Tortilla de batata

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Esta semana fechamos as aulas de culinária do ano com um cardápio de comida espanhola. Neste ano de 2016 escolhemos como tema dos nossos jantares a gastronomia internacional, ensinando a fazer pratos da comida típica de doze países. Em nosso jantar espanhol tivemos tapaspan com tomate com coberturas variadas), tortilla e papas bravas servidas com sangria. O prato principal foi a Paella valenciana e, como sobremesa, servimos a Torta Santiago. Nos próximos posts daremos as receitas das papas bravas e da torta.

Um dos pratos mais tradicionais da culinária espanhola é a tortilla ( diga tortilha) de batata. A melhor que já comi na Espanha foi em Calzadilla de la Cuenca, no Caminho de Santiago. A receita abaixo é a mais comum, feita com batata, cebola e ovos, mas pode ser feita incluindo como ingredientes cheiro verde ( salsinha e cebolinha) , ou embutidos (como linguiça e salames).

Tortilla de batata

Para 8 pessoas separe 6 batatas grandes, 3 cebolas grandes, 6 ovos, sal e pimenta do reino.

Cozinhe as batatas com a casca, deixando-as ainda um pouco duras. Despele-as e corte-as em fatias finas. Corte a cebola em fatias finas.

Tome uma frigideira antiaderente grande e comece passando as cebolas em um fio de azeite, a conta de amaciá-las, sem deixar corar. Tempere com um pouquinho de sal e pimenta. Retire da panela.

Bata as claras com um fuê até que espumem e vá juntando as gemas aos poucos. Tempere com sal e pimenta do reino.

Passe outro fio de azeite na mesma frigideira e espalhe. Coloque a primeira camada de batatas gastando 1/3 da quantidade. Salpique sal e pimenta.

Coloque a segunda camada de cebolas gastando 1/2 da quantidade. Despeje, espalhando pela panela toda, metade dos ovos batidos. Repita as camadas: 1/3 da batatas ( salpique sal e pimenta), a outra metade da cebola, o restante dos ovos. Cubra com a última parte das batatas, salpique sal e pimenta. Aperte e acomode para uniformizar.

Observe o cozimento dos ovos – quando estiver amarelo nas beiradas ( como omelete), abaixe o fogo e prepare-se para virar a tortilla.

Tampe a frigideira com uma forma redonda de pizza. Coloque por cima um pano de prato dobrado ( para não queimar). Agora firme bem a forma com uma mão espalmada e com a outra vire a frigideira de cabeça pra baixo. Levante e retire a frigideira com cuidado para não partir a tortilla. Recoloque a forma sobre o fogo baixo para que termine de cozinhar por baixo. Retire a tortilla da forma e passe-a para o prato que irá servir, escorregando-a devagar, com a ajuda de uma espátula. Sirva imediatamente.

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Caldo de batata com queijo cheddar

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Quando se trata de comida, sempre estou de orelha em pé escutando comentários de outras pessoas. Uma noite dessas, em um restaurante típico mineiro que serve caldos, na ausência de novidades (15 tipos e de todos já tem receita aqui no blog), perguntei às amigas se alguém conhecia algo diferente. Pois uma delas comentou que havia tomado um caldo de batatas com cheddar, receita americana. É claro que tratei de inventar algo semelhante na primeira oportunidade. Fiz à nossa moda mineira, ou seja, refogando os legumes, e ficou perfeito! Servi às amigas e todas adoraram!

Caldo de batata com queijo 

Para 6 pessoas separe: 6 batatas médias, 1 talo pequeno de alho poró ( ou 1 cebola grande), 200 gr. de queijo fundido tipo cheddar, ½ xícara de café (ou mais) de leite, 2 colheres de óleo e a quantidade suficiente de salsichão (o tamanho varia muito). Para temperar: 1 colher de café de sal com alho, 1 colher de café de sal, pitadas de pimenta do reino, noz moscada e curry. Na hora de servir juntei 1 xícara de chá mal cheia de queijo ralado grosso ( amarelos, como gruyère, ementhal e queijo do reino).

Descasque as batatas e corte-as em cubinhos. Coloque a metade para cozinhar na água com sal mas deixe-as ainda um pouco duras. Corte o alho poró em fatias finas. Derreta o queijo cheddar com leite no fogo e depois bata com o mixer até formar um creme consistente, leve e bem liso. Tire a pele do salsichão ( já vem pré-cozido) e corte-o em fatias finas.

Aqueça o óleo em uma panela média, doure o sal com alho, coloque os cubinhos de batata crua e o alho poró. Mexa bem até começar a agarrar na panela. Despeje somente a água do cozimento das batatas e deixe cozinhando até verificar que a batata está macia. Retire da panela e bata no liquidificador até obter um creme homogêneo da consistência de caldo ralo. Volte para a panela e acrescente os cubinhos que cozinhou à parte e o salsichão fatiado. Deixe terminar de cozinhar até o salsichão e a batata estarem no ponto. Não deixe a batata amolecer a ponto de desmanchar (fica ao dente). Junte o cheddar derretido e misture. Prove o sal e junte os outros temperos aos poucos. Prove se está do seu agrado.

Por último, quando for esquentar para servir, misture o queijo ralado. Sirva com bacon frito por cima e torradinhas.

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Creme aveludado de batata doce 

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Aproveite o friozinho leve de junho para saborear caldos, sopas e cremes. Estes últimos sustentam tanto que podem ser servidos como prato único. Experimente fazê-los com batata inglesa – o famoso caldo verde português, batata doce, inhame (ou cará), mandioca, abóbora e baroa (ou mandioquinha) usando sempre um pouco de imaginação para variar o sabor. Clique e veja as receitas.

Outro dia vi no supermercado em Bruxelas um tipo de batata doce rosada. Curiosa, comprei-a e decidi experimentar um novo creme. Pois, além de revelar-se delicioso, a surpresa foi sua consistência aveludada. Para dar um toque diferente, incrementei o creme com um a pitada de cebola roxa caramelizada – uma combinação perfeita!

Creme de batata doce com cebola roxa caramelizada

Para 2 pessoas, tome 1 batata doce de tamanho médio e 1/2 cebola branca. Faça à parte uma misturinha com 1 colher de chá cheia de maisena e um pouquinho de água fria. Em uma chaleira, coloque água para ferver.

Numa panela funda, frite na manteiga ou no óleo (1 colher de sopa) a batata e a cebola picadas. Acrescente uma pitada de sal com alho. Frite. Junte água quente até cobrir, diminua o fogo, tampe a panela e deixe até que a batata esteja bem macia.

Bata no liquidificador e volte para a panela. Se o creme estiver grosso, raleie com um pouco de água fervente. Junte a maisena e misture, deixe ferver e desligue. Deve obter a consistência de um creme. Tempere com sal e pimenta do reino branca.

Veja aqui a receita de cebola roxa caramelizada. Na hora de servir, junte, para cada pessoa, 1 colher de sobremesa rasa da cebola.

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Veja abaixo a sopa refeita no Brasil com a nossa batata doce branca

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Bacalhau para um

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Está só em casa? Mora só, está temporariamente só… ou alguém que você esperava para jantar não vem mais?

Convivo diariamente com uma das duas primeiras hipóteses e às vezes, infelizmente, com a terceira. Porém, saber viver bem é aproveitar cada momento e, de preferência, dando a você mesmo(a) pequenos mimos que lhe deixem feliz! Comer bem é um deles e vou lhe mostrar aqui como pode ser fácil. Prepare um bonito prato, abra uma garrafa de um bom vinho e curta a sua noite! Aproveite a sua companhia!

Desde algumas receitas atrás dei um bom conselho: ter sempre no congelador aquele bacalhau que você comprou, dessalgou e deixou prontinho para consumo. Ou, se mora na Europa do Norte, pode ter bacalhau fresco à disposição.

 Bacalhau rápido para uma pessoa 

Corte pimentões vermelho e amarelo em tiras largas. Corte cebola em lascas grandes. Cozinhe 1 batata e corte-a em rodelas. Pique salsinha e cebolinha verde miudinhas e ainda 1 dente de alho pequeno.

Tome uma travessinha refratária e pincele-a com azeite. Coloque as postas de bacalhau ao fundo, depois as lascas de cebola e o alho picadinho. Salpique sal , pimenta do reino e ervas. Passe um fio de azeite. Coloque as batatas fatiadas e por cima, as fatias de pimentão. Torne a salpicar o sal, a pimenta e as ervas e outro fio de azeite.

Se gostar, pode acrescentar (junto com o pimentão) tomatinho cereja ou tomate italiano cortado em tiras e também azeitonas.

Leve ao forno pré-aquecido a 220 graus até perceber que os pimentões coraram.

Sirva quente ou frio.

Recomendo acompanhar com uma boa fatia de um pão bem especial. E não se esqueça do vinho…é indispensável!

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Galeto na cerveja

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Na minha cidade, Belo Horizonte, se você quiser comer um galeto, há duas opções: procura-se um restaurante de shopping (porém, há muitos anos não vejo galeto no menu) ou uma “televisão de cachorro” da padaria de bairro ( raramente tem e são, na verdade, frangos). Aqui nos supermercados europeus é fácil achar galetinhos tenros. Se em Minas há tantos avicultores, porque não vendem galetos? Não entendo…Bem, vou aproveitar que estou em Bruxelas e preparar um galetinho especial para o jantar!

