muitas qualidades e procedências; pães, bolos e biscoitões; uma grande variedade de geléias e de temperinhos com ervas, mel natural, chocolates e outros produtos artesanais, como sabonetes. Já estamos às vésperas da Páscoa: vi lindos ovos, tanto os de verdade pintados à mãos quanto os de chocolate. Difícil resistir!

Torta Pasqualina

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Quem já foi à Italia ou mesmo à restaurantes italianos já percebeu que eles gostam de comer em várias etapas. Cada coisa tem a sua hora de vir. Nós brasileiros que gostamos de comer tudo ao mesmo tempo ficamos loucos ao ver esses cardápios com tudo muito bem dividido: Antipasti, Primo Piatto, Secondo Piatto, Contorni….. e por aí vai (em português Antepasto, Primeiro Prato, Segundo Prato, Acompanhamentos). Nessa, passam horas e horas na mesa sem a menor culpa ou pressa. As refeições são mais extensas e completas nos finais de semana ou quando se vai à um restaurante chique em ocasiões especiais. Mas no dia-a-dia em família não deixam de ter pelo menos duas etapas, nem que a primeira seja risotto e a segunda seja apenas presunto! Normalmente é assim: os antepastos variam conforme a estação sendo alguns clássicos o salame, o presunto e os legumes bem preparados. De primeiro prato temos sempre arroz (os risottos), gnocchi, pastas. Na segunda etapa vem as carnes acompanhadas de legumes e salada. O pão acompanha desde o antepasto, com uma pausa para as massas, ficando ali em cima da toalha de mesa, compartilhado por todos, sem prato, esfarelando tudo. Já se imaginou com 10 kg a mais nessa rotina? Pois os italianos cuidam de balancear tudo muito bem. O segredo é não exagerar nas quantidades, comendo um pouquinho de cada. Ah, e não vamos esquecer que depois de tudo isso ainda tem o doce e o café, que é bem curto e bem forte, pra arrematar de jeito. Outra mania interessante dos italianos, que não os deixam engordar é o tal do “due passi”. A expressão, que significa “dois passos”, quer dizer, literalmente, ir dar um passeio, dois passinhos só pra ajudar na digestão.

Pois vamos à receita de hoje que roubei de uma mamma bem tradicional. É uma torta de legumes, servida como Antepasto e normalmente preparada na Páscoa. Bem colorida, ela celebra a chegada da primavera no hemisfério norte e é tradicionalmente feita para levar ao Picnic, podendo ser comida fria.

Torta Pasqualina da Mamma

Esta versão foi ligeiramente alterada por mim, você também pode usar os legumes que quiser. Vai precisar de: um rolo de massa folhada (não vamos usá-lo inteiro), 250gr de queijo ricota, 2 ovos. Os legumes que usei foram: espinafre, brócolis, abobrinha, berinjela, pimentões vermelho e amarelo e tomatinhos cereja.

 

 

Antes de tudo você vai precisar de pré-preparar alguns legumes. Corte os pimentões pela metade, retire as sementes e coloque em uma travessa untada com azeite. Joque mais um pouco por cima e leve ao forno por cerca de 20 minutos ou até que a pele comece a enrugar. Retire do forno e, depois de frios, retire a pele com os dedos delicadamente. Sem a pele, os pimentões ficam mais doces e macios. Cozinhe os brócolis em água quente com sal até ficarem macios. Refogue o espinafre com um fio de azeite até que amoleçam. Quanto à abobrinha e à berinjela, tempere com sal e grelhe, regando um pouco de azeite ao terminar.

Agora vamos à montagem. Coloque a massa folhada sobre a forma untada, ajeitando no fundo e nas bordas e corte o excesso nas bordas. Atenção, deixe um pouco de folga pois ela irá diminuir no forno. A dica da Mamma é: para que a massa não estufe no forno, com a subida do ar quente, faça furinhos com garfos e espalhe bagos de feijão, para fazer peso. Leve ao forno pré-aquecido por cerca de 5 minutos apenas. Enquanto isso, bata a ricota com os ovos, fazendo um creme.

