Fettuccine na tinta de lulas com molho de camarões

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Certamente você já viu em fotos de revistas ou comeu em algum restaurante sofisticado massa (ou pasta) feita com tinta de lulas. É aquela bem escura, quase preta. Na Itália e na Croácia é mais comum de ser encontrada pela facilidade do mar próximo, onde a lula é abundante. Mas no Brasil? Aqui a lula é cara!

Foi a primeira vez que o trio do blog salcomalho.com fez essa massa pois foi o meu pedido de jantar de aniversário para as duas filhas gourmets. Depois de termos provado a maravilha ( com o sabor muito diferente das que já comi) pensei bem e cheguei à conclusão que todas as massas com tinta de lula que já comprei provavelmente eram apenas tingidas para ficarem escuras. Sabem porque? Uma lula grande só dá para tingir aproximadamente 60 gr. de massa, ou seja, são quase 2 lulas por pessoa. Imagine o preço de um pacote de 500 gr.! E também não haveria lulas suficientes nos mares para tingir a quantidade de massa à base de tinta de lula que tem à venda!

Fettuccine na tinta de lulas com molho de camarões

Primeiro limpe as lulas e retire a tinta. Veja aqui como fazer.

Preparo da massa caseira

A receita da massa é a mesma que utilizamos sempre* – veja aqui a receita básica-, com uma pequena alteração: misture a tinta de lula com os ovos antes de adicionar ao restante dos ingredientes.

Misture tudo até ficar uniforme (mãos na massa) e forme uma bola. Enrole-a em plástico filme e deixe descansar por meia hora. Depois é só abrir com a máquina ou um rolo e cortar no formato de fettuccini (abra a massa em lâminas longas de mais ou menos dois milímetros de espessura e, com uma faca, corte-as em tiras com pouco mais de um centímetro de largura). Deixe as tiras de massa secando por 1 hora, de preferência em um varal. Esfarinhe-a depois de seca. Obs: Você pode guardar a massa pronta dentro de um saco plástico, em local fresco e seco, para usá-la depois, dentro da mesma semana.

*Nesta receita usamos: 200 gr. de farinha de trigo de grano duro, 200 gr. de farinha de trigo comum, 4 ovos, 1 colher de sopa de azeite e 1 colher de chá de sal. O total dá aproximadamente 500 gr. de massa, suficiente para 6 pessoas.

Preparo do molho

Como o molho gasta 10 minutos para ficar pronto (depois de ter deixado o camarão no tempero por 15 minutos), prepare-o pouco antes de servir.

Ingredientes para 6 pessoas: 1 quilo de camarões limpos, 600 gr. de vôngoles limpos (fora das conchinhas), sal e limão, 2 colheres de sopa de azeite, 1 talo grande de alho poró, ½ colherinha de café de sal com alho, 1 pitada de pimenta branca.

Tempere os camarões e os vôngoles, separadamente, com sal e limão. Deixe por 15 minutos. Corte o alho poró em fatias finas.

Em uma frigideira, frite os camarões em um fio de azeite quente até ficarem vermelhos. Coloque mais um pouquinho de azeite no centro da panela, frite o sal com alho e, em seguida, o alho poró, até que amoleça. Coloque os vôngoles na panela, misture tudo e deixe o vôngole dourar. Regue com o restante do azeite. Tempere.

Finalização:

Meia hora antes de servir esquente água em uma panela grande. Assim que ferver, jogue um punhado de sal. Quando levantar fervura de novo, coloque toda a massa e deixe cozinhar até ficar ao dente. Atençao: massa fresca cozinha bem depressa! Escorra e misture imediatamente com o molho já pronto.

Ao servir à mesa, cubra o prato com uma leve camada de queijo pecorino ou parmesão ralado.

Na Itália, é costume servir a pasta acompanhada de pão para que você possa raspar o prato até o último vestígio do molho!

Ossobuco com calabresa

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Este preparo de carne de boi, antes relegado à comida caseira de interior, vem ganhando destaque em restaurantes da moda, preparado por chefs conhecidos. Na Itália, o ossobuco sempre foi muito valorizado e servido nos melhores restaurantes. A influência vem ganhando admiradores por aqui. O importante é prepará-la no tempo devido – que é longo. A receita de hoje é bem típica da região central da Itália. Nota: a panela perfeita para preparar essa receita é a Le Creuset.

Ossobuco com calabresa

Ingredientes (para 4 pessoas): 4 pedaços de ossobuco (para rabada, use 1,2 kg), azeite, sal a gosto, 1 cebola branca grande picadinha, 5 dentes de alhos amassados, 1/2 xícara de linguiça calabresa picadinha (ou bacon), 1 copo de vinho tinto seco e encorpado, 2 latas de tomati pelati sem as sementes, 1/2 xícara de tomates secos (sem o óleo), 1 colher de chá de orégano desidratado, 1/2 colher de chá de alecrim, 4 fatias de presunto parma desfiadas.

Tempere as peças de ossobuco com sal e deixe por 15 minutos a meia hora. Aqueça uma panela de fundo grosso (de preferência que possa ir ao forno; nesse caso, pré-aqueça o forno a 180 graus). Deite azeite e sele as peças de ossobuco, de um lado e de outro. Reserve-as em um recipiente à parte.

Doure a cebola picadinha e acrescente os dentes de alho. Quando estiverem amolecidos, junte a linguiça e deixe que doure um pouco, soltando a gordura. Acrescente o vinho tinto e deixe que o álcool evapore. Adicione os tomates (os despelados da lata com o suco e os tomates secos) e os temperos e volte com a carne para a panela, cuidando para que fique submersa no molho.

Se sua panela puder ir ao forno, cubra-a com papel alumínio e sua tampa e deixe cozinhar por 1 e 1/2 hora. Se não puder, deixe-a no fogão, no fogo mais baixo que conseguir, pelo mesmo tempo. Confira, de tempos em tempos, se o molho começa a secar. Nesse caso, pingue água quente aos poucos (deixe uma panelinha com água a ferver ao lado).

Após esse tempo, acrescente as fatias de presunto parma desfiadas e confira o nível do molho e a maciez da carne. Devolva a panela para o forno (ou deixe no fogo baixo do fogão) por mais 1 hora ou até verificar que a carne está soltando do osso.

Sirva com polenta, risoto ou batatas ao murro (o acompanhamento deve ser capaz de absorver o suculento molho que se formou).

Para harmonizar, sugerimos um Merlot de bom corpo (recomendamos o da Vinícula Pizzato, da Serra Gaúcha).

Obs 1: Para quem gosta, adicione azeitonas pretas ao preparo (faltando 30 minutos para o término do cozimento).

Obs 2: Se o jantar for para dois, aproveite o que sobrar para preparar um ragu sensacional. É só desfiar a carne, desprezar os ossos e guardá-la com o molho no freezer para um outro jantar (nesse caso, retire as azeitonas e as substitua por outras frescas ao reaquecer o ragú). O molho fica ainda muito mais saboroso quando reaquecido. Sirva-o com uma boa massa.

Cogumelos assados

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Tendo na geladeira cogumelos tipo cogumelo-de-paris ( do grande), shitake ou portobello você nunca passará aperto se tiver que preparar um agrado para alguém que chegar de repente. Preparado em cinco minutos, além de ser um tira-gosto ótimo para acompanhar qualquer bebida, é um excelente acompanhamento para carnes – leve e nutritivo – como opção se você não quiser comer carboidratos à noite.

Portobello assado com shoyo, mel e cheiro verde

Limpe os cogumelos com um guardanapo e retire os cabinhos ( não molhe!). Faça uma misturinha de molho de soja ( shoyo) e mel e pincele os cogumelos. Acomode-os dentro de uma folha de papel alumínio, dobre e feche as bordas fazendo um pacote. Leve ao forno pré-aquecido a 150/180 graus  por 5 a 10 minutos ) conforme o tipo e tamanho dos cogumelos). Abra o pacote e salpique cebolinha verde bem picadinha. Sirva imediatamente, ainda quente, acompanhado de fatias de pão.

Polenta assada com ragu de cordeiro

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Esta combinação divina de cordeiro com polenta de milho é ideal para vir servida no fim da noite arrematando a rodada de petiscos. Como entrada, em pequena quantidade, pode anteceder um prato consistente (como ossobuco), servido como prato principal. E, claro, pode ser o prato principal da noite, apresentada em grande estilo e acompanhada de um vinho encorpado.

Prepare um  ragu de cordeiro. Veja aqui a receita. Adapte a quantidade conforme for servir como petisco (uma colher de sobremesa para cada disco) ou prato principal (150 gr. por pessoa).

Polenta assada

Ingredientes para 6 pessoas : 2 xícaras de água + 1 xícara de caldo de legumes caseiro (veja aqui), 1 colher de sopa de manteiga (ou ghee) e 1 xícara de fubá de milho (ou polenta instantânea). Sal a gosto (um pouquinho de pimenta do reino branca vai bem) e um ramo de hortelã para decorar.

Em uma panela média, ferva a água e o caldo juntos. Misture a manteiga (ou ghee). Quando tornar a ferver, vá misturando o fubá, aos poucos, mexendo todo o tempo para não empelotar. Prove o tempero e verifique se o fubá está cozido. A consistência é mediana – não pode ser nem muito dura, nem muito líquida (a polenta instantânea fica pronta mais rápido).

Se for servir em panelinhas ou como prato principal – em ponto de purê -, está pronta!

Caso sirva como petisco, faça discos pequenos e firmes.
Unte uma forma tipo assadeira e despeje a polenta. Leve à geladeira por, ao menos, 4 horas, coberta com um filtro plástico, para firmar.

Depois desse tempo, use um cortador de massa (ou um copo pequeno), para fazer os disquinhos de polenta (foto). Polvilhe fubá dos dois lados e reserve.

Tome uma assadeira untada e distribua os disquinhos. Leve-os ao forno pré-aquecido a 200 graus por 10 minutos ou até dourar. Retire-os com cuidado e vire-os para dourar do outro lado.

Retire novamente do forno e coloque uma colherada de ragu no centro, deixando um espaço nas bordas. Enfeite com um raminho de hortelã ou alecrim. Um pouco antes de servir, leve ao forno por mais 10 minutos só para aquecer.

 

Atum grelhado com crosta de gergelim

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O atum é um dos peixes mais nobres e conceituados da gastronomia internacional. Em seu preparo, o que o difere dos outros peixes – e isto é muito importante – é o ponto de cozimento: quase cru, no máximo, rosado. Portanto, se você não gosta de peixe cru, desista do atum. Mas se é um bom gourmet, com paladar sofisticado, experimente esta receita. Vai adorar e querer comer sempre o peixe suculento e tenro!

