Pato ao tucupi

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Com uma das minhas filhas, que contribuem com este blog, morando em Marabá, a segunda maior cidade do Estado do Pará, no Norte do Brasil, hoje apresentamos a receita mais famosa desta tão elogiada gastronomia. E, desde que consiga obter os ingredientes, é bem fácil de ser feita. A receita é preparada com dois produtos típicos do Pará: o tucupi, um suco fermentado de mandioca, e o jambu, uma folhagem verde escura que formiga na boca, dando uma sensação picante semelhante a uma leve anestesia.

Pato ao tucupi

Para 4 pessoas vai precisar de um pato inteiro (ou quatro coxas grandes), 1 molho (ou amarrado de folhas de jambu), 2 a 3 tomates e 2 cebolas. Sal, alho e pimenta.

Compre um pato inteiro, já depenado e limpo. Corte-o como um frango: primeiro corte fora o pescoço e os pés, depois quebre as juntas e retire as sobrecoxas junto com as coxas. Abra, por cima, a carcaça ao meio e corte os peitos, um de cada lado, rente ao osso. Retire o excesso de pele e gordura das peças e tente retirar o restante da carne dos ossos, em pedaços grandes. Passe os pedaços na água quente com vinagre e escorra bem. Tempere com sal, alho e pimenta. Deixe no tempero por 1 1/2 hora.

Ponha o pato para cozinhar na pressão por 30 a 50 minutos, dependendo da idade e do tamanho do pato. Enquanto isto, ferva 1 litro de tucupi por 15 minutos. Pique os tomates e a cebola.

Separe as folhas do jambu, lave-as e coloque-as dentro de uma panela com um pouco de água quente, a conta de cobri-las pela metade. Tampe para abafá-las, por 10 minutos.

Em uma panela grande, doure a cebola picadinha no óleo ou azeite e junte o tomate picado. Regue com o caldo de tucupi para fazer o caldo. Coloque as partes do pato já macio e cubra com as folhas de jambu. Prove o caldo e retifique o tempero, colocando pimenta malagueta ou dedo de moça, à gosto. Assim que ferver, está pronto. Sirva acompanhado de arroz branco.

 

Cordeiro indiano com damascos

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Esta receita tem por base um prato da legítima culinária indiana. Foi feita com temperos importados* porém usados em menor quantidade, ou seja, adaptada ao paladar brasileiro porque a comida indiana é muito picante. Depois de uma viagem de quase um mês pela Índia, minha filha nos ofereceu um delicioso jantar típico na casa dela com a mesa decorada com peças trazidas da Índia. O prato principal foi esse cordeiro.

Cordeiro indiano com damascos

Ingredientes para 4 pessoas: 500 gr. de pernil de cordeiro sem osso cortado em cubos, 100 gr. de damasco seco, 1 colher de sopa de vinagre de maçã, 2 colheres de sopa de azeite, 2 cebolas picadas miúdo, 1 dente de alho amassado, 10 gr. de gengibre picado em lascas finas, 1 pedaço de canela em pau, 6 cardamomos, 3 tomates maduros picados, 1/2 litro de caldo de carne e 1 colher de café de açúcar.

Temperos: 1 1/2 colher de café de pimenta malagueta em pó (ou 4 pimentas inteiras), 1/2 colher de café de cominho em pó, 3/4 de colher de café de garam masala, 1/4 de colher de café de pimenta-do-reino, sal a gosto.

Coloque os damascos e o vinagre de maçã em uma vasilha e deixe marinar por 3 horas.

Aqueça uma colher de azeite em uma panela e sele (passe de um e outro lado até perderem a cor vermelha e adquirirem um tom bronzeado) os cubos de carne. Reserve-os em uma tigela.

Aqueça o caldo feito com o osso e as aparas do pernil ( veja aqui como fazer um caldo de carne básico).

Deite mais azeite na panela e doure as cebolas no fogo baixo. Quando estiverem translúcidas e macias junte o alho e o gengibre picados. Misture tudo, deixando cozinhar por 3 minutos. Acrescente a canela, os cardamomos e os tomates. Refogue por mais 10 minutos e então acrescente os cubos de cordeiro, a pimenta-malagueta, o cominho, o garam masala e a pimenta-do-reino. Acerte o sal e cubra os ingredientes com o caldo de carne quente.

Tampe a panela e cozinhe em fogo baixo por, ao menos, 40 minutos ou até verificar que a carne está bem macia. Neste ponto, adicione os damascos marinados e o açúcar.

Cozinhe tudo junto por mais 5 minutos e sirva quente.

* com exceção do cardamomo e do garam marsala, os demais temperos são fáceis de se encontrar no Brasil.

Camarão ao molho de coco e pimentões

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Com forte influência da Índia, uma vez que sua raiz cultural e étnica é também indiana, a culinária do Sudeste Asiático, em particular da área costeira da Tailândia é bastante rica em sabores e cores. Os produtos mais usados, além dos peixes e frutos do mar, são as especiarias, como o curry e as pimentas, o coco e frutas ácidas como maracujá, limão e abacaxi. Na adaptação deste prato – que na receita original tailandesa é bastante apimentado para o nosso paladar brasileiro-, troque a pimenta pelo pimentão.

Camarão ao molho de coco e pimentões

Para 4 pessoas: 20 camarões VG, 1 cebola média ( ou 1 xícara de café da cebola picadinha), 1 colher de chá cheia de sal e 1 limão tahiti. 2 colheres de óleo de coco. 1/3 de pimentão vermelho e a mesma quantidade de pimentão amarelo ( de forma que picadinhos completem juntos 1 xícara de café ), ½ xícara de café de salsinha e cebolinha verde picadinhas. Pimenta vermelha crua a gosto, se tiver coragem. Mais: ½ xícara de café de suco natural de 1 maracujá doce (reserve a polpa e as sementes) e ½ xícara de chá de leite de coco. Detalhe importante: pasta de curry verde tailandesa*, que dá um sabor muito especial e faz toda a diferença.

Limpe, escorra e tempere os camarões com sal e limão. Deixe por 15 minutos. Corte a cebola, os pimentões e o cheiro verde bem miudinho (como na foto).

Frite os camarões no óleo de coco até ficarem vermelhos. Retire-os e na mesma frigideira frite a cebola e os pimentões picadinhos até amaciarem ( se precisar junte mais um pouco de óleo de coco). Em um canto da panela, coloque a polpa do maracujá e deixe secar até torrar as sementes, mexendo para não agarrar. Despeje o leite de coco, misture tudo raspando o fundo da frigideira e deixe começar a ferver.

Prove o sal e junte a pimenta ( pode ser o molho de pimenta malagueta) e mais 1 colher de sobremesa da pasta de curry verde. Importante: como a intensidade do sabor dessa pasta pode variar muito conforme o fabricante, é aconselhável colocá-la aos pouquinhos e ir provando. Tempere de acordo com o seu gosto e tolerância à pimenta e temperos fortes. Junte os camarões e deixe ferver por mais 5 minutos.

Dica: faça o prato uns 15 minutos antes de servir, deixando o caldo ralo e os camarões submersos nesse caldo. Na hora de servir é só esquentar, considerando que o caldo irá reduzir. Acompanhe com arroz branco.

* ingredientes da pasta que você encontra no Brasil: curry, limão, capim-limão, gengibre, cheiro verde e leite de coco.

Coelho ao caçador

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Pouca gente tem o costume de comer carne de coelho no Brasil. Acredito que as razões são culturais, pois a criação de coelhos, trazidos da Europa, foi introduzida tardiamente no país. Muitos se aventuram a cozinhá-lo tal qual se faz frango ou carne de porco, como não fica bom, passam a dizer que não gostam de carne de coelho. No entanto, sabendo fazê-lo, é um prato delicioso. Esta receita é proveniente da região da Toscana, na Itália, onde coelho é um prato muito comum e apreciado.

Nesta receita, servimos o coelho com nhoque grelhado e cenouras em corte palito, para dar um colorido ao prato.

Coelho ao caçador – com vinho e tomates

Como o tamanho o coelho varia, vamos tomar por base os ingredientes para preparar 1 (um) kg de coelho. Anote: 6 tomates tipo italiano maduros (ou 1 lata de tomati pelati), 1 cebola branca, 1 cebola roxa, 2 dentes de alho amassados (sem a casca, socados), 150 ml de vinho branco, 1 colher de chá de páprica picante, basílico ou manjericão, azeite, sal e pimenta do reino branca.  Vinho branco para a marinada.

Limpe o coelho e corte-o em pedaços. Prepare uma marinada com a cebola branca picada e os temperos verdes frescos de sua preferência, sal e pimenta do reino branca moída na hora. Para esta receita, além do manjericão, piquei salsinha, cebolinha verde e alecrim fresco. Junte vinho branco. Tome um saco plástico, coloque as peças cortadas do coelho, acrescente a marinada. Feche, deixe na geladeira por, no mínimo, 6 horas. Na metade do tempo, vire o saco de lado. Retire da geladeira e deixe voltar à temperatura ambiente.

Caso for usar tomates frescos: faça uma cruz superficial na lateral de cada tomate, com a ponta da faca. Coloque água para esquentar em uma panela. Quando a água estiver fervendo, desligue o fogo e coloque os tomates, um a um, retirando-os rapidamente, assim que a pele se soltar (use um garfão para não se queimar). Retire a pele com cuidado e parta-os em quatro, para tirar as sementes. Corte-os em cubos pequenos.

No caso dos tomates já pelados, retire as sementes, passando-os em um coador. Corte-os em pedaços.

Em uma panela funda, deite azeite e doure os pedaços do coelho. Retire-os e reserve em um recipiente à parte. Na mesma panela, doure a cebola roxa cortada em fatias. Acrescente a páprica e misture bem até incorporar. Pingue um pouco de água quente para a cebola não grudar na panela. Adicione o vinho branco e deixe o álcool evaporar. Acrescente os tomates, o alho e as folhas de manjericão.

Volte com o coelho para a panela e misture tudo. Acerte o tempero e deixe cozinhar, no fogo baixo, por, ao menos, 40 minutos, acrescentando água quente, pelas beiradas, de pouco em pouco,  até o completo cozimento da carne. Não deixe o molho secar, pois a carne deve ficar completamente envolvida no molho. Quando verificar que a carne está macia e o molho incorporado, está pronto!

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obs: sobrou coelho? Desfie a carne e guarde, junto com o resto do molho, no freezer. Quando precisar, terá  um ótimo ragú para rechear um ravioli caseiro.

 

 

Sopa creme Ha Long

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Voltando à gastronomia do Sudeste Asiático, cuja série com onze receitas regionais foi publicada aqui no blog nos meses de março e abril de 2017, hoje apresentamos uma receita de influência francesa. Considerando que a França dominou a região da Indochina entre 1887 e 1954, é notável a marca da cultura francesa nos sabores e fazeres culinários do Vietnã atual.

Esta sopa (foto principal) nos foi servida no jantar à bordo do barco Paradise Luxury, no passeio que fizemos na belíssima baía de Ha Long, no Mar da China, Vietnã do Norte.

Se for servir um jantar no inverno, esse prato faz bela figura como entrada.

Sopa creme de espinafre e baroa ( ou mandioquinha)

Na verdade esse prato é montado juntando-se dois cremes diferentes. Assim vamos ensinar como fazer as duas receitas separadamente e depois fornecer a dica de como montar o prato igual ao da foto. Esta receita serve 4 pessoas.

Creme de espinafre

 Ingredientes: 1 molho de espinafre, 1 colher de chá de manteiga, 1 colher de café de sal com alho, ¼ de cebola ralada,1 xícara de leite (se tanto), 1 colher de sopa de amido de milho (maizena) diluído em água. Uma pitada de pimenta do reino branca e outra de noz moscada.