Galeto na cerveja Kriek

A melhor forma de se temperar uma carne inteira é por imersão no tempero. Primeiro prepare o tempero. Vai precisar de vinagre branco e água em partes iguais – deve dar 1 xícara de chá, 2 colheres de sobremesa de azeite, 1 colherinha de café rasa de sal, 1 colher de sobremesa de ervas (salsinha e cebolinha), 1 dente de alho e 1 cebola pequena. Pique tudo miudinho e misture. Passe o galeto na água fervente e retire a pele, se houver. Fure-o todo com um grafo e coloque-o dentro de um saco plástico grosso. Despeje o tempero de modo a envolver toda a carne. Feche o saco bem apertado e ponha-o na geladeira marinando por cerca de 1 a 2 horas.

Corte 2 cebolas roxas em 8 partes cada (pode ser cebolinhas baby) e escolha batatinhas baby pequeninas. Se não tiver, corte batatas pequenas em cubos, mas sempre deixe-as com a casca.

Experimentei fazer esta receita com a famosa cerveja belga feita com cereja , que tem o nome de Kriek e é rosada. Foi um acerto e tanto! Se não tiver, faça com cerveja preta ou a comum mesmo.

Tome uma assadeira alta e coloque o galeto ao centro, as cebolas e batatas em volta e regue com uma garrafinha de cerveja ( 300 ml.). Coloque para assar no forno pré-aquecido a 200 graus. Quando o frango corar, retire a assadeira e vire-o. Volte ao forno e deixe corar do outro lado. Se o caldo secar, entorne água quente pelas bordas. Quando corar de novo, está pronto!

Se quiser apressar o cozimento e deixar o galeto ainda mais macio, cubra-o com laminado até ficar macio e depois retire-o para deixar o galeto corar.

Acompanhe com arroz, cuscuz ou um risotto simples.

Se estiver em Minas, faça uma farofa com manteiga, ovos e bijú de milho, hum… não há igual!

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Bacalhau assado em 15 minutos

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Aqui na Europa do Norte, o filé de bacalhau tipo Morua é encontrado fresco a ótimo preço. Pode ser preparado tanto grelhado na frigideira quanto assado no forno, porém exige cuidado no manuseio, pois se desfaz com facilidade. Para temperá-lo, basta espalhar sal em sua superfície e esperar 10 minutos.

Enquanto isto, lave, corte e afervente um punhado de brócolis. Descasque e cozinhe na água com sal algumas batatas baby, deixando-as ainda um pouco duras. Lave alguns tomatinhos cereja e deixe-os secando.

Espalhe 2 colheres de azeite no fundo de uma assadeira, coloque o filé de bacalhau no meio, disponha em volta as batatas e os tomatinhos. Leve ao forno a 200 graus até o bacalhau corar. Retire, distribua os buquês de brócolis e volte ao forno para esquentá-los.

Sirva com arroz branco aromatizado com ervas. Para prepará-lo desta maneira, pique as ervas e acrescente-as quando for colocar a segunda água do cozimento do arroz.

 Se você só encontra para comprar o bacalhau salgado:

Aproveite quando achá-lo a bom preço, como depois da Páscoa, dessalgue-o e guarde as postas no congelador para usar quando quiser.

Para dessalgar, deixe o peixe de molho na água fria por 48 horas, trocando a água 5 vezes por dia. Em seguida, corte as postas da parte mais alta – o filé do bacalhau – em pedaços de aproximadamente 6×6 cm. Coloque estas partes cortadas dentro de uma panela grande e deixe a água começar a ferver. Desligue, deixe esfriar e então retire, com cuidado para não estragar as postas, os ossos, a pele e as gorduras brancas. Use-o em seguida. Para guardar, embrulhe bem cada posta separadamente com plástico filme.

Se comprou meia banda ou o peixe inteiro e sobrou a parte fina, não coloque-a para ferver. Puxe a pele, e desfie a carne grosseiramente. Esta parte é a ideal para fazer receitas com bacalhau desfiado, como Bacalhau a Brás e bolinho de bacalhau. Se for guardar para uso futuro, coloque para secar e depois embale no filtro plástico.

Coloque os pacotinhos dentro de uma caixa plástica com boa vedação e guarde no congelador por meses.

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De volta a Bruxelas !

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Estou de volta a Bruxelas, onde o blog Sal & Alho tem, desde 21 de fevereiro último, sua filial européia. Neste dia, preparamos um prato típico belga – coelho ao molho de cerveja – para marcar a data. Hoje, vamos falar da cidade. E, nos próximos dias, voltamos às nossas receitas de inspiração européia, preparadas com ingredientes frescos na cozinha de nosso apartamento na linda capital da Bélgica, situado bem próximo ao Parque do Cinquentenário.

Quer saber qual a origem da cidade de 1,8 milhões de habitantes que hoje é a sede da União Européia? Por volta do ano 580, construiu-se uma capela dedicada a São Gaugérico em uma ilhota do rio Sena, no caminho fluvial entre as cidades de Gante e Bruges, na região de Flandres, a noroeste da Europa. A partir daí floresceu uma aldeia dedicada ao comércio, sobretudo de víveres para os viajantes. É interessante notar que a belíssima Grand Place (foto acima) – o primeiro lugar da cidade que o turista visita – foi construída sobre a antiga praça do Mercado. Fui dar uma volta e comecei a observar os nomes das ruas ao redor da praça: Rue du Marché aux Herbes (rua das ervas), Rue du Poivre (rua da pimenta), Rue du Marché aux Fromages ( rua do mercado de queijos), Rue au Beurre ( rua da manteiga),Rue du Marché aux Poulets ( rua do mercado dos frangos), Rue du Bouchers ( rua dos açougueiros), Rue des Harengs ( rua dos arengues – um tipo de peixe), Rue des Brasseurs ( rua dos cervejeiros) e por aí vai. Alguém conhece origem mais gastronômica para uma cidade?

E hoje, o que existe de comércio nestas mesmas ruas? Ah! De olhos fechados já se sabe – todo o centro histórico cheira a manteiga, mel e chocolate! As lojas de chocolate dominam – o chocolate belga é sabidamente o melhor do mundo. É de enlouquecer!

 

A cada cem metros vende-se waffle feito na hora com coberturas de chocolate, frutas vermelhas, castanhas e outras delícias.

A batata frita é uma instituição nacional, inclusive alegam que a invenção das famosas french fries é deles ! É servida em cartuchos de papel com diversos molhos à escolha. Os jovens adoram, vêm-se filas enormes mesmo debaixo de temperatura negativa.

 

E a cerveja? Sem dúvida é o produto mais consumido na Bélgica, famosa pela fabricação das melhores cervejas artesanais do mundo. Os primeiros fermentados de cevada – gueuze – eram fabricados por monges trapistas. Hoje continuam com a mesma receita, como uma das mais conhecidas – a Leffe – fabricada desde o ano de 1240! Outras famosas: Chimay, Duvel, Delirium, Mort Subite, La Choufe, Karmeliet, Grimbergen. Há louras, morenas e escuras, destiladas duas ou três vezes. Tem também cerveja fabricada com cereja, chamadas Kriek, que são rosadas e docinhas. Todas ótimas para temperar um prato e para beber enquanto cozinhamos, é claro!

Purê de 3 batatas e a história da batata

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Batata para todos

Batata é uma unanimidade – hoje é o quarto alimento mais consumido no mundo. Originária dos Andes sul-americanos, foi levada à Europa pelos colonizadores espanhóis. Porém, você pode imaginar que a batata já foi tida como alimento impróprio e impuro? Só porque crescia debaixo da terra, os europeus achavam que só servia para ser dada aos porcos! Sabe como se tornou popular? Vou contar a história:

Na segunda metade do século 18, os pobres passavam fome na França enquanto os nobres viviam no maior luxo. Reza a lenda que nos idos dos anos 1770 o rei Luiz XV ficou sabendo que uma horda de famintos planejava invadir o Palácio de Versailles. Junto com seus ministros e assessores, decidiu dar um grande banquete nos jardins do palácio a fim de aplacar a ira dos famigerados. Marcou a data. A notícia se espalhou. Os cozinheiros vieram dizer que, diante da multidão que era esperada, não haveria trigo suficiente para fazer pães.

Antoine Parmentier, chef da cozinha do palácio e também agrônomo, há algum tempo defendia veementemente o uso da batata como alimento próprio ao consumo humano, mas ninguém lhe dava ouvidos. Surgia a oportunidade de vencer as resistências. Como tinha uma padaria-escola, ensinou aos cozinheiros do palácio a fazer pães e outras receitas com batata. No dia do grande banquete as pessoas se fartaram de comer e elogiaram os quitutes. Um detalhe: só contaram que o ingrediente básico das receitas havia sido a batata no dia seguinte da festa, quando a multidão já enchera a barriga de batata sem saber o que comia! Daí Parmentier obteve a permissão do rei para ensinar o cultivo da batata aos agricultores.

Nas muitas guerras que se seguiram à esta época foi a batata que salvou a população europeia da fome.

Quem me contou esta história, quando eu tinha doze anos, foi Mère Colombier, freira francesa de nascimento e minha professora de história no colégio.

Hoje vou passar a receita de um purê delicioso que se faz com três tipos de batata: a batata inglesa, a batata doce e a batata baroa, também conhecida por mandioquinha.

Purê de três batatas

Considere que a quantidade de batata inglesa deve ser igual à das outras duas batatas juntas. A receita é a mesma do purê de batata: cozinhe as batatas sem pele na água com sal até ficarem bem macias. Esprema ou amasse. Misture as três massas.

 

Em uma panela, esquente manteiga (1 colher de sobremesa rasa para cada batata), doure o sal com alho e a cebola triturada ou ralada ( ¼ de cebola pequena para cada batata). Acrescente a massa das batatas e misture bem com uma colher de pau.  Vá juntando leite quente aos poucos e mexendo até formar um mingau grosso e homogêneo. Continue mexendo em círculo até que o purê comece a pular e a desgrudar das laterais da panela.

