Cordeiro ao molho de vinho Tannat

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Minha filha mais velha adora cozinhar carnes e degustar vinhos. Casou com o marido perfeito, pois é um gaúcho que tem gosto pela boa mesa e sempre elogia suas experiências culinárias, além de saber como ninguém escolher o vinho certo para acompanhar cada prato. Sempre digo para minhas amigas e alunas de culinária: o incentivo do marido é sempre a mola propulsora de uma futura grande cozinheira, mesmo que de vez em quando ela erre alguma coisa…Paciência, maridos! Elogiem sempre e serão recompensados. Aliás, o melhor é sempre estarem os dois na cozinha juntos, exercitando a fundamental cumplicidade do casamento! A receita abaixo foi feita e escrita por ela, que com pouco tempo de casada já se tornou uma excelente cozinheira.

Cordeiro ao molho de vinho Tannat

Compre a carne e as ervas frescas de véspera: 2 peças de stinco de cordeiro, 1/2 maço de hortelã e 4 ramos de alecrim. Confira se tem em casa os demais ingredientes 2 folhas de louro desidratadas, 6 cravos (ou meia colher de chá de cravo em pó),1 xícara de café de vinho branco, 1 colher de sopa de manteiga, 4 colheres de azeite de oliva extravirgem, 2 xícaras de chá de vinho da uva tipo Tannat, 4 xícaras de caldo de carne caseiro (de preferência de cordeiro)*, sal e pimenta do reino a gosto. 

Confesso que não é sempre que encontro o Stinco preparado para a venda e então peço ao açougueiro para cortar a parte inferior do pernil de cordeiro. Ele não vai querer ficar com o restante com medo de não conseguir vender, mas é fácil convencê-lo se ficar com a parte restante também. Eu sempre faço isso e a deixo no freezer para uma próxima receita. Uma boa ideia é destrinchar essa parte, guardar a carne e usar o osso para fazer o caldo. Você pode usá-lo nessa receita.

Para fazer o caldo de carne coloque na pressão por 30 minutos: aproveitamento de carne com osso e gordura mais cenoura, aipo, cebola e alho. Depois coe.

Caso prefira, esse prato pode ser feito com a carne do pernil de cordeiro cortada em pedaços médios (calcule 600 gramas, sem o osso).

Agora vamos ao preparo. Passo 1: comece de véspera com a marinada da carne. Coloque num saco plástico grande e firme (ou numa travessa se tiver tempo para virar a carne de tempos em tempos): 1 cebola picada em pedaços grandes, a hortelã e a carne. Moa a pimenta do reino preta por cima e regue com o vinho branco. Feche o saco e deixe que toda a carne tenha contato com o líquido. Leve à geladeira por, no mínimo, 8 horas.

Passo 2: retire a marinada da geladeira e deixe que fique em temperatura ambiente. Abra o saco e adicione o sal suficiente para ser esfregado em toda a carne ( calcule o sal tendo por base uma colher de sobremesa por quilo). Pique a cebola em pedaços miúdos e aqueça o caldo de carne.

Passo 3: depois de 30 minutos da carne pegando sal, derrame azeite em uma panela já aquecida e sele a carne, dourando-a bem de todos os lados. Retire e reserve. Para fazer o molho: na mesma panela, acrescente a manteiga e doure a cebola picadinha. Quando começar a grudar no fundo, acrescente o caldo de carne quente e espere incorporar. Verta o vinho tinto aos poucos, esperando evaporar o álcool. Junte o cravo e as folhas de louro ao molho e volte com a carne. Posicione os ramos de alecrim de forma a ficarem submersos e em contato com a carne. Verifique se o caldo está quase cobrindo a carne, se não, junte água fervente. Reduza o fogo e espere a carne ficar macia. Teste com um garfo. Confira sempre o molho: se começar a secar, acrescente água quente pelas beiradas. O cozimento deve levar, no mínimo, duas horas. Quanto mais tempo, mais macia a carne, não se apresse.

Antes de servir, retire a carne da panela e engrosse o caldo, se necessário, com maisena pré- diluída em água).

Neste jantar (veja foto principal) servi a carne com um nhoque feito à parte e depois incorporado ao molho. Outras opções é servi-lo com um cuscuz de legumes ou então acompanhado de uma boa massa.