Lave as folhas, sem os cabinhos, e esprema com as mãos o excesso de água. Coloque-as sobre uma tábua e bata com a faca, nos dois sentidos, a fim de triturá-las bem. Aqueça a manteiga, doure o sal com alho junto com a cebola picada. Vá juntando, aos poucos, o leite misturado com o amido de milho e mexendo com uma colher de pau, até obter um creme homogêneo e espesso, no ponto um pouco mais mole do que um purê. Acrescente a pasta de folhas cruas de espinafre e misture bem. Prove o sal e tempere. Retire e bata no liquidificador. Retorne com o creme para uma panela limpa. Antes de servir, junte um pouco de creme de leite sem soro, previamente levado à geladeira para ficar espesso.

Creme de baroa ou mandioquinha

Ingredientes: 2 a 3 baroas, 1 batata inglesa, 1 colher de chá de manteiga, 1 colher de café de sal com alho, ¼ de cebola ralada,1 xícara de leite (se tanto). Uma pitada de pimenta do reino branca e outra de noz moscada.

Descasque e corte em cubinhos a baroa e a batata (deve ficar 2/3 de baroa e 1/3 de batata). Aqueça a manteiga, doure o sal com alho junto com a cebola picada, acrescente a baroa e a batata. Vá pingando água quente até que cozinhem. Retire e bata no liquidificador, para obter um creme. Retorne para uma panela limpa e acrescente leite até obter um creme homogêneo e espesso, no ponto um pouco mais mole do que um purê. Prove o sal e tempere. Antes de servir, junte um pouco de creme de leite sem soro, previamente levado à geladeira para ficar espesso.

 

Na hora de montar os pratos – que são servidos como se vê na foto acima – recorte um papel grosso na medida do prato, revista-o com papel alumínio e coloque-o na vertical dividindo o prato em duas partes iguais. Coloque os cremes, de um lado e do outro. Retire o papel vagarosamente e decore com creme de leite colocado dentro de um recipiente com bico (veja na primeira foto). Adorne com uma folhinha de espinafre.No prato servido no barco colocaram também um cogumelo.

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Vermicelli com lombo agridoce

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Um dos pratos mais populares do Sudeste Asiático é constituído de uma base de pasta – pode ser a clássica pasta de arroz ou noodles de farinha de trigo – acrescido de algum tipo de carne – de boi, de porco, de frango ou frutos do mar como camarão, lulas ou vieiras – mais legumes (a cebola nunca falta) ou, excepcionalmente, alguma fruta que não desmanche quando acrescentada. Testei várias combinações e uma das que me agradou muito, pela praticidade, rapidez de ser feita e sabor agridoce, foi a receita que passo a seguir.

Vermicelli com lombo, coco, manga e molho de curry verde

Para esta receita, é melhor temperar e fritar a carne antes ou usar pernil e lombo de porco já preparados (assado ou de panela). Se quiser usar cebola caramelada previamente dá um saborzinho agridoce especial.

Para 2 pessoas: 100 gr. de carne picadinha (ou 1 xícara de chá quase cheia), 1 cebola, 1 colher de chá de óleo, 1 colher de chá de açúcar cristal, 1 colher de molho de tomate caseiro ou de polpa de tomate pelati, 1 colher de sobremesa de green curry*, pimenta a gosto, manga picada em cubos, raspas de coco seco. 100 gr. de vermicelli ( pasta de arroz tailandesa).

Pique metade da cebola em fatias finas e a outra metade em fatias grossas.

Tome uma wok ou panela de fundo largo. Deite a cebola picada fina e deixe-a secar, mexendo sempre com uma espátula. Polvilhe açúcar cristal para caramelizá-las. Retire da panela assim que dourarem. Reserve. Acrescente mais um pouquinho de óleo e doure a cebola cortada grossa. Junte o molho de tomates, o molho de curry verde e a pimenta, à gosto. Misture e prove o sal.

À parte, esquente 1 litro de água e logo que ferver, coloque o vermicelli e espalhe-o com um garfo para separar os fios. Conte dois minutos, retire e escorra.

Enquanto cozinha a pasta, acrescente a carne já pronta, a manga e o coco ao molho que está na wok. Misture para incorporar.  Na hora de servir, junte a pasta. Misture usando dois garfos. Tudo tem que ser feito ao mesmo temo e com rapidez para que os ingredientes não esfriem. Sirva imediatamente.

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Lagostins à tailandesa

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No restaurante que comemos no Asiatique – o centro de lazer com restaurantes e lojas para turistas em Bangkok – a versão original desde bonito prato (foto principal) tem lagostins, mexilhões, vieiras, muita pimenta vermelha bastante picante e um tipo de folha verde, servidos ao molho de ostras. O sabor é delicioso mas a pimenta é tão, mas tão forte que precisei beber a água de três cocos, um em seguida do outro, para conseguir voltar a respirar normalmente! Reproduzindo o prato em casa, substituí a tal pimenta vermelha (que nem tem no Brasil) por pimentão vermelho e por pimenta dedo-de-moça. Se quiser dar sabor mas sem arder, use a pimenta biquinho. Mas se gostar de pimenta, use a malagueta, a jalapeño ou a de sua preferência. Quanto à folha, usei  espinafre, pois é a mais parecida em sabor com a original tailandesa. Pode também ser feito com rúcula. Como não consegui nem mexilhões nem vieiras grandes ( moramos a 450 km do mar), usei lulas. Escolha os frutos do mar que preferir e faça a sua própria receita!

Lagostins e lulas ao molho de ostras – inspiração tailandesa

Ingredientes por pessoa: 150 gr. de lagostins limpos e 150 gr. de anéis de lula. Tempero da marinada: 1 colher de chá de molho de ostra*, suco de ½ limão tahiti, 1 colher de café de lemongrass em pó (capim limão)** e 1 colher de café de gengibre cru ralado. Para saltear: 1 colher de sopa de óleo de coco.

Ingredientes para o molho: ½ cebola fatiada, 1/3 de pimentão vermelho fatiado, 5 pimentas biquinho ou 3 pimentas dedo-de-moça in natura ou suavemente curtidas, 10 folhas de espinafre. Tempero do molho: a marinada em que temperou os lagostins e as lulas, 1 colher de café de gengibre ralado, 1 colher de sopa de molho de soja, ½ colher de café de sal, 1 colher de café de açúcar demerara ou cristal, 1 colher de chá de amido de milho dissolvido em um pouco d’água.

Primeiro prepare a marinada e deixe os lagostins limpos e as lulas limpas e cortadas em tiras grossas pegando tempero por 15 minutos.

Tome uma wok (ou uma panela larga), esquente e salteie os lagostins e as lulas. Tire da wok e reserve.

Na mesma panela, sem lavá-la, salteie bem a cebola e os pimentões já cortados, até ficarem corados. Acrescente o shoyo ( molho de soja) e o açúcar para caramelar. Misture até o açúcar dissolver completamente. Junte as pimentas picadas e os demais ingredientes do molho. Vá pingando água quente até formar um molho de boa consistência. Para dar o aspecto vidrado, engrosse-o com o amido misturado em um pouquinho de água fria. Junte os lagostins e a lula, verifique o cozimento e retifique o tempero do molho, se necessário.

Por último, pouco antes de servir, acrescente as folhas de espinafre, salpique água sobre elas, tampe e deixe amolecerem. Sirva imediatamente.

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Veja abaixo a foto desta receita. Ficou bem diferente do prato que comemos no Asiatique mas bastante semelhante a outros pratos que tivemos oportunidade de comer em várias cidades do Sudeste Asiático, onde esta receita (com pimentões) é bastante tradicional.

*o molho de ostras é encontrado nos bons supermercados ou mercearias de comida oriental.

** dispensável, se não encontrar.

Camarão tailandês no coco

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Em Bangkok, capital da Tailândia, há um interessante centro de lazer que tem o nome de Asiatique . Lá tem lojinhas com todo tipo de artesanato, selecionado e de muito bom gosto. Mas o melhor é a quantidade e variedade de restaurantes, além de uma feira com barraquinhas de comidas típicas. E tem até roda gigante! Pode-se chegar por terra mas o melhor mesmo é tomar um barco (ferry) do próprio parque em uma estação central próxima aos hotéis de luxo, construídos às margens do Rio Chao Phraya, que têm todos eles seus próprios cais e barcos. Assim, além de aproveitar o fim de tarde e a noite ( abre as cinco da tarde) nesse grande e variado centro gastronômico e de compras ainda se vai e volta desfrutando um agradabilíssimo passeio de barco. Ao por do sol é imperdível!

Foi lá que escolhi, entre variadas opções, este camarão servido no coco, bem típico da culinária tailandesa. Confesso que dentre todos os pratos que comi no Sudeste Asiático, e depois reproduzi em casa para passar a receita a vocês, este foi o mais difícil de descobrir os ingredientes originais* e o modo de fazer. Aliás, foi a única de todas as receitas já apresentadas (veja as nove receitas postadas aqui no mês de março) que precisei repetir. Mas valeu, ficou delicioso!

* É claro que eu trouxe a mala cheia dos temperos que só se encontram por lá!

Camarão no coco

Esta receita pode ser feita sem o coco, para servir no prato acompanhado de arroz branco, de preferência feito com água de coco e finalizado com um pouquinho de leite de coco. Afinal, não é nada fácil conseguir alguém para tirar o tampo do coco e, além disso, é preciso fazer essa difícil operação logo antes de servir, pois a polpa do coco do tipo que temos no Brasil escurece rápido. Se estiver cozinhando a dois, se um de vocês for o suficiente forte e ágil, sirva no coco pois fica lindo!

Veja os ingredientes para 2 pessoas: 400 gr. de camarão sem casca e limpo, 1 limão, 1 colher de chá de sal, 1 colher de sopa de óleo de coco. Para o molho: 1 cebola grande, 1 pedaço de repolho que depois de fatiado dê 1 xícara de chá cheia, 1/3 de pimentão vermelho e 1/3 de pimentão amarelo, 1 xícara de café ( 100ml) de leite de coco, 10 folhas grandes de rúcula, 4 talos de cebolinha verde. Tempero do molho: 1 colher de chá de curry em pó, 1 colher de chá de molho de ostra, 1 colher de chá de molho de peixe, suco coado de 1 limão, pimenta a gosto.

Limpe e tempere os camarões, deixando-os no tempero por 15 minutos. Enquanto isto, pique os legumes como na foto. Escorra os camarões. Reserve. Tome uma wok ou panela larga e frite os camarões no óleo de coco (use a metade) até ficarem vermelhos.

Retire-os da panela, acrescente o restante do óleo e frite, tudo junto, a cebola, os pimentões e o repolho picados (o gosto do repolho vai desaparecer no final). Abaixe o fogo, despeje um pouco de água fervente, tampe a panela e deixe que amoleçam. Prepare, à parte, o tempero do molho, misturando bem os ingredientes. Junte o tempero, aos poucos. Prove até ficar do seu gosto, inclusive a pimenta. Desligue o fogo e passe o molho no processador, no modo pulsar, de modo que fique bem misturado, triturado em pedaços pequenos mas não deixe liquefazer – deve ficar um molho grosseiro (aí está o segredo).

Volte com o molho para a mesma panela, junte o leite de coco, retifique o tempero. Pouco antes de servir, junte o camarão, mexa, coloque as folhas de rúcula inteiras e a cebolinha verde picada por cima. Ligue o fogo no fraco, abafe a panela com uma tampa e deixe as folhas murcharem ligeiramente. Está pronto!