Dica: se não for servir na hora que terminar de fazer, deixe o purê um pouco mais mole, pois ao esfriar ele endurece. Se na hora de servir o purê estiver duro, junte mais leite quente e volte a mexer até ficar no ponto outra vez.

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O cordeiro de Bruxelas

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Diretamente de Bruxelas, a nova filial do nosso blog Sal & Alho.

Esta linda cidade, tradicional entreposto de comércio de alimentos desde a Idade Média, continua mundialmente famosa pelos chamados Mercados de Domingo, atraindo aos belgas pelos ótimos preços. Acontecem várias feiras ao mesmo tempo e a maior delas é na região da estação ‘Gare du Midi’, ao sul da cidade, no bairro de Saint-Gilles – de onde partem e chegam os trens com ligação internacional. A oferta variada e multi-cultural, com indiscutível predominância árabe, atrai também gente do mundo inteiro. Falam-se ali todas as línguas: francês, holandês, árabe, italiano, espanhol e até português – uma verdadeira torre de Babel! Morando na cidade desde fevereiro, tenho me divertido indo à feira aos domingos para comprar as frutas e legumes habituais da semana, além de castanhas, queijos e peixes. Normalmente, logo encho as mãos de sacolas, ficando sem condição de tirar fotos. Porém, prometo: qualquer dia vou mostrar a feira pra vocês aqui no blog.

Um dia desses, a feira já estava terminando e eu, atrasada, tentava conseguir aproveitar o que ainda estava à venda.  Deparei-me com uma barraquinha de carnes com promissoras costeletas de cordeiro. Inspirada, pedi ao vendedor algumas costeletas, já cortadas e sem osso. Para acompanhar, escolhi as tradicionais couves-de-bruxelas e batatas. Chegando em casa, tratei de preparar esta receita, de modo bem simples, chamando-a de…

O cordeiro de Bruxelas 

Para 2 pessoas você vai precisar de: 4 costeletas de cordeiro, 2 batatas médias, 10 couves-de-bruxelas, 2 colheres de sopa de pesto de manjericão, 1/2 xícara de vinho tinto, sal, alecrim e pimenta do reino.

Cerca de uma hora e meia antes da refeição, prepare um temperinho com  vinho, sal, alecrim e pimenta do reino.  Mergulhe as costeletas dentro, molhando-as bem dos dois lados. Cubra-as e deixe-as no tempero por meia hora. Enquanto isso, prepare o pesto cortando as folhinhas de manjericão e macerando-as no azeite. Cozinhe as batatas até estarem ainda um pouco duras, mas no ponto certo de cortar. (Obs.: curiosamente, as batatas daqui tem mais água e por isso já podem ser cortadas cruas, sem cozinhar). Descasque-as e corte-as em fatias bem finas, de 3 a 5 mm.

Corte 4 pedaços de papel alumínio de aproximadamente 20 x 20 cm e coloque-os sobre a bancada, com o lado brilhante para cima. Tire a carne do tempero (reservando-o para usar depois). Deite um fio de azeite em uma frigideira e deixe esquentar bem. Passe as costeletas até que corem levemente dos dois lados. Coloque sobre cada folha de laminado as peças de carne e, por cima de cada uma, uma colher cheia do pesto – ou até cobri-la totalmente. Feche os pacotes, deixando, perto da pontinha do osso,  um pouco de espaço para o ar circular.  Feche bem na parte da carne coberta com o pesto, para não deixá-lo escapar. Coloque os embrulhos no forno, já pré-aquecido a 180 graus.

Enquanto isso, na mesma frigideira que selou a carne, disponha as fatias de batata. Se precisar, acrescente mais azeite ou manteiga. Deixe até corarem e vire-as. Em outra panela, pequena e funda, coloque as couves-de-bruxelas na água, a conta de cobri-las. Assim que a água ferver, desligue o fogo e tampe a panela, até verificar que as bolinhas ficaram macias. Atenção: essas mini-couves são de sabor forte mas delicado, se cozinharem demais ficam com  cheiro e sabor ruim.

Depois de meia hora de forno, retire os pacotes e abra um pouquinho do espaço deixado na parte do osso, derrame o tempero de vinho que guardou sobre a carne e volte para o forno, ainda embrulhada. Isso impedirá que a carne fique seca. Depois de mais 15 a 20 minutos, estará pronta e macia.

Antes de servir, passe as couves-de-bruxelas na mesma frigideira das batatas para aquecê-las e tempere-as com azeite, sal e ervas.

Para montar o prato individual: disponha as batatas formando uma camada, equilibre as couves-de-bruxelas por cima e, por último, ponha as 2 peças de costeleta, uma apoiada sobre a outra.

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Bacalhau com crosta de broa sobre tortinha de batatas

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Esta receita foi criada por mim, com exclusividade para a coluna Degusta, do jornal Estado de Minas e foi publicada no dia 11/01/2015. Com permissão da jornalista Isabela Teixeira da Costa, publico hoje no blog Sal& Alho.  Em homenagem à minha amiga, dou a esta receita o nome de

Bacalhau à Isabela.

Esta é uma receita de inspiração ibérica, uma releitura de sua culinária tradicional. Juntei uma das maneiras mais antigas de se fazer bacalhau em Portugal com a receita da conhecida tortilla espanhola. Além disto, tomei a liberdade de dar o meu toque pessoal.

Ingredientes por pessoa:
1- Para o preparo do bacalhau: 1 posta ( 200 gr.) de bacalhau já dessalgada, limpa e aferventada, 1 broa de fubá de canjica, 1 cebola grande, 6 cubinhos de bacon, 3 dentes de alho, 1 colher rasa (de café) de sal grosso e 1 xícara (de café) de azeite.
2- Para a tortinha: 1 batata grande, ½ cebola grande, 2 ovos caipira, 1 colher (de chá) cheia de salsinha e cebolinha picadinhas, sal, pimenta do reino, 1 colher (de sobremesa) de azeite, ½ colher (de café) de sal com alho. Vai precisar de um aro de inox ou forma com diâmetro de 10 cm.

Modo de preparo:
1- Do bacalhau: corte a cebola em fatias finas. Pique os cubinhos de bacon e os dois dentes de alho em três partes. Tome uma travessa refratária e coloque a cebola no fundo, distribuindo os pedacinhos de bacon e de alho. Coloque a posta de bacalhau já preparada no centro da travessa. Em cima da posta, coloque um dente de alho cortado miudinho. Regue o bacalhau e a cama de cebolas com azeite e salpique o sal grosso. Leve ao forno pré-aquecido a 250 graus por 20 minutos ou até começar a corar o bacalhau e a cebola. Enquanto isto, passe a broa – comprada de véspera e deixada endurecer – no ralo médio. Junte um pouquinho de clara de ovo, só para juntar os farelos. Reserve.
Tire a travessa do bacalhau do forno. Retire da travessa toda a cebola, o alho e o bacon, deixando apenas o bacalhau e o azeite que ficou no fundo. Arranje a mistura de broa sobre o bacalhau e volte ao forno apenas para corar a crosta de broa.

2- Do purê de cebola: Despreze o bacon e o alho. Bata a cebola em um processador até que se torne um purê homogêneo. Leve-o ao fogo baixo por 5 minutos. Reserve.

3- Da tortinha: cozinhe uma batata grande até ficar cozida porém firme. Despele-a e corte-a em fatias finas. Reserve. Corte a cebola também em fatias finas. Aqueça o azeite em uma frigideira e doure-a ligeiramente com sal e alho. Reserve. Bata os ovos, clara com gema, e coloque sal e pimenta do reino. Pique a salsinha e a cebolinha bem miudo. Reserve. Tome o aro (ou a forma) e unte com um pouco de azeite. Monte a tortinha: uma camada de batata, salpique o sal e as ervas; uma de cebola; a segunda de batata, sal e ervas; a segunda de cebola e a última de batata. Regue com a mistura do ovo batido, fazendo furinhos com um palito para que o líquido desça e se deposite entre as camadas de batata e cebola. Leve ao forno pré-aquecido a 200 graus por 20 minutos ou até verificar que a batata está corada.

4- Montagem do prato individual: coloque primeiro a tortinha de batata. Por cima dela, arranje o bacalhau. Em volta da tortinha, distribua o purê de cebola. Para decorar, corte tomatinho cereja em fatias e retire o miolo. Escolha rodelinhas de azeitona preta do mesmo tamanho. Disponha-as de um lado do prato. Enfeite o bacalhau com um raminho de alecrim, só para dar um toque aromático.
Sirva o prato quente.

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Nhoque da Peppa

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Quem tem criança pequena em casa vai entender o apelido carinhoso que colocamos neste preparo de nhoque. Tudo agora é da Peppa, a porquinha simpática que faz o maior sucesso na TV. Minha netinha de 2 anos só quer saber da Peppa e ficou tão fascinada com o nhoque cor-de-rosa que a tia fez que rapou o prato e pediu mais! A criança que há na sua casa ( mesmo que seja você) vai adorar brincar de colocar a mão na massa, enrolar e cortar os nhoquinhos. Depois vai precisar da ajuda de um adulto para cozinhá-los. Vamos lá, diversão para a família inteira!

O que vai precisar: 1 beterraba, 3 batatas, 1 xícara de chá bem cheia de farinha de trigo, 1 ovo e 1 colher de café de sal. Um pouco mais de farinha e também de sal. Vejamos:

Cozinhe 1 beterraba dentro da água e bata-a no liquidificador – sem água- para fazer um creme grosso. Precisa dar 1 xícara de café cheia deste creme. Olhe na foto.