 

Retire os bagos de feijão e guarde para as próximas tortas. Coloque primeiro o espinafre, depois o brócolis. Despeje o creme de ricota e, por cima, enfeite com os outros legumes. Corte os tomatinhos ao meio e distribua-os com os demais legumes. Faça um desenho bem bonito e leve ao forno por cerca de 20 minutos a 180 graus. Sirva quente ou fria que também é uma delícia!

Essa foi a versão da Mamma:

IMG_20130727_200817.194Quer esta receita impressa? Clique aqui para baixar o PDF e imprimí-lo.

 

Cafés de Budapeste

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Buda fica de um lado do Rio Danúbio e Peste, do outro. Em magiar, do qual originou-se o idioma húngaro, Buda significa água e Peste, forno.Tudo a ver com culinária? Só na minha imaginação. Buda tem este nome por causa das fontes termais e Peste devido aos antigos fornos de cal. Budapeste, fundada em 1873 com a unificação de Buda, de Peste e de Óbuda, é famosa por seus cafés, que ficam do lado de Peste. Aqui destacamos dois, um por ser o que tem as melhores sobremesas e outro porque é o café mais chic do mundo!

O Café Gerbeaud fica bem no centro da área turística com ruas fechadas para pedestres. É uma delícia passear na área da Váci para tomar um café depois do almoço e ver as lojas de marcas famosas. Era neste café que a Sissi, a bela imperatriz do império austro-húngaro, ia tomar sorvete de violetas! Hoje não o servem mais, porém você pode escolher umas destas opções:

O New York Café fica na Erzébet perto da Kossuth Rákóczi. Foi uma caminhada de quinze minutos em boa marcha até lá, que serviu para não deixar-me com remorso pela gula. Esperava um esplendor e ainda fiquei boquiaberta! Já tinha ido a outros café luxuosos pelo mundo afora, porém, perto deste, ficam todos tão pobrinhos, coitados…

Vejam que maravilha!

 

 

Bacalhau fresco da Bica do Sapato

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Ontem à noite jantei no Bica do Sapato aqui em Lisboa, restaurante frequentado por jovens descolados e executivos do mundo todo. Fica no Cais da Pedra, em um armazém em frente ao porto, surpreendentemente bem decorado por dentro. Eu, que sou arquiteta, aprecio quando se consegue fazer uma decoração clean, refinada e agradável sem gastar muito, como foi o caso. Adorei o recurso visual de se projetar antigos pratos de desenhos tradicionais portugueses na parede, cujo desenho se desfaz para formar o seguinte. Porto tem surpresas e ontem havia um imenso navio no cais,  colado na varando do resturante.

 

Bem que eu gostaria de ter conversado com o chef, mas a casa estava cheia e o moço muito ocupado, mas fui muito bem servida pelos simpáticos atendentes da casa. Pedi a sugestão da casa e fiquei feliz quando me recomedaram um bacalhau fresco, justo o que eu queria comer! Pelo cardápio vi que servem uma boa variedade de peixes e frutos do mar, carnes de novilho, pato, codorna e porco.

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Como entrada, escolhi um carpaccio de pato. Veio rapidinho, o que é surpreendente para um restaurante quase lotado. Ponto para eles! Deve ser bem difícil preparar um pato para carpaccio, pois é um carne dura e veio tenra e deliciosa. Sabe-se que para cortar fatias tão finas é necessário que a carne esteja quase gelada, para estar na consistência que se possa cortar, de modo que o preparo já mostrou a arte da cozinha. O carpaccio veio temperado com uma redução de vinagre de vinho tinto, com cebolinhas cortadas bem miudinho, coberto com alfaces frescas e bem crocantes e acompanhado de fatias de pão com frutas secas, o que deu um toque adocicado contrastante. Amei!

DSCN0237Depois de um tempinho apreciando um vinho branco seco do Alentejo, veio o prato principal. Bacalhau, claro! Nada como um bacalhau fresco e este chegou branquinho,tenro, perfumado pelo azeite, derretendo na boca. A técnica é fazê-lo escalfado, ou seja, cozido lentamente em banho maria em uma mistura de azeite virgem de oliva e água. A releitura do bacalhau a Brás foi feita com a base de batatas. Na minha interpretação, ralaram a batata e a fritaram rapidamente com azeite, sal e um pouco de clara batida com gema só para dar liga. O toque interessante foi dado com uma emulsão de azeitonas pretas servido à borda do prato. Com não podia deixar de ser, bem regado à um excelente e levíssimo azeite de oliva. Gosto de comida como esta (imagino que as demais do cardápio seguem a mesma linha) preparadas com excelentes ingredientes e feitas na hora, com a necessária e tão difícil simplicidade que só os realmente bons sabem ter.