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Cuscuz doce

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Preparando um jantar marroquino com a intenção de fazer todos os pratos em casa, deparei-me com a dificuldade de servir doces típicos. Sempre me volta a lembrança dos divinos deliciosos maravilhosos doces ( veja os da foto abaixo, só pra vocês terem uma leve ideia) que comi em um lugar mágico no Marrocos e sei que jamais comerei algo semelhante. Estávamos atravessando o deserto a caminho de Marrakesh e paramos em uma antiga fortaleza onde nos serviram chá de hortelã e doces inesquecíveis, à base da mais fina farinha, mel e frutas secas locais. Sempre tento reproduzir as delícias que provo em viagens, mas fazer estes doces, pra mim que não tenho sangue árabe, é impossível! Bem, então vamos a uma receita bem fácil, rápida e gostosa que você também pode fazer.

Cuscuz doce

 Compre um pacote de couscous medio ( da Divella ou Ferrero são os melhores). O cuscuz é sêmola de grano duro em grãos do tamanho de ½ bago de arroz ou pouco menor. Separe 2 xícaras de café de cuscuz para esta receita, que dá para 6 a 8 pessoas.

Junte ao cuscuz dentro de uma tigela funda: 6 xícaras de café de leite fervendo, 2 colheres de sobremesa de manteiga, 2 colheres de sopa de mel. Misture. Tampe com papel alumínio e deixe descansar por 5 minutos.

Pique frutas secas à sua escolha: damascos, passas, figos, ameixas, amêndoas lascadas, cascas de laranja. Junte ao cuscuz, misture bem e deixe descansar por mais 5 minutos.

Enforme dentro de uma forma dessas com furo no meio. Antes, passe uma leve camada de manteiga para ficar mais fácil de desenformar. Aperte bem. Tampe e reserve.

Faça uma calda de açúcar queimado: coloque 4 colheres de sopa de açúcar cristal para dourar em uma frigideira. Esquente água à parte. Vá mexendo o açúcar no fogo baixo com uma colher de pau e assim que começar a tomar o tom dourado despeje cerca de 1 xícara de café de água fervente, com cuidado. Deixe a calda ferver até que a calda fique lisa e no ponto um pouco mais fino do que mel.

Escolha um prato grande, coloque-o sobre a forma destampada, pressione e vire os dois juntos para desenformar. Regue com a calda caramelada.

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Fettuccini verde com creme de ricota

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Depois que as duas blogueiras filhas estão equipadas com máquina e acessórios para fazer pasta (ou massa, como se denomina mais comumente no Brasil) em casa e craques na receita básica e no manuseio da pasta, cada fim de semana inventam uma receita diferente. E cada uma mais gostosa do que a outra! A de hoje é uma receita de pasta cortada ao comprido, de largura média – o tradicional fettuccini – feita com espinafre, o que a torna verde. O fettuccini é uma pasta que agrega o molho com facilidade e, por isto, ideal para ser feita com molhos brancos.

Fettuccini verde com creme de ricota

Para fazer uma quantidade de pasta (ou massa) para 5 a 6 pessoas, separe: 200 gr. de farinha de trigo grano duro, 200 gr. de farinha de trigo comum, 4 ovos, 1 colher de sopa cheia de azeite, 1 colher de chá de sal e 1/2 maço de espinafre.

Para o molho: 1 colher de sobremesa de manteiga, 1 colher de café de sal com alho, 1/2 cebola ralada, 1 colher de sopa de farinha de trigo, 1 xícara de chá de leite, e 2 colheres de sopa de ricota.

Comece lavando os ramos de espinafre e separando só as folhas. Leve-as a uma panela com um pouco de água já quente e deixe uns 3 minutos em fogo baixo até que fiquem murchas e bem verdes. Retire-as com uma escumadeira e mergulhe-as em uma bacia com gelo e um pouco de água gelada. Reserve.

Peneire as farinhas em uma tigela grande e misture-as bem (se quiser pode usar apenas um tipo). Reserve.

Esprema bem o espinafre para retirar o excesso de água e bata no liquidificador com os ovos, o azeite e o sal.

Junte a pasta de espinafre à farinha e mexa com as mãos até que forme uma massa uniforme. Ao final, será necessário passá-la para a bancada e amassar bastante. Não desanime, aos poucos a farinha vai se incorporando e a massa fica mais lisa (veja a foto). Obs.: caso a massa esteja ainda molhada e pegajosa é porque não foi retirado o líquido suficiente do espinafre. Mas não se desespere: vá acrescentando farinha de trigo comum, aos poucos, somente o necessário para conseguir a consistência correta.

Envolva a massa em plástico filme e deixe-a descansar por, pelo menos, 30 minutos.

Abra a massa e corte-a na máquina em formato de fettuccine (ou com a faca, como quiser). Deixe secar sobre um pano limpo enquanto prepara o molho. Se preferir faze-la com antecedência, guarde-a em um recipiente bem fechado por até 3 dias na geladeira, porém antes deixe secar bem para não grudar.