Enquanto faz esta última operação, retire o tampo do coco e escorra a água. Coloque imediatamente o molho com os camarões dentro do coco, enfeite com raspas de coco (de outro coco) , ponha uma orquídea do lado e surpreenda seu amor!

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Beef Khmer

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Para quem ainda não leu os textos de apresentação desta série sobre culinária do Sudeste Asiático, vale a pena voltar e conhecer um pouco sobre a cultura khmer. Clique aqui ( Tailândia) e aqui (Indochina) para conhecer algumas coisas interessantes. O centro da cultura Khmer foi Angkor, que hoje fica perto de Siem Reap, no Camboja.

Esta receita, que reproduzi em casa como todas as outras, foi a mais apreciada pela minha família, uma vez que brasileiro adora carne. Parece até uma receita conhecida, em matéria de ingredientes assemelha-se ao lomo saltado peruano, mas o toque de gengibre e os temperos asiáticos fazem toda a diferença. É interessante como a comida dessa parte do mundo, que sofreu influência indiana, chinesa e francesa usa boa parte dos ingredientes (carnes, frutos do mar, peixes, legumes, verduras e frutas) iguais aos nossos, porém é o tempero agridoce e picante que dá o toque oriental à sua fantástica culinária.

Filé preparado à moda khmer ( ou cambojana)

Veja na foto principal a receita que preparamos em casa e siga a receita:

Ingredientes para 10 pessoas: 1 kg. de carne do boi ( a melhor opção é o filé mignon, mas pode ser alcatra), 1 colher de chá de sal, 2 colheres de sopa de molho de ostra e a mesma quantidade de molho de peixe. ½ pimentão vermelho e ½ pimentão amarelo, 2 cebolas brancas e 1 cebola roxa, sal, açúcar e pimenta tipo chili desidratada. À parte: 4 dentes de alho e um pedaço de gengibre delgado medindo 10 cm. (30 a 50 gr.) . ½ xícara de café de óleo, de preferência óleo de coco.

Limpe e corte o filé ao meio no sentido longitudinal. Corte pequenos bifinhos, bem finos – da espessura de 70 mm. Tempere com a mistura já preparada de sal e molhos de ostra e de peixe. Deixe reservado por 30 minutos para pegar tempero.

Corte os pimentões e cebolas em fatias (veja na foto). Corte bem miúdo o alho e o gengibre. Reserve.

Em uma wok bem grande aqueça um fio de óleo e torre o alho e o gengibre. Retire-os da panela e use-a de novo, sem lavar, juntando mais um pouco de óleo, para fritar os filés. Vá fritando aos poucos, para não dar água, afastando os que já mudaram de cor para as laterais da panela e colocando os pedaços crus no fundo. Quando estiverem corados, retire-os e reserve-os em local protegido de vento. Na mesma wok, junte mais um pouquinho de óleo e passe os legumes, até ficarem macios. Por último, junte 1 colher de chá de açúcar aos legumes, deixe derreter, misture bem e tempere com sal e pimenta. Junte a carne e o alho com o gengibre. Misture tudo.

Uma boa opção para acompanhar esta carne é com macarrão tipo yakisoba. Esquente 1 ½ litros de água em uma panela alta. Jogue o macarrão ( 50 gr. por pessoa) e deixe cozinhar. Vigie o ponto – quando der para partir com a colher está bom. Escorra e jogue a água fora. Na mesma panela esquente 3 colheres de molho para yakisoba e passe o macarrão , misturando bem.

Sirva quente, em uma gamela ou travessa larga, colocando o macarrão por baixo e a carne por cima.

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Espetinhos

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Os espetinhos da foto são de Luang Prabang, capital do Laos, temperados com as especiarias de lá, o que lhes dá um sabor picante e ligeiramente adocicado.

Espetinhos são muito populares no Brasil. Já de muitos anos existiam bares como “Tudo no Espeto”, mas agora as Espeterias estão em voga – verdadeira febre – frequentada pelos jovens como alternativa aos cachorro-quentes, hamburguers e temakis. No Peru são muito tradicionais e por lá se chamam anticuchos. Recentemente, para minha surpresa, descobri em viagem recente à Tailândia, Laos, Camboja e Vietnã que os espetinhos são, por lá, uma das comidas mais tradicionais vendidas nos mercados e feiras de rua, preparados na grelha, como todos, mas o que lhes dá colorido e sabor especiais são os temperos.

Espetinhos de frango

São os mais comuns e para temperá-los, use:

Para um peito de frango desossado: suco de ½ a 1 limão, 1 colher de café cheia de sal com alho, 1 pitada de lemongrass (capim limão em pó), 1 pitada de galanga (gengibre em pó), 1 colher de chá de molho de ostra ou de peixe, 1 pitada de açúcar. Misture tudo antes de passar no frango. Deixe pegar tempero pelo menos por 20 minutos.

Depois é só grelhar na brasa da churrasqueira ou frigideira para grelha no fogão.

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Como este post ficou curtinho, veja nas fotos abaixo algumas interessantes cenas de uma feira de rua muito popular e conhecida, em um vilarejo às margens do Rio Mekong, distante uma hora de barco de Luang Prabang, a capital do Laos, um pequeno país do Sudeste Asiático de gente simpática, risonha e acolhedora.

 

Arroz frito

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No Sudeste Asiático é chamado de fried rice o arroz refogado (como no preparo à brasileira) que fica soltinho depois de pronto. É servido como prato independente e não como guarnição. Em países como a Tailândia, Laos, Camboja e Vietnã leva sempre temperos típicos, ovos e legumes.

O arroz branco, ou cozido no vapor – steamed rice – ao contrário, é apenas cozido em água, sem tempero algum e fica bem empapado, grudado e ao dente, em blocos. No Brasil, de brincadeira, quando alguém faz um arroz assim, que pra nós passou do ponto, dizemos que ainda não pode casar, pois nem arroz sabe fazer!

Arroz frito asiático

Para 2 pessoas, separe: 1 xícara de chá de arroz cru (sem lavar), 2 colheres de sopa de óleo, 1 colher de chá de sal com alho, 1 cenoura, 1 cebola, 1 colherinha de café de açafrão em pó ou cúrcuma, para dar cor. 2 ovos, 4 talos de cebolinha verde.

Despele e corte a cenoura em cubinhos bem pequenos. Corte a cebola à gosto. Pique a cebolinha. Deixe-os separados. Esquente 1 litro de água em um caneco.

Em outra panela, esquente o óleo, frite o sal com alho junto com o arroz. Junte a cebola e a cenoura. Misture bem e frite até começar a dar borra no fundo. Abaixe o fogo e despeje água fervente até cobrir o arroz (na altura de um dedo a mais que a superfície sólida). Imediatamente, misture o açafrão e mexa. Prove o tempero, retifique o sal se necessário, tampe a panela e deixe o arroz cozinhar. Se for preciso, junte mais água.

Assim que o arroz estiver cozido e um pouco antes de servi-lo, frite os ovos em uma frigideira e, ainda meio moles, junte-os ao arroz com a cebolinha picada. Misture e sirva imediatamente.

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Misture tudo e sirva quente

Misture tudo e sirva quente

Dica: se gostar, dê um toque indiano temperando também com uma pitada de curry, outra de cominho e ainda pimenta do reino ( coloque os temperos, aos poucos, na primeira água do cozimento). Nesse caso, pingue uma gotas de limão na água do arroz para tirar o gosto terroso desses temperos.

Salada de lulas marinadas

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Banhado a leste pelo Oceano Índico e a oeste pelo Oceano Pacífico, o Sudeste Asiático, onde estão a Tailândia, o Laos, o Camboja e o Vietnã, tem a forma de uma península. Tanto a Tailândia quanto o Vietnã têm longas extensões de costas e, naturalmente, a pesca de frutos do mar é muito farta.

Este tipo de salada é frequentemente servida como entrada. As verduras e os legumes podem variar, como também pode ser feita com camarões, polvo e/ou vieiras. O modo de preparar os frutos do mar é sempre o mesmo.

Lulas marinadas

Para marinar as lulas (ou peixe, camarões, polvo e vieiras) esprema bastante suco de limão e acrescente a mesma quantidade de vinagre. Salgue. A quantidade de líquido deve cobrir as tiras de lula. Deixe por meia hora. Escorra e use-as na salada.

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Outra forma de fazê-las é grelhando-as em uma chapa, depois de marinadas e bem escorridas. Nesse caso, para não ficarem muito secas, sirva-as com um molho agridoce, facilmente encontrado nos melhores supermercados. Veja a apresentação na primeira foto abaixo e ainda outros pratos com lulas:

Arroz tailandês no abacaxi com camarões

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Imagine estar em um terraço às margens do Rio Chao Phraya em Bangkok, a cosmopolita capital da Tailândia, apreciando a vista dos barcos cortando as águas do rio resplandecendo ao sol. E aí o garçon coloca à sua frente este abacaxi tropical recheado de camarões e castanhas! Foi o presente que me dei no primeiro dia deste ano de 2017 além, é claro, de uma visita ao Palácio Imperial. Veja as fotos e aprecie a maravilha:

 

Agora traga um pedacinho da Tailândia para sua casa e prepare este agrado para as pessoas de quem você gosta.

Arroz tailandês no abacaxi com camarões e castanhas

Esta receita pode ser feita e servida em um prato comum mas fica muito mais interessante se for servida dentro do abacaxi.

Ingredientes para 8 pessoas: 4 abacaxis, 2 xícaras de chá de arroz, 2 colheres de sopa de óleo de coco (pode usar outro, mas este dá um aroma e um sabor inigualáveis), 1 colher de chá de sal com alho, a mesma quantidade de sal e de açúcar. Tempero: 1 colher de café de açafrão (ou cúrcuma) misturado a ½ litro de água. 1 colher de café de curry e 1 colher de chá de lemongrass em pó ( capim limão), 1 colher de café de suco de limão.

Calcule de 6 a 8 camarões por pessoa, dependendo do tamanho. Mais 200 gr. de castanha do cajú.

Limpe os camarões e tempere-os com sal e suco de ½ limão. Deixe por 15 minutos.

Escolha 4 abacaxis bem maduros e firmes e corte-os ao meio no sentido longitudinal. Com a ajuda de uma faca e de uma colher grande de arroz retire a polpa de modo a formar um barquinho. Retire o talo central e corte a polpa do abacaxi em cubinhos. Reserve.

Doure o arroz no óleo com o sal e o alho até ficar moreninho. Junte a água fervente com o açafrão e os temperos. Prove e retifique a gosto. Deixe o arroz cozinhar, juntando, se necessário, mais água, sempre quente, até ficar no ponto.

Enquanto isto, doure os cubinhos de abacaxi e acrescente o açúcar para caramelizar. Reserve.

Em outra panela, despeje um fio de óleo de coco e frite os camarões até ficarem vermelhos. Desligue e reserve.

Torre as castanhas em uma frigideira. Reserve.

Assim que o arroz estiver cozido, junte o abacaxi e os camarões já fritos. Pouco antes de servir, misture e finalize com a cebolinha verde. Preencha o miolo dos abacaxis com o arroz e cubra com as castanhas.

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Rolinho Primavera

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Desde muitos anos costumo comer Rolinho Primavera em restaurantes chineses, mas nunca os comi tão especialmente saborosos como aqueles que nos foram servidos a bordo do barco da Paradise na Baia de Halong, que faz parte do Mar da China Meridional, na costa norte do Vietnã. Para vocês terem uma ideia, a baia é considerada uma das sete maravilhas naturais do mundo e é realmente deslumbrante! Veja pelas fotos como a nossa estada de um dia na baia foi inesquecível.