Para completar a noite, pedi a versão local da famosa Pavlova. Veio um suspirão recheado com sorbet de amoras e couli de frutas vermelhas. Você pode tentar fazê-lo batendo claras em neve e colocando açucar aos poucos até a massa adquirir uma boa consistência. Coloque o suspirão no forno pré-aquecido e não deixe corar. O sorbet pode ser comprado na Alessa, lá tem o perfeito para esta receita. Quanto ao couli, já demos a receita aqui no blog.

Escrevo para vocês tomando o meu chá da manhã no Starbucks da Praça Restauradores, tendo como vista o Castelo de São Jorge. Uma pena não ter mais noites aqui em Lisboa. Fica a sugestão de outros restaurantes daqui indicados por amigos portugueses que amam uma boa gastronomia: o Papa Açorda, dos mesmos donos do Bica do Sapato, que tem mais de 30 anos de tradição; o Solar dos Presuntos, o A Travessia e o famoso Eleven, estrelado pelo Michelin.

Ah, não posso me esquecer dos famosos pastéis de Belém, hoje servidos por toda parte mas originários da famosa pastelaria bem pertinho do Mosteiro dos Jerônimos. Ontem estava lotada de brasileiros, alemães e franceses.

 

 

 

 

Torta de Limão

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Para seguir a feijoada que preparamos em um domingo desses (aguarde receita no blog) estava em busca de uma sobremesa leve, refrescante e que agradasse à todos. Foi então que lembrei que minha cunhada Lu havia me contado sobre a torta de limão que ela faz e é deliciosa. Nesta torta, temos a combinação perfeita do doce com um azedinho no fundo de seu recheio macio sobre uma massa fininha e leve.

A receita é tão simples que ela sabia de cabeça e já começou a recitar na mesma hora e eu corri para anotar. Agora que descobrimos que é tão simples, o perigo é querer fazer todo final de semana. Então vamos à

Torta de Limão da Lu

Você vai precisar de: um pacote de biscoito maizena, cerca de 200gr de manteiga, três latas de leite condensado, 5 limões, 4 claras de ovo, cerca de 1 xícara de açúcar refinado e raspas de limão. É melhor que os ingredientes estejam em temperatura ambiente: a manteiga fica mais fácil de misturar e as claras ficarão em neve perfeita! Além disto, uma forma de torta com aro removível (a minha tinha 26cm de diâmetro), batedeira, liquidificador e ralador.

Começe preparando a massa de biscoito, triturando os biscoitos maizena no liquidificador. Transfira para um vasilhame e misture a manteiga com os dedos aos poucos até formar uma massa compacta, mas que ainda esfarele. Guarde um pouco da manteiga e unte a forma. Reserve.

Bata na batedeira o leite condensado com o suco dos limões. Vá adicionando o limão aos poucos para testar o azedume perfeito. Está na hora de pré-aquecer o forno.

Agora espalhe a massa de biscoito na forma aos poucos, com muito capricho. Para a forma de 26cm a quantidade de massa foi exata para fazer uma massa super fina, mas que não quebre ao servir. Confesso que dá mesmo medo de não conseguir cobrir tudo, mas ajeita daqui, ajeita dali e no fim dá certo. A dica é colocar uma camada fina nas laterais até a altura desejada (de 4 a 6 cm). Depois, com o que sobrou espalhe sobre o fundo igualmente. Atenção: a tendência é acumular massa na junção na lateral com o fundo. Cuidado para que isto não aconteça, distribuindo os excessos igualmente. Depois despeje o recheio branco de leite condensado e reserve.

Bata as claras em neve na batedeira, ou à mão se preferir. Só depois que a neve estiver formada, acrescente açúcar refinado aos poucos e com cuidado. Não coloque açucar demais senão as claras em neve ficam pesadas e caem. Sem perder tempo, usando uma colherinha, vá tirando o suspiro e colocando-o às colheradas sobre o recheio, decorando como mostra a foto. Rapidamente, raspe o limão por cima e coloque a torta no forno, já aquecido a 200°C. Deixe no forno só a conta de corar por cima, cerca de 20 minutos. 