Cozinhe as 3 batatas até começarem a desmanchar, tire a pele e amasse-as até virarem um purê.

Ponha a farinha dentro de uma bacia de plástico junto com a batata amassada. Misture bem as duas e depois junte o creme de beterraba. Misture tudo. Faça um buraco no meio da massa e coloque o ovo – clara e gema- e o sal. Misture bem, com ajuda das mãos, até formar uma bola de massa toda igual e que não grude nas suas mãos. Se estiver grudando, vá juntando, aos pouquinhos, mais farinha.

Espalhe uma camada fina de farinha de trigo sobre a bancada limpa e seca da cozinha. Transforme, com a palma das mãos, a bola de massa em um rolo grosso. Corte este rolo em pedaço com 4 dedos de largura. Role estes pedaços sobre a bancada até conseguir rolos finos e certinhos, da largura de um dedo polegar de um adulto. Corte estes rolos em pedaços de 2 dedinhos de largura cada um.

Pegue um garfo e amasse um pouquinho cada nhoque. Estão prontos para serem cozidos!

Encha uma panela de água e deixe ferver- esta parte precisa ser feita por um adulto. Jogue um punhado de sal. Assim que a água começar a ferver de novo, vá colocando, aos poucos e com a ajuda de uma escumadeira, uma porção de nhoques de cada vez. Primeiro os nhoques afundam e quando subirem para a superfície, retire-os. Repita até que todos os nhoques tenham “tomado banho” na água quente. À medida que for retirando os nhoques, coloque-os num escorredor de massa e depois, já secos, em um pirex.

Na hora que for servir, coloque um pouco de azeite em uma frigideira e passe os nhoques junto com sálvia picada. Acrescente sal, se precisar. Sirva quente, com bastante queijo ralado por cima.

Pode também fazer um molho branco, colocar os nhoques, salpicar queijo ralado por cima e levar ao forno. Uma delícia!

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Batata – aperitivo ou salada MB

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Batata é sempre fácil de preparar e tem uma infinidade de receitas, inclusive você poderá inventá-las! Se, de repente, seus amigos chegarem na sua casa sem avisar e você quiser aprontar um aperitivo rapidinho, veja se tem batatas na despensa e corra à cozinha para preparar uma dessas receitas.

Batata com ervas

Tanto é ótima para acompanhar uma cerveja como para colocar na Marmita Business e levar para o trabalho junto com uma saladinha de folhas. Basta ter em casa ou comprar batatinhas baby ou batatas comuns, azeite e ervas.

Cozinhe as batatas com casca. As pequenininhas ( ou maiores cortadas em cubos) colocadas para cozinhar na pressão ficam prontas em 10 minutos. Pegue uma dessas embalagens de supermercado redondas com tampa ( veja foto) e coloque as batatas cortadas dentro. Regue com um pouco de azeite e as ervas que tiver: pode ser ervas secas tipo aromáticas ou salsinha e cebolinha, ou manjericão ou alecrim, picados miudinho – o que for do seu agrado. Salpique uma poeirinha de sal. Se quiser, acrescente pimenta do reino ou calabresa ( cuidado!) Se for fazer uma conserva para guardar na geladeira e servir até uma semana depois, pode acrescentar vinagre de vinho branco. Tampe a embalagem e balance bem até misturar tudo. Sirva fria.

Batata com cebola e ervas

Proceda da mesma forma da receita anterior para fazer a batata. Estando esta pronta, pique as cebolinhas em quatro e frite ou asse-as com pouco azeite e um tiquinho de sal. Depois junte-as às batatas.

Batata com linguiça calabresa e cebola

Neste aperitivo, excelente para acompanhar cerveja, chopp, caipirinha ou whisky, junte à receita anterior uma linguiça defumada tipo calabresa para incrementar. Para isto, corte a linguiça e coloque para aferventar em uma frigideira até a água secar. Junte um pouquinho de azeite e salteie ( frite de todos os lados por igual – sabe como? Levante a frigideira do fogo e faça repetidos movimentos para a frente em circular, de baixo para cima). Coloque a linguiça para escorrer a gordura em uma peneira e depois transfira para o papel toalha para ficar bem sequinha. Junte à batata e à cebola. Veja o prato pronto na foto do topo da página.

Ideal também para acompanhar churrasco.

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Bolinho de bacalhau

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Para quem pensa que bolinho de bacalhau é quitute de português, está certo, até concordo, por causa de nossa herança cultural. Mas vá procurar bolinho de bacalhau para se comer em Lisboa! Da última vez que lá estive, em abril último, rodei a cidade, seca para comer um bolinho português e só fui acha-lo – depois de procurar em mais de dez lugares – em um bar restaurante fuleiro no Rocio – um bolinho quase só de batata e farinha de trigo. E pior, foi servido frio por dentro! Nem se compara com os bolinhos que se come em qualquer boteco de Belo Horizonte – quentinho, crocante, feito na hora, com verdadeiro gosto de bacalhau. Deliciosos! Pois valeu a experiência- com toda a propriedade agora vou chamar o bolinho de bacalhau de salgadinho mineiro, uai, com muita honra!

Bolinho de bacalhau 

Quando for fazer alguma receita de bacalhau – já temos várias no blog e tenho duas novas já prontas para publicar – guarde as pontas do peixe para o bolinho. Ou então, compre o bacalhau já desfiado – fica melhor ainda!

Uma xícara de chá cheia de bacalhau desfiado irá render 15 bolinhos. Vai usar: 2 batatas bem cozidas e descascadas, 1 cebola pequena bem picadinha, 1 xícara de café de cheiro verde picadinho, ¾ de xícara de café de farinha de trigo, 1 ovo inteiro e 1 colher de café de sal com alho.

 

Simplesmente, misture todos os ingredientes. Faça os bolinhos tomando o conteúdo de uma colher de sobremesa cheia na palma da mão e fazendo uma bolinha; depois achate-a na forma como vê nas fotos.

Coloque uma boa quantidade de óleo para esquentar em uma frigideira. Assim que estiver quente, vá colocando os bolinhos, de modo que o óleo os cubra. Não ponha muitos de uma vez, precisa dar uma distância entre eles para não grudarem uns nos outros. Enquanto frita, vá virando-os com uma escumadeira para corarem todos os lados por igual. Assim que estiverem douradinhos, ponha-os para secar rapidamente sobre papel toalha. Sirva ainda bem quentes.

Para acompanhar uma cerveja ou cachaça mineira, não tem nada melhor!

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Durban 2 – Nino’s

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Turista que vai a Durban, cidade à beira mar do lado leste da África do Sul, tem de visitar o estádio Moses Mabhida, é ponto obrigatório. Além de ser uma bela construção (e olha que nós duas, as blogueiras do Sal & Alho, somos arquitetas e fomos a esta cidade para um congresso internacional de arquitetura) ainda tem no estádio um passeio sensacional para turistas. Pois devido à esta atração, o ano inteiro visita-se o lugar. Imagina que subimos em um bondinho até o topo do estádio e descemos em uma plataforma de onde se descortina o Oceano Índico, boa parte da cidade e o amplo parque esportivo em torno do estádio.

Demoramos mais do previsto no passeio e nos veio uma fome brutal. Não gosto de fast-food, tenho sempre a impressão que a comida pesa no estômago e engorda. Porém, numa terça feira às três da tarde só havia um único local aberto e a solução foi comer lá mesmo. Tivemos uma ótima surpresa, pois veio uma comida leve e deliciosa! Lição de hoje: nunca devemos ter pré-conceitos…

Almoço no Nino’s

Trata-se se uma cadeia de restaurantes que tem várias lojas no país. No cardápio encontra-se as tradicionais opções para café da manhã e refeições rápidas, tipo saladas, burguers e pastas. O que gostei é que oferece pratos completos com frango ou carne. Veja o que escolhi na foto do topo da página. Uma feliz combinação de peito de frango grelhado, molho hollandaise com aspargos, purê de abóbora, creme de espinafre,  fritas e uma saladinha básica. Todos estes já publicamos as receitas neste blog: basta clicar e achará cada uma delas. Só faltou:

Molho hollandaise

Este molho é feito à base de manteiga e gema de ovo. Derreta 1 colher de sopa de manteiga no microondas. Reserve. Junte em uma travessinha: 1 gema de ovo (sem a pele), 1 colherinha de café de suco de limão siciliano e 1 colher de sopa de água, sal e pimenta. Bata com o batedor de ovos. Leve esta mistura ao fogo baixo, continuando a mexer, por 2 minutos. Tire a panela do fogo. Misture a manteiga bem aos pouquinhos, sem parar de mexer, até o molho ficar bem cremoso. Mantenha o molho aquecido em banho maria até a hora de servir, mas , atenção, o molho não pode ferver senão talha. Na receita do Nino’s, aferventaram os aspargos e misturaram a este molho imediatamente antes de servir, uma delícia!

Viu? Se você estiver fazendo o dever de casa direitinho e preparando nossas receitas dia a dia, quando chegar a um restaurante como este poderá dizer: olha, gente! Sei fazer tudo o que está aqui no prato que escolhi!

 

Capetown 3 – Karibu South Africa Dining

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Para quem mora em Belo Horizonte como nós, uma cidade mundialmente famosa pela quantidade de bares e restaurantes – mais de 16 mil estabelecimentos para 2,4 milhões de habitantes – estranha que aqui na África do Sul não existam bares ( como os nossos) e os restaurantes se acham restritos à área turística. Isto se deve ao fato dos nativos não terem o hábito de se alimentarem fora de casa. Tanto que só se vê nos restaurantes turistas e um ou outro grupo de executivos recebendo convidados estrangeiros.