Compre na peixaria o filé de atum inteiro, que deve apresentar diâmetro e cor semelhantes a um lombo de porco de tamanho médio. Resfrie a carne no congelador para conseguir cortar os filés com perfeição – marque 2 dedos e corte reto, perpendicular ao sentido das fibras da carne ( como se corta um tornedor de filé mignon). Passe uma fina camada de sal de todos os lados de cada filé,  de 15 minutos a meia hora antes de prepará-lo para servir em seguida.

Torre o gergelim branco e o preto em quantidade suficiente para envolver todos os filés de atum.

Prepare um pesto com azeite extra-virgem, um macerado de ervas frescas ( salsinha e cebolinha verde/ pode por um pouquinho de hortelã) e uma pitadinha de sal.

No fogo alto, aqueça uma frigideira antiaderente. Assim que esquentar, coloque os filés de atum. Observe a lateral das peças: quando metade da altura tiver mudado de cor, vire os filés. Fique de olho: assim que observar gotículas sobre a carne, como se estivesse suando, a carne está no ponto certo, ou seja, semicrua por dentro. Neste ponto, os filés devem estar ligeiramente corados. Retire-os da frigideira, envolva-os primeiro no pesto e depois passe de um lado e outro no gergelim. Volte para a frigideira apenas para dar uma tostada rápida. Está pronto!

Sirva, de preferência, com uma salada de rúcula e alfaces, temperada com aceto balsâmico, shoyo e azeite. Pode acrescentar tomates confitados e cogumelos salteados.

Dica: para cortar os filés de atum de forma regular deixe-o no freezer até ficar duro. Corte reto no sentido transversal, marcando para cada filé cerca de de 3 cm ou 2 dedos.Veja o atum cru:

 

Tomates confitados

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Além de ser excelente e essencial para a saúde, tomates confitados são deliciosos para se comer com pão em qualquer ocasião. Tê-los já prontos na geladeira é um recurso que você pode usar para completar uma salada, fazer uma massa rápida como Penne ou Spaghetti à Primavera e ainda acompanhar um peixe grelhado. Para quem optou por levar uma marmita saudável para o trabalho é um coringa e tanto.

O melhor tomate para confitar é o do tipo italiano. É importante estarem maduros e perfeitos. Conserve sempre a pele por ser onde se concentra o licopeno que é anticancerígeno. Há quem faça a receita com as sementes, mas eu prefiro retirá-las para prevenir obstrução no apêndice.

A receita que se segue é a maneira de se fazer os tomates confitados no Sul da Itália. Lave bem os tomates, seque-os e corte-os ao comprido em cruz ou quatro partes. Retire as sementes. Coloque-os em uma forma, salpique uma fina camada de sal e de açúcar e coloque-os por um tarde inteira no sol (se possível). Depois de bem secos, passe-os para uma travessa refratária untada com azeite de oliva extra-virgem, de boa qualidade. Passe um fio de azeite sobre os tomates e leve-os para cozinhar no forno brando ( 100 graus no máximo) por 15 a 20 a minutos ou até que comecem a querer enrugar. Passe-os para uma travessa funda entremeando os tomates com alho picadinho e folhas de manjericão. Deixe por no mínimo 4 horas na geladeira antes de servir.

Se for  deixar na geladeira como conserva, coloque-os em um vidro de boca larga bem esterilizado e bem tampado. Ao servir, pode juntar azeitonas pretas tipo azapa, se for servir na salada ou como aperitivo.

Ratatouille

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Esta salada de legumes assada é tradicional do sul da França e há relatos que é feita desde o século XVII. É irmão da caponata italiana. Ficou famosa depois do filme de animação “Ratatouille” onde o ratinho chef prepara a receita. Dá um pouco de trabalho cortar os legumes em fatias bem finas, mas vale a pena, pois é deliciosa e serve como coringa: pode servida quente ou fria como entrada ou guarnição.

Ratatouille

Para 4 pessoas separe: 2 tomates, 2 cebolas, 1/2 abobrinha, 1/2 berinjela – repare se têm os diâmetros aproximados se quiser que o seu ratatouille fique lindo. Para o molho: suco de 1 limão, suco de ½ laranja, 2 colheres de molho caseiro (ou passata) de tomate, 2 colheres de azeite e 1 colher de café de gengibre ralado, ½ xícara de salsinha, cebolinha verde, manjericão e alecrim picadinhos. Tempero do molho: sal, pimenta do reino e páprica.

Corte os legumes em fatias finas. Reserve. Misture todos os ingredientes do molho. Prove o tempero.

Escolha uma travessa refratária baixa de tamanho médio. Espalhe uma mistura de azeite e molho de tomates no fundo. Disponha os legumes intercalando-os, na mesma quantidade. Regue com a metade do molho.

Asse no forno a 200 graus por 45 minutos a 1 hora, ou até verificar que a berinjela está macia ( é a mais dura). A cada 15 minutos, abra o forno e torne a regar com o molho.

Sirva quente ou fria.

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Coelho ao caçador

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Pouca gente tem o costume de comer carne de coelho no Brasil. Acredito que as razões são culturais, pois a criação de coelhos, trazidos da Europa, foi introduzida tardiamente no país. Muitos se aventuram a cozinhá-lo tal qual se faz frango ou carne de porco, como não fica bom, passam a dizer que não gostam de carne de coelho. No entanto, sabendo fazê-lo, é um prato delicioso. Esta receita é proveniente da região da Toscana, na Itália, onde coelho é um prato muito comum e apreciado.

Nesta receita, servimos o coelho com nhoque grelhado e cenouras em corte palito, para dar um colorido ao prato.

Coelho ao caçador – com vinho e tomates

Como o tamanho o coelho varia, vamos tomar por base os ingredientes para preparar 1 (um) kg de coelho. Anote: 6 tomates tipo italiano maduros (ou 1 lata de tomati pelati), 1 cebola branca, 1 cebola roxa, 2 dentes de alho amassados (sem a casca, socados), 150 ml de vinho branco, 1 colher de chá de páprica picante, basílico ou manjericão, azeite, sal e pimenta do reino branca.  Vinho branco para a marinada.

Limpe o coelho e corte-o em pedaços. Prepare uma marinada com a cebola branca picada e os temperos verdes frescos de sua preferência, sal e pimenta do reino branca moída na hora. Para esta receita, além do manjericão, piquei salsinha, cebolinha verde e alecrim fresco. Junte vinho branco. Tome um saco plástico, coloque as peças cortadas do coelho, acrescente a marinada. Feche, deixe na geladeira por, no mínimo, 6 horas. Na metade do tempo, vire o saco de lado. Retire da geladeira e deixe voltar à temperatura ambiente.

Caso for usar tomates frescos: faça uma cruz superficial na lateral de cada tomate, com a ponta da faca. Coloque água para esquentar em uma panela. Quando a água estiver fervendo, desligue o fogo e coloque os tomates, um a um, retirando-os rapidamente, assim que a pele se soltar (use um garfão para não se queimar). Retire a pele com cuidado e parta-os em quatro, para tirar as sementes. Corte-os em cubos pequenos.

No caso dos tomates já pelados, retire as sementes, passando-os em um coador. Corte-os em pedaços.

Em uma panela funda, deite azeite e doure os pedaços do coelho. Retire-os e reserve em um recipiente à parte. Na mesma panela, doure a cebola roxa cortada em fatias. Acrescente a páprica e misture bem até incorporar. Pingue um pouco de água quente para a cebola não grudar na panela. Adicione o vinho branco e deixe o álcool evaporar. Acrescente os tomates, o alho e as folhas de manjericão.

Volte com o coelho para a panela e misture tudo. Acerte o tempero e deixe cozinhar, no fogo baixo, por, ao menos, 40 minutos, acrescentando água quente, pelas beiradas, de pouco em pouco,  até o completo cozimento da carne. Não deixe o molho secar, pois a carne deve ficar completamente envolvida no molho. Quando verificar que a carne está macia e o molho incorporado, está pronto!

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obs: sobrou coelho? Desfie a carne e guarde, junto com o resto do molho, no freezer. Quando precisar, terá  um ótimo ragú para rechear um ravioli caseiro.

 

 

Raviólis recheados com banana da terra

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Aprenda a fazer pasta caseira na forma de raviólis. Recheie-os com banana da terra, para variar do tradicional recheio de queijo ( ideal para os veganos e intolerantes). Ficam bonitos e originais se coloridos com suco de beterraba e deliciosos quando temperados com azeite e sálvia. No prato de hoje, o sabor contrasta à perfeição com o forte sabor de mostarda do molho da carne. Receita sofisticada para impressionar os amigos!

Raviólis de pasta fresca caseira recheados com banana da terra, ao molho de azeite e sálvia

Para o preparo de uma quantidade de massa (ou pasta) que serve 4 pessoas separe: 150 gr. de farinha de trigo de grano duro, 150 gr. de farinha de trigo comum, 1 beterraba pequena, 3 ovos, 1 colher de sopa de azeite e 1 colher de chá de sal.

Para o recheio: 3 bananas da terra, 1/2 cebola ralada, 1 colher de sopa de azeite, sal, pimenta branca e gengibre em pó a gosto.

Preparo da pasta:

Descasque a beterraba e corte-a em tiras. Bata no liquidificador com os ovos, até ficar um suco homogêneo.

Se tiver prática no preparo de pastas faça-a diretamente na bancada da cozinha, montando um “vulcãozinho”. (Caso contrário, prepare a massa da pasta em uma tigela, como na foto.

 

Peneire as farinhas, misture-as e disponha sobre a superfície de preparo. Faça um buraco no meio e despeje o suco de beterraba com ovos. Misture levemente com um garfo, adicione sal e azeite. Continue mexendo para incorporar a farinha ao líquido, aos poucos. Quando o garfo não for mais suficiente, ponha a mão na massa!

Misture bem até obter uma massa lisa e homogênea. Se estiver fazendo a pasta na tigela, em um determinado ponto será mais fácil virar a massa na bancada e usar a força das mãos para que a mistura incorpore toda a farinha e fique uniforme. Faça uma grande bola e envolva-a com filme plástico. Deixe-a descansar por, no mínimo, 30 minutos (máximo até uma hora). Se a temperatura do dia estiver muito quente, deixe a massa na geladeira. Porém não se esqueça de retirá-la dentro de meia hora, pois na geladeira perde a umidade e poderá ficar seca.

Aproveite o intervalo para preparar o recheio. Cozinhe a banana com casca até verificar que consegue perfurá-la facilmente com um garfo. Desligue o fogo, retire as bananas e despreze a água. Aproveite a mesma panela: aqueça-a em fogo baixo com um pouco de azeite e adicione a cebola ralada para dourar. Acrescente a banana (já amassada com garfo) e misture até que forme uma pasta. Tempere a gosto com sal, pimenta branca e gengibre. Apague o fogo e reserve (vale bater no processador se não tiver ralado a cebola ou amassado bem a banana).

Passado o tempo de repouso, é hora de abrir a massa. Reparta a bola de massa aos poucos, deixando o restante envolto em plástico filme para não ressecar. Na máquina, ou com um rolo usando a força dos braços, faça largas tiras para que possa cortar no formato desejado.