Coloque a torta na geladeira e deixe para desenformar quando for servir. Dica da Lu: É melhor fazer de véspera porque no dia seguinte fica muito mais gostosa. Eu segui e não me arrependi. Difícil é esperar o dia seguinte para comer.

Mais uma dica da Lu: você pode substituir o suco de limão por suco de maracujá! Pode usar o suco concentrado tipo Maguari ou natural. Guarde as sementes e coloque por cima para enfeitar. Já estamos doidas pra testar!

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Sal com alho viaja – Lisboa!

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Cá estamos, na terrinha de nossos avós para um passeio gastronômico. Desci para o Chiado e de lá para o Cais Sodré a caminho de tomar o carril ( bonde) para a esplanada do Mosteiro dos Jerônimos, um dos meus locais prediletos aqui, que nunca deixo de visitar quando venho a Lisboa. Desta vez meu destino era ver uma exposição da Coleção Beraldo ( Museu de Arte Moderna e Contemporânea) que valeu a viagem. No caminho dei com um mercadinho que vende bacalhau e achei muita graça no que vi. No Brasil não tem a piada que ninguém nunca viu cabeça de bacalhau? Pois aqui, além de se vender a cabeça, se vende sacos, rabos e linguas! Olhe aí nas fotos para ver que não estou mentindo!

Para nós mineiros que amamos um queijo, observe que variedade se acha em um simples mercadinho:

DSCN0203E para adoçar a boca, depois do sal dos queijos, olhe só o tamanho dos morangos. E que delícia, dulcíssimos!

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Só para ter ideia do tamanho dos morangos gigantes, compare com o cartão Sal & Alho que tem 5×5 cm.

Já fiz reserva no Restaurante Bica do Sapato. Aguardem!

 

 

 

 

 

Tagliatelle com brócolis

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Aqui quem vos escreve é a bloqueira-filha, pois a blogueira-mãe cansou da nossa cozinha e saiu viajando por aí.  Logo logo ela deve dar notícias por aqui. Sabe aquela história de que quando os gatos saem os ratos fazem a festa. Pois é isto que faremos por aqui, sem a nossa supervisora.

Então vamos lá:

Tem dias que dá vontade de cuidar da gente e isto para nós significa, dentre outros, fazer a própria comida. Ter um jantarzinho pronto nos esperando na cozinha é um conforto indiscutível, mas preparar o próprio alimento também tem seu gostinho especial, como de quem toma as rédeas do próprio destino. Mas como esta vontade vem quase sempre sem nenhum planejamento e às vezes também com uma pontinha de preguiça, vamos à um prato bem simples, daqueles feitos com o que achamos na geladeira. Foi o que me ocorreu neste dia:

Tagliatelle ao brócolis e funghi

Você vai precisar de uma panela grande (ou aquela de pastas, com furinhos) um escorredor, uma frigideira grande, uma colher grande, uma faca pequena.

 

Separe os ingredientes: tagliatelle para um (dois a três rolos), brócolis, cogumelos frescos, azeite de oliva.

Coloque a água para ferver e, cozinhe o tagliatelle como de costume. Se o brócolis já estiver cozido, beleza. Se não, coloque em uma panela com um pouco de sal e água até cobrí-los e espere que fiquem macios.

Lave bem os cogumelos e corte-os em fatias finas ou como preferir. Jogue um fio de azeite na frigideira e despeje o cogumelo. Mexa-os com cuidado até que fiquem macios e escuros, soltando um pouco de água. Quando a água dos cogumelos começar a secar, acrescente os brócolis já cozidos e macios e mexa mais um pouco, de maneira que todos os sabores se misturem. Tempere com um pouco de sal e pimenta do reino a gosto. Se a pasta ainda não estiver pronta, desligue. Se você acertou no tempo, escorra a pasta e despeje-a sobre a frigideira, misturando tudo com muito cuidado para que os fios da pasta não se quebrem. Está pronto!

Aproveite e celebre com uma taça de vinho branco.