Um detalhe muito importante foi que tivemos aula ao vivo de como preparar os rolinhos e ganhei até diploma! ( veja abaixo)

Rolinho primavera

Veja na foto principal os rolinhos feitos em casa com a receita a seguir:

Para 15 rolinhos, separe: 500 gr. de frango (pode ser carne de porco), 1 colher de chá rasa de sal com alho, 1 colher de chá de sal, 1 colher de café de pimenta chili desidratada. Recheio: 1 cenoura pequena (150 gr.), 1 cebola branca pequena (150 gr.), ¼ de cebola roxa (30 gr.), ½ xícara de café de talo de cebolinha verde, 8 cogumelos de paris frescos (30 gr.), 1 xícara de café de funghi sechi (15 gr.)3 ovos, 1 colher de café de sal e outra de açúcar, 50 gr. de macarrão de arroz tipo vermicelli ( bem fininha).

Obs.: a receita original consta 30 gr. de cebola, 30 gr. de cebola primavera e 30 gr. de shallot no lugar da cebola branca e da roxa.

15 folhas de pasta de arroz ( pode substituir por folha de massa para pastel se não conseguir achar a folha de arroz como a da foto. Advertência: não é a mesma receita e ficará grosseiro e pesado)

Se quiser servir com molho: 5 colheres de sopa de água, 1 colher de sopa de molho de peixe, 1 colher de café de suco de limão ou de lima. Temperar a gosto com molho de pimenta chili , alho picadinho, açúcar e ervas desidratadas.

Limpe o peito de frango e corte-o bem miudinho, como se fosse moído. Tempere com sal, alho e pimenta. Deixe 15 minutos no tempero enquanto pica os outros ingredientes.

Raspe a pele e passe a cenoura no ralo grosso. Pique bem miudinho as cebolas, a cebolinha e o cogumelo fresco. Coloque o funghi para hidratar em um caneco com pouca água e leve ao fogo até ficar macio. Escorra e pique miúdo. Deixe tudo separado. Reserve a água do cozimento do funghi, junte mais água e deixe ferver. Coloque um pouco de sal e despeje o vermicelli. Retire após 2 minutos, antes de amolecer. Escorra e reserve.

Tome uma panela tipo wok antiaderente e leve ao fogo com o frango e as cebolas. Assim que corarem, junte os cogumelos e a cenoura. Acrescente a cebolinha verde e o vermicelli. Misture o tempero aos ovos e espume-os com um fuê. Junte aos outros ingredientes na wok, misture bem. Assim que observar que o ovo começa a branquear, desligue. Deixe esfriar.

Separe as folhas de arroz. Tome uma bacia que caiba a folha sem dobrar e ponha 1 cm de água fria. Coloque apenas uma folha dentro d’água, virando de um lado e outro por segundos, verificando que fica maleável. Retire, escorra o excesso d’água e deite-a em uma superfície lisa e seca. Coloque 2 colheres de sopa do recheio dentro e enrole – observe a sequencia nas fotos. Repita a operação até ter todos os rolinhos prontos.

Aqueça óleo em uma panela funda de modo que o nível do óleo seja igual à metade da altura do rolinho ou pouco mais. Deixe esquentar o suficiente e vá fritando os rolinhos aos poucos, virando-os de um lado e outro até dourarem por igual. Retire e deixe secar sobre uma folha de papel absorvente. Coloque-os em um recipiente com tampa até ficarem todos prontos.

Sirva quente, com ou sem o molho, como aperitivo ou acompanhado de salada.

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Diploma conferido após aula a bordo do barco Paradise na baia de Halong:

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Veja algumas variedades servidas nos diversos restaurantes do Sudeste Asiático:

Sopa Indochina

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Iniciamos nossa série sobre culinária do Sudeste Asiático com esta receita de sopa porque é o prato mais tradicional de toda a região. Embora de influência chinesa, esta sopa – muito leve, saudável e nutritiva – tanto é oferecida em todos os bufês de café da manhã ( e outras refeições)dos hotéis quanto é a comida mais popular servida nas ruas e mercados. É comum ver-se nesses locais uma mulher diante de um caldeirão de sopa servindo-a aos passantes, que se assentam em banquinhos muito baixos para tomá-las como primeira refeição do dia. Eu, particularmente, encantei-me com a sopa porque além de deliciosa, parece leve mas sustenta. Além disso, por ter substituído, todas as manhãs, pão, bolo e outros alimentos tradicionais do café da manhã ocidental por esta sopa, depois de 25 dias entre Tailândia, Laos, Camboja , Vietnã e Singapura voltei com uma pele maravilhosa!

Sopa de frango com vermicelli e folhas verdes

Esta sopa tem como ingredientes fundamentais: partes de frango com osso e pele (a cartilagem tem colágeno) mas pode ser também carne de porco – estas para se fazer um bom caldo, vermicelli ( aquela pasta de arroz branca e bem fininha), folhas verdes e broto de feijão. Para temperar é usado: limão, sal, alho, capim limão em folha ou em pó, galanga ( da família de gengibre) em pó e pimenta (usam bastante pimenta bem picante)

 

Para 2 pessoas, separe 4 coxinhas da asinha e para temperá-las: 1 limão tahiti, 1 colher de chá de sal com alho, 1 pitada de galanga (gengibre em pó) e outra de lemongrass ( capim limão em pó). Mais: 100 gr de vermicelli ( pasta de arroz bem fininha), um punhado de broto de feijão, cebolinha verde, salsa e folhas verdes – das que existem no Brasil, sugiro rúcula, acelga e alface americana. Pode acrescentar cogumelos frescos, ficará muito mais gostosa! Indispensável: molho de pimenta vermelha.

Primeiro tempere as partes do frango e deixe por 15 minutos. Esquente 1,5 litros de água. Leve-as a uma panela com 1 colher de sobremesa de óleo já aquecido e frite-as. Estando douradas, entorne toda a água, tampe a panela e deixe cozinhando por ½ hora, em fogo brando, ou até a carne ficar bem macia.

Enquanto isto, corte os vegetais e afervente o cogumelo fatiado. Tudo junto deve dar dois pratos de sopa bem cheios.

Pouco antes de servir a sopa, acrescente ao caldo fervente o vermicelli, mexa com um garfo para soltar os fios e imediatamente junte o broto de feijão, o cogumelo e os verdes. Conte 2 minutos e a sopa estará pronta. Nunca deixe passar desse tempo, pois as folhas murcharão e perderão suas vitaminas.

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Veja a nossa sopa feita em casa:

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Sabores da Indochina

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Visitando no Sudeste Asiático a antiga Indochina Francesa, formada hoje pelo Laos, Camboja e Vietnã, nota-se que a culinária desses três países é bastante semelhante. Além da proximidade, predomina a herança cultural da rica civilização Khmer, que floresceu às margens do extenso lago Tonlé Sap, ao norte do Camboja, desde o final do século VIII e teve seu apogeu entre os séculos XI e XIII. A cultura Khmer é uma mescla de crenças, valores e costumes tanto hindus quanto chineses.

Fato de extrema importância para a economia da região é a grande variação hídrica do Rio Mekong (que desce por 4500 km desde o Tibete até o Mar da China Meridional) e, em território cambojano, de seu afluente Tonlé Sap e do lago de mesmo nome. Além da fartura de pesca o ano inteiro, quando esse sistema baixa de volume, após a cheia, deixa ampla extensão de terra fértil para o cultivo agrícola. Nos mercados populares, impressiona a variedade de peixes e de hortaliças provenientes do cultivo de beira-rio, além da diversidade de frutas e da oferta de animais de abate. Fatores geográficos tão favoráveis deram origem a uma alimentação farta, constituída de alimentos sempre frescos, leves e saborosos.

A colonização francesa, que durou de 1887 a 1954, deixou uma leve marca na confeitaria e na arte da apresentação dos pratos. Porém, diferente da gastronomia brasileira que fundiu diferentes culturas culinárias, não se nota uma cozinha de fusão entre a tradicional comida khmer e a francesa. Há restaurantes de um tipo e de outro e naqueles de culinária internacional o cardápio as oferece separadamente. É claro que há raras exceções, dentro da nova onda fusion que varre o mundo.

Há algumas características marcantes que diferem a comida tailandesa daquela da antiga Indochina. Enquanto na primeira predominam os frutos do mar, pela grande extensão de praias, na segunda há nítida predominância de camarão de água doce, peixes, frango e porco. Não se usa tanto curry como na comida hindu, nem tantas especiarias como na culinária tailandesa , muito menos tanta pimenta e gengibre quanto na chinesa. Os temperos são predominantemente frescos, como as pimentas kampot e chili in natura, as ervas aromáticas com destaque para o capim limão, o coentro e a hortelã e os diversos tipos de gengibre. Como na culinária tailandesa, usa-se em larga escala os derivados da bananeira (além da banana, é claro), o leite de coco e limões diversos. Como nas demais culinárias asiáticas, tempera-se com alhos, cebolas e molhos de tamarindo, de soja, de ostra e de peixe.

Três tipos de pratos são onipresentes: os caldos que levam algum tipo de carne, pasta fina de arroz e vegetais; os refogados e cozidos feitos com camarão, peixe, frango ou porco acrescidos com legumes e ainda o arroz em duas versões, cozido na água sem tempero algum ou então frito, podendo ser misturado com ovos e legumes.

Um dos pratos típicos mais populares na região é o Amok Fish – peixe (ou frango) temperado com amok, misturado com leite de coco e clara de ovo, enrolado em uma trouxinha de folha de bananeira e cozido no vapor. Saudável delícia!

Autora: Silvania Capanema – jornalista, responsável pelo blog http://www.salcomalho.com

Artigo publicado na edição de fevereiro de 2017 do Jornal Primeira Linha, de Belo Horizonte, na minha coluna mensal “Segredinhos da Gastronomia”

Sabores da Tailândia

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Hoje iniciamos uma série de postagens sobre a gastronomia do Sudeste Asiático. Em recente viagem, em janeiro deste ano, à Tailândia, Laos, Camboja, Vietnã e ainda à Singapura, tive a grata oportunidade de degustar pratos deliciosos e pesquisar a gastronomia local. Você já sabe como faço: tão logo volto para casa, convoco a assessoria das duas filhas e experimentamos refazer todos os pratos, fotografando o passo-a-passo e escrevendo a nova receita em detalhes. Fevereiro foi um verdadeiro festival de comidas deliciosas aqui em casa. Agora é a sua vez!

Sabores da Tailândia 

A exuberância deste país de belas paisagens, rica cultura milenar e gente acolhedora traduz-se em sua apreciada culinária.

Em qualquer restaurante de categoria na capital Bangkok, o bom gosto na apresentação e a complexidade da mistura de temperos demonstram esmero no preparo dos pratos.  Os ingredientes são sempre frescos e da melhor qualidade. Uma iguaria  tailandesa se come com os olhos e o olfato antes de ser degustada. Tudo é pura e simplesmente arte. A sofisticada ornamentação dos pratos vem na medida certa para dar forma, colorido, textura e aroma com perfeita harmonia. A imaginação é infinita no preparo meticuloso para surpreender o comensal. Pode-se usar um bambu cortado, um coco verde descascado ou a metade de um abacaxi, de um maracujá ou de alguma das exóticas frutas de cores vibrantes e texturas inusitadas para servir de recipiente. Pode ser uma orquídea, um raminho de flores delicadas ou um laçarote de capim limão para dar graça e perfume. Lascas de frutas transformam-se em sugestivas e delicadas caudas de dragão ou penachos de pássaros.

A fartura da pesca oceânica e de água doce, incluindo os criatórios de mariscos, fornece ampla variedade de peixes e frutos do mar. As terras férteis, pela abundância de água e de sol, produzem grande diversidade de frutas doces e legumes e verduras  viçosos. Das terras baixas e alagadas vem o arroz de qualidade excepcional. Da criação das famílias camponesas vem frangos, patos e porcos engordados com produtos cultivados nas próprias chácaras.