Se não tiver um cortador redondo, use um copo de vidro. Porcione as bolinhas de recheio e cubra com outro pedaço de massa e corte em círculos.

Dica: o segredo é ir cortando e recheando ao mesmo tempo para que a massa não resseque.
Vá colocando os raviólis na bancada e polvilhando com farinha. Quando terminar, aqueça um pouco de água em uma panela com uma colher de sal e leve-os para cozinhar. Subiu à superfície, está pronto!

Sirva com um molho de azeite e sálvia. Para prepará-lo basta aquecer o azeite e acrescentar as folhinhas de sálvia até que forme um molho aromatizado.

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Ragú de carne de javali

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A maioria das pessoas estranha quando se fala em carne de javali. Porém, hoje há uma tendência mundial a voltar a servir caças, pois a carne é muito mais saborosa. Carnes de caça costumam ser duras, por isso recomendamos que use esse tipo de carne, como a do javali, para preparar um ragú. Fica delicioso para acompanhar massas. Nesta receita usamos uma pasta (ou massa) fresca de nossa fabricação (clique aqui para ver nossa receita de massa fresca).

Pappardelle al sugo de cinghiale (nome em italiano)

Ingredientes (para 2 pessoas): 200 gr de pappardelle, 500 gr de carne de javali, 1 lata de tomates sem pele e sem semente (passe na peneira), 200 ml de caldo de legumes aquecido, um punhado de salsinha, sálvia e alecrim, 1 colher de chá de zimbro, 3 dentes de alho, 1/2 xícara de vinho tinto; sal e pimenta do reino à gosto, azeite.

Para a marinada:1 colher de sobremesa de salsinha picadinha, 1/2 xícara de chá de salsão picado, 1/2 xícara de chá de cenoura picada, 1 xícara de chá de cebola picada, 1 xícara de vinho tinto, sal e pimenta-do-reino à gosto.

Prepare a marinada colocando em um saco plástico a carne cortada em pedaços médios e o ingredientes citados acima. Obs.: não exagere no sal e na pimenta, pois ainda irá acertar o tempero na panela. Deixe o saco, bem fechado, na geladeira por 24 hs, virando de vez em quando para o líquido envolver toda a carne.

Retire a carne do saco, coe o líquido da marinada e reserve-o. Limpe e sele a carne em uma panela de ferro, já aquecida com um pouco de azeite. Retire a carne e reserve.

Na mesma panela, refogue os legumes até que a cebola fique translúcida. Acrescente o alho e as ervas. Despeje o vinho e aguarde até que o álcool evapore para adicionar os tomates. Acrescente o líquido da marinada e o caldo de legumes, mexendo até incorporar. Junte o zimbro e tempere a gosto com sal e pimenta-do-reino.

Retire o excesso de carne dos ossos e coloque tudo na panela (os ossos também).

Cozinhe por, no mínimo, 1h 30′ ou até verificar que os ossos se soltaram do restinho de carne que antes estava grudada neles.

Retire os pedaços de carne (desprezando os ossos) e, em uma vasilha de vidro. Processe o caldo com um mixer (ou use o liquidificador). Adicione a metade da carne para bater também e ficar bem moída.

Desfie a outra metade da carne e junte tudo novamente na panela de ferro. Deixe descansar, com o fogo desligado.

Agora é só cozinhar a massa e aquecer o ragú. Acrescente a massa já cozida à panela com o ragu, aos poucos, para que a massa incorpore todo o molho.

Sirva com queijo ralado, se gostar, de preferência pecorino.

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Conserva de alho

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A maioria de nós brasileiros do Sudeste, como descendentes de portugueses, italianos ou espanhóis amamos alho e não deixamos de cozinhar sem ele. Tanto que o nome deste blog é “Sal com alho”, por ser a base de nosso tempero. Outras culturas nunca deixam de usar alho em sua alimentação, como a árabe e a oriental, de onde se conclui que a maior parte dos habitantes do mundo ( talvez 80% já que os chineses adoram alho). E, para a nossa sorte, o alho é fundamental para se ter uma boa saúde. Ter uma conserva de alho sempre pronta na geladeira (como os italianos fazem) é um grande “quebra-galho” , tanto para se comer pura como aperitivo quanto para adicionar a assados e outros preparos. A receita abaixo, usando pimentas e outros temperos, é sofisticada e deliciosa.

Conserva de alho

Separe estes ingredientes: 4 cabeças de alho descascados, 1 colher de chá de sal, 1 colher de chá de açúcar demerara (ou cristal), 3 folhas de louro, 10 grãos de pimenta-do-reino, 5 grãos de pimenta rosa, 3 grãos de pimenta zimbro, 3 hastes de cravo, 350 ml de vinho branco seco e 350ml de vinagre de maçã (esta quantidade equivale a 1 e 1/2 xícara de chá)

Misture todos os ingredientes em uma panelinha, com exceção do alho, e leve ao fogo, mexendo para dissolver o sal e o açúcar. Deixe ferver.

Acrescente o alho e espere ferver novamente. Quando ferver, conte dois minutos e está pronto.

Coloque o preparado em um vidro de conserva previamente bem limpo com álcool, feche bem e guarde na geladeira. Espere pelo menos 2 dias para saborear. É ótima para acompanhar pão de qualquer tipo.

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Risoto de frutos do mar

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Risotto (grafia italiana) é de origem italiana, Paella (diz-se paelha) de origem espanhola e Mexido…bem, é claro que vou dizer que é de Minas Gerais! Os três são feitos tendo o arroz por base, misturado com o que tiver à mão ou o que der vontade de comer, como carnes e similares e também legumes e ovos. Recentemente descobri a versão asiática  (de influência chinesa) – o Arroz Frito. Originalmente eram comida de feirantes ou de gente pobre, feitos com sobras. Hoje são servidos nos melhores restaurantes, feitos com ingredientes finos.

O risotto costuma ser feito com manteiga ou azeite, a paella sempre com azeite e o mexido com gordura de porco, bacon e/ou manteiga. O arroz varia conforme a região, sendo que no risotto costuma-se usar os italianos, como o carnaroli ou o arbóreo. O risotto e a paella são feitos a partir do arroz cru, enquanto que no mexido usam-se ingredientes que já estão cozidos, logo, nos dois primeiros é preciso adicionar-se um caldo (ou água quente), o que não acontece com o mexido, que é mais seco.

O risoto (grafia brasileira) da receita de hoje é um dos mais pedidos em restaurantes por ser o predileto de quase todas as pessoas que gostam de frutos do mar. Dá um pouco de trabalho para preparar os frutos do mar para um risoto completo, mas é bem fácil de ser feito se já tiver os ingredientes limpos e picados (compre um kit para paella*).

*com frutos do mar frescos é muito, mas muito melhor!

Risoto de frutos do mar

O ideal é preparar antes um caldo com as carcaças de peixe e camarões juntando-se ainda cenoura, aipo, alho e cebola, pois o risoto ficará muito mais saboroso. Se não tiver como fazê-lo, use caldo em tablete.

Os frutos do mar: calcule cerca de 300 a 400 gr. de frutos do mar limpos por pessoa, podendo ser: peixe, camarão, lula, polvo, vieiras e mexilhões – ou então conte por unidades ou partes.

Pré-preparo: Do peixe será aproveitado apenas o filé e cortado em cubos médios. O camarão precisa ser bem limpo, inclusive retirando-se aquele fio preto que fica nas costas, usando-se uma faquinha. A lula precisa ser limpa e cortada em fatias. Ao polvo deve ser dado um choque térmico colocando-o em água fervendo e retirando-o tão logo se enrole, para tornar mais fácil seu corte em tronquinhos. As vieiras e os mexilhões devem ser retirados das conchas e lavados em água fria.  Reserve alguns camarões grandes com a cabeça e a casca e também alguns mexilhões dentro das conchas para colocar por cima do risoto se for servi-lo em uma travessa.

Outros ingredientes – calcule para cada 4 pessoas: 1 xícara de chá de arroz cru, 1 xícara de café cheia de cebola bem picadinha, 1 xícara de café de molho de tomate caseiro, 1 colher de sopa de pimentão vermelho picado miudinho, 1 colher de chá de sal com alho. Use 1 litro de caldo de peixe e/ou camarão ( feito em casa ou em tablete). Azeite a gosto.

Tempere tudo com limão e sal ( pouco!). Depois de meia hora, escorra bem.

Preparo: Tome uma panela grande, derrame e espalhe azeite de modo a cobrir o fundo com uma fina camada. Frite os camarões até ficarem rosados. Junte o polvo e as lulas e deixe que fritem, sem corar. Agora junte os mexilhões e as vieiras e mexa com cuidado ( com colher de pau) para não parti-los. Por último, junte o peixe, misture levemente e não mexa mais.

Afaste tudo para os cantos, acrescente mais azeite e frite a cebola, o sal com alho e o pimentão. Misture com cuidado. Repita a operação ao juntar o arroz, deixando que frite até ver que perdeu a cor branca. Se começar a agarrar no fundo, vá pingando o caldo.

Acrescente o caldo até cobrir tudo. Junte o molho de tomate e misture, sentindo que não há nada agarrado no fundo da panela. Prove o caldo. Se gostar, acrescente temperos, como açafrão (ou cúrcuma), pimenta e louro. Misture de novo. Vigie o cozimento acrescentando água fervente se necessário, até que o arroz esteja no ponto – não pode ficar duro nem empapado.

Se for servir em travessa, ou na própria panela, assim que colocar a ultima água no arroz disponha por cima de tudo os camarões e os mexilhões para decorar.

Há quem sirva o risoto com queijo parmesão ralado por cima. Fica a gosto!

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Ossobuco ao Carmenère

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Quer fazer um jantar diferente e sofisticado e que vai custar muito pouco? O ossobuco, uma carne muito saborosa porque está perto do osso, é servida nos melhores restaurantes do mundo! É considerada uma receita gourmet porque é cheia de minúcias- que você precisa seguir para ter um resultado além das expectativas. Aqui está a receita passo-a-passo, não há nenhuma dificuldade para fazê-la, só precisa de tempo – mas quem vai trabalhar é o fogo!

Ossobuco ao molho de vinho Carmenère

Ingredientes para 4 pessoas: 4 peças de ossobuco, 1 cenoura pequena,1 cebola,1/3 de talo de alho poró, 2 xícaras de caldo de carne caseiro,2 xícaras de vinho tinto Carmenère,1 colher de sopa de geleia de Carmenère (opcional), 1 colher de sopa de farinha de trigo (ou de arroz), 2 folhas de louro e 2 dentes de alho (opcional), sal e pimenta do reino a gosto.

Deixe a carne à temperatura ambiente e tempere com sal e pimenta do reino. Aguarde, ao menos, 30 minutos. Enquanto isso, leve um caneco com água ao fogo. Corte em pedacinhos a cebola e o alho poró, rale a cenoura. Aqueça o forno a 180 graus.