Para fazer o molho: em uma panela funda, esquente a manteiga em fogo baixo, doure ligeiramente a cebola e o sal com alho. Junte a farinha de trigo aos poucos, misture bem com uma espátula até formar uma massa lisa. Acrescente o leite morno. Depois que tiver formado um creme liso e homogêneo, junte a ricota. Acerte o sal. Se quiser, junte uma pitada de noz moscada e outra de pimenta do reino branca. Desligue.

Enquanto faz o molho, esquente água em uma panela grande para cozinhar a massa. Assim que a água estiver bem quente misture o sal ( basta 1 colher de sopa cheia) e cozinhe a pasta aos poucos. Atenção, pois pasta caseira cozinha rápido. Para saber se está cozida corte um pedacinho com um garfo, se oferecer pouca resistência está no ponto. Escorra bem a água.

Passe rapidamente as tiras da pasta cozida para a panela do molho e mexa com um garfo para incorporá-las, tomando cuidado para não quebrar.

Agora é só servir! Sempre bem quente!

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Polvo com tomate

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Outro dia, conversando sobre culinária espanhola, uma senhora me disse que fazia um polvo com tomate ótimo. Pedi a receita e ela não quis me dar dizendo que dava muito trabalho porque o polvo levava 40 minutos para cozinhar na pressão.  Respondi que sempre faço polvo e para seu cozimento bastam de 5 a 10 minutos. A mulher disse que eu não deveria saber cozinhar! Pois para provar o que eu disse (quem sabe ela irá ler esta receita aqui? ) comprei um polvo fresco e resolvi fazer o tal polvo com tomate sem receita alguma.  Demorou exatos 8 minutos para cozinhar na água, mais 5 minutos para terminar de cozinhar no molho de tomate e ficou macio e delicioso!

Polvo com tomate 

Compre um polvo na peixaria que não esteja congelado. Se não achar, pode ser congelado mesmo e deixe que descongele naturalmente.

Prepare um bom molho de tomates usando 6 tomates italianos grandes e bem maduros, 2 colheres de sopa de azeite de oliva, 1 cebola, 3 dentes de alho, 1 colher de café mal cheia de sal com alho,1/2 colher de  café de páprica, 1 pitada de pimenta do reino e 1 colher de sobremesa de ervas finamente cortadas ( salsinha, cebolinha manjericão). Coloque água para esquentar em um caneco.

Corte os tomates em 4 e retire as sementes. Passe-os em água fervente para tirar a pele e amaciar. Amasse-os grosseiramente.Rale a cebola e pique as ervas. Esquente o azeite, doure a cebola e o sal com alho, misture e amasse os tomates com uma colher de pau ou espátula. Junte os temperos. Assim que começar a querer agarrar no fundo da panela, junte a água quente até cobrir com folga a massa de tomate. Abaixe o fogo e vigie o cozimento do molho. Retifique o tempero a seu gosto e vá pingando mais água quente até provar o molho e perceber que o gosto de tomate cru desapareceu. Reserve.

Em uma panela grande, coloque bastante água com 1 colher de sobremesa de sal, 3 dentes de alho e 1 cebola. Deixe que a água ferva. Coloque o polvo na água de modo que o cubra inteiramente. Deixe que cozinhe, por no máximo 10 minutos ou até enfiar um garfo e verificar que ele entra na carne com facilidade. Retire o polvo da água e deixe esfriar o suficiente apenas para conseguir manejá-lo. Corte-o, com uma tesoura, em os pedaços de 2 cm de comprimento, inclusive a cabeça, que é parte melhor. Veja aqui como cortar. Despreze as pontinhas.

Misture o polvo e as ervas no molho de tomate e deixe acabar de cozinhar em fogo brando por mais 5 minutos ou até que fique bem macio. Não deixe o cozimento passar de 10 minutos pois o polvo passará de macio a borrachudo.

Como aperitivo, esta receita dá para até 4 pessoas, dependendo do tamanho do polvo.

Sirva com pão.

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Bacalhau com grão-de-bico

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A região da Galícia, ao norte de Portugal, faz parte da Espanha mas o idioma galego é muito semelhante ao português arcaico e os costumes e tradições, inclusive culinárias, são mais parecidos com os portugueses que com os espanhóis. Portanto, não é de se estranhar o quanto gostam de bacalhau por aquelas bandas. Quando lá estive no ano passado, lembro-me que vi servirem um bacalhau  com o molho de grão-de-bico e repolho, que é típico do cocido maragato, na Vinícola Palácio de Canedo, de Prada a Tope.