Em Capetown, os restaurantes estão concentrados na área do antigo cais do porto, onde um cartaz de propaganda no Victoria & Albert Waterfront anuncia uma ampla área de alimentação onde se pode escolher o que comer entre 80 diferentes tipos de comida, que vai de fast-food a restaurantes de luxo apresentando a gastronomia de dezenas de países. Depois de percorrer mais de trinta restaurantes lendo os cardápios expostos na porta, escolhemos o que avaliamos ser o melhor – o Karibu South Africa Dining – tanto pela luxuosa decoração como pelo fluxo de pessoas – era o único praticamente lotado enquanto muitos outros estavam às moscas. Tomamos assento e logo chegou um coral de vozes masculinas que nos ofereceu um belo espetáculo. Passamos a analisar o cardápio. O restaurante oferece uma boa variedade de pratos típicos da África do Sul, como caças, cordeiro e frutos do mar. Escolhemos cordeiro da região de Karoo, especialidade da casa, em duas variações recomendadas.

Costeleta de cordeiro ao molho Karibu com batata salteada

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O famoso molho da casa do qual guardam segredo é um molho tipo barbecue, denso e temperado, feito na base de tomate com gosto de ketchup e, ao que me pareceu, temperado com ervas aromáticas, como hortelã e alecrim e um tanto caramelado. Vamos tentar reproduzi-lo em casa, quem sabe chegamos perto?

A costeleta, assada provavelmente por muitas horas, pois estava tenra, veio envolta no molho Karibu. Achei uma boa ideia servir a batata junto e ao mesmo tempo, à parte, pois caso contrário ficaria suja com o molho. A batata, cujo preparo chamam de wedge é impossível de ser reproduzida em casa, pois precisa de equipamento de uso industrial. Faça-a como a batata salteada que já publicamos, porém sem cheiro verde. Para arrematar, uma grossa fatia de tomate grelhado e um maço de salsa laçada com talos de cebolinha. Bela apresentação. Sabor? Delicioso!

Cordeiro ao molho secreto com arroz de açafrão

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Neste prato de cubos de cordeiro assado o grande lance é também o molho. No cardápio só diz que trata-se de um molho secreto que vem sendo preparado a gerações. Impossível de descobrir-se o que leva, quando muito, percebemos que o sabor a destacar-se é o do tamarindo e da pimenta zimbro. Simplesmente divino! O arroz deve ter sido preparado colocando-se um pouco de açafrão, curry e cominho na água do cozimento e finalizado com passas. Acompanhamento perfeito para cordeiro e carnes adocicadas.

V&A Crème Brûlée ( veja foto de destaque no topo da página)

De comer de joelhos! O creme veio com uma crosta de morangos e berries caramelizada. Ao lado, um copinho com Amarula, o famoso licor sul-africano. Aí quebra-se a crosta e vai-se derramando o licor aos pouquinhos. Hum… se um dia eu me tornar chef de verdade esta sobremesa será o meu cartão de visitas!

Capetown 2 – Penísula do Cabo

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Entre o passeio pela bem cuidada praia de Boulders Beach a ver milhares de pinguins ( ver foto acima) e o belíssimo por do sol enfrentando a ventania do extremo sul da África, no famoso farol do Cabo da Boa Esperança ( ver foto no final do texto), paramos para almoçar em um simpático restaurante típico da região de Saint Simon/ Saint James. Trata-se de uma ex-colônia da Marinha Britânica, rica em incríveis histórias de marinheiros dos séculos passados, desde os idos do século 17. Um típico sobrado branco com varanda, igualzinho àqueles velhinhos de beira-mar do sul da Inglaterra, oferecendo o tradicional fish and chips. Mais britânico, impossível. Pois bem, o cardápio oferecia ainda uma mescla de pratos internacionais com tempero local. Apostamos no peixe e no camarão frescos, pescas do dia, segundo o simpático rapaz que nos atendeu. As receitas que se seguem são a nossa interpretação do pratos que escolhemos.

Badejo sobre batatas com molho de alcaparras

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Um prato simples pode aparentar um certo requinte se servido com alguma arte. Vamos primeiro ao preparo do peixe e das batatas: tempere com sal e limão o filé de peixe – cerca de 150 a 200 gr. por pessoa. Reserve. Coloque as batatas baby para cozinhar com a pele, 4 pequenas por pessoa.

Prepare o molho tipo vinagrete: para cada pessoa, pique ¼ de tomate em cubinhos miúdos, junte uma colher de sopa de alcaparras picadas, ¼ de cebola picadinha, sal, limão, azeite e vinagre. Reserve. Cozinhe o brócolis no vapor. Prepare a maionese ou outro molho de sua preferência.

Cerca de quinze minutos antes de servir, grelhe ou asse o peixe, usando manteiga ou azeite. Quando mudar de cor e ficar branco e macio, antes de corar, jogue sobre o peixe um misturinha de cebola ralada, ervas aromáticas, sal e pimenta do reino branca. Tome a manteiga ou o azeite da panela ou assadeira e regue o peixe. Enquanto o peixe cora, use uma forma redonda para enformar as batatas já cozidas e salgadas (veja dica), apertando-as dentro do aro e depois virando-as diretamente no prato. Coloque o filé de peixe sobre a caminha de batatas e cubra-o com o molho que acabou de preparar junto com o peixe. Disponha no prato – veja a foto – o molho de maionese, o brócolis e o vinagrete de tomates e alcaparras.

Obs.: O peixe revelou-se de ótima consistência, o molho saboroso e as batatas sul-africanas são sempre uma boa pedida. O molho de maionese industrializado foi o ponto fraco. Aconselho substitui-lo por um simples fio de azeite de boa qualidade. Para incrementá-lo, soque ervas frescas, misture ao azeite, deixe ficar por algum tempo e depois coe.

Camarões com spaguetti ao molho de pimenta, côco e rúcula

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Tempere os camarões já limpos com sal e limão. Calcule de 150 a 200 gr. por pessoa. Deixe no tempero por quinze minutos. Lave as folhas da rúcula de deixe-as secarem. Corte as pimentas frescas – as que nos serviram parecem com a nossa malagueta porém são maiores e menos ardidas. Se preferir, substitua por pimentão vermelho.

Cozinhe o spaguetti – cerca de 50 gr. por pessoa (veja dica). Enquanto a pasta cozinha, derrame uma colher de sobremesa de azeite sobre na frigideira e frite os camarões até ficarem vermelhos. Retire os camarões da panela. Reserve.

Na borra que ficou, acrescente um fio de azeite ou um pouquinho de manteiga, uma colher de chá de cebola ralada e frite até dourar. Junte a mesma quantidade de molho de tomate caseiro ( por minha conta, na receita do restaurante não tinha nem cebola nem tomate no molho). Misture. Coloque ½ xícara de chá de água quente, raspe toda a borra até formar um caldo homogêneo. Acrescente as pimentas cortadas. Deixe que amaciem. Junte ½ xícara de chá de leite de côco (pode substituir por creme de leite ou uma mistura dos dois). Volte com os camarões. Misture. Deixe que o molho e os camarões cozinhem. Prove o sal. Desligue o fogo.

Escorra o spaguetti. Volte com o molho ao fogo, junte a pasta e as folhas de rúcula. Misture e sirva imediatamente.

Obs.: Para quem não está habituado a comida muito apimentada, há de se tomar cuidado ao pedir ou fazer um prato como este. Gostamos da mistura de leite de côco, porém acho melhor misturar também creme de leite fresco para suavizar o sabor do côco e dar uma consistência menos aguada ao molho.

Abaixo, foto do ponto mais ao sul da África, no Cabo da Boa Esperança, onde o Oceano Atlântico encontra o Oceano Índico

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Bacalhoada

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O gosto pelo bacalhau está no sangue, para quem é descendente de portugueses, como eu e certamente vocês, brasileiros e ainda os nossos seguidores de além mar, que já são muitos. Não só em Portugal, como também nos países de idioma português da África e outros tantos morando pelo mundo afora. Aprendi esta receita com minha mãe, que aprendeu com a minha avó, que aprendeu…lá se vão gerações!

Das receitas que faço com bacalhau, pode até não ser a menos trabalhosa, mas é aquela que provoca os maiores elogios quando a panela de barro chega à mesa. Por minha conta e risco, modifiquei a receita. Aprendi a faze-la colocando os ingredientes todos crus na panela. Observei que, para obter o bacalhau em lascas limpas eu precisava aferventá-lo antes. Uma vez pré-cozido e já macio, me restavam duas alternativas, já na panela do cozimento: 1)deixava os outros ingredientes semi crus para o bacalhau não passar do ponto, ou 2) esperava a batata e os outros ingredientes ficarem cozidos e aí o bacalhau já tinha cozido demais, já estava borrachudo. Mudei a receita e deu tudo certo – este é o meu segredo que conto para vocês!

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Bacalhoada tradicional na panela de barro

Veja em Dicas- Bacalhau como comprar e preparar o peixe para este prato. Ok, agora que o bacalhau já ficou de molho na água por 48 horas , já foi aferventado e limpo, pode começar.

Um quilo de bacalhau dá para 6 pessoas. Escolha 6 batatas inglesas grandes, 6 tomates italianos grandes bem maduros, 3 cebolas grandes, ½ pimentão amarelo, ½ pimentão vermelho ( pode por do verde, também – eu acho indigesto), 4 dentes de alho, 6 colheres de sopa de azeite, 1 colher de sopa cheia de salsinha e outra de cebolinha e mais – dica: 2 a 3 folhas de couve.