Espalhe a farinha sobre as peças de carne (dos dois lados) e coloque-as em um prato. Leve uma panela funda, de preferência de ferro, ao fogo alto e espere que fique bem quente. Coloque manteiga ou azeite e doure as peças de ossobuco dos dois lados. Retire, disponha-as em uma assadeira e deixe-as no forno para se manterem aquecidas.

Retiradas as peças de carne, mantenha a panela no fogo para dourar a cebola, acrescentando azeite, se necessário. Quando estiverem amolecidas, junte a cenoura e o alho poró. Misture. Pingue um pouco de água quente se preciso, até ficarem macias. Abaixe o fogo e, afastando os legumes para as beiradas, coloque o vinho tinto. Espere que o álcool evapore (cheire e saberá). Nesse ponto, acrescente a geleia de carmenère* e misture. Logo após, junte o caldo de carne e um pouco d’ água quente para formar um bom caldo.

Retorne com as peças de ossobuco para a panela, deixando-as submersas no caldo. Se preciso, junte um pouco mais de água quente, pelas beiradas, mas não muito, para não ficar aguado. Coloque papel alumínio sobre a panela e tampe-a. Caso a sua panela possa ir ao forno, diminua a temperatura até os 150 graus e deixe cozinhando por 2:30 horas. Caso contrário, deixe no fogo mais baixo que conseguir e vigie o cozimento de tempos em tempos : se é necessário pingar mais água para o molho não secar. O tempo de cozimento será o mesmo.

Após este tempo, veja se a carne pode ser partida com uma colher. A esta altura é possível que algum osso tenha se soltado. Retire as peças de carne com cuidado e coloque-as na mesma assadeira, conservando-a no forno desligado para não esfriar.

Coe o molho que sobrou e, desprezando o bagaço dos legumes, volte com o caldo restante para a panela. Aumente o fogo e engrosse o caldo (misture um pouco de amido de milho diluído em água ou farinha de trigo pré tostada, como preferir).Volte com a carne para a panela e já pode servir!

Fica delicioso com quase tudo: arroz, batatas, nhoque, massa, risoto… Na foto principal: massa caseira com recheio de peras caramelizadas e roquefort.
* para fazer a geleia leve uma panelinha ao fogo com o vinho e um pouco de açúcar e vá misturando com uma colher de pau até o ponto de geleia.

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Canelone aos quatro queijos

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Durante os nove anos em que estive à frente do restaurante de um hotel de luxo em Belo Horizonte oferecíamos uma completa variedade de cardápios para eventos. Sempre procurava variar inovando as receitas, mas havia algumas que, se tirasse da oferta de cardápios, era reclamação na certa. Este canelone feito com massa fresca, recheado com quatro queijos, envolto em creme e gratinado era uma dessas. Uma opção muitíssimo apreciada que você pode experimentar é fazer a mesma receita porém usando salmão para o recheio.

Aqui passo a receita para uma porção pequena, que serve de 2 a 3 pessoas, mas você pode aumentá-la conforme quantas pessoas irá servir. Esta receita pode (e deve) ser feita de véspera, o que facilita bastante seus afazeres se for preparar um almoço ou jantar para muitas pessoas.

Canelone aos quatro queijos

Esta receita é para seis canelones, portanto irá usar seis folhas de massa para lasagna. Se quiser fazer a pasta em casa, como fizemos para esta receita, clique aqui para ver a receita completa.

Recheio: creme bechamel, 4 tipos de queijo e ervas frescas.

Ingredientes para o creme bechamel: 1 colher de sopa de manteiga, ½ cebola ralada (1 xícara de café), 1 colher de café de sal com alho, 1 xícara de chá de leite, 1 colher de sobremesa de amido de milho (ou farinha de trigo torrada), 1 xícara de café de creme de leite. Tempero: uma pitada de noz moscada e outra de pimenta do reino branca.

Os queijos: 300 gr. de queijo ralado grosso, sendo que escolhi de 4 tipos: gouda, estepe, provolone e ementhal (pode substituir por outros tipos) mais 1 colher de sopa de cebolinha finamente picada

Para fazer o creme bechamel derreta a manteiga e frite o sal com alho e a cebola, sem deixar corar. Acrescente o leite deixando um pouco na xícara para misturar com o amido de milho (ou farinha de trigo). Assim que o leite ferver, junte essa mistura e mexa bem até começar a borbulhar. Desligue, tempere a gosto e junte o creme de leite. Misture bem e reserve.

Misture os queijos ralados e a cebolinha picada ao creme bechamel. Coloque em uma tigela e leve à geladeira por 2 horas para que o recheio endureça. Assim fica mais fácil para rechear.

Cobertura:

Ingredientes para a cobertura: 1 colher de chá de manteiga, ½ colher de café de sal, 1 xícara de café de leite, 1 xícara de café de creme de leite. Por cima de tudo: 50 gr. de queijo parmesão ralado grosso (pode substituir por outro queijo)

Em outra panela, siga o mesmo procedimento do bechamel para fazer o creme da cobertura. Rale o queijo para a cobertura e deixe-o separado. Coloque-o na geladeira para ficar mais encorpado.

Para montar a travessa refratária com os canelones:

Coloque água para ferver em uma panela grande que caiba as folhas da lasagna sem dobrar. Assim que ferver, junte sal e deixe que ferva novamente. Coloque uma a uma as folhas de lasagna. Se for pasta fresca leva aproximadamente 8 minutos para ficar ao dente. Balance a panela umas três vezes para que uma folha não grude na outra. Retire-as com uma espátula larga e coloque-as sobre a bancada da pia (bem limpa e seca).

Divida o recheio em 6 partes iguais. Coloque cada parte do recheio sobre uma folha de lasagna e enrole-a como mostra a foto. Pincele o fundo e as laterais da travessa com o creme de cobertura. Disponha os rolinhos, sempre passando creme entre eles para que não grudem ao servir. Distribua o restante do creme sobre os rolinhos e cubra com o queijo ralado separado para a cobertura.

Para montar a travessa refratária com os canelones:

Coloque água para ferver em uma panela grande que caiba as folhas da lasagna sem dobrar. Assim que ferver, junte sal e deixe que ferva novamente. Coloque uma a uma as folhas de lasagna. Se for pasta fresca leva aproximadamente 8 minutos para ficar ao dente. Balance a panela umas três vezes para que uma folha não grude na outra. Retire-as com uma espátula larga e coloque-as sobre a bancada da pia (bem limpa e seca).

Divida o recheio em 6 partes iguais. Coloque cada parte do recheio sobre uma folha de lasagna e enrole-a como mostra a foto. Pincele o fundo e as laterais da travessa com o creme de cobertura. Disponha os rolinhos, sempre passando creme entre eles para que não grudem ao servir. Distribua o restante do creme sobre os rolinhos e cubra com o queijo ralado separado para a cobertura.

Pode fazer a lasagna de véspera ou algumas horas antes de servi-la. Neste caso, cubra com plástico filme e coloque na geladeira.

Cerca de 20 a 30 minutos antes de servir ligue o forno a 250 graus. Assim que estiver quente, baixe para 180 graus e ponha a lasagna para gratinar. Desligue logo que corar por cima e perceber o creme começando a ferver nas laterais. Sirva bem quente.

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Costela ao molho de vinho

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Esta receita pode ser preparada com costela de boi, de porco ou de cordeiro. É fácil de fazer e tem cara de culinária gourmet. Prepare-a para oferecer à família ou aos amigos e fará sucesso! A versão mais simples é com molho de vinho e um toque de alecrim. Pode acrescentar molho de tomate, para dar cor e suavizar o gosto da carne e, se preferir, faça a receita típica da África do Sul, à base de molho barbecue, como fizemos no nosso jantar africano servido às amigas.

Costela ao molho de vinho

Para esta receita irá precisar de um molho de carne caseiro (da mesma carne da costela – boi, porco ou cordeiro). Faça-o cozinhando na pressão por 40 minutos: aparas de carne, cenoura, aipo, cebola, alho, cheiro verde e 1 litro de água.

Corte as costelas porcionando 1 ou 2 ossos por pessoa, cortando bem no meio entre os ossos para deixar carne dos dois lados. Tempera com sal grosso 30 minutos antes do cozimento.

1o. cozimento: Coloque uma cama de cebola em rodelas na panela de pressão e disponha as costelas por cima, sem água. Feche e cozinhe por 30 minutos depois que começar a apitar. Retire a carne e reserve o caldo.

2o. cozimento: Em outra panela, doure a cebola e depois o alho em um pouquinho da gordura do primeiro cozimento. Escolha o vinho e despeje na panela, esperando o álcool evaporar (calcule 1 colher de sobremesa por porção). Coloque os pedaços da costela e vá acrescentando o caldo de carne aquecido até verificar que a carne está bem macia. Acrescente também, aos poucos, o caldo da costela para dar mais sabor – mas cuidado porque é bastante gorduroso. Deve cozinhar por cerca de 30 minutos. Confira o sal e acrescente pimenta do reino, se gostar.

Na versão mais simples, tempere com alecrim fresco pouco antes de servir. No prato da foto principal, servimos com nhoque de moranga.

Se for incrementar o molho, tire as costelas, acrescente o molho de tomates só para dar cor e depois volte com as costelas para a panela. Aqueça e sirva. 

Para fazer o molho típico da África do Sul:

Faça à parte um molho com 2 partes de molho de tomates e 1 parte de molho barbecue pronto, de boa qualidade. Tempere com mel, molho inglês e pimenta zimbro moída na hora.

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Veja como servir nas fotos abaixo: a primeira do Restaurante Karibu no píer de Capetown e a segunda da Reserva Tala, perto de Durban. Clique nos nomes grifados para ver nossa viagem gastronômica à África do Sul.

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Fettuccini verde com creme de ricota

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Depois que as duas blogueiras filhas estão equipadas com máquina e acessórios para fazer pasta (ou massa, como se denomina mais comumente no Brasil) em casa e craques na receita básica e no manuseio da pasta, cada fim de semana inventam uma receita diferente. E cada uma mais gostosa do que a outra! A de hoje é uma receita de pasta cortada ao comprido, de largura média – o tradicional fettuccini – feita com espinafre, o que a torna verde. O fettuccini é uma pasta que agrega o molho com facilidade e, por isto, ideal para ser feita com molhos brancos.

Fettuccini verde com creme de ricota

Para fazer uma quantidade de pasta (ou massa) para 5 a 6 pessoas, separe: 200 gr. de farinha de trigo grano duro, 200 gr. de farinha de trigo comum, 4 ovos, 1 colher de sopa cheia de azeite, 1 colher de chá de sal e 1/2 maço de espinafre.