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Goulash húngaro

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No fundo, a culinária de diferentes países cada vez se torna mais semelhante, por uma razão óbvia- comemos carnes de animais que domesticamos, verduras, legumes e frutas que variam conforme o solo e o clima mas que hoje encontramos em locais muito distantes de sua origem, inclusive à nossa disposição no supermercado da esquina. O melhor exemplo que lembro é o da batata, originária do Peru, mas que até o final do século 18 era pouco conhecida e consumida no resto do mundo. Esta receita, de nome e origem húngara, é uma carne cozida em molho de tomate e pimentão. Fica deliciosa se feita como deve ser – com os ingredientes certos e com tempo e paciência para deixar a carne bem cozida.

Goulash

Para 2 pessoas compre 300 a 400 gr. de carne para cozinhar, que pode ser patinho, chã ou miolo de alcatra. Limpe e corte em cubos de 3×3 cm. Para temperá-la vai precisar de sal com alho, cebola batidinha e páprica. Este último é o tempero que dá sabor ao prato, pode usar ½ colherinha de café rasa para esta quantidade de carne. Se tiver vinho tinto aberto, pode por também. Misture o tempero (1 colher de café cheia é suficiente) e passe na carne. Reserve por ½ hora.

É importante ter 1 litro de caldo de carne já pronto, se não tiver, prepare-o com as aparas de carne.

Corte 1 tomate maduro sem as sementes em cubos, 1 cebola branca em quatro e ½ pimentão vermelho em tiras largas de 3×2 cm, de modo a obter ½ xícara de chá de cada. Separe um raminho de salsinha e 2 talos de cebolinha verde.

Para cozinhar mais rápido, use a panela de pressão. Na própria panela, bem aquecida, doure bem a carne em um pouco de óleo até que fique preta. Isto mesmo, preta. Acrescente o caldo de carne de modo que cubra a carne completamente. Coloque na pressão e deixe cozinhar até ficar macia. O tempo de cozimento vai depender do fogão e o tipo de carne, mas pode considerar em torno de 40 minutos a uma hora. Estando a carne já macia, coloque a cebola, o tomate, o pimentão e o cheiro verde. Agora deixe cozinhar fora da pressão, até que a carne fique desmanchando de tão macia. Não deixe que o caldo seque, vá pingando água quente até que fique pronto. Deixe com bastante caldo, como se fosse uma sopa de carne. Prove o sal e acrescente pimenta do reino, se gostar. Tradicionalmente é acompanhado por pão tipo francês.

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Salpicão de frango

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Tem comida com gosto de infância, outras com sabor de adolescência, outras nos lembram pessoas, situações, viagens. Sim, elas fazem parte de nossa memória de vida, contam nossa história. Pense…o que gostava de comer quando era criança? Qual o primeiro prato que preparou? Lembra um que deu errado e que você jurou que não dava para o negócio de cozinhar? E aquele que por acaso ficou ótimo e todo mundo adorou? Pois este salpicão me lembra quando comecei, ainda criança, a ajudar minha mãe a preparar o almoço de domingo. Era o prato da moda! Com o frango e a batata já prontos eu fui capaz de preparar um dos primeiros pratos de que me lembro fazendo!

Salpicão de frango

Vamos ao preparo para 4 pessoas. Aproveite o frango já pronto, de preferência refogado ou assado, pois são as maneiras de preparo que fica mais saboroso. Desfie 1 ou 2 pedaços de frango. Faça a batata palha, usando 2 batatas pequenas. Vai precisar de ½ cenoura, 1/3 de lata de milho, 1 maçã pequena, salsinha, cebolinha, sal e maionese. Despele e rale a cenoura bem fina. Escorra o milho da lata. Corte a maçã em cubinhos. Pique cebolinha verde e salsinha. Agora misture 1 xícara de cada: frango e batata palha. Misture ½ xícara de cada: cenoura, maçã e milho. Misture 1 colher se sopa de cheiro verde e 1 a 2 colheres de maionese – misture aos poucos, a conta de ligar todos os ingredientes. Prove o sal. Sirva como prato frio, acompanhando salada de folhas.