Coloque as batatas na panela de pressão, com água cobrindo e depois que a panela apitar, deixe cozinhar por 10 minutos, nada mais. Deixe esfriar e retire a pele. Pique o tomate em cubinhos, a cebola e os pimentões em fatias, o alho fatiado miudinho e o cheiro verde bem miudinho.

Desmanche o filé de bacalhau em lascas, como mostra a foto.

Em uma panela, coloque o azeite, frite a cebola e o alho, junte os tomates e os pimentões. Frite e revire até começarem a amaciar.

Se você já tem uma boa panela de barro curtida, maravilha, se não tem , escolha uma panela larga.

Forre o fundo da panela com as folhas de couve – isto é a dica para as batatas não grudarem no fundo. À medida que for fatiando as batatas no sentido maior, vá colocando as fatias – finas! – na camada do fundo, lado a lado até completar. Por cima, coloque a terça parte do molho e salpique o cheiro verde. Disponha as lascas de metade do bacalhau, formando uma camada. Cubra o bacalhau com outra camada com a terça parte das batatas. Coloque a outra terça parte do molho sobre as batatas e o cheiro verde. Cubra com a última camada de bacalhau, depois as batatas e, por último, o restante do molho. Salpique o cheiro verde. Resumo: 3 camadas de batata, 3 de molho e 2 de bacalhau, nesta ordem: batata/molho/ bacalhau/batata/molho/bacalhau/ batata e molho.

Leve ao fogo baixo, com a panela tampada até verificar que a batata está no ponto, sem deixar que cozinhe demais para não partir ao servir. Logo que começar a ferver, prove o sal e acrescente mais, se necessário, aos poucos. Cuidado, bacalhoada salgada é terrível! A quantidade de azeite necessária será analisada durante o cozimento – não pode ficar seco nem formar uma camada de azeite sobre o molho. Leve o azeite à mesa para quem quiser colocar mais.

Sirva acompanhada de arroz branco.

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Salada de batata, brócolis e ovo de codorna – 18

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Salada 18

Batata, brócolis e ovo de codorna

Quantidade de calorias por porção (1 pessoa): 97

Quantidade de gramas desta salada: 150

batata inglesa é um tubérculo riquíssimo em amido e, por isso, deve ser consumida em quantidades moderadas para não gerar ganho de peso. Contém minerais e vitaminas do complexo B e C que auxiliam no controle da pressão arterial. É relaxante muscular e remineralizante. A batata apresenta também quantidades apreciáveis de triptofano e lítio, que agem como auxiliar nos quadros de depressão.

Ingredientes Quantidade Corte Gramas Calorias
Batata 1 cubos 70 36
Brócolis 1 buquê médio buquezinhos 50 13
Ovo de codorna 4 Ao meio 30 48

 

Cozinhe a batata com a casca para ter melhor aproveitamento de suas substâncias. Despele e corte em cubos.

O brócolis deve ser cozido no vapor. Coloque os buquês já cortados e separados sobre uma peneira e esta sobre um caneco com água. Ponha a água para ferver até que o brócolis esteja cozido. Assim, não perde a cor verde escura nem as vitaminas.

Aproveite a água no fogo para cozinhar os ovos de codorna por 8 minutos. Depois, descasque e parta ao meio.

Tempere a salada com sal.

Nossa consultora: nutricionista Letícia Menicucci

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Comida de rua em Budapeste

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Tarde de sábado de céu azul e temperatura fresca em Budapeste, capital da Hungria. Oba! Feira de comida na rua, barraquinhas, comidas e bebidas típicas a ótimos preços, feitas no maior capricho e deliciosas. Por todo lado, gente bonita e alegre aproveitando o início de primavera e tomando cerveja em canecos enormes! Saí fotografando tudo a fim de mostrar para vocês. Vamos lá, de 3 em 3 fotos. Clique nas fotos para ver o texto de cada uma.

A primeira receita seria a do Goulash, que aqui se chama sopa de Goulash ( pronuncia-se goyash). Esta já saiu no blog. Tem diferenças: a sopa tem muito mais caldo, vem temperada com muita páprica e leva batatas e cenouras. Fazem assim para render mais, pois carne aqui é muito cara e este é um prato bem popular.

A carne de porco é vista em todo lugar, na brasa assam pernil e joelho de porco ( primeira foto) e na chapa fritam embutidos (quinta foto), que apresentam muitas variedades; alguns, tipo salaminho, são comidos crus.

O Pato ao molho de laranja (segunda foto) é delicioso. Este você já pode fazer com receitas que já demos. Veja dica de como cozinhar pato e confira a receita do frango ao molho de laranja. Depois que o pato estiver cozido, siga a mesma receita do frango.

Esta maneira de se fazer batata (que está na terceira foto) é muito boa para acompanhar carnes assadas na brasa. Parece com a Salada de batatas quentes, só que é feita na chapa, por partes. Em uma chapa fritam a cebola cortada em quatro. Na outra, fritam as batatas cortadas e no final jogam por cima bastante cebolinha verde picada. Misturam as cebolas e as batatas com a linguiça, que por sua vez, também já foi frita em outra chapa. Em algumas barracas vi colocarem tomates cortados em quatro sem as sementes, que são fritos junto com as cebolas depois que estas já começaram a corar. Temperam com sal, páprica (sempre doce) em pó e pimenta do reino negra também em pó.

Nas barraquinhas vendem ainda queijos de muitas qualidades e procedências; pães, bolos e biscoitões; uma grande variedade de geléias e de temperinhos com ervas, mel natural, chocolates e outros produtos artesanais, como sabonetes. Já estamos às vésperas da Páscoa: vi lindos ovos, tanto os de verdade pintados à mãos quanto os de chocolate. Difícil resistir!

Frango assado bem original

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Esta é mais uma receita de frango assado que, como você já experimentou, dá muito menos trabalho, pois fica lá no forno cozinhando e você ganha tempo para fazer outras coisas. Porém, se não tiver um molho, fica ressecado. Pois não é que inventamos um molho e acompanhamento juntos, também feitos no forno? Muito prático!

Para assar, prefiro usar coxa e sobrecoxa, pois a carne é mais saborosa que a do peito, por estar perto do osso. Se for usar peito, deixe com o osso e corte em 3 ou 4 partes.

Frango assado  com batatas e cebolinhas baby

São duas preparações feitas em assadeiras diferentes, que você junta no final. Frango para 2 pessoas: 2 coxas (vem com a coxa e a sobrecoxa, que devem ser separadas), sal, alho, pimenta do reino moída, molho inglês.

Lave o frango e deixe de molho na água fervente por 5 minutos. Escorra e tempere. Deixe no tempero por 15 minutos, se estiver com tempo. Passe óleo no fundo de uma assadeira, coloque as partes do frango picadas e cubra com papel alumínio. Leva ao forno preaquecido a 280 graus  por 30 minutos. Quando fincar o garfo e a carne estiver macia, tire o papel alumínio e deixe corar.

Para as batatinhas e cebolinhas: separe as pequenininhas. Tire as cascas. Coloque-as em uma assadeira  de borda alta. Despeje 200 ml de Coca-cola  e uma colher de sobremesa de molho de soja. Salpique sal grosso, se tiver em casa. Misture tudo e coloque para assar com papel alumínio aproveitando o forno.

Quando as batatinhas estiverem macias, retire do forno. Assim que o frango estiver pronto, despeje as batatas, as cebolas e o resto do caldo sobre o frango e sirva.

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Batata dourada

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Existe melhor acompanhamento para carne do que batata? Pelo menos na culinária ocidental, acho que não. Bem…tem gosto pra tudo. Um jeito fácil e rápido de se apresentar as batatas é chamado, originalmente em francês, de sautée ( pronuncia-se sôté), ou seja, cozida na manteiga ou no azeite até alourar. A este ato, se procurar no dicionário, se dá o nome de frigir, mas…não vou pedir para frigir uma batata ou muito menos, saltear – esta palavra é pior ainda, pois remete a tomar de assalto. Nada de violência por aqui, coitada da panela.

Também não dá pra chamar de batata loura, ops, não é cerveja! Nome de receita tem que ser convidativo para que, na sua imaginação, o prato já pareça bonito e apetitoso antes de iniciar o preparo. Por estas e outras, vamos chamar esta receita de

Batatas douradas

As batatas cultivada no Brasil são excelentes, porém duras. Logo, precisam ser pré-cozidas antes de passar na frigideira para dourarem. Três batatas grandes levam, em média, de 8 a 10 minutos para cozinhar na pressão, depois que a panela apita. Isto depende da chama e da panela, portanto, faça um teste no seu fogão, com a quantidade habitual de batata que cozinha para você ou sua família e marque o tempo no relógio. Isto é um dado importante na sua carreira. O ponto ideal é ao dente, ou seja, ponto de ser cortada com facilidade porém que não quebra ao ser cortada. Se quiser cozinhar sem a pressão, tudo bem, mas lembre-se da conta do gás.

Prefiro cozinhar a batata com casca e um punhado de sal. Tirar a pele depois é muito fácil e você não desperdiça nada. Pode até fazer a receita deixando a pele, eu adoro.