Para o molho: 1 colher de sobremesa de manteiga, 1 colher de café de sal com alho, 1/2 cebola ralada, 1 colher de sopa de farinha de trigo, 1 xícara de chá de leite, e 2 colheres de sopa de ricota.

Comece lavando os ramos de espinafre e separando só as folhas. Leve-as a uma panela com um pouco de água já quente e deixe uns 3 minutos em fogo baixo até que fiquem murchas e bem verdes. Retire-as com uma escumadeira e mergulhe-as em uma bacia com gelo e um pouco de água gelada. Reserve.

Peneire as farinhas em uma tigela grande e misture-as bem (se quiser pode usar apenas um tipo). Reserve.

Esprema bem o espinafre para retirar o excesso de água e bata no liquidificador com os ovos, o azeite e o sal.

Junte a pasta de espinafre à farinha e mexa com as mãos até que forme uma massa uniforme. Ao final, será necessário passá-la para a bancada e amassar bastante. Não desanime, aos poucos a farinha vai se incorporando e a massa fica mais lisa (veja a foto). Obs.: caso a massa esteja ainda molhada e pegajosa é porque não foi retirado o líquido suficiente do espinafre. Mas não se desespere: vá acrescentando farinha de trigo comum, aos poucos, somente o necessário para conseguir a consistência correta.

Envolva a massa em plástico filme e deixe-a descansar por, pelo menos, 30 minutos.

Abra a massa e corte-a na máquina em formato de fettuccine (ou com a faca, como quiser). Deixe secar sobre um pano limpo enquanto prepara o molho. Se preferir faze-la com antecedência, guarde-a em um recipiente bem fechado por até 3 dias na geladeira, porém antes deixe secar bem para não grudar.

Para fazer o molho: em uma panela funda, esquente a manteiga em fogo baixo, doure ligeiramente a cebola e o sal com alho. Junte a farinha de trigo aos poucos, misture bem com uma espátula até formar uma massa lisa. Acrescente o leite morno. Depois que tiver formado um creme liso e homogêneo, junte a ricota. Acerte o sal. Se quiser, junte uma pitada de noz moscada e outra de pimenta do reino branca. Desligue.

Enquanto faz o molho, esquente água em uma panela grande para cozinhar a massa. Assim que a água estiver bem quente misture o sal ( basta 1 colher de sopa cheia) e cozinhe a pasta aos poucos. Atenção, pois pasta caseira cozinha rápido. Para saber se está cozida corte um pedacinho com um garfo, se oferecer pouca resistência está no ponto. Escorra bem a água.

Passe rapidamente as tiras da pasta cozida para a panela do molho e mexa com um garfo para incorporá-las, tomando cuidado para não quebrar.

Agora é só servir! Sempre bem quente!

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Nhoque de mandioquinha salteado com ervas finas

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Mandioquinha, baroa ou cenoura amarela. São três nomes para o mesmo legume, ingrediente ideal para purês, caldos, cremes e até para variar o nhoque tradicional feito com batata. Aliás, fica muito mais gostoso e mais amarelinho. Essa receita é perfeita para acompanhar uma carne sem molho, mais seca, tipo churrasco.

Nhoque de mandioquinha salteado com ervas finas

Ingredientes para 2 pessoas: 3 mandioquinhas pequenas, 1 xícara de farinha de trigo (e um pouco mais para esfarinhar a bancada), 1 gema de ovo, 1 colher de café de sal, azeite e ervas finas.

Cozinhe as mandioquinhas até que fiquem macias o suficiente para amassar com garfo. O ideal é que sejam assadas no forno (para não dar água), mas se você estiver com pressa cozinhe-as na pressão com casca e depois raspe. Deixe-as descansar por alguns minutos para que esfriem e percam o excesso de água.

Enquanto isso, aqueça água em uma panela grande (3/4 da altura).

Misture em uma tigela as mandioquinhas já bem amassadas, a gema do ovo e o sal. Amasse com as mãos e vá acrescentando a farinha aos poucos, até formar uma massa uniforme que tenha consistência suficiente para enrolar.


Polvilhe a bancada com um pouco de farinha e divida a massa em duas bolotas. Tome cada uma delas e enrole até formar um rolo ( ou mais de um) com aproximadamente 2,5 cm de diâmetro. Agora é só cortá-lo em pedacinhos também de 2,5 cm. Faça as ranhuras características com ajuda de um garfo e vá colocando-os, aos poucos, na água quente para cozinhar. Conforme forem subindo à superfície, retire-os com uma escumadeira e reserve-os em uma vasilha untada com azeite. À medida que for acrescentando mais nhoques, vá acrescentando também mais azeite para não grudarem.

Assim que terminar, aproveite a mesma panela para a finalização. Jogue a água fora e deite um pouco de azeite. Leve ao fogo baixo e acrescente as ervas finas. Misture e junte os nhoques já banhados em azeite. Mexa um pouco, com cuidado, para que os nhoques fiquem totalmente envoltos pelo azeite e as ervas. Está pronto! Sirva imediatamente.

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Rosas recheadas – pasta caseira colorida com beterraba e recheada com queijo

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Esta receita além de deliciosa tem uma linda e original apresentação. Surpreenda seu amor preparando-a para uma noite especial! Se nunca fez pasta em casa chegou o momento de experimentar. Porém há dois problemas: vai ficar com mania de fazer pasta em casa e nunca mais vai achar uma pasta industrializada suficientemente boa!

Rosas recheadas – pasta caseira colorida com beterraba e recheada com queijo

Para o preparo de uma quantidade de pasta que serve 4 pessoas separe: 150 gr. farinha de trigo de grano duro, 150 gr. de farinha de trigo comum, 3 ovos, 1 beterraba pequena, 1 colher de sopa de azeite e 1 colher de chá de sal.

Sugerimos rechear com queijo. Separe 500 gr. de queijo muçarela, 1/2 cebola ralada, 1 colher de sopa de azeite, sal, pimenta-do-reino e noz-moscada a gosto. Pode variar com o recheio que quiser.

Preparo da pasta:

Primeiro descasque a beterraba e corte-a em tiras pequenas e finas. Bata no liquidificador com os ovos até ficar um suco homogêneo.

Se tiver prática no preparo de pastas faça-a diretamente na bancada da cozinha montando o “vulcãozinho” como ensinamos da primeira vez. Clique aqui para lembrar o modo de fazer. Caso contrário, prepare a massa da pasta em uma tigela, como na foto.

Peneire as farinhas (para evitar que se surpreenda com alguma pedrinha), misture-as e disponha sobre a superfície de preparo. Faça um buraco no meio e despeje o suco de beterraba com ovos. Misture-os levemente com um garfo e adicione sal e azeite. Continue mexendo para incorporar a farinha ao líquido, aos poucos. Quando o garfo não for mais suficiente, ponha mão na massa!

Misture bem até obter uma massa lisa e homogênea. Se estiver fazendo a pasta na tigela, em um determinado ponto será mais fácil virar a massa na bancada e usar a força das mãos para que a mistura incorpore toda a farinha e fique uniforme. Faça uma grande bola e envolva-a com papel filme. Deixe-a descansar por, no mínimo, 30 minutos (máximo até uma hora). Se a temperatura do dia estiver muito quente, deixe a massa na geladeira. Porém não se esqueça de retirá-la dentro de meia hora, pois na geladeira perde a umidade e poderá ficar seca.

Aproveite o intervalo para preparar o recheio, que deve ficar tão gostoso como se fosse ser comido puro. Aqueça a panela (fogo baixo) com um pouco de azeite e adicione a cebola ralada para dourar. Acrescente o queijo (também já ralado) e misture até que derreta. Tempere a gosto com sal, pimenta-do-reino e noz moscada. Apague o fogo e reserve.

Passado o tempo de repouso, é hora de abrir a massa. Reparta a bola de massa aos poucos, deixando o restante envolto em plástico filme para não ressecar. Na máquina, ou com um rolo usando a força dos braços, faça largas tiras para que possa cortar no formato desejado.

Se não tiver um cortador redondo, use um copo de vidro. Com a ponta da faca, corte os círculos de massa. Com as aparas que sobraram, refaça uma bola e abra novamente para repetir o processo.

O segredo é ir cortando e recheando ao mesmo tempo para que a massa não resseque. Com o círculo na palma da mão, adicione um pouco de recheio no centro e dobre ao meio como uma meia-lua. Dobre novamente para juntar as pontas e aperte-as para que se grudem.

Vá colocando na bancada e polvilhando com farinha. Quando terminar, aqueça um pouco de água em uma panela e leve as rosinhas para cozinhar. Subiu à superfície, está pronto!

Sirva com um molho de manteiga e sálvia . Para prepará-lo basta derreter a manteiga e acrescentar as folhinhas de sálvia até que forme um molho aromatizado.

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Costeletas de cordeiro ao forno

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Na nossa filial deste blog em Bruxelas, na Europa, a filha solteira sempre compra costeletas de cordeiro no mercado de Midi aos domingos. Lá custam pouco e são bem carnudas. Veja aqui a receita que fizemos na casa dela. Pode-se variar o modo de cozinhar: grelhada ou assada. A maioria das pessoas as prefere ao ponto. Quanto ao molho para acompanhar, pode ser um pesto de manjericão, um molho de vinho tinto, um molho ao vinho incrementado com suco ou geleia de frutas vermelhas, de jaboticaba ou de marmelo. De todo jeito são sempre deliciosas! Para quem se inicia na cozinha, a filha casada ensina o modo mais rápido e fácil de fazer as costeletas:

Costeletas de cordeiro com batatinhas ao alecrim

Veja os ingredientes para 2 pessoas: 500 gr de costeletas de cordeiro ( pode ser de 2 a 4 peças), 12 batatinhas baby, 2 colheres de sopa de alecrim fresco amassado ou desidratado, azeite, sal e pimenta do reino.

Separe as costeletas e cubra somente a parte do osso com papel alumínio – isto vai impedir que fiquem pretas durante o cozimento. Tempere-as com sal e pimenta do reino a gosto.

Enquanto a carne pega o gosto do tempero, cozinhe as batatas em água quente (ou na panela de pressão se estiver com pressa, mas cuidado para não amolecer – 15 minutos é suficiente pois ainda irão ao forno).

Pré-aqueça o forno a 180 graus.

Esquente um pouco de azeite em uma frigideira. Grelhe as costeletas até que mudem de cor.

Numa assadeira, disponha as batatas cortadas ao meio e salpique o alecrim por cima. Regue com um pouco de azeite e acrescente a carne.

Leve ao forno por cerca de 15 minutos. É o tempo da carne acabar de cozinhar e a batata ficar com aquele gostinho delicioso de alecrim. Retire o papel alumínio para levar as costeletas à mesa, adorne com as batatinhas e regue com o molho que ficou na assadeira.

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Involtini di muzzarela

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Esta receita é daquelas bem fáceis e práticas de se preparar quando for receber amigos em casa. Impressione-os com o sabor delicioso e a bela apresentação. E o melhor é ser uma ótima opção para quem não tem tempo para preparações elaboradas e ainda corre o risco de chegar em casa junto com os convidados.