Pois então, para o jantar especial das três blogueiras, novamente reunidas na cozinha da mãe, sugeri às filhas experimentar fazer o bacalhau à galega. Elas estranharam a combinação mas, quando o prato foi servido à família, todos gostaram tanto que resolvemos incorporá-lo à nossa coleção de receitas com bacalhau!

Bacalhau com batatas, grão-de-bico, cebola e repolho

Para 4 pessoas prepare uma posta de bacalhau de 800 gr. Veja aqui como fazer.

Separe 1 xícara de grão-de-bico já cozido, 3 batatas, 2 cebolas, ¼ de repolho, ½ xícara de chá de azeite, 2 a 3 dentes de alho e sal.

Deixe de molho, de véspera, 1 xícara de café de grão-de-bico. No dia seguinte, cozinhe-o na pressão (troque a água) por 30 a 40 minutos ou até ficar bem macio. Escorra a água do cozimento e reserve. Cozinhe 3 batatas, despele-as e corte-as em fatias grossas. Pique finamente as cebolas e o repolho de modo a dar 3 xícaras de cada. Pique o alho bem miúdo.

Tome uma travessa refratária e forre o fundo com as batatas. Salpique uma finíssima camada de sal. Distribua por cima, de forma regular, as fatias de repolho e de cebola. Espalhe um pouquinho de sal regue com azeite. Ponha a posta de bacalhau no meio e cubra com o restante do repolho e da cebola. Espalhe o grão-de-bico nas laterais e salpique o alho. Cubra tudo com uma boa regada de azeite.

Vinte minutos antes de servir leve ao forno a 250 graus. Sirva acompanhado de arroz branco, se quiser.

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Mousse de queijo com calda de goiabada

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Com muita alegria e disposição para fazer um jantar especial, as três blogueiras – mãe e filhas -reuniram-se para comemorar o retorno da filha blogueira mais nova da filial do blog Sal&Alho na Bélgica. Apesar de conversarmos virtualmente o dia inteiro sobre culinária e outras coisas, estávamos com muita vontade de ficar bem juntinhas depois de sete meses sem nos encontrar pessoalmente. Em Minas Gerais tudo se comemora em volta de uma mesa e, na nossa família, uma das formas de demonstrar afeto é cozinhar para quem amamos. E para nosso encontro gastronômico ficar mais divertido, resolvemos inventar receitas inéditas! Como nós três somos intolerantes a leite de vaca, começamos pela sobremesa.

Mousse de queijo de cabra ( para intolerantes a leite de vaca) 

Para fazer uma mousse que dá para 8 pessoas vai precisar de: 1 xícara de açúcar refinado,1 xícara de leite de amêndoas (veja aqui como fazer), 3/4 xícara de creme de leite de arroz, 300 gr de queijo de cabra, 1 garrafa de 200 ml de leite de coco, 10 gr de gelatina incolor em folha.

Opção para quem não é intolerante: 1 xícara de açúcar refinado,1 xícara de leite, 3/4 xícara de creme de leite, 300 gr de queijo de cabra ou tipo minas padrão, 1 garrafa de 200 ml de leite de coco, 10 gr de gelatina incolor em folha.

Para o molho e decoração: 5 figos frescos e 100 gr. de goiabada.

Deixe a gelatina de molho em água na temperatura ambiente por 5 minutos. Enquanto isto, pique o queijo, coloque-o no copo do liquidificador e junte os demais ingredientes. Bata até ficar uniforme. Reserve.

Esprema as folhas de gelatina com a ponta dos dedos para retirar o excesso de água e, dentro de uma xícara, leve a gelatina espremida ao microondas por 15 segundos.
Ligue novamente o liquidificador e, em baixa velocidade, vá pingando aos poucos a gelatina derretida. Despeje o creme em uma forma de 20 cm. de diâmetro com furo no meio. Deixe-a na geladeira por no mínimo 8 horas coberta com filtro plástico.

Faça uma calda derretendo, em fogo baixo, a goiabada cortada em pedaços pequenos e misturada com um pouco de água até obter uma pasta lisa e fina. Reserve.

Para desenformar: coloque a forma em um recipiente com água quente por 2 segundos e em seguida, sobrepondo o prato de servir, vire o conjunto rapidamente. Deixe que a mousse solte da forma sozinha.

Decore a mousse com os figos cortados em quatro e entorne parte da calda de goiabada, como na foto. Aqueça o restante da calda para servir à parte.