A influência das culinárias indiana e chinesa é percebida na mistura de temperos como o curry, o gengibre, as pimentas e as ervas aromáticas. Toda essa abundância contribui para fazer da gastronomia tailandesa uma das mais respeitadas do mundo.

Por outro lado, a comida de rua é simples no fazer e de paladar mais ativo. Toda família de classe média que vive em casas estreitas e altas na área urbana tem um pequeno comércio no nível da rua, muitas vezes dedicado à alimentação. É nas calçadas que se preparam espetinhos de frango e de porco assados em rústicas bacias com carvão, peixes e bolinhos fritos em grandes caldeirões. Oferta-se uma grande variedade de frutas e de doces de coco, amendoim, abóbora e batata doce. O tailandês tem por hábito comer nas calçadas, em companhia da família e dos amigos, assentado em banquinhos minúsculos, tendo sempre à frente uma caneca cheia de café.

O prato mais típico da Tailândia é o Pad Thai. As carnes de frango e porco são cortadas em finas lascas. Em uma wok frita-se essas carnes e o camarão em óleo de coco ou de palma. Acrescenta-se ovos e ervas de folha. Junta-se rapidamente a pasta fresca de arroz tradicional ( de forma igual a um vermicelli, spaguetti ou tagliatelle  bem fino) já passada na água fervente. Mistura-se tudo e acrescenta-se cheiro verde picadinho e amendoim torrado e moído. Tempera-se com o molho pad thai- uma mistura de molhos de peixe, de soja, de tamarindo e especiarias. Experimente fazê-lo!

Autora: Silvania Capanema – jornalista, responsável pelo blog http://www.salcomalho.com

Artigo publicado na edição de janeiro de 2017 do Jornal Primeira Linha, de Belo Horizonte, na minha coluna mensal “Segredinhos da Gastronomia”. 

Papas bravas

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Sabe o que quer dizer “ir de tapas”? O espanhol típico sai do trabalho para ir em casa almoçar e aproveita pra tirar uma soneca, ou seja, faz a sesta. Daí volta, trabalha mais um pouquinho até o fim da tarde e então sai, de bar em bar, bebendo umas antes de retornar à casa para a ceia, que sempre é bem tarde. É costume os bares oferecerem alguns petiscos grátis – os tapas – acompanhando o primeiro pedido de bebida. Então os espanhóis combinam de sair com a turma de amigos, se encontram no primeiro bar, tomam só uma rodada de bebida – cerveja, vinho ou espumante – e de lá seguem para outros bares. E assim, de bar em bar, só pagam a bebida!

O costume de servir tapas vem de longe. Antigamente, os espanhóis paravam nas estalagens de beira de estrada pra descansar, bebiam demais e aconteciam muitos acidentes nas estradas ( com cavalos e carroças!). Então o governo baixou uma lei obrigando os estalageiros a colocar um pratinho com petiscos sobre o copo de bebida e o viajante só podia beber depois de comer. E só se pagava a bebida! Os tapas mais tradicionais são pan com tomate e papas ( batatas), por serem mais baratos. Hoje os bares da moda disputam quem serve os tapas melhores, mais sofisticados e originais. Servem três porções mínimas de petiscos, já incluídos no preço da primeira bebida, e logo oferecem o cardápio. E como já nos conquistaram pelo paladar, a gente fica no bar e pede outros e outros petiscos ( pagando, claro!)

Papas bravas

 Um tradução razoável seria: batatas rústicas. A característica delas é que sempre vêm cortadas em cubos, são servidas com a casca, parecem amassadas ( ou murchas), e sempre estão crocantes por fora e macias por dentro. Deliciosas e perfeitas para acompanhar bebidas, como aperitivo ou carnes de qualquer tipo, como guarnição. São muito populares na Europa, principalmente na Espanha, onde se chamam papas bravas. Nos bares e restaurantes são preparadas em chapas ou fornos industriais que não temos em casa. Por isto, eu nunca conseguia fazê-las! Mas tanto tentei que um dia descobri como fazê-las em casa de modo a ficarem perfeitas! Vou passar o segredo:

Primeiro, é indispensável comprar daquela batata que vem envolta em terra, porque, ao cozinhar, retém menos água. Vai precisar de óleo, sal e ervas desidratadas – a versão mais tradicional é com herbes de Provence, ervas finas ou alecrim. Pode também colocar cheiro verde ( salsinha e cebolinha picadinhas).

 

Lave e enxugue as batatas. Cozinhe-as ligeiramente, inteiras, a conta de perceber que, ao cortá-las, ainda oferecem resistência mas não estão cruas por dentro. Retire da água e enxugue-as. Mantenha a pele, cortando-as em cubos com cuidado para não danificá-las.

Em uma panela alta, despeje bastante óleo e deixe esquentar. Coloque os cubos de batata em uma peneira e esta dentro da panela, de modo que as batatas possam ficar dentro do óleo quente. Espere que fritem, sem corar. Retire e deixe descansar. Pode fazer isto com antecedência.

Antes de servir, aqueça o forno a 150 graus e quando estiver bem quente coloque os cubos de batata espalhados – uma só camada – numa assadeira e leve-os ao forno. Vigie até que corem – vai notar que murcham, por perder água. Assim que estiverem bem corados, retire-os do forno, salpique o sal e as ervas.

Opções para variar: há quem coloque por cima das batatas um molho bem temperado de tomate ou então molho de mostarda. Pode também regá-las com azeite. Também pode acrescentar queijo parmesão ralado e levar ao forno novamente só para derreter o queijo.

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Torta Santiago

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Esta torta de amêndoas é uma verdadeira instituição da região da Galícia, no Norte da Espanha. É como o queijo Minas para os mineiros e o champagne para uma determinada região da França, ou seja, tem uma denominação de origem protegida, desde 2006. A versão mais comum da história conta que esta torta, então com o nome de Torta Real, foi oferecida a D. Pedro de Portocarrero, em 1577, em sua visita à Universidade de Santiago de Compostela. A primeira receita, como a torta é conhecida hoje, data de 1838, escrita nos cadernos de Luis Bartolomé de Leybar.

Quando percorri à pé uma boa parte do famoso Caminho de Compostela – veja aqui todo o itinerário gastronômico – me prometi como prêmio que, chegando à cidade de Santiago de Compostela, a primeira coisa a fazer seria comer uma boa fatia de uma torta autêntica. Daí gostei tanto que aprendi a fazê-la.

Torta Santiago

 Procurei seguir a receita mais tradicional possível e ainda, conforme o costume, enfeitei a torta com a marca da Cruz de Santiago.

Esta receita não dá para fazer medindo os ingredientes em xícaras e colheres, como fornecemos as receitas aqui neste blog. Então, é preciso ter uma balança para pesar corretamente os ingredientes. A torta é composta por duas partes, uma massa de torta e uma cobertura que são assadas junto.

Para a massa da torta separe: 160 gr. de farinha de trigo, 90 gr. de manteiga, 1 ½ colher de sopa de açúcar refinado, 1 ovo, 1 colher de café de extrato de baunilha.

Misture tudo até obter uma massa homogênea, faça uma bolota e deixe na geladeira por 30 minutos. Unte com manteiga uma forma redonda baixa (que solte o fundo) e estenda a massa abrindo-a sobre a forma e deixando as beiradas altas, até a borda da forma, como na foto. Fure-a com um garfo para não subir e estourar enquanto assa. Reserve.

Para a cobertura separe: 3 ovos, 120 gr. de açúcar, 180 gr. de farinha de amêndoas ( separe à parte 2 colheres de sopa), 30 gr. de manteiga derretida e a casca ralada de 1 limão. Bata os ovos com o açúcar, acrescente a farinha de amêndoas e a manteiga. Misture, por último as casquinhas de limão. Despeje o creme sobre a massa enformada, espalhe e uniformize a altura. Polvilhe com o restante da farinha de amêndoas que separou. Leve ao forno a 200 graus até corar por cima e ficar bem assada ( faça o teste do palito para ver se sai limpo). Desenforme somente depois que estiver fria.

Desenhe em uma folha de papel e recorte a Cruz de Santiago. Coloque-a sobre a torta e polvilhe com açúcar de confeiteiro. Retire o papel e está pronta!

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Tortilla de batata

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Esta semana fechamos as aulas de culinária do ano com um cardápio de comida espanhola. Neste ano de 2016 escolhemos como tema dos nossos jantares a gastronomia internacional, ensinando a fazer pratos da comida típica de doze países. Em nosso jantar espanhol tivemos tapaspan com tomate com coberturas variadas), tortilla e papas bravas servidas com sangria. O prato principal foi a Paella valenciana e, como sobremesa, servimos a Torta Santiago. Nos próximos posts daremos as receitas das papas bravas e da torta.

Um dos pratos mais tradicionais da culinária espanhola é a tortilla ( diga tortilha) de batata. A melhor que já comi na Espanha foi em Calzadilla de la Cuenca, no Caminho de Santiago. A receita abaixo é a mais comum, feita com batata, cebola e ovos, mas pode ser feita incluindo como ingredientes cheiro verde ( salsinha e cebolinha) , ou embutidos (como linguiça e salames).

Tortilla de batata

Para 8 pessoas separe 6 batatas grandes, 3 cebolas grandes, 6 ovos, sal e pimenta do reino.

Cozinhe as batatas com a casca, deixando-as ainda um pouco duras. Despele-as e corte-as em fatias finas. Corte a cebola em fatias finas.

Tome uma frigideira antiaderente grande e comece passando as cebolas em um fio de azeite, a conta de amaciá-las, sem deixar corar. Tempere com um pouquinho de sal e pimenta. Retire da panela.

Bata as claras com um fuê até que espumem e vá juntando as gemas aos poucos. Tempere com sal e pimenta do reino.

Passe outro fio de azeite na mesma frigideira e espalhe. Coloque a primeira camada de batatas gastando 1/3 da quantidade. Salpique sal e pimenta.

Coloque a segunda camada de cebolas gastando 1/2 da quantidade. Despeje, espalhando pela panela toda, metade dos ovos batidos. Repita as camadas: 1/3 da batatas ( salpique sal e pimenta), a outra metade da cebola, o restante dos ovos. Cubra com a última parte das batatas, salpique sal e pimenta. Aperte e acomode para uniformizar.

Observe o cozimento dos ovos – quando estiver amarelo nas beiradas ( como omelete), abaixe o fogo e prepare-se para virar a tortilla.

Tampe a frigideira com uma forma redonda de pizza. Coloque por cima um pano de prato dobrado ( para não queimar). Agora firme bem a forma com uma mão espalmada e com a outra vire a frigideira de cabeça pra baixo. Levante e retire a frigideira com cuidado para não partir a tortilla. Recoloque a forma sobre o fogo baixo para que termine de cozinhar por baixo. Retire a tortilla da forma e passe-a para o prato que irá servir, escorregando-a devagar, com a ajuda de uma espátula. Sirva imediatamente.

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Asinhas ao molho agridoce do Restaurante Kion

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Quer saber porque a comida chifa é tão apreciada e popular no Peru? Pois conto a história. Os primeiros chineses que chegaram ao Peru, em 1849, espalharam-se pelas plantações costeiras, necessitadas de trabalhadores que vieram substituir os negros depois da libertação dos escravos. Ainda no século XIX vieram da China, principalmente da província de Guangdong, mais de cem mil trabalhadores. Terminadas a Guerra do Pacífico e a 2a. Guerra Mundial em 1945, a crescente urbanização e industrialização levou esses imigrantes e seus descendentes para Lima e outras cidades. A partir de 1950, o bairro chinês de Lima começa a crescer e na Capon Street surgem pequenos restaurantes familiares que serviam a chifa, comida tradicional das províncias chinesas de onde vieram a maioria dos imigrantes.