Compre com antecedência no supermercado e guarde na geladeira: 1 manta de muçarela de búfala (se não encontrar, compre muçarela em fatias finas), 1 potinho de tomate seco com azeite e 1 molho de manjericão fresco (ou menor quantidade se encontrar na bandejinha).

O preparo leva, no máximo, 5 minutos.

Lave as folhinhas do manjericão e deixe-as secando. Bata o tomate seco no liquidificador ou no mini processador. Não deixe que vire líquido, deve batê-lo o suficiente para tornar-se uma pasta com pequenos pedaços.

Abra a manta de muçarela e com uma colher espalhe a pasta de tomate seco de maneira a cobri-la parcialmente (veja a foto). Em seguida, coloque as folhinhas de manjericão.

Corte a manta da espessura desejada e enrole delicadamente.

Para a decoração, espalhe o próprio azeite colorido de tomate que sair pelas beiradas e coloque um pedacinho de tomate seco por cima. Disponha folhinhas de manjericão para enfeitar e está pronto!

Fusilli com carne e molho de legumes

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Sabe quando no domingo à noite bate aquela preguiça de sair pra comer fora? O recurso é dar uma voltinha e ver o que tem à mão na geladeira e na despensa. Não encontrou nada pronto? Não desanime!

Você acha que não sabe cozinhar ou tem medo de enfrentar um fogão? Coragem! Hoje é o dia! A culinária tem princípios muito elementares, é só conhecer os básicos e o resto fica por conta de sua imaginação. Comece preparando uma pasta com um molho bem gostoso. Se tiver uma carne pronta, use-a. Se não, também fica ótimo só com legumes.

Sempre tem alguma carne pronta que sobrou da semana, no caso achei uma carne de panela cozida, das que duram dias e dias na geladeira. Se não conhece a receita dessa carne tão gostosa e prática – pois serve para várias preparações de última hora – clique aqui.

Achei na gaveta de legumes: pimentão vermelho e verde, cebola, tomate, abobrinha e ainda cebolinha verde. Se não tiver esses legumes pode usar, por exemplo, cenoura e berinjela. O importante é variar na cor e no sabor – no caso tenho ingredientes das cores amarela, vermelha e verde. Para temperar: sal com alho e pimenta do reino. Vai precisar de azeite ou óleo para fritar os legumes.

Pique os legumes em quadrinhos ou em fatias finas e em partes iguais. Todos juntos devem dar 1 xícara de chá bem cheia por pessoa. Pique também a carne em pedaços que dê para colocar na boca sem precisar de partir no prato. Calcule a quantidade por pessoa.

Escolha o tipo de pasta (fusilli, penne, tagliatelli, etc) Para calcular quanto vai precisar por pessoa despeje a pasta crua em um prato de sopa e veja a quantidade de acordo com o tamanho da fome. Veja as instruções de cozimento e coloque uma boa quantidade de água para ferver.

Se for intolerante a glúten compre nas lojas especializadas pasta feita à base de milho ou de arroz, como a da foto.

Tome uma frigideira e leve-a ao fogo com azeite espalhado no fundo (1 colher de sobremesa por pessoa). Primeiro doure a cebola e os pimentões ( ou os legumes mais duros, como a cenoura). Em seguida, frite o sal com alho, calculando ½ colher de café por pessoa. Agora junte os legumes mais moles, como o tomate fresco e a abobrinha. Assim que amolecerem, acrescente a carne e o molho da carne. Se a carne estiver seca, junte molho de tomate e água fervendo, aos poucos. Tempere com um pouquinho de molho inglês. Misture tudo e deixe ferver, a conta de incorporar os sabores. Prove o tempero, acrescente um tiquinho de pimenta do reino, se gostar e sal, se necessário.

Enquanto prepara o molho, cozinhe a pasta em água fervente com sal, no tempo adequado. Escorra bem e misture-a imediatamente ao molho quente, na própria frigideira. Desligue imediatamente. Veja como ficou bonito e que delícia! Sirva bem quente. Salpique parmesão ou grana padano ralado, se for do seu agrado.

Um prato assim pede um vinho tinto, de preferência um Chianti!

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Tortéi de abóbora moranga ao molho cremoso de tomate seco

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Tortéi é o nome popular pelo qual é conhecido, no Sul do Brasil, este preparo de massa fresca em forma de pastel. Recheado de moranga e com molho de tomate é uma receita italiana muito tradicional que se costumava servir no almoço de domingo nas antigas colônias de descendentes de italianos. Na região central da Itália o tortéi é Tortelli e seus derivados são o Tortellini, quando menor e Tortelloni, se de tamanho maior. Também é conhecido pelo nome de Capellaci. A receita mais tradicional é esta com recheio de abóbora, que na Itália se chama zucca, então a esta receita os italianos dão o nome de

Tortelli di Zucca ai pomodori secchi 

Para servir de 4 a 6 pessoas estas são as quantidades para o preparo da massa: 200 gr farinha de trigo grano duro, 200 gr de farinha de trigo comum, 4 ovos, 1 colher de sopa cheia de azeite e 1 colher de chá de sal. Obs: a medida é considerando a farinha já peneirada.

Ingredientes para o recheio: 1/2 moranga cozida e macia em pedaços, 1/2 cebola média picada, 1/2 colher de chá de canela, 1 colher de sopa de queijo ralado ( pode ser queijo minas), sal e pimenta a gosto.

Ingredientes para o molho: 1 colher de sopa cheia de manteiga, 1 dente de alho picado, 1/4 de cebola picada, 250 gr de creme de leite fresco e 50 gr de tomate seco.

Prepare a massa fresca misturando os ingredientes até formar uma mistura homogênea. Deixe a massa descansar por, no mínimo, 30 minutos antes de abri-la. Para uma explicação mais detalhada, com fotos, clique aqui.

Enquanto a massa descansa, prepare o recheio e o molho:
Amasse a moranga com um garfo e pique a cebola bem miudinha. Aqueça a panela no fogo e, em um pouco de azeite, doure a cebola. Nesse ponto, adicione a moranga amassada e misture. Acrescente o queijo ralado e deixe que derreta enquanto se mistura aos demais ingredientes, mexendo sempre com a colher de pau. Ao final, acrescente a canela, misture para que se incorpore e tempere a gosto.

Em outra panela, doure a cebola, acrescente o alho e depois o tomate seco (sem o azeite que vem na embalagem).  Adicione o creme de leite fresco, misturando até começar a ferver. Retire e bata no liquidificador (ou com um mixer, na própria panela), até que se torne um molho consistente e homogêneo. Volte com o molho pronto para a panela e tempere a gosto com sal e pimenta.

Após aberta a massa, utilize um cortador para cortá-la em vários círculos. Se não tiver use como forma a boca de um copo e termine de cortar com a faca, dando o formato desejado. A dica é abrir a massa aos poucos, cortando e recheando logo em seguida para que ela não fique seca. Do contrário, não conseguirá fazer com que feche e segure o recheio na hora de cozinhar. Use uma colher de chá para colocar o recheio, em pequenas bolinhas, dentro dos círculos de massa. Feche com a mão, pressionando as laterais. Aperte bem para que grude as bordas e proteja o recheio na hora do cozimento.

Aqueça uma boa quantidade de água em uma panela grande, adicione sal após a fervura e abaixe o fogo. Vá colocando os torteís na medida em que fiquem prontos. Retire-os com uma escumadeira. Quando voltarem à superfície, já estarão cozidos!

Acomode-os na forma refratária que for levar à mesa e finalize com o molho pronto.

Sirva como primeiro prato (na Itália sempre a pasta é o primeiro prato). À brasileira, permite-se servir com uma carne à parte, como fizemos com um belo bife de chorizo ( na foto principal).

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Massa fresca caseira- pappardelle de ragú de ossobuco

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Esta receita é uma variação da que já apresentamos aqui para a lasagna com ragú de cordeiro, porém desta vez resolvemos fazer uma pasta mais “ao dente”, pois iremos cortá-la na forma de pappardelle (tiras grossas). As proporções dos ingredientes continuam as mesmas, a diferença é que usamos uma farinha de grano duro.

Para o preparo de uma quantidade de pasta que serve de 4 a 6 pessoas separe:
200 gr. farinha de trigo de grano duro, 200 gr. de farinha de trigo comum, 4 ovos, 1 colher de sopa de azeite e 1 colher de chá de sal.

Se tiver prática no preparo de pastas faça-a diretamente na bancada da cozinha montando o “vulcãozinho” como ensinamos da primeira vez. Caso contrário, prepare a massa da pasta em uma tigela, como na foto.

 

Comece colocando sobre a superfície de preparo as duas farinhas* e misturando-as. Quando a mistura estiver homogênea, faça um buraco no meio e despeje os ovos inteiros. Misture-os levemente com um garfo e adicione o sal e o azeite. Continue mexendo com o garfo, agora incorporando a farinha ao líquido, aos poucos. Não deu mais para misturar com o garfo? Chegou a hora de botar a mão na massa! ( Lembre-se de tirar os anéis).

Misture bem até obter uma massa lisa e homogênea. ( Em um determinado ponto será mais fácil virar a massa na bancada e usar a força das mãos para que a mistura incorpore toda a farinha e fique uniforme). Faça uma grande bola e envolva-a com papel filme. Deixe-a descansar por, no mínimo, 30 minutos (máximo até uma hora). Se a temperatura do dia estiver muito quente, deixe a massa na geladeira. Porém não se esqueça de retirá-la dentro de meia hora, pois na geladeira perde a umidade e poderá ficar seca.

Passado o tempo de repouso, vamos abrir a massa.

Se for usar a máquina de cortar pasta, corte a massa em fatias de mais ou menos 3 dedos e trabalhe uma fatia de cada vez, deixando as demais envoltas em papel filme. Nesse caso, amasse a fatia com a mão e verifique sua umidade: se estiver seca demais irá quebra ao passar na máquina, se molhada demais, irá grudar. Para regular o ponto certo, acrescente aos poucos farinha ou água, conforme o caso, sempre com a ponta dos dedos para não passar da dose correta. Agora é só seguir as instruções da sua máquina, passando cada parte de massa uma vez em cada número de espessura dos rolos. Obs.: antes de começar, passe por três vezes a fatia amassada no número zero para abri-la e acertar não só o ponto certo de umidade como também a forma retangular para passar no rolo – veja as fotos.

Caso não tenha a máquina ou prefira usar o rolo, parta a bola de massa em fatias de tamanho maiores para que possa abrir a massa de acordo com o tamanho da sua bancada.