Calcule uma batata por pessoa. Corte, depois de pré-cozida, em cubos médios, tipo 3 cm de lado. Coloque na frigideira, ligeiramente aquecida, uma colher de chá de manteiga, azeite ou óleo por batata.  Deixe que espalhe. Sem demora, disponha os cubos de batata uniformemente, tocando o fundo da panela. Assim que corar do lado de baixo, distribua a salsinha e/ou cebolinha picadinhas e salpique um tiquinho de sal. Agora dê um “ôla” na panela. Sabe que é isto? Levante-a da trempe pelo cabo ( é para isto que frigideira tem um só cabo comprido) e faça sucessivos movimentos nesta ordem: para cima e para a frente, voltando à posição original na trempe. Isto é para que os cubos de batata dourem e o tempero se distribua por igual, sem amassar. É fácil ver como os chefs fazem isto nos programas de TV ou nos vídeos no You Tube. Copie e treine, assim um dia você poderá ser chef.

Opções para variar:

1 – frite cebola picadinha e/ou bacon, também picadinho, antes de colocar as batatas.

2- misture um pouquinho de açafrão (ou colorau) à manteiga ou azeite, também antes de colocar as batatas.

3- substitua a salsinha e a cebolinha por folhinhas de alecrim fresco.

4- salpique pimenta caribenha( cuidado, pois é bem forte)

5 – ao invés de cubos, corte a batata em fatias ou meias fatias grossas.

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Batata gratinada

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Quer uma guarnição que vai bem com qualquer carne e que é uma refeição para os vegetarianos? Veja como é fácil preparar esta receita em que só se precisa de batata, molho branco e queijo. Inclusive você pode preparar com antecedência, guardar na geladeira e levar ao forno só na hora de servir!

Batata gratinada

Sal com Alho

Calcule  para cada pessoa: 1 batata média, ½ xícara de molho branco e 4 fatias de muçarela. Cozinhe a batata na água com sal até que fique ao dente. Se for na pressão, será por 8 a 10 minutos depois que a panela apitar. Se for no caneco, deixe cozinhar até que o garfo entre com relativa facilidade. De todo modo, a batata deve ficar firme, para que não se quebre quando for fatiá-la.

Faça um molho branco como na receita que já passamos. O queijo pode ser em fatias ou ralado grosso. Se você adora cebola, pode fatiar bem fino e levar na frigideira com azeite até que doure.

Escolha uma travessa refratária. Coloque ao fundo uma camada de batatas fatiadas (e depois de cebola, se quiser), cubra com o molho branco e depois com o queijo. Repita até terminar, formando 2 ou 3 camadas , conforme a quantidade que preparar. Por cima, sempre deve ter o queijo.

Pouco antes de servir, leve ao forno a 180o. até que o queijo derreta.

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Batata ao murro

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Todo mundo acha este nome engraçado e pergunta o porquê. Coisa de português que é literal, ou seja, leva tudo ao pé da letra. Ora, pois, pois! Esta batata tem este nome porque leva um murro!

 Batata ao murro

Como a batata brasileira é ótima de textura e sabor porém é dura, pré cozinhe na panela de pressão até que fique no ponto de enfiar um garfo e estar cozida e firme (depende de cada panela e do fogo, normalmente seriam 10 minutos depois que a panela apita). Tire a batata da panela, deixe esfriar um pouco , enxugue e enrole em papel laminado. Leve ao forno quente por 10 minutos.

Retire e leve à mesa ainda embrulhada. Na hora de servir, dê um murro com o punho na batata. Abra o embrulho, retire-a de dentro, coloque no prato e regue com o molho de sua preferência.

Sugestão de molhos:

1 – manteiga ou azeite misturado com ervas frescas picadinhas. Pode ser salsinha e cebolinha, ou estas duas com alecrim, ou só alecrim.

2 –  bacon cortado bem miudinho e frito.

3 – molho branco misturado com algum queijo. A melhor combinação é com gorgonzola, depois com provolone ou queijo minas, ou outro queijo qualquer de massa amarela.

4 – ideal para acompanhar bacalhau, neste caso, regue com o caldo da receita do bacalhau.

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Salada niçoise

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Existem saladas em que os ingredientes combinam tanto e são tão gostosas e simples de fazer que passam de uma geração à outra e rodam o mundo. Com estas andanças é claro que sofrem variações, muitas vezes adaptações aos ingredientes locais ou ao gosto de cada um. Sou a favor de dar o nome de origem quando o prato conserva a maior parte dos ingredientes originais. Porém, tem gente que inventa tanto que vira outro prato e, pior, escreve o nome com grafia errada. Já vi muito em cardápios de restaurantes, o que, sinceramente, me deixa irritada. Quer inventar? Acho fantástico, mas invente um nome também! Um bom exemplo do que estamos falando é a

Salada Niçoise ( pronuncia-se nissôáze)

Os ingredientes tradicionais são: batata, ovo cozido, tomate, vagem e anchova. Há receitas com cebola, azeitona e alface. Molho à base de azeite, limão, mostarda. Já está de bom tamanho, não acha?

Em Minas, por exemplo, é difícil e caro encontrar anchovas, então substituímos por atum, que pode ser aquele de lata mesmo. Prefiro não colocar azeitonas, por terem um sabor forte que “mata” os demais. Para quem não gosta de cebola crua, pode deixá-la de fora.

Salada para 2 pessoas: 1 batata, 6 vagens, 1 ovo, 1 tomate comum ou 6 tomatinhos cereja, ½ lata de atum. Cozinhe a batata (se for na pressão, conte 10 minutos depois que a panela apitar). Coloque a vagem e o ovo em um caneco com água e ferva por 10 minutos. Despele e corte a batata, depois de fria, em fatias grossas e depois em quatro. Salpique sal. Corte as pontinhas das vagens e corte-as em três. Corte o ovo cozido e já frio e descascado em quatro partes. Corte os tomates em quatro ( ou em oito) e tire as sementes. Forre o prato com folhas de alface picadas. Distribua a batata, a vagem, o tomate e o ovo, nesta ordem. Escorra o atum e entremeie. Agora, falta regar com o

Molho

Comece preparando, à parte, um molho básico de salada: 1 colher de azeite, a mesma quantidade de vinagre de vinho branco ou de maçã, alguma erva picadinha. Pense: o que combina? Pode ser cebolinha verde, salsinha ou coentro; sempre frescas e picadinhas bem miúdo. Mostarda combina com batata, não é? Então coloque uma colherzinha de café de mostarda amarela ou tipo Dijon. Gosta muito de pimenta? Uma leve poeira de pimenta do reino. Uma pitada de sal, gotas de limão, misture bem e está pronto! Regue a salada ou sirva o molho à parte.

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Batata na salada, curinga na mão

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Uma salada de batatas é um curinga que você tem na mão. Pode ser servida fria, como tira-gosto para uma cerveja bem gelada ou como entrada, junto à salada de folhas verdes. Servida quente, é uma excelente guarnição para acompanhar carnes.

Batata combina com cebola e com frios, tipo salaminho ou salames picantes e também com embutidos, tipo salsicha e linguiça. E, claro, nos lembra a culinária alemã. Então, vamos chamar esta receita que preparamos agora de

Salada alemã de batatas

Separe um caneco para cozinhar as batatas e uma frigideira para fritura.

Para 2 pessoas escolha 2 batatas médias e separe ½ cebola e 1 colher de sobremesa de bacon picadinho. Escolha um destes ingredientes: salaminho fatiado (o que eu prefiro), mortadela em cubos, salsichão ou linguiça aferventada e cortada em pedaços (de tamanho que dê para colocar na boca sem ter que partir).

Para o molho, misture: 1 gema, 1 colher de sobremesa de cada um desses: azeite, vinagre de vinho tinto e mostarda amarela. Tempere com 5 gotas de molho inglês, pimenta do reino e sal.

Cozinhe as batatas ao dente, despele e corte em cubos.  Frite a cebola e o bacon picadinhos em um fio de azeite. Tire do fogo, junte os cubos de batata e mexa com cuidado. Junte o salaminho (ou outro ingrediente que escolher), acrescente o molho e misture com cuidado para não desmanchar a batata.

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Salada portuguesa versátil

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Saladinha fácil de fazer e versátil, pois servida quente acompanha uma posta grelhada de bacalhau ou outro peixe ou carne de sua escolha. São usados os ingredientes tradicionais da cozinha portuguesa: azeite, azeitona preta portuguesa – aquela pequenina deliciosa – ovos, batata e cheiro verde.

Para 2 pessoas: 1 batata grande, 2 ovos cozidos, 2 a 4 azeitonas pretas, sal a gosto, 1 colher de sopa de azeite a outra cheia de cheiro verde.

Cozinhe a batata, despele e corte em cubos grandes. Corte o ovo no meio, em quatro e em oito partes. Pique as azeitonas, a salsinha e a cebolinha. Coloque tudo em uma tigela. Acrescente o azeite com o sal. Balance para misturar os ingredientes sem quebrar. Sirva fria.

Se for servir como acompanhamento, coloque o azeite com o sal em uma frigideira antiaderente. Coloque  com cuidado a mistura feita na tigela e balance a frigideira.

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Frango à Caçarola – o frango básico à francesa

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Aprender a fazer aquele franguinho básico refogado é o primeiro passo que abre um imenso leque de receitas com esta carne de ave que é a mais consumida no mundo. Agora que você já fez aquele peito de frango básico cuja possibilidade de variação é só nos molhos,  compre partes de frango com osso – que pode ser peito, coxa e sobrecoxa – e dedique-se a cozinhá-lo com capricho. Se esta é a sua primeira vez, tenha paciência e siga o passo a passo; pode parecer complicado mas na verdade verá que é bastante simples – só tem que seguir as regrinhas básicas. Se acertar de primeira, ou seja, a receita ficar deliciosa, considere que tem futuro como chef. Conheço muita gente que diz que cozinha e nem sabe fazer um simples frango! Para mineiro, é imperdoável…

Escolhemos uma receita tradicional da cozinha francesa que é um frango básico com batatas e cenouras.