Hoje, dos 30 milhões de habitantes do Peru, mais de 500 mil são descendentes diretos desses imigrantes. E os restaurantes de comida chifa espalharam-se por todo o Peru, servindo uma comida chinesa feita com ingredientes e temperos bem típicos do Peru. Enquanto os chamados Chifas de Lima são, em sua grande maioria, restaurantes familiares bem simples, em Cuzco encontrei o Kion ( gengibre, em chinês) que também faz parte do grupo Cusco Restaurants. É frequentado principalmente por jovens, que gostam de um ambiente charmoso, descontraído, servindo comida boa por preço bom. E, para minha surpresa, o simpático e atencioso gerente da casa é filho de brasileira! Assim ficou ainda mais fácil saber tudo o que tem no cardápio! Veja o visual do restaurante:

E alguns do pratos pedidos:

Foto 1 – Chi Jay Kay – são iscas de coxa de frango empanadas, servidas com cogumelo e molho chi jau;

Foto 2- Kam Lu Wantan – frango com ervilha de folha, pimentão vermelho, cebola e batatas;

Foto 3 – Ti Pa Kay – iscas de coxa de frango desossado servidas com pêssegos, dois tipos de pinhas, ají amarela ( pimenta) e molho de tamarindo, acompanhado de trocitos de massa de pastel;

Foto 4- Talharim saltado com pedaços de frango, cebolinha, broto de feijão, cebola chinesa, pimentão vermelho e molho de gergelim Kion;

Foto 5- Chaufas – arroz salteado na wok com ovo, cebola chinesa, molho de gergelim Kion, molho de soja e lagostins;

Foto 6 – Três tipos de molhos que servem de entrada, acompanhando os trocitos:

  • Peruanito- ají (pimenta amarela), rocoto (pimentão), limo ( pimenta vermelha) e gengibre;
  • Pimenta da china ( wenyi)
  • Mistura de molhos de tamarindo com beterraba e membrillo ( marmelo).

Como pouco sei de comida chifa, vou tentar passar para vocês uma receita bem simples e rápida de fazer, baseada nos ingredientes que o gerente do Kion me revelou que o prato tem. Veja a seguir.

Alitas saúco kintou

São asinhas de frango banhadas no molho saúco kintou (molho barbecue com açúcar derretido, vinagre branco, sakê, molho inglês, amendoim. Cobertura: ajís (pimentos), saúco (mini passa com sabor semelhante à amora), gergelim branco e preto, cebolinha e gengibre.

Primeiro passe as asinhas em água fervente e escorra. Tempere com sal (bem pouco) misturado com vinagre e molho inglês.

Esquente uma frigideira antiaderente para fritar as asinhas. Para fazer o molho, considere as quantidades de ingredientes dados abaixo para cada asinha.

Coloque na panela já aquecida: 1 colher de chá de açúcar mascavo, 1 colher de sopa de vinagre e outra de sakê (por asinha). Misture para formar um melado e vá passando as asinhas, de um lado e outro, até ficarem coradas. Adicione água fervente para formar um caldo, abaixe o fogo e deixe que as asinhas cozinhem até ficarem macias.

Tempere o caldo com 1 colher de chá de molho barbecue, 1 colher de chá de amendoim torrado e moído e a mesma quantidade de geleia de saúco ( é uma frutinha tipo berry com gosto semelhante à amora brasileira) – se não tiver pode colocar geleia de amora, de framboesa ou de frutas vermelhas. Lembre-se que estas quantidades são para cada asinha.

Acrescente gengibre fresco ralado e ají vermelho (pode ser pimenta dedo-de-moça picante). Vá colocando esses temperos aos poucos e provando. Por último, já na hora de servir, salpique cebolinha verde picada miudinho e gergelim torrado preto e branco.

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Veja o nosso prato feito em casa:

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Veja abaixo o cardápio:

 

Alpaca com risoto de quinoa do Restaurante Limo

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Pense na melhor vista da Plaza de Armas de Cuzco. Agora pense em tê-la à sua frente, degustando sushis com um original toque peruano, à espera de um suculento bife da famosa carne de alpaca. Indo ao Peru, não esqueça de fazer uma reserva para jantar no Limo, um dos restaurantes do grupo Cusco Restaurants. Lá, além de drinks deliciosos à base de pisco, a proposta é servir peixes, aves e carnes em pratos de refinado sabor e bela apresentação. Confira as opções no cardápio ao fim do texto.

A carne de alpaca é macia e suculenta, o sabor é parecido com o de carne de boi, porém um pouco adocicado. Achei deliciosa, pena que só tem lá no Peru. Para quem não conhece, veja acima a foto de uma alpaca, o mais típico animal peruano, parente remoto dos camelos e dromedários. A lã de alpaca, delicada, macia e leve, é muito valorizada, pois com ela se tecem roupas e complementos  que aquecem sem o inconveniente do peso.

No prato da foto principal, a alpaca foi servida com um molho de saúco, um tipo de berry com sabor parecido com a amora, e um risoto de quinoa. Bem, já que não adianta dar a receita nem da carne nem do molho porque não temos os ingredientes no Brasil, vamos à receita do risoto de quinoa. Veja abaixo a nossa interpretação.

A quinoa, amplamente usada na região dos Andes, é um alimento de alto valor biológico, rica em fibras e que possui boas quantidades de cálcio, ferro, ácidos graxos ômega 3 e 6 e vitaminas do complexo B. Leia aqui sobre a quinoa.

Risoto de quinoa

Esta guarnição é excelente para acompanhar tanto peixe ou ave quanto qualquer tipo de carne. Para os vegetarianos pode ser o prato principal de uma refeição, pois é muito nutritiva, e pode servir de recheio para pimentão, tomate ou charuto de repolho.

Existem vários tipos de quinoa. As mais comuns, que se encontram à venda nos bons supermercados e nas lojas de produtos naturais, são a quinoa branca, a escura ( dourada, avermelhada ou marrom) ou um mix das duas, que foi a que usamos nesta receita.

Calcule 1 xícara de chá de grão de quinoa para cada 2 pessoas. Dica: como a quinoa não tem sabor, sempre a cozinho em um caldo de legumes feito em casa. Faça este caldo cozinhando, em bastante água, legumes como cenoura, aipo, cebola, alho e ervas frescas. Coe e use-o para cozinhar a quinoa, sempre no dobro da quantidade de quinoa em grão. A quinoa deve ficar ao dente, ainda um pouco dura.

Escolha os legumes: cenoura, abobrinha, cogumelos, alho poró e cebola ( ou os que gostar). Veja as quantidades na foto acima. Pique-os em cubinhos ou fatias finas.

Deite um fio de óleo ou azeite em uma frigideira, doure uma colherinha de café de sal com alho. Vá salteando os legumes, primeiro os mais duros, nesta ordem: cenoura, cebola, alho poró, abobrinha e cogumelos. Quando começarem a amaciar junte a quinoa pré-cozida – devem estar em quantidades iguais. Misture tudo, junte mais um pouquinho do caldo ( se estiver seco) e deixe cozinhar por mais 5 minutos ou a conta de ficar tudo bem cozidinho. Está pronto!

Já no prato, acrescente queijo ralado, se desejar.

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Veja o cardápio completo do Restaurante Limo e já escolha o que vai pedir quando estiver lá:

 

Truta assada do Pachapapa

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O Pachapapa é um dos restaurantes do grupo Cusco Restaurants  e fica a quatro quadras da Plaza de Armas, no Bairro de São Bráz, na parte alta da cidade histórica de Cuzco, no Peru. Tem uma proposta muito interessante, pois fica em um quintal onde nos sentimos como se estivéssemos na casa de parentes do interior. Uma delícia de lugar! A gente vê a comida sendo preparada à nossa frente e assada no forno de barro. As mesas ficam debaixo das árvores, no meio de um jardim misturado com horta. Há cestos com batatas, ajís e outros produtos típicos. O pessoal da casa é muito simpático e atencioso. Os pratos são feitos com alimentos muito frescos, o que lhes dá um belo colorido. Lá servem comidas típicas, italianas ( pizzas, calzones e massas) e mais peixes e carnes assadas, que podem vir com molhos deliciosos – densos, feitos com o suco da carne e temperos locais.  A salada, que acompanha a maioria dos pratos, é indispensável. Veja o cardápio no final deste post.

Aqui vamos dar a receita da truta assada, que acompanhei sendo feita no Pachapapa.

Truta assada com tomates

Compre uma truta como a da foto principal. Na minha cidade, Belo Horizonte, que fica a 450 km do mar, a mais parecida que achei foi a truta salmonada chilena. Mas você pode fazer esta receita com qualquer peixe, é super fácil.

Compre um peixe inteiro, peça ao peixeiro para limpar e abrir ao meio. Tempere com sal e limão (os peruanos adoram limão). Enquanto isto, corte tomates em fatias de 1 cm de espessura.

Se não tiver um forno de barro em casa, como o da foto acima, ligue o seu forno a 250 graus ( se tiver controle de temperatura, coloque forte em baixo e médio em cima). Pincele o fundo de uma assadeira com azeite, disponha as fatias de tomate e coloque o peixe aberto por cima, com a pele para baixo. Esta é uma dica ótima para o peixe não grudar na assadeira. Regue com um fio de azeite e leve ao forno até que as bordas comecem a bronzear. Está pronto!

Sirva com salada, purê de batatas ou risoto. No próximo post daremos a receita do risoto de quinoa que servimos junto com o peixe.

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Pimentão recheado do Inka Grill

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O Inka Grill, um dos mais conhecidos e frequentados restaurantes de Cuzco faz parte do grupo Cusco Restaurants.

Serve tanto carnes grelhadas como pratos típicos da culinária peruana e até pastas italianas. Sempre cheio (é bom fazer reserva), com um  ambiente descontraído e festivo, é o restaurante predileto de alegres turmas de jovens cusquenhos. Fica no centro histórico da cidade, do lado esquerdo da Plaza de Armas, bem ao lado da boate Mama África.

Como nesta noite passei no Inka Grill antes de ir a outro restaurante, pedi um aperitivo e um prato leve. Pois tomei um dos drinks mais deliciosos da temporada no Peru: pisco sour feito com morango, enquanto esperava o Rocoto ( tipo de pimentão vermelho menor e mais adocicado que o brasileiro) recheado com quinoa. Enquanto comia, olhava com inveja os pratos servidos em outras mesas – não resisti e pedi para fotografar. Vejam:

Aqui vai a receita que testei – e a família aprovou- baseada no Rocoto recheado do Inka:

Pimentão recheado com quinoa e legumes

Esta é uma livre interpretação da receita original, já que não temos no Brasil os ingredientes peruanos como rocoto, pasta de ají, saúco e o mesmo tipo de quinoa. Mas vale a pena testar nossa receita, porque ficou uma delícia!

Ingredientes para uma pessoa:  1 pimentão vermelho ( resolvemos experimentar com 1/2 pimentão vermelho e 1/2 amarelo), 1 colher de sopa cheia de cenoura aferventada e picada em cubinhos, a mesma quantidade de tomate em cubinhos, cebola e cheiro verde ( pode ser salsinha, cebolinha e coentro) picadinhos e 1 colher de café de sal com alho. Mais: 1/2 xícara de café de quinoa escura ou mista, 2 xícaras de chá de caldo de legumes caseiro, 1 colher de chá cheia de pasta de ají ( pimenta vermelha picante) Se não conseguir, pode substituir por uma colher de café de páprica picante. Para o molho: o original do Inka é feito com saúco, um tipo de berry parecido com passa preta mas com sabor semelhante à amora. Na falta de saúco, pode substituir por 100 gr. de concentrado de amora, framboesa ou frutas vermelhas;  1 colher de sopa de vinagre de vinho tinto, 1 colher de sobremesa de aceto balsâmico e 1 colher de chá da pasta de ají picante.