Aberta a massa está na hora de cortá-la no formato que desejar. Na massa que preparamos dispensamos os cortadores da máquina e cortamos, com uma boa faca, as tiras de mais ou menos 2,5 cm, pois escolhemos fazer um pappardelle. Após cortar é necessário deixar a pasta secar – cada tira separadamente para não grudar. O ideal é ter um varal de secar pasta como o da foto. Para cozinhar a pasta veja a dica aqui.

Para o molho, usamos um ossobuco já pronto. Para fazer um bom ragú basta desfiar a carne, levá-la ao fogo e ir acrescentando água quente pelas beiradas. Se desejar, adicione molho de tomates caseiro.

Na hora de servir, rale por cima do molho um bom queijo parmesão, grana padana ou pecorino.

*Peneire as farinhas em uma peneira fina antes de usá-las. Como é necessário fazer a massa com  a quantidade exata de farinha é preciso pesar a quantidade certa em uma balança de cozinha depois de peneirada.

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Ovos mexidos

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Quem sabe fazer ovos mexidos sobrevive em qualquer lugar do mundo, salvo, talvez, na terra dos esquimós (será que comem ovos de pinguim?) Ao mesmo tempo que é uma tarefa muito fácil também pode ser uma obra de arte – você pode variar as cores e os sabores, inclusive pode se tornar um artista especializado em ovos mexidos! Tem mais, é um alimento saudável, nutritivo, rico em proteínas e perfeito para quem faz dieta.  Pode ser feito para o café da manhã, para qualquer hora do dia e ainda quando chega faminto em casa de madrugada e deseja preparar algo para comer que dê pouco trabalho e previna a ressaca do dia seguinte.

Basicamente vai precisar, por pessoa (em nível normal de fome):  2 ovos, 1 colher de sopa de manteiga (pode ser azeite) e sal. A partir daí começa o gosto pessoal e a sofisticação. O mais simples pode ficar delicioso se juntar 1 colher de chá de queijo minas ou parmesão ralado e salpicar cheiro verde (salsinha e cebolinha) picado na hora. Vamos à receita de hoje:

Ovos mexidos com presunto cru e aspargos

Separe dois ovos, 2 fatias de presunto e 2 talos de aspargos, azeite e sal. Pique os aspargos e coloque os tronquinhos em uma frigideira com um pouco de água ( 1/2 xícara de chá). Leve ao fogo e deixe a água secar, verificando se os aspargos estão macios. Rasgue as fatias de presunto em tamanhos que caibam na boca sem precisar partir. Enquanto isto, quebre os ovos sobre um prato fundo e bata-os com um fuê ou com 2 garfos juntos até que fique espumoso. Coloque sal (se quiser junte uma pitada de pimenta do reino).

Coloque de volta a frigideira limpa e seca no fogo e deixe que derreta 1 colher de sopa de manteiga ou azeite. Despeje os ovos assim que batê-los, de forma a ocupar toda a superfície da panela. Baixe o fogo. Espere que o ovo comece a endurecer nas bordas. É a hora de espalhar, rapidamente, os ingredientes escolhidos -no caso os aspargos e o presunto cru. Agora corte o ovo em pedaços grandes e vire-os ao contrário para tostarem levemente. Mexa tudo e sirva imediatamente. O acompanhamento perfeito são torradas acabadas de sair da tostadeira.

Use sua imaginação e bom gosto para variar os ingredientes, mas aconselho nunca usar mais de dois, a não ser que o terceiro seja queijo ou ervas:

1- use qualquer tipo de queijo, ralado ou cortado em fatias finas ou cubinhos.

2- cebola branca ou roxa cortada em fatias grossas: antes de juntar, frite-as à parte.

3- tomate: corte em fatias finas ou cubinhos e junte ao final.

4- legumes, como brócolis, cenoura, abobrinha: precisam ser aferventados à parte antes de misturar.

5- cogumelos: afervente-os antes e pique em fatias finas.

6- linguiça ( aferventar e fritar antes  no micro ondas) , salaminho ou carne desfiada picados.

7 – ervas frescas picadinhas ou ervas secas.

8- jiló ou quiabo: precisam ser fritos e escorridos à parte.

9 – alcaparras, alcachofras ou azeitonas: só retirar do vidro, escorrer e picar.

Se estiver com muita preguiça, veja o que tem de resto de salada ou carne na geladeira.

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Risotto rápido com camarões, cogumelos e aspargos

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A vantagem de se hospedar em um flat  é poder comer bem e barato. A cadeia americana Westgate, assim como muitas outras, oferece excelentes apartamentos com uma cozinha equipada onde se pode cozinhar de tudo! Próximo ao Westgate Resort de Orlando, Flórida, onde nos hospedamos nas últimas férias, estão situados ótimos hipermercados, como o Target, onde se compra comida fresca e semipronta. Como adoro um mercado e/ou supermercado fora do Brasil – para sentir de perto os hábitos e costumes da alimentação do país que visito – logo no primeiro dia enchi o carrinho de compras, com a intenção de cozinhar todos os dias. Depois de um dia inteiro de andanças é menos cansativo preparar rapidamente um prato único do que ter de pegar carro, dirigir por mais de meia hora, procurar estacionamento, passar pelo menos duas horas em um restaurante (entre ser atendido, comer e pagar a conta) e depois fazer todo o percurso de volta. Ao final da viagem fiz as contas e verifiquei que, preparando  as refeições no flat, se gasta a quinta parte do que se pagaria em restaurantes por uma comida equivalente. Em sua próxima viagem, leve algumas receitas práticas deste blog e divirta-se cozinhando! Esta que  segue foi feita em quinze minutos.

Risotto com camarões, cogumelos e aspargos

Para 4 pessoas, anote o que coloquei no carrinho: 1 pacote pequeno de arroz para risotto ou arroz comum, 1 pacote de 200 gr. de camarão pré-cozido, 1 molho de aspargos, 1 caixinha de cogumelos, 1 limão, 1 vidro de molho do tomates tipo ragu ( que já vem temperado com cebola, alho e sal), manteiga, queijo ralado ( grana padano, pecorino ou parmesão) e sal.

Tempere o camarão com sal e limão. Corte os aspargos e os cogumelos (veja na foto). Coloque água para ferver. Deite duas colheres de sopa de manteiga ( ou azeite, se for intolerante) na frigideira e, no fogo alto, frite os camarões até ficarem vermelhos. Retire e reserve. Na mesma panela, junte mais 1 colher de manteiga e frite ligeiramente o arroz. Se for servir como prato único calcule 1 xícara de café de arroz para 2 pessoas. Abaixe o fogo. Junte 2 colheres de sopa do ragu de tomates, misture, acrescente os aspargos e os cogumelos. Vá colocando mais água, se necessário e sempre aos poucos, e continue mexendo- só para não agarrar no fundo da frigideira – até que os aspargos estejam ao dente (quando oferecem um pouco de resistência ao se enfiar um garfo).

Dê uma última revirada, prove o tempero e se o arroz também está ao dente. Distribua os camarões e deixe que o arroz termine de cozinhar – atenção: não deixe que vire uma papa. O que dá a consistência cremosa ao risotto é a finalização com manteiga e queijo. Ao final do cozimento, distribua mais 1 colher rasa de manteiga e o queijo ralado ( 2 colheres de sopa são suficiente) e misture rapidamente. Observação: nunca acrescente creme de leite, para os italianos isto é uma heresia!

Sirva quente acompanhado de um bom vinho branco seco. Bom apetite!

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Penne com salmão, cogumelos e alcaparras

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Comida na mesa à jato! Esta receita é perfeita para aquele prato bem apresentado e delicioso que você quer oferecer no jantar ou no final de semana mas não terá tempo para cozinhar. Pois bem, prepare tudo com antecedência e deixe apenas a pasta para cozinhar 15 minutos antes de servir!

O primeiro passo é preparar o salmão, que pode ficar pronto na geladeira de véspera ou até antes ( pode até usar o salmão que sobrou de outro preparo e que você congelou). O molho gasta de 5 a 10 minutos para ser feito- enquanto a pasta cozinha – mas pode também ser deixado pronto de véspera.

Escolha um filé de salmão, calculando 100 gr. por pessoa. Vai precisar de azeite e sal. Para o molho: 1 vidro de alcaparra (calcule 1 colher de sobremesa para cada 2 pessoas), de 1 a 2 tomates ( 1/2 tomate por pessoa), 1 vidro de cogumelo em conserva ( ou de 2 a 4 cogumelos-de-paris in natura por pessoa), azeite e sal.

Preparo do salmão

Tome o filé já limpo e conserve a pele. Tempere-o somente com sal, passando uma leve camada sobre toda a superfície. Ligue o forno a 250 graus. Depois de 15 minutos, unte uma forma de alumínio com azeite e coloque o peixe com a pele virada para baixo. Cubra com papel alumínio e leve ao forno a 200 graus até verificar que a carne está macia (cerca de 30 minutos). Tire o papel alumínio e deixe corar. Retire do forno, espere que esfrie e corte-o em pedaço grandes mas que possam ser colocados na boca sem precisar partir.

Preparo do molho

Se preferir os cogumelos in natura,lave-os e corte-os em fatias. Coloque em uma panela para cozinharem com pouca água por 10 minutos. Escorra. Pique os tomates em cubos pequenos. Escorra a alcaparra. Misture os cogumelos fatiados, o tomate em cubos e as alcaparras em parte iguais. Escorra bem a água. Junte azeite e tempere com sal.

Um pouco antes de servir – cerca de 15 minutos, cozinhe a pasta dentro de uma panela com bastante água fervente e salgada pelo tempo indicado na embalagem. À parte esquente o salmão, tomando cuidado para não quebrar os pedaços do peixe. Esquente o molho em outra panela. Escorra a pasta e imediatamente misture o salmão e regue com o molho. Se for do seu agrado, sirva, já no prato, queijo parmesão ou grana padano ralado.

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Pasta sem gluten ao molho de camarões

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Para quem tem alergia a glúten e ama pasta como eu, é sempre uma tentação ver alguém comendo não só pasta como pizza, pão, bolos, tortas e salgadinhos ( ou seja, boa parte do que é muito gostoso) e ficar ali do lado só olhando, com a boca cheia d’água. Não se lastime, nunca – pois sempre há uma alternativa. Provavelmente, se não fosse essa minha alergia a glúten e às proteínas de qualquer leite ( o que inclui todos os produtos lácteos, seus derivados) este blog nem existiria! Foi justamente pela minha dificuldade de comer fora de casa foi que animei a cozinhar em casa e passar as receitas para vocês. Viu? Tudo tem seu lado positivo!

Hoje temos uma boa variedade de pastas feitas com farinha de arroz ( e também de milho) no mercado, que são a melhor opção alternativa para os alérgicos. Dica: a pasta não tem sabor e é quebradiça, então sempre há que ser envolvida em um molho suculento – seja à base de tomate ou um bom molho bechamel ou branco ( se não tover alergia à lactose ou às outras proteínas do leite). Aqui no blog há uma grande variedade de receitas com penne, spaguetti, tagliatelli e outras pastas.