Frango à Caçarola

Veja o que precisa: para esta receita, o frango pode ser inteiro, como na receita tradicional francesa ou então, o corte do frango pode ser o de sua escolha, usualmente, peito ou coxa e sobrecoxa – com osso, sem pele e com alguma gordura (quanto mais amarelinha, melhor). Qualquer receita feita com o corte de frango com osso e alguma gordura fica mais saborosa, pois, no cozimento, o osso dá sabor à carne e a gordura deixa a carne tenra.

Separe um recipiente para deixar o frango no tempero, uma caneco para ferver água, uma panela comum com tampa e uma colher grande.

Para a receita:  2 a 4 pedaços de frango por pessoa; óleo, sal com alho, ½ xícara de cebola picadinha, ½ xícara de chá de vinho tinto, uma colher de sobremesa de farinha de trigo, 1 colher de sobremesa de cheiro verde, 1 ou 2 batatas, 1 cenoura, 6 a 8 azeitonas pretas.

Preparando: Tire a pele do frango e o excesso de gordura. Coloque água quente e um pouco de vinagre em um recipiente e passe o frango no líquido. Retire, enxágue e escorra. Tempere com sal e alho, a conta de espalhar uma fina camada em volta de toda a carne. Deixe no tempero por 1/2  hora.Enquanto isto, pique a cebola e o cheiro verde. Cozinhe e corte em pedaços médios a batata e a cenoura. Torre a farinha de trigo até que fique bege por igual.

Cozinhando: Aqueça na panela uma colher de sobremesa de óleo e frite o sal com alho. Coloque os pedaços do frango. Frite de todos os lados e em seguida, coloque a cebola picada. Continue dourando até que a borra do fundo comece a secar. Aí despeje o vinho. Começando a secar de novo, despeje água fervente até cobrir metade do frango. Baixe o fogo e tampe a panela. Depois de 5 minutos, coloque a cenoura cortada e mais água quente.  Mais 5 minutos, coloque a batata e, se o caldo estiver secando, acrescente mais um pouco de água quente. Continue pingando água quente até que o frango fique macio – deve levar uns 20 minutos no cozimento (para esta quantidade de frango). Não deixe que o caldo seque; ao contrário, deve permanecer pelo menos cerca de um dedo de caldo no fundo da panela. Quando espetar um garfo e verificar que o frango já está macio, coloque uma parte do caldo numa xícara até a metade e dissolva uma colher de sobremesa mal cheia da farinha de trigo já torrada. Junte ao caldo da panela. Misture bem até que o caldo comece a ferver. Prove o sal; se quiser, acrescente um tico de pimenta do reino. Salpique o cheiro verde e pode servir!

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Bacalhau com natas

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Véspera de Natal é aquela correria mas você quer fazer um prato especial para a ceia ou o almoço do dia 25. Pois, vamos ser práticos, pode fazer esta receita com alguma antecedência, guardar na geladeira e na hora é só colocar no forno!

Esta receita é tradicional no Natal em Portugal e tem este nome porque lá eles chamam creme de leite fresco de “natas”. Como pode ser feita para o número de pessoas que desejar, aqui vamos dar a quantidade de ingredientes e fazer a receita para apenas 2 pessoas e você multiplica pela quantidade que quiser.

Bacalhau com natas

O cálculo da quantidade de bacalhau para um prato como este é de uma posta de 300 gr.  para 2 pessoas. Mais: 2 batatas médias, 2 cebolas, 1 xícara de café mal cheia de azeite, 1 xícara de café de molho branco e a mesma quantidade de creme de leite fresco.

Separe uma panela, um escorredor, uma faca de lâmina estreita e afiada e uma espátula. Panela de pressão para cozinhar as batatas. Uma travessa refratária, que vai ao forno e depois à mesa.

Coloque as  batatas para cozinhar na pressão por 15 minutos (conte depois que a panela chiar). Enquanto isto, coloque a posta de bacalhau já dessalgado ( veja Dica – Bacalhau) numa panela com água até que esta comece a ferver. Desligue, escorra, deixe que o bacalhau esfrie. Retire a pele, limpe bem qualquer vestígio de gosma branca, retire os ossos e espinhas. Separe em lascas grandes.

Corte as cebolas em fatias finas. Aqueça o azeite na panela e doure as cebolas até que fiquem amareladas e macias. Para isto, mexa o tempo todo com uma espátula em fogo baixo. Não coloque água. Acrescente um pouquinho de sal e prove se ficou ligeiramente salgada.

Verifique se as batatas estão cozidas, sem estarem moles. Tire a pele e reserve. Misture o molho branco pronto com o creme de leite fresco e tempere com sal, pimenta do reino branca e nós moscada, de modo que fique bem temperadinho.

Coloque a travessa refratária na sua frente. Agora vamos às camadas:

1a. camada: corte 1 batata, já fria, em fatias finas e, à medida que for cortando, disponha-as em uma camada única no fundo da travessa.

2a. camada: coloque metade da cebola.

3a. camada: disponha todas as lascas de bacalhau formando uma camada grossa.

4a. camada: despeje metade do creme.

5a. camada: coloque a outra metade da cebola.

6a. camada: disponha uma camada de fatias finas da outra batata.

7a. camada:  cubra com a outra metade do creme.

Obs: se o bacalhau ainda estiver salgado, elimine o sal dos outros ingredientes.

Tanto você pode levar ao forno para corar as batatas e servir imediatamente como pode preparar de véspera, deixar sem assar e guardar na geladeira até 1 hora antes de ir ao forno. Prefiro fazer de véspera, pois assim o sabor dos ingredientes se misturam.

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Purê de batatas

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Ingredientes

Ingredientes

A palavra purê vem do francês  purée. Pronuncia-se fazendo um biquinho, como se juntasse todo o seu lábio para dar um beijo daquele bem estalado.  Aí, com o biquinho fechado você fala um pî, como um curto apito de uma locomotiva e abre a boca um pouquinho, recua a ponta da língua e a faz tremer no céu da boca para soltar o rê. Vai treinando…pra falar assim só lá na França, por favor. Se eu estivesse na sua frente agora estaria morrendo de rir! Aqui no Brasil se fala purê ou pirê, como quiser.

Panela, colher de pau ou espátula.  Para 2 pessoas: uma batata grande, uma colher de sobremesa de manteiga, ½ xícara de café de cebola bem raladinha, ½ xícara de chá de leite.

Tire a pele  da batata e cozinhe bem, na água fervente. Se tiver pressa, pode por na pressão: para a batata estar bem cozida,conte uns dez minutos depois que a panela começar a apitar (se quiser treinar o pî, pode pensar que o silvo é de um trem!). Amasse bem a batata com um batedor de bife ( ou no espremedor).  Aqueça ligeiramente a panela, coloque a manteiga ( ou óleo), frite uma colherinha rasa de sal com alho e a cebola, sem deixar que core. Coloque a massa da batata e misture até soltar da panela. Espalhe, coloque o leite e misture bem. Prove o tempero, pode acrescentar pimenta do reino branca moída e noz moscada.

Mexa bem até ficar homogêneo

Mexa bem até ficar homogêneo

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Bacalhau à Brás

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Sal com AlhoEsta receita é uma das mais tradicionais da cozinha portuguesa, que a minha família ama. Apesar de ter 7/8 de ascendência lusa, esta maneira de preparar o bacalhau não me foi passada pelas avós. Aprendi a fazer este prato em Lisboa,  há mais de vinte anos, quando fui ouvir um fado no Bairro Alto, onde a receita  foi criada por um tal de Braz. Serviram o bacalhau da casa, delicioso. Fiquei encantada! Na maior cara de pau pedi para aprender a fazer a receita. Pois não é que fui mesmo para a cozinha ajudar a preparar os pedidos?

Tem vantagens: é o bacalhau mais fácil e rápido de preparar, rende muito e sai barato, então dá pra fazer pra muita gente!

Sal com Alho

Esta receita é para 6 pessoas, então convide seus amigos!

Primeiro: veja em Dicas – bacalhau sobre a compra e o pré-preparo do bacalhau salgado.  O bacalhau – de 600 a 900 gr. – deve estar dessalgado, aferventado (não é cozido!) e em lascas grossas e compridas.

Prepare a batata palha. Corte de 2 a 3 cebolas grandes em fatias finas. Estes 3 ingredientes – bacalhau, batata palha e cebola – entram na receita em partes iguais. Separe ½ xícara de azeite, 4 dentes de alho e 4 ovos. Pique cebolinha verde na medida de ½ xícara.

Se tiver uma panela tipo wok, maravilha, porque é  mais fácil de não agarrar.

Despeje o azeite na panela. Frite a cebola até ficar amarelinha. Jogue o alho picado no fundo e deixe que frite. Acrescente o bacalhau e mexa com uma espátula. Junte metade da batata e misture tudo. Agora bata os ovos em uma vasilha funda, acrescente sal e pimenta do reino como se fosse temperar só o ovo. Jogue o ovo misturado na panela de modo que cubra toda a superfície. Vá mexendo com delicadeza até perceber que o ovo ficou  amarelo. Junte o restante da batata e misture. Prove o sal e a pimenta. O ponto do sal é o mínimo para que a mistura perca o sabor adocicado que a cebola dá. Por último, espalhe a cebolinha picada. Leve azeite, sal e pimenta do reino à mesa para que cada um tempere como quiser. Sirva acompanhado de arroz branco.

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