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Aperitivos peruanos – causa rellena

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Margarita e Karen são as duas amigas peruanas da filha blogueira que estudam em Leuven, na Bélgica. Como têm pouco tempo para cozinhar, mas não querem deixar de comer os pratos típicos do Peru, sempre fazem umas comidinhas práticas e gostosas. Veja esta receita abaixo: é tão prática que serve tanto para preparar um sanduíche e levar na marmita para a escola ou trabalho quanto para servir como aperitivo.

Causa rellena ( rellena quer dizer recheada)

A massa da causa é feita com batatas, azeite, limão e temperos, portanto uma ótima opção para os intolerantes a glúten e a lactose.

Para cada causa rellena (que aqui estou chamando de sanduíche) use 2 batatas cozidas, despeladas e bem amassadas. Em uma xícara, faça um temperinho com 1 colher de sopa de azeite, gotas de limão, 1 pitada de sal com alho e pimenta fatiada bem fininha, a gosto. As peruanas usam um tipo de pimenta que parece com a mineira dedo de moça. Misture bem com a pasta de batatas. Molde a causa em uma forma refratária de modo a formar uma camada aplainada de 1,5 cm. Leve à geladeira. Depois que estiver firme, corte a massa de forma a ter um quadrado, do tamanho de uma fatia de pão de forma.

Prepare o recheio tradicional peruano: fatias finas de salmão defumado ( como carpaccio) , fatias de abacate e maionese. Recheie e sirva frio.

As estudantes peruanas inventaram uma variedade ótima da causa rellena e a servem como aperitivo tipo canapé para receber as amigas. Veja como fazer para ter cerca de 40 peças de canapés:

Separe 10 batatas médias, 1 colher de sopa de azeite, suco de 2 limões tipo tahiti, 3 dentes de alho bem amassados, 1 colher de chá rasa de sal e pimenta a gosto. Cozinhe, despele e amasse bem as batatas. Junte o azeite já misturado com os temperos. Misture bem e prove o tempero. Coloque a massa dentro de uma forma refratária e comprima bem, nivelando por cima. Leve à geladeira por 2 horas. Depois, estando a massa firme, para fazer os canapés corte losangos como na foto. Passe por cima dos canapés uma camada de maionese, coloque como top o salmão e o abacate e enfeite com uma folhinha de coentro.

Para variar você pode colocar outras coberturas, veja na foto.

Pouco depois que publicamos esta receita, tive oportunidade de ir ao Peru. Lá constatei que a causa é um dos pratos mais tradicionais do país. Pode ser feito de várias formas, como poderá ver em outra publicação de 8 de novembro. Acesse aqui e veja.

Se quiser a legítima receita da causa peruana clique aqui para baixar o PDF e imprimi-lo.

Ceviche peruano

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Margarita e Karen são duas peruanas muito amáveis e alegres que estudam em Leuven, na Bélgica e gostam de cozinhar. A blogueira filha caçula estuda na mesma universidade e, é claro, conversa vai, conversa vem, descobriram que têm a mesma paixão pela gastronomia. Combinaram então que aprenderiam, umas com as outras, receitas típicas do Peru e do Brasil. Ah, como gostaríamos de estar lá para participar desses almoços internacionais! Para não ficarmos tristes elas nos prometeram que, se não podíamos compartir os pratos com elas lá na Bélgica, ao menos nos mandariam as receitas para cozinharmos em casa. E como tudo o que fazemos é para vocês também, aqui vai uma receita fácil e deliciosa. Experimente e sinta-se em nossa companhia!

Ceviche ( diga ceviche) de salmão ou peixe branco

 No Peru o mais comum é fazer a receita com peixe branco mas como na Bélgica o salmão é de excelente qualidade, vamos usá-lo.

Para 4 pessoas, considerando que é um prato de entrada, separe 300 gr. de salmão e corte-o em cubos.

Para a salmoura, bata no liquidificador: o suco de 10 limões, 1 talo grande de aipo ou salsão, 1/2 colherinha de café de gengibre fresco ralado e pimenta fresca à gosto. Mergulhe o salmão nesta salmoura.

Pique 1 cebola em fatias finas. Pique finamente o coentro de modo a dar uma colher de sopa.

Acrescente à salmoura e sirva frio. No Peru servem o cevice acompanhado de um tipo de batata doce de cor laranja salmão.

Pouco depois que publicamos esta receita, fui pessoalmente comer o ceviche mais famoso do mundo no Restaurante La Mar, em Lima no Peru. Veja o post aqui no blog. Portanto, a receita impressa será a do ceviche do La Mar , publicada em 26 de outubro.Clique aqui para baixar o PDF e imprimi-lo.