Para fazer o molho, despeje o concentrado de suco em uma frigideira, junte o vinagre e o aceto e deixe que o cheiro evapore. Mexa para não agarrar no fundo até dar ponto de molho. Tempere com a pasta de  ají ( ou páprica picante).

Para fazer o recheio é preciso ter (ou fazer antes) um caldo de legumes caseiro, deixando cozinhar na água alguns legumes, como cenoura, aipo, cebola e alho. Pode colocar no caldo um pouquinho de açafrão ou cúrcuma para dar cor. Como a quinoa tem pouco sabor, fica muito mais gostosa ( e nutritiva) se cozida nesse caldo de legumes.

Cozinhe, portanto, a quinoa com a caldo de legumes colocando mais água quente, se necessário, até ficar ao dente. Tempere com a pasta de ají ( ou substitua por uma colherinha de páprica).

Em uma frigideira, passe em um pouco de azeite a cebola, o sal com alho, a cenoura e, por último, junte a cheiro verde. Acrescente à quinoa já cozida e misture bem. Prove o tempero. Junte sal se necessário.

Corte o pimentão ao meio, retire o miolo e recheie. Pincele, por fora, o pimentão com azeite. Forre o fundo de uma assadeira com azeite e coloque os pimentões. Leve ao forno até verificar que começam a querer dourar por fora. Retire do forno e sirva junto com o molho e uma saladinha de folhas. Na nossa versão, servimos com causa ( batata amassada e temperada) – veja aqui a receita da causa.

Veja como nossa receita ficou bonita!

Nossa receita

Nossa receita

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Lomo saltado do Restaurante Incanto – Cuzco

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Em nosso primeiro dia em Cuzco fomos dar uma volta na Plaza de Armas. Na hora do almoço, escolhendo dentre uma grande variedade de restaurantes, passamos em frente ao Incanto, que fica ao fundo da praça, do lado direito da Catedral. Um senhor italiano muito simpático estava à porta e nos convidou para entrar, como se fosse na casa dele. Ficamos tão honradas com o gentil convite e o restaurante era tão bonito, chique e aconchegante, que não tivemos dúvida! Este senhor nos explicou que o restaurante faz parte de um grupo com outros seis ( http://www.cuscorestaurants.com), cada um com uma proposta gastronômica diferente entre as variedades e influências da gastronomia peruana.  O Incanto oferece um cardápio de comida típica peruana, especialidades italianas e uma comida ítalo-peruana que agrada a todos. Como queríamos provar da comida do interior do Peru escolhemos o Cuy  ( porquinho da índia), cuja carne é deliciosa, e ainda o mais famoso dos pratos peruanos com carne – o Lomo Saltado (foto principal).

Como já sabem, assim que voltei para casa fui experimentar as novas receitas e – sem dúvida – o Lomo Saltado foi o mais apreciado pela minha família. Passo a receita testada e aprovada para vocês:

Lomo saltado

No idioma espanhol lomo é carne de boi tipo filé mignon (não confundir com lombo).

Ingredientes para 2 pessoas: 300 a 400 gr. de filé mignon cortado em cubos ( também comi na versão com bife alto), sal e alho, pimenta a gosto. Para o molho: 1 cebola (pode ser branca ou roxa), 1 tomate, 2 colheres de sobremesa de molho de soja. Pode temperar com coentro e ají amarelo. Como não temos ají no Brasil pode trocar por pimenta dedo-de-moça. Na receita que fiz em casa usei a pasta de ají amarelo que trouxe do Peru.

Corte e tempere o filé mignon com uma hora de antecedência.

Corte a cebola e o tomate em fatias finas (veja foto). Leve-os ao fogo em uma frigideira antiaderente e salteie ( balance a frigideira sobre a chama forte pra frente e pra trás, movimentando-a em círculo). Dessa forma consegue-se dourar os alimentos sem amassá-los. Tempere com o molho de soja e misture. Se gostar, junte o coentro (pode ser cebolinha ou salsinha) e o ají amarelo (pode ser a pasta, ou pimenta dedo-de-moça ou pimentão vermelho ou amarelo picadinho – nesse caso salteie-o junto com a cebola e o tomate).

Enquanto isto prepare a carne. Coloque um pouco d’água para ferver à parte. Esquente bem um fio de óleo em uma frigideira antiaderente. Coloque a carne, sele os pedaços ou filés de um lado e depois do outro. Deixe que fiquem bem bronzeados, por igual. Retire a carne e mantenha-a em um lugar aquecido. Rapidamente, despeje um pouquinho de água fervente na frigideira e dissolva a borra da carne, formando um caldo. Volte com a carne, junte o molho, misture com cuidado e deixe que fique bem quente.

Sirva imediatamente, acompanhado de arroz branco e batatas, que podem ser fritas, assadas ou cozidas.

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Cuzco e comidas típicas peruanas

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Quem vai a Lima apreciar a famosa gastronomia peruana não pode deixar de ir a Cuzco e ao Vale Sagrado dos Incas, de belas paisagens e encantadores resorts. Lá você vai conhecer o verdadeiro Peru: os antigos sítios arqueológicos, os índios descendentes do incas, seu artesanato, seus animais de criação e as comidas típicas. Fazer a viagem de trem através da mata e depois galgar os 400 degraus de subida para ver do alto a deslumbrante cidade inca de Machu-Pichu é uma das melhores experiências que podemos ter na vida!

Veja nas fotos a grande variedade dos produtos locais do Mercado de Pisac, no Vale Sagrado:

Cuzco é uma importante cidade histórica no que toca à história latino-americana de colonização espanhola e está muito bem conservada. Assistir ao por do sol que banha de dourado a Plaza de Armas, com suas duas imponentes catedrais barrocas e o casario colonial, é imperdível! Além da arte inca, das belíssimas pinturas cusquenhas e do lindo e variado ( e barato!) artesanato, a cidade oferece ao turista ótimos hotéis e pousadas e uma grande variedade de restaurantes. Dentre esses, escolhi alguns entre os sete do recomendado grupo Cusco Restaurants para conhecer e apreciar a genuína culinária peruana. Acompanhe as próximas postagens!

Hoje vamos ensinar com fazer um preparado com batatas de nome causa, que elegemos como o prato mais típico do Peru. É muito fácil de fazer e pode ser servido de diversas maneiras, como entrada ou como guarnição do prato principal. Veja as variedades que experimentamos nos restaurantes de Lima e de Cuzco:

Causa

Ingredientes para 4 pessoas: 4 batatas inglesas grandes, 1 colher de sopa de suco de limão coado, 1 colher de chá de azeite, 1 colher de café de sal com alho.

Asse ou cozinhe as batatas com pouca água. Despele ainda quentes e amasse bem. Tempere a gosto com limão e sal com alho. Junte o azeite (pouco). Misture bem.

Pincele um pouquinho de azeite no fundo e nas laterais de uma tigela refratária de fundo plano. Coloque a massa na tigela e nivele com a ajuda de uma colher.  Tampe com filtro plástico e deixe na geladeira por 2 horas.

Retire da geladeira. Forre uma superfície limpa com o plástico filme e vire a tigela de cabeça para baixo de modo que a massa desprenda inteira. Corte as peças de causa no formato e no tamanho que desejar. Monte sua causa como quiser – veja as sugestões nas fotos.

Para a causa limeña tradicional há várias opções de coberturas (tops):

  1. faça uma pasta misturando atum desfiado com maionese;
  2. faça outra pasta com abacate amassado temperado com sal e limão.
  3. opções de enfeite:  fatias finas de abacate e/ou cubinhos de azeitonas verde e preta e/ou pimentão e/ou ajís ( pode usar pimenta dedo-de-moça).

Passe as pastas por cima de cada peça de causa e decore a gosto. Sirva frio.

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Menu degustação do Rosa Náutica

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Lima, a capital do Peru, é hoje considerada um dos melhores destinos gastronômicos do mundo. Esta fama foi construída a partir de 2006, quando um grupo de chefs, tendo Gastón Acurio como o maior incentivador, levou à frente o sonho de tornar a gastronomia peruana uma das mais respeitadas e conhecidas do planeta.

Porém , muito antes dessa nova onda, o Restaurante Rosa Náutica já era um dos mais procurados destinos turísticos da cidade. Funcionando desde 1983, por lá passaram os principais chefs do país deixando sua marca no variado cardápio. Desde 2008, funciona como uma sociedade anônima, tendo sempre um grande chef à frente de sua cozinha. O serviço é impecável e a qualidade da comida vale cada centavo pago.

O Rosa Náutica foi construído debruçado sobre o Oceano Pacífico, em um extenso deck de madeira. O casarão, também em madeira, segue o estilo das antigas construções inglesas de beira-mar e tem uma bela decoração, além da incrível vista para o mar. Um local muito agradável e de visita obrigatória para o turista.

O cardápio oferece muitas opções da culinária internacional, sendo os pescados e frutos do mar as grandes estrelas. Há vários tipos de menu degustação para quem quer conhecer o melhor da gastronomia peruana.

 

Menu Degustação do Rosa Náutica – outubro de 2016

Entradas

Causa de batata amarela moldada em forma de flor, com tartar de atum vermelho ao molho de ajís defumados, guarnecido com palta

Ceviche clássico de peixe, com cebolas roxas e picadinho de ajís, na marinada de limão e sal do próprio ceviche

Salada de lascas de polvo com ajís e coentro, ao creme de azeitonas pretas, adornado com filetes de mandioca tostados em frigideira

 

Fundos

Medalhão de filé de boi cozido na frigideira no fogo forte, a la criolla , sobre cama de batatas fritas

Lagostim em molho picante de ajís, sobre tacu tacu de favas secas, guarnecido de cebola roxa, ají amarelo, tomate e coentro

Pesca do dia grelhada sobre finas lascas de batata ao creme de limão, guarnecida de tomatinhos e salada verde

 

Sobremesas

Tortinha de chocolate com mousse de lúcuma com bitter, guarnecida com morango e calda de chocolate

Manjar de gemas com baunilha e morangos frescos

Mousse de chocolate crocante com coulis de frutas vermelhas

 

Mini dicionário:

Causa – massa feita com batata cozida e amassada, temperada com sal com alho e limão

Tartar – peixe cortado em cubos pequenos, marinado no limão com sal e temperado à gosto

Ají –tipo de pimenta semelhante à pimenta dedo-de-moça ( pode ser vermelho ou amarelo)

Palta – tipo de abacate pequeno

Ceviche – peixe cortado em cubos e marinado no limão com sal

Fundos– prato principal ou de sustentação

A la criolla – salteado com cebolas e tomates, ao molho da própria carne, vinagre de vinho tinto e balsâmico reduzidos e temperado com molho de soja.

Tacu Tacu: purê de feijão (ou fava) misturado com arroz e temperado com sal, ají, cebolinha e coentro. Pode ser feito como um bolinho achatado e grelhado no azeite.