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Sal & Alho Viaja! Argentina

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Em Foz do Iguaçu temos a tríplice fronteira Brasil/ Paraguai/ Argentina. Com já havíamos visitado o lado brasileiro das Cataratas do Iguaçu no dia 27/03, visitamos no dia seguinte a usina Itaipú Binacional ( Brasil / Paraguai) e no dia 29 fomos para o lado argentino ver a impressionante força das águas na famosa e belíssima Garganta do Diabo. Na volta, entramos na chamada “selva” argentina, que na verdade é uma mata, para conhecer um spa hotel maravilhoso em estilo japonês – o Lou Suites. O local é maravilhoso! Um buffet farto e bem decorado esperava por nós! O forte do buffet deste hotel são as saladas e, por coincidência, lá estavam as tradicionais Salada Caesar e a Salada Niçoise, que já saíram no blog. A salada mexicana era parecida com a nossa, mas sem as pimentas e os nachos. Na salada de batatas, trocaram o salaminho por linguiça e não colocaram mostarda no molho.Agora veja o que mais gostamos:

Legumes grelhados – olha que bonita a disposição no prato!

Veja como armaram esta Tábua de frios. Copie!

Agora experimente em sua casa alguns pratos com as receitas tal qual fazemos:

Faço uma salada bem parecida com esta primeira, que batizei de Salada Oriental. Misturo: tomatinho cereja cortado ao meio, broto de feijão e cogumelos-de-paris frescos fatiados. Tempero com azeite, molho de soja e gergelim, um tico de sal e outro de açúcar.

Palmito com crosta de queijo. Experimente fazê-lo: primeiro passe o palmito cortado em claras batidas, em seguida passe rapidamente na farinha de trigo e depois no queijo ralado. Leve ao forno já quente só para dar uma tostada rápida.

Achei este Tomate recheado, que fazia há muito tempo. Prepare a pasta do recheio com atum de lata desmanchado, arroz pronto, cebola branca picada bem miudo, salsinha e cebolinha picadinha. Misture creme de leite (como no buffet) ou então ricota, requeijão de copo ou cheese cream (mais gostoso). Tempere com sal e gotas de limão. Corte a tampa dos tomates, retire a polpa, recheie e enfeite com folhinha de manjericão. 

Agora veja bem a vista do restaurante para uma das piscinas! Quando estiver afim de sumir do mundo e ir para um lugar relaxante e lindo, vai pra lá!

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Sal & Alho viaja! Restaurante Porto Canoas

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Nosso blog Sal & Alho cansou da cozinha de nossa casa e resolveu viajar para conhecer outros fazeres e sabores. Convidamos algumas seguidoras e voamos para Foz do Iguaçu. No primeiro dia de viagem ( 27/03/2014) fomos ver de perto as Cataratas do lado brasileiro. Belíssimo passeio! Realmente constatamos que faz justiça a ter sido escolhida como uma das sete maravilhas do mundo. Depois de muito caminhar, ficamos com bastante fome. Nossa sorte é que bem defronte à parte mais linda das cataratas descobrimos o Restaurante Porto Canoas. Gostamos tanto da comida de lá que resolvemos mostrar para vocês alguns dos pratos que saboreamos. Quando for à Foz, reserve um tempo para o almoço neste restaurante. Recomendamos!

Lá preparam uma costela suína ao molho barbecue que é de se comer de joelhos! Como acompanhamento, escolhi um delicioso bolo de mandioca. Pareceu-me ter sido feita uma massa à base de leite, ovos e mandioca que foi assada e depois cortada em cubos e salteada com ervas. Vamos tentar fazer e se ficar ótimo passaremos para vocês.

Outro prato que gostei muito foi um frango assado com creme de milho verde. Este você já pode copiar. É só seguir as duas receitas que já publicamos: frango assado e creme de milho e depois misturar.

 

Sensacional estava a picanha grelhada ( imagina a qualidade da carne da fronteira!) servida com um molho de ervas e gergelim branco. Devem ter aproveitado o suco que escorre da picanha ao ser grelhada e nele fritado cebola, engrossado com farinha de trigo torrada e temperado com ervas e gergelim.

Estes foram apenas alguns dos pratos de um buffet bem variado. Se for comer lá, não exagere pois ainda oferecem um cardápio de sobremesas fantásticas! O restaurante tem capacidade para 500 pessoas e fica dentro do Parque das Cataratas, no final do percurso.

