Pato ao tucupi

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Com uma das minhas filhas, que contribuem com este blog, morando em Marabá, a segunda maior cidade do Estado do Pará, no Norte do Brasil, hoje apresentamos a receita mais famosa desta tão elogiada gastronomia. E, desde que consiga obter os ingredientes, é bem fácil de ser feita. A receita é preparada com dois produtos típicos do Pará: o tucupi, um suco fermentado de mandioca, e o jambu, uma folhagem verde escura que formiga na boca, dando uma sensação picante semelhante a uma leve anestesia.

Pato ao tucupi

Para 4 pessoas vai precisar de um pato inteiro (ou quatro coxas grandes), 1 molho (ou amarrado de folhas de jambu), 2 a 3 tomates e 2 cebolas. Sal, alho e pimenta.

Compre um pato inteiro, já depenado e limpo. Corte-o como um frango: primeiro corte fora o pescoço e os pés, depois quebre as juntas e retire as sobrecoxas junto com as coxas. Abra, por cima, a carcaça ao meio e corte os peitos, um de cada lado, rente ao osso. Retire o excesso de pele e gordura das peças e tente retirar o restante da carne dos ossos, em pedaços grandes. Passe os pedaços na água quente com vinagre e escorra bem. Tempere com sal, alho e pimenta. Deixe no tempero por 1 1/2 hora.

Ponha o pato para cozinhar na pressão por 30 a 50 minutos, dependendo da idade e do tamanho do pato. Enquanto isto, ferva 1 litro de tucupi por 15 minutos. Pique os tomates e a cebola.

Separe as folhas do jambu, lave-as e coloque-as dentro de uma panela com um pouco de água quente, a conta de cobri-las pela metade. Tampe para abafá-las, por 10 minutos.

Em uma panela grande, doure a cebola picadinha no óleo ou azeite e junte o tomate picado. Regue com o caldo de tucupi para fazer o caldo. Coloque as partes do pato já macio e cubra com as folhas de jambu. Prove o caldo e retifique o tempero, colocando pimenta malagueta ou dedo de moça, à gosto. Assim que ferver, está pronto. Sirva acompanhado de arroz branco.

 

Jantar marroquino

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Que tal sair da tradicional culinária de influência européia e preparar um jantar com os sabores exóticos do Marrocos?

Culinária marroquina

A gastronomia do Magreb, a parte ocidental do mundo árabe localizada ao noroeste da África, é considerada como uma das mais saborosas e requintadas do mundo. Apesar de fortes influências mediterrânea e africana, a comida é preparada segundo as normas do islamismo. Portanto, não se come carne de porco, preferindo-se a carne de cordeiro e as aves. Uma característica marcante é o uso da tagine, uma panela feita de barro cozido e esmaltada, com a tampa em forma de cone, possibilitando que o líquido do cozimento não se evapore completamente e volte a umedecer o alimento em preparo. O cozimento é lento, em fogo baixo, o que torna a comida tenra e saborosa. A tagine, sempre levada à mesa, também dá nome a pratos tradicionais, variando conforme os ingredientes. Outra característica marcante da culinária magreb é o uso de temperos de sabor marcante e ervas aromáticas. Para o nosso cardápio marroquino ( serve 6 pessoas), escolhemos uma entrada de influência mediterrânea mas com sabor local, uma tagine tradicional, o onipresente cuscuz, que acompanha todos os pratos e uma sobremesa que traduz a doce essência do Marrocos.

 

Purê de tomates confitados

Ingredientes: 4 tomates italianos bem maduros ( ou 1 lata de tomate pelati), 1 colher de café de canela em pó, 1 colher de sopa de azeite, ½ xícara de café de açúcar mascavo, 1 colher de sobremesa de gergelim torrado.

Modo de fazer: Tire a pele e as sementes dos tomates e corte-os em cubinhos. Leve-os à panela com o azeite, a canela e uma pitada de sal. Em fogo brando, deixe que se desfaçam. Junte o açúcar, em movimentos de vai-e-vem até formar um purê. Sirva frio, decorado com o gergelim e folhas de hortelã, para comer com pão árabe.

 

Tagine de carne com cebolas e tomates

Ingredientes: 1,5 kg de carne de boi em cubos (pode ser cordeiro), 3 colheres de sopa de azeite, 2 kg de cebolinhas, 3 colheres de chá de canela em pó e ½ pau de canela, 2 colheres de sopa de açúcar, 1,5 kg de tomates cereja bem maduros sem pele e sem sementes, 5 a 8 tomatinhos inteiros, 1 colher de café de açafrão, ¾ xícara de café de salsinha e coentro picadinhos.

Modo de fazer: tempere a carne com sal e pimenta-do-reino. Sele, no azeite, na panela quente ( tagine, de preferência). Retire e reserve. Na mesma panela, doure as cebolinhas cortadas em quatro. Pingue água quente, junte a canela à borra. Acrescente o açúcar, pingue mais água e apure. Junte os tomates macerados e deixe que amoleçam. Pingue água quente, aos poucos, para formar o molho. Volte com a carne. Complete com água fervente até a metade da panela. Abaixe o fogo. Quando a carne estiver quase cozida, junte os tomates inteiros e o açafrão. Misture. Assim que a carne estiver bem macia, desligue e acrescente as ervas. Sirva na tagine.