Lúcuma – fruta da família das sapotáceas

Bitter – bebida alcoólica com sabor de ervas, amarga ou agridoce

Coulis– fruta levada ao fogo com açúcar até o ponto de calda

 

MENU ORIGINAL

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Camarão ao molho de tamarindo – comida chifa

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A partir da metade do século XIX, grandes levas de imigrantes provenientes do sul da China (Cantão), os chamados “coolies”, foram empregados na agricultura no litoral do Peru e passaram a viver em condições de vida bastante humilde e insalubre. Com o tempo, já no século XX, a situação dos imigrantes foi se tornando mais amena e, além de se miscigenarem com os índios nativos, puderam abrir restaurantes conhecidos como “chifa” ( vem de “chi fã” – comer arroz), pequenos comércios, casas de jogo e locais para se fumar ópio, que já foi permitido. Hoje existe um grande número de restaurantes “chifas” espalhados por todo o país, sendo a maior parte na periferia de Lima, onde vivem cerca de 600 mil “tusanes”( descendentes de chineses até a 5a. geração), sendo cerca de 5 mil deles concentrados no porto de Callao. A comida “criolla” foi influenciada pelas técnicas e ingredientes da culinária chinesa.

O maior e mais bonito shopping de Lima, o Larcomar, fica à beira-mar, sobre altas falésias, no elegante bairro de Miraflores. Foi lá que descobri um dos melhores restaurantes de comida “chifa” da cidade – o Maestro Tzu, com decoração bem típica chinesa e uma bela vista para o oceano. Como o cardápio era muito extenso e os pratos tinham nomes chineses e ingredientes estranhos para mim, solicitei ajuda à gentil garçonete. Pedi um prato que tivesse camarão ou lagostins e esperei para ver o que viria. Serviram-me um delicioso camarão ao molho de tamarindo. Analisando visualmente o prato e provando cuidadosamente os ingredientes, anotei minhas conclusões. No Brasil, comprei todos os ingredientes e me arrisquei a prepará-lo. Como resolvi fazê-lo menos adocicado não obtive a aparência espelhada que o açúcar dá. Outro detalhe: no Brasil não tem saúco (um tipo de berry) então substituí por cereja – o sabor ficou quase igual.

Camarão com legumes ao molho agridoce de tamarindo e cerejas

Ingredientes para 4 pessoas: 8 camarões médio/grande por pessoa (32 peças), 1 colher de chá cheia de sal; 1 colher de sopa cheia de manteiga ou 2 de azeite; 1 cebola grande, ½ pimentão vermelho, 3 a 4 mini-favas de ervilha de folha por pessoa ( 12 a 16 favas), 3 talos de cebolinha (da grande), 1 pedaço de nabo que dê 16 rodelas finas, 4 fatias grossas ( 1 a 1,5 cm. ) de abacaxi, ½ xícara de café de açúcar cristal; 1 colher de sopa de molho de tamarindo (veja receita abaixo), 5 a 6 cerejas curtidas no marasquino, 1 colher de sobremesa de molho shoyo, ½ xícara de café de vinagre de vinho tinto, 1 colher de café de gergelim preto e a mesma quantidade de gergelim branco.

Lave, limpe e tire as tripas do camarão, deixando a caudinha. Escorra bem, tempere com sal e deixe por meia hora. Enquanto isto, pique os legumes (veja como na foto) e o abacaxi. Em um mini-processador, faça o molho de cereja batendo-as com o molho shoyo e o vinagre.

Caramelize o abacaxi e o nabo separadamente. Em uma frigideira plana, esquente o açúcar e coloque as rodelas de abacaxi cortado em quatro. Assim que começarem a dourar, junte as fatias de nabo. Esquente um pouco de água e despeje na frigideira para formar uma calda rala. Deixe a calda tomar consistência.

Enquanto isto, escorra os camarões e frite-os na manteiga ou no azeite, em uma wok ou panela funda. Assim que estiverem corados, antes que comecem a agarrar no fundo, junte a cebola cortada em tiras e o pimentão em pedaços quadrados. Misture com uma espátula e deixe corar, vá juntando água quente aos poucos pelas beiradas – não é para fazer caldo, é só para não deixar grudar na panela. Quando estiverem amaciados, junte a calda caramelada com o abacaxi e o nabo. Com uma espátula pequena, passe as fatias de nabo para baixo porque demoram mais a cozinhar. Acrescente os molhos de cereja e de tamarindo. Junte os talos brancos da cebolinha. Prove e retifique o sal, se necessário. Deixe que cozinhe mais um pouco, até verificar que o camarão, o pimentão e o nabo estão cozidos ao dente. Vá pingando água quente, se necessário, para o molho não secar. Se for fazer a comida algum tempo antes de servi-la, deixe com uma quantidade maior de caldo, pois esfriando irá secar.

Pouco antes de servir, acrescente a ervilha, a parte das folhas verdes da cebolinha picada e o gergelim. Deixe que amaciem. Sirva bem quente, acompanhado de arroz branco, de preferência, arroz jasmine.

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Molho de tamarindo

Deixe as favas de tamarindo de molho em água fria por 10 minutos. Abra-as, tire a polpa, jogando fora as cascas e os fios de fibra. Volte a deixar de molho em água fria e limpa por outros 10 minutos.  Passe as polpas dos tamarindos em uma peneira média, apertando com os dedos para retirar os caroços. Guarde a pasta de polpa crua em vidros no congelador para uso futuro. Para o molho desta receita, leve ao fogo meia xícara de chá da polpa para engrossar até dar ponto de molho.

Badejo ao molho de camarão com o tempero do Tanta

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O Restaurante Tanta trouxe uma nova proposta para a gastronomia peruana. Depois de abrir o Astrid & Gastón, em 2000, com um cardápio de forte influência francesa, o premiado chef Gastón Acurio resolveu imergir na culinária típica peruana. Voltando de uma longa viagem de exploração gastronômica ao interior de seu país, em 2002, que resultou no livro “Peru: uma aventura culinária”, decidiu abrir o Tanta, com uma proposta de valorizar os produtos nativos e os pequenos produtores do interior, apresentando um cardápio de comida caseira que poderia ser levada para casa. Hoje o restaurante, muito popular e querido pelos peruanos, apresenta um cardápio variado e interessante para quem quer conhecer a tradicional comida do interior e do litoral do Peru. Veja abaixo da receita as fotos do cardápio.

Quando cheguei para almoçar no Tanta do shopping Larcomar, em Lima, onde se tem uma linda vista para o Pacífico, com dificuldade para entender o cardápio repleto de ingredientes desconhecidos, pedi ajuda ao garçom. Expus meu problema de intolerância à glúten e lactose e pedi uma sugestão. Ele me perguntou o que eu gostaria de comer, ao que respondi ser algum pescado e frutos do mar. Daí a poucos minutos, apesar do restaurante estar lotado, com fila de espera, ele retornou com a boa notícia de que o chef faria algo especial para mim. Passados quinze minutos me foi apresentado o prato da foto principal. Estava tão delicioso que comprei o ají picante no dutyfree de Lima para experimentar fazê-lo em casa na primeira oportunidade. Pois copiei a receita no domingo e a família adorou!

Badejo ao molho de camarão com ají picante

Para 4 pessoas compre 600 gr. de filé de badejo fresco ( pode ser linguado, pescada ou dourado) e 16 a 20 camarões médios. Sal e limão para temperar ambos. Para o molho: azeite ( no Tanta fazem com manteiga) , 1 ½ xícara de molho de tomate caseiro, 2 cebolas ,1/3 de pimentão amarelo e vermelho médios, 1 colher de sobremesa cheia de cheiro verde ( salsinha, cebolinha e coentro) e 1 colher de sobremesa de ají picante ( se não tiver, tempere o molho com páprica picante).

Tempere o filé com sal e limão e deixe descansar por meia hora. Enquanto isto, limpe o camarão retirando as tripas. Tempere com sal e limão e deixe por 15 minutos. Pique os outros ingredientes. Ligue o forno a 200 graus, regulando o calor entre médio e mínimo tanto em baixo quanto em cima. Pique os vegetais.

Frite os camarões em uma frigideira untada com azeite ( ou manteiga) até ficarem vermelhos, virando-os delicadamente com uma espátula para que corem por igual. Retire e reserve. Na mesma panela frite a cebola e os pimentões até amolecerem. Junte o molho de tomate e o cheiro verde. Misture. Bata este molho no liquidificador e volte para a mesma panela. Acrescente os camarões, tempere com o ají ( ou com páprica picante), acerte o sal. Acrescente pimenta vermelha se gostar.

Assim que completar a meia hora do peixe no tempero, corte o filé na diagonal em quatro partes ( se for para 4 pessoas). Pincele uma assadeira com óleo e coloque o peixe. Asse até que as postas fiquem brancas por dentro e coradas por fora. Espete o garfo, se sair limpo está cozido!

Disponha uma posta em cada prato e cubra com o molho de camarões. Sirva acompanhado de arroz branco e batatas cozidas ou chips de batata doce.

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Veja o cardápio do Tanta:

Ceviche do La Mar – Peru

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A abertura do La Mar por Gastón Acurio, em 2005, foi um marco importante na história recente da culinária peruana. A ideia do restaurante nascera em 2002, quando Gastón empreendeu uma longa viagem ao interior do Peru e voltou com a ideia de dar destaque à qualidade dos ingredientes e ao pequeno produtor peruano. Sua intenção foi a de abrir não só uma cevicheria como valorizar a sustentabilidade e as boas práticas comerciais. Sonhou fazer do La Mar uma embaixada da cozinha peruana no mundo, tornando o “cebiche”( como se diz em Lima) um prato tão popular quanto a pizza e o sushi, incentivando a gastronomia peruana a se espalhar pelo mundo. O que vem acontecendo!

Na foto principal : o famoso cebiche do La Mar

O La Mar tem uma decoração alegre e descontraída, mais parece uma grande barraca de praia. Abre para almoço, não faz reserva e recebe, em sua maioria, executivos que tem pouco tempo para comer e querem uma refeição leve e saudável. Os garçons impressionam pela cordialidade e o serviço é rápido, de modo que a alta rotatividade torna o restaurante rentável. O que achei mais interessante é que, a cada dia, uma cooperativa de produtores é a responsável pelo fornecimento do pescado, tão fresco que não se passam mais de quatro horas entre o peixe sair do mar e ser servido!

Mas vamos ao que interessa: a receita do ceviche. Amei! Repeti em casa e ficou ótimo. Pena não ter camote ( tipo batata doce) e choclo ( milho graúdo), pois se tivesse ficaria muito melhor!

Ceviche peruano

O ceviche pode ser feito com peixe, camarão, polvo ou misturado. O mais tradicional é o de peixe branco – escolha entre badejo, linguado ou pescada, de preferência. Calcule de 50 a 80 gr. por pessoa.

Preparo: o filé de peixe ( limpo, sem pele nem ossinhos) precisa ser cortado em cubinhos e marinado por uma hora e meia ( não deixe passar) em uma mistura de suco de limão tahiti e sal marinho – muito limão pois o peixe precisa ficar imerso na mistura. Deixe em um recipiente de louça, na geladeira, tampado com um plástico filme.

Corte cebola roxa em fatias finíssimas.

Como tempero use coentro e ají ( na falta deste tipo de pimenta, use a dedo-de- moça, comum no Brasil). Corte-os bem miudinho.

Como fazer: tire o peixe da salmoura, escorra e separe o caldo que ficou – a este dão o nome de “leche de tigre”. Cada restaurante tem sua receita particular da salmoura, que pode levar outros temperos.

Na hora de servir, misture, em um bowl de aço inox, o peixe e a cebola e tempere com o leche de tigre, o coentro e a pimenta. Sirva imediatamente.

Para acompanhar: na receita do La Mar servem o ceviche junto com camote cozido e o choclo aferventado. Ambos levam apenas sal como tempero. Na falta destes, a opção é servir com a nossa batata doce roxa cozida ou então com chips de batata inglesa e mix de batata doce, à venda no Brasil.

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