Vista do Restaurante Porto Canoas

Vista do Restaurante Porto Canoas

Pad Thai tailandês

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Quando você está viajando pelo exterior, principalmente se for pelo Sudeste Asiático, onde a comida é bizarra, se tem a sorte de descobrir algo comível, agradeça! Mas se descobre algo realmente bom de se comer, milagre! Em ocasiões diferentes, minhas duas filhas que participam deste blog, uma  responsável pelas fotos e produção visual e a outra por muitas das receitas sofisticadas e mais trabalhosas, estiveram na Tailândia e adoraram este prato típico. Da mesma forma que existe, por exemplo, o risotto (à base de arroz) na Itália e o mexido (à base de arroz) no Brasil, lá eles fazem esta comida com o básico – que é a pasta de arroz –  misturada com outros produtos comuns da alimentação local. O importante, como sempre, é o tempero e a maneira de fazer, de modo que é  essencial você ver um nativo fazendo a comida para aprender. Ok, não somos tailandesas, mas aprendemos a fazer com eles! Gostamos  tanto que sempre fazemos em casa. É um prato leve e que alimenta, bom para se comer no fim de noite.

Pad Thai

É importante comprar dois produtos importados para que a receita seja feita corretamente: a pasta de arroz (tipo talharim branco) e o tempero para pad thai que é à base de tamarindo e que já vem pronto. Os demais ingredientes são fáceis de achar: frango, carne de porco, camarão, broto de feijão, ovos, amendoim, cebola e temperos.

Fizemos a receita baseada em 1 pacote de pasta, que tem 200 gr. – deu para 6 pessoas comerem. Então anote o que precisa: 1 peito de frango, 200 gr. de lombo, 300 gr. de camarãozinho rosa, 3 ovos, 120 gr. de broto de feijão, ½ cebola, 1 dente de alho, 50 gr de amendoim torrado e moído, ½ vidro de molho para pad thai, 1 colherinha de café de coentro em pó, pimenta do reino, sal, salsinha e cebolinha.

Se tiver uma panela WOK, maravilha, se não tiver, desta vez pode fazer na panela normal, mas compre uma wok na primeira oportunidade porque é excelente!

Vamos começar: limpe e tempere o camarão com sal. Corte o lombo e o peito de frango em cubinhos de 2×2 cm e tempere com sal e alho. Triture o dente de alho e fatie a cebola fininha. Lave e escorra os brotos de feijão, pique a salsinha e a cebolinha. Esquente água em um caneco para fazer as carnes. Veja as instruções de cozimento da pasta no pacote e siga-as.

Na wok, salteie o alho triturado com a cebola e o camarão. Reserve. Em outras duas panelas, frite o lombo e o frango separadamente em um pouco de óleo até corar. Vá pingando água quente até que  a carne fique macia, deixando que fique no fundo da panela um pouco do caldo. Reserve. Volte para a wok, empurre o camarão para a lateral e despeje os 3 ovos. Assim que ficar branco e amarelo mexa os ovos e misture com o camarão, o frango e o lombo. Acrescente o broto de feijão, a salsinha e a cebolinha, mexendo sempre. Junte o tempero de pad thai, o coentro, a pimenta do reino.  A esta altura a pasta de arroz já deve estar cozida e recém escorrida. Acrescente a pasta à wok e mexa tudo com um garfão, tomando cuidado para não partir os fios da pasta. Finalize distribuindo o amendoim  igualmente sobre o prato.

Obs: se não achar para comprar o molho para pad thai pronto , misture 1 colher de sopa de molho de tamarindo, a mesma quantidade de molho de peixe e 1 colher de açúcar.

Quer esta receita impressa? Clique aqui para baixar o PDF e imprimí-lo.

Cardápio da 3a. semana

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Cardápio da 3a. semana

Apresentamos sugestões para o seu cardápio da terceira semana do mês com novas receitas que já publicamos no blog. Se você faz em casa apenas uma refeição por dia, já terá agora um cardápio para um mês e meio! Publicamos em 3 de janeiro o cardápio da 1a. semana e em 10 de março o cardápio da 2a. semana. Aqui estão os pratos principais, que poderão ser precedidos pelas saladas que já publicamos em 2 festivais, em janeiro e fevereiro– são mais de 20 opções.