Spaguetti ao molho de tomates com camarão, alcaparras e alho poró

Considerando uma receita para 2 pessoas, separe 2 porções de pasta –  para penne considere 2 pratos de sopa; para tagliatelli e semelhantes pode ser de 2 a 3 ninhos por pessoa e para spaguetti e outras pastas do tipo a porção por pessoa é um feixe da largura de um polegar. Para o molho: 300 gr. de camarão, 2 a 3 corações de alcachofras, 1/3 de talo de alho poró, 6 tomatinhos cereja, 1 xícara de café de pomodoro pelati ( que vem em lata), molho de tomate ou spremutta de tomate (que vem na garrafa), 1 colher de sopa de ervas picadinhas  (salsinha e cebolinha), 1/2 limão para temperar o camarão, azeite, sal e pimenta.

Retire as tripas, lave e escorra os camarões. Tempere-os com 1 colher de café de sal e 1/2 limão. Deixe por 15 minutos. Enquanto isto, corte os legumes como na foto. Coloque 1/2 litro de água para esquentar à parte. Deite 1 colher de sobremesa de azeite na frigideira e espere esquentar. Frite primeiro os camarões até ficarem vermelhos. Junte o alho poró, frite os dois juntos. Acrescente a alcachofra e os tomatinhos. Misture. Despeje a água quente aos poucos, pelas beiradas, até quase cobrir os ingredientes. Junte o molho de tomates. Prove o sal, salpique as ervas. Tempere à gosto com sal e pimenta.

Faltando 20 minutos para servir a refeição, coloque bastante água para ferver em  uma panela alta ( cerca de litro e meio) . Assim que ferver, junte um punhado de sal. Logo que começar a borbulhar, coloque a pasta para cozinhar. Observe o tempo recomendado na embalagem. Para testar se já está no ponto, tente partir a pasta com um garfo – se partir oferecendo alguma resistência, está no ponto certo. Escorra-a bem dentro de uma peneira e coloque-a sobre o molho fervente. Salpique as ervas. Envolva-a com o molho e desligue o fogo. Está pronta! Sirva imediatamente. Já com o prato servido, salpique queijo ralado – parmesão, grana padano ou pecorino ( queijo de cabra para quem tem alergia a leite de vaca).

Acompanhe pastas sempre com um bom vinho tinto.

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Risotto de cogumelos

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Já chego em Bruxelas, nossa filial europeia, ansiosa para ir à Feira de Midi no domingo e comprar todos os tipos de cogumelos que achar. É possível comprar cogumelos diferentes, deliciosos e – o melhor da história: por um preço excelente! Espero chegar perto da uma da tarde, quando estão liquidando tudo na pressa de desmontar a barraca, e compro bem baratinho!

Há várias qualidades de cogumelos. Os mais comuns são os chamados cogumelos-de-paris – aquele redondinho que parece um guarda-chuvinha gordinho, que pode ser branquinho ou castanho e varia também no tamanho. Tem também o shimeji,o shitake, o portobelo, o porcini, o cantharellis e outros tantos. Veja esta foto do site confrariadoschefs.com:

Cogumelos- confraria dos chefs

 

Adoro cogumelos – aqui champignons ( em francês) – pois são muito versáteis. Dá para fazer um caldo ou creme de champignons sofisticado e delicioso, risottos variados como o risotto negro ou o risotto ai funghi, entrar como ingrediente em canapés, entradas, saladas, molhos para pastas, em um suculento preparo ou molho para carne ou frango, em um empadão de frango e muitos outros usos. Tenha sempre algum cogumelo em sua geladeira – dá pra fazer muita receita boa de última hora( clique nos links para ver as receitas do blog). Hoje resolvi preparar um bom caldo ( mas no meio do caminho achei que um risotto seria melhor; como a base de um bom risotto é sempre um bom caldo, você pode começar o preparo do risotto pelo caldo!

Risotto de cogumelos

Antes de tudo, lave os cogumelos e deixe escorrer o excesso de água. Calcule duas mãos cheias por pessoa, pois eles reduzem bem depois de cozidos. Para cada pessoa, separe um cebola e uma xícara de café de arroz para risotto, como o arbóreo ou o carnaroli. Para finalizar o risotto aconselho usar queijo pecorino ou grana padano ralado grosso ( 1/2 xícara de café por pessoa). Para temperar o caldo irá usar sal, pimenta do reino, nós moscada e um pouquinho de molho inglês. Pique os cogumelos e a cebola em fatias. Comece fritando a cebola na manteiga ou no azeite até dourar.

Junte os cogumelos, e deixe que fritem um pouco. Adicione água quente e deixe aferventar. Tempere o caldo e prove. Quando todos os cogumelos estiverem macios, o caldo está pronto!

Para fazer o risotto, acrescente o arroz e mexa. De tanto em tanto mexa de novo, só para não agarrar no fundo. Mantenha água aquecida ao lado do fogão, pois pode precisar. O risotto estará quase pronto quando o arroz estiver ao dente – dá para mastigar mas ainda estará ligeiramente duro.

Dica: Se for servir imediatamente (que é o melhor), junte o queijo e dê uma misturada rápida. Se for servir um tempo depois, deixe o caldo mal cobrindo o arroz, pois ao ficar na panela o arroz irá absorver o caldo e depois, ao ser reaquecido, irá ficar duro e pastoso (se estiver sem caldo). Junte o queijo só na hora de servir, nunca antes.

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Conchiglione recheado

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No inverno, servir uma pasta fumegante é sempre uma ótima opção de prato único para o jantar. Para nós brasileiros que gostamos de acompanhar carnes com pastas no mesmo prato ( que nos perdoem os italianos por esta deliciosa ousadia) também é uma boa pedida para qualquer refeição. A receita que apresentamos hoje é feita usando um tipo de pasta em forma de concha. Fica um prato muito bem apresentado.

Conchiglione gratinado recheado com creme bechamel, queijo e ervas

Para servir bem a 4 pessoas, calcule 6 conchas por pessoa. Para rechear esta quantidade de conchas, prepare 3 xícaras de chá cheias de recheio.

A base para o recheio é o conhecido molho bechamel. Separe: 2 xícaras de chá de leite, 2 colheres de sopa de manteiga, 2 colheres de sopa bem cheias de farinha de trigo, 1 cebola média ralada, 1 colherinha de café de sal com alho, 1 pitada de noz moscada e outra de pimenta do reino branca para temperar. Além destes ingredientes irá precisar também de 1 xícara de café cheia de creme de leite e 1 xícara de chá de queijo ralado.

Derreta a manteiga em uma frigideira antiaderente. Frite a cebola ralada e escorrida, junto com o sal com alho, sem deixar que amarele. Acrescente aos poucos a farinha de trigo, já ligeiramente torrada em outra frigideira e, com a ajuda de uma espátula, incorpore-a à manteiga até formar uma massa lisa e homogênea.

Verta o leite previamente aquecido, aos poucos; continue mexendo com uma colher de pau até obter um creme liso. Prove o sal e tempere. O creme deve ficar de consistência firme, para poder ser colocado dentro das conchas às colheradas. Se ainda estiver líquido, coloque mais farinha de trigo. Separe 1/3 deste creme e misture-o bem com uma xícara de café de creme de leite. Com este creme você irá forrar a travessa e cobrir as conchas recheadas. Reserve os restantes 2/3 do creme para rechear as conchas.

Para o recheio: Passe no ralo grosso o queijo de sua preferência ou aquele(s) que tiver em casa – pode ser parmesão, queijo minas curado, grana padano, provolone, muçarela, etc. Pode também misturar de dois a quatro queijos diferentes. Misture 1/2 xícara de chá do queijo ralado ( pode ser mais) com o creme bechamel já pronto. Pique bem miudinho as ervas que gostar – para esta receita eu pico salsinha e cebolinha pois têm sabores mais suaves que não se sobressaem ao queijo. Misture 1 colher de sopa cheia de ervas ao creme. Agora seu recheio está pronto.

Hora de cuidar da pasta: coloque 2 litros de água para ferver. Assim que borbulhar, coloque um punhado de sal. Quando voltar a ferver, coloque as conchas para cozinhar, seguindo o tempo de cozimento recomendado na embalagem. Atenção: não deixe que as conchas se partam. Assim que começarem a amolecer, retire-as da água quente, escorra a água e coloque-as sobre um jato suave de água fria para interromper o cozimento – do contrário podem partir.

Escolha uma forma refratária de tamanho médio e passe no fundo uma camada fina do creme bechamel diluído com o creme de leite. Com a ajuda de uma colher de chá vá recheado as conchas uma a uma e colocando-as na travessa. Estando todas assentadas, cubra-as com o restante do creme bechamel misturado com o creme de leite e, por cima, espalhe o restante do queijo ralado.

Quinze minutos antes de servir, coloque a travessa no forno a 220 graus para esquentar a pasta por 10 minutos e depois passe o forno para o grill a fim de gratinar o queijo. Assim que começar a corar, retire e sirva bem quente.

Não esqueça de um bom vinho tinto!

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Ciabatta – um pão bem simples de fazer

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Preguiça de ir à padaria? Vontade de comer um pão crocante e quentinho? Quer surpreender alguém? Pois acabou de achar o que fazer!

Veja se tem estes ingredientes – bem básicos – em casa: 500 gr. de farinha de trigo, 10 gr. de fermento biológico instantâneo seco, 10 gr. de sal, 40 ml. de azeite e 400 ml. de água.

Sei que está acostumado(a) com as facilidades deste blog cujas medidas são sempre dadas em xícaras e colheres. Sinto muito…para se fazer um pão corretamente é necessário pesar os ingredientes. Então, além da balança é preciso que se tenha também uma batedeira Arno Planetária com gancho de bater massa. Tudo ok? Vamos começar!

Coloque na batedeira a farinha de trigo. De um lado coloque o sal e do outro o fermento. No meio coloque o azeite. Despeje 300 ml de água e bata em velocidade baixa (entre 3 e 4).  Quando a massa estiver toda aglutinada, junte o restante 100 ml. da água e bata por mais 5 minutos. Pincele uma assadeira com óleo. Despeje a massa e espalhe com uma espátula. Tampe com um pano e deixe a massa crescendo por 2 a 3 horas – nunca passe de  4 horas.

Pré-aqueça o forno a 220 graus. Polvilhe farinha de trigo em 2 assadeiras. Limpe a bancada da pia e espalhe farinha de trigo. Despeje aí a massa, com cuidado, para que não perca o ar que acumulou. Corte a massa em 4 tiras de comprido e transfira cada pedaço para as assadeiras. Dica: passe farinha em suas mãos para a massa não grudar. Molde o pão apertando levemente a massa, com a ponta dos dedos, a fim de formar retângulos. Deixe descansar por 15 minutos. Asse por 30 minutos ou até o pão corar.

Esfarinhe farinha sobre o pão para dar um toque artesanal.

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