 

Segunda-feira

Almoço: Peito de frango ao molho gorgonzola  e purê de abóbora

Jantar: Escondidinho

 

Terça-feira

Almoço: Escalope de filé ao molho de mostarda e arroz com brócolis

Jantar: Lagarto frio para sanduíche

 

Quarta-feira

Almoço:  Peixe assado ao molho de maracu e bolinho de arroz

Jantar: Penne ao molho de vodka e camarão

 

Quinta-feira

Almoço: Bife acebolado e tortilha de batata

Jantar: Frango assado com batatas e cebolas baby

 

Sexta-feira

Almoço: Coq au vin com purê de batata

Jantar: Conchiglione com ragu

 

Fim-de-semana

Lombo a mineira com tutu de feijão, couve e farofa

Strogonoff de filé com batatas douradas e arroz

 

Clique aqui para baixar o PDF do cardápio.

 

Se quiser uma capa especial, temos uma capa dura personalizada do Sal&Alho para você montar um álbum tipo fichário com folhas plásticas para colocar suas receitas prediletas, ou todas elas ( já são mais de130!!!) . Entre em contato conosco pelo salcomalho@gmail.com Podemos enviar-lhe o arquivo e o endereço de onde mandar confeccioná-la.

 

fichariosalcomalho 

Presente para você: uma lista de compras da semana, para 2 pessoas, acompanha este cardápio. Escolha o que vai cozinhar e para quantas pessoas e personalize-a! Clique aqui para baixá-la.

Escalope de filé

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Ao corte de filé médio, ideal para preparar e servir com molhos, dá-se o nome de escalope. Veja em Rosbife para todos os gostos e em Dicas- Preparo e cortes de filé mignon como cortar o filé para escalope. Você pode prepará-lo com vários molhos. Um campeão é o clássico molho francês feito com vinho e cogumelos. Não há quem não goste.

Filé ao molho de cogumelos

Além do filé (calcule de 150 a 200 gr. por pessoa) você vai precisar de ½ cebola e 1 xícara de café de cogumelos-de-paris fatiados.

Corte o filé em escalopes, normalmente se serve 3 escalopes por pessoa. Vamos ao preparo para 2 pessoas:

Tempero – 1 colher de sobremesa rasa de sal com alho triturado e uma pitada de pimenta do reino, dissolvidos em 1 xícara de café de vinho e água. Passe o tempero nos filés de um a um e deixe-os juntos no tempero por 15 minutos a ½ hora.

Cocção – Escolha uma panela grande para preparar a carne. Coloque água para ferver à parte. Despeje uma colher de óleo na panela colocada no fogo forte e deixe esquentar bem. Frite os bifes, já escorridos do tempero. Passe-os de um lado primeiro e depois do outro. Atenção: nunca esfregue-os na panela pois ficarão secos e sem sabor. Se gostar de carne mal passada, retire-os da panela assim que mudarem de cor. Se gostar de carne bem passada, deixe que fiquem bem morenos e depois vá pingando água quente, pelas beiradas da panela, até que os escalopes fiquem bem macios.

Molho – Retire os  escalopes da panela antes que a borra do fundo fique preta. Acrescente 1 colher cheia de manteiga ou azeite. Junte 1 colher de sobremesa de cebola ralada e deixe que comece a fritar. Agora acrescente uma colher de chá de farinha de trigo já torrada, espalhe e misture bem com a espátula até obter uma massa bem lisa. Obs.: Se quiser um molho ao vinho, acrescente ½ xícara de café de vinho tinto ou tipo madeira, deixe que o álcool evapore e então coloque água quente, aos poucos, até obter a quantidade suficiente de molho para regar a carne. Se não quiser usar vinho, coloque só água quente. Prove o caldo e acrescente sal e pimenta à gosto. Assim que o caldo estiver pronto, liso e de boa consistência, acrescente os cogumelos fatiados e deixe ferver por 5 minutos em fogo baixo. Seu molho está pronto para servir sobre a carne.

Sugestão: faça bonito servindo o  Escalope ao molho de cogumelos sobre a tortilha de batatas

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