 

Cuscuz de legumes

Ingredientes: 2 xícaras de chá de cuscuz, 4 xícaras de chá de caldo de legumes caseiro, 2 colheres de azeite, 2 xícaras de chá de ingredientes picados, de sua escolha, como cebola, alho poró, abobrinha, ervilha, vagem, cenoura; grão-de-bico, favas ou lentilhas pré-cozidos. Azeite e sal. Ervas aromáticas, como salsinha, cebolinha e hortelã.

Modo de fazer: Esquente o caldo e despeje-o em uma tigela. ( Guarde 1 xícara do caldo para despejar quente sobre o cuscuz antes de servir). Junte o azeite. Acrescente o cuscuz, aos poucos, mexendo até incorporar. Deixe descansar por 5 minutos.

Em uma panela, deite o azeite, passe a cebola (e o alho poró) e junte 1 xícara do caldo. Vá acrescentando os legumes, do mais duro para o mais mole, até que todos fiquem cozidos, ao dente, e sem despedaçar.  Antes de servir, sempre bem quente, acrescente as ervas aromáticas e distribua sobre o cuscuz aquecido.

 

Tâmaras recheadas

Ingredientes: 18 tâmaras graúdas e macias, 500 gr. de amêndoas despeladas, 100 gr. de açúcar refinado, 2 colheres de sopa de água de flor de laranjeira ( compre em um empório árabe), 1 colher de café de essência de baunilha.

Modo de fazer: bata no miniprocessador as amêndoas com o açúcar e os outros ingredientes. Recheie as tâmaras.

Caldo de tomate à portuguesa

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Existem receitas que ficam em nossa memória afetiva para sempre. Quando, na aula de culinária, fiz esta receita para os meus alunos, muitos deles se lembraram da infância, do caldo de tomate com ovos que a avó fazia. E este foi exatamente o meu caso! Poucos dias antes, alguém me perguntou o que eram ovos escalfados e eu me lembrei da sopa da vovó Lana que, aliás, não só preparava para nós esta deliciosa sopa como muitas outras receitas de família, de origem portuguesa. Então, primeiro, aprenda a fazer um ovo escalfado ou, se preferir a tradução francesa, um ovo poché. Veja aqui a dica de como fazê-lo.

Caldo de tomate com ovos escalfados

Primeiro faça um molho de tomates. Se não quiser fazê-lo, pode substitui-lo por tomate pelati italiano em lata (até o item 4)

  1. Compre tomates tipo italiano maduros e perfeitos. Se possível, deixe que acabem de amadurecer ao sol. Costumo fazer o molho com 2 ou 3 kg de tomates.
  2. Lave-os bem e faça em cada um deles um corte superficial em formato de cruz. Em uma panela com água fervente, vá colocando-os em imersão e retirando-os assim que a pele começar a se soltar. Leve-os sob água fria e termine de despelá-los. Corte-os em quatro e retire as sementes e partes brancas.
  3. Coloque os tomates despelados e cortados em uma panela grande. Deixe que desmanchem, sem acrescentar água, até formar uma pasta “pedaçuda”.
  4. Corte bem miúdo uma cebola grande para cada quilo de tomate. Separe uma colher de café de sal com alho por quilo de tomate (vai ficar suavemente temperado). Corte também salsinha e cebolinha verde bem miúdo, na quantidade de uma colher de sobremesa por quilo de tomate.
  5. Em outra panela, deite uma colher de sobremesa de azeite por quilo de tomate e deixe amolecer a cebola. Frite o sal com alho e junte as ervas. Acrescente os tomates já quase cozidos (como vêm na lata de tomate pelati – neste caso, acrescente 1/2 colher de café de açúcar para cada lata, para tirar a acidez). Mexa bem e deixe o molho terminar de cozinhar, acrescentando água fervente, se necessário, até o ponto de molho.

Agora, o Caldo de tomates: 

Para cada pessoa, separe 2 xícaras de molho de tomate e 1/2 batata inglesa já cortada em cubos e cozida ao dente. Leve o molho ao fogo e junte os cubos de batata. Deixe ficar bem quente e então acrescente um pouco de amido de milho misturado com água para obter a consistência de caldo. Mexa bem. Prove o tempero, colocando mais sal e também pimenta, caso queira.

À parte, corte um pedaço de linguiça tipo calabresa* em cubinhos ( o equivalente a 1/2 xícara de café por pessoa), coloque-os para ferver em pouca água e deixe a água secar completamente, de modo que os cubinhos sejam fritos na própria gordura da linguiça.

Corte cebolinha verde (o equivalente a 1/4 de xícara de café por pessoa).

Com o caldo já aquecido e a linguiça e a cebolinha verde já prontas para irem à mesa, em vasilhames separados, faça os ovos escalfados – um para cada pessoa.

Sirva o caldo imediatamente, bem quente, em cumbucas ou pratos fundos, da seguinte maneira: coloque em cada recipiente um ovo, derrame o caldo por cima e enfeite com os cubinhos de linguiça e a cebolinha verde. Sirva acompanhado de pão.

  • Há receitas em que se usa bacon ao invés de linguiça

Ovo poché

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Esta maneira de se cozinhar um ovo é bastante saudável pois não se usa qualquer tipo de gordura, seja óleo, azeite ou manteiga. Na França é muito popular comer-se ovos beneditinos no brunch de domingo ou no pequeno almoço. A receita clássica, também comum nos Estados Unidos, é servir ovos pochés sobre uma fatia de pão coberta com fatias finas de presunto cru ou salmão defumado. Por cima dos ovos, vem uma boa colherada de creme holandês ( feito à base de gemas, manteiga, limão e sal).

Dica de como fazer um ovo poché perfeito:

Separe um ovo, uma panela com cerca de 20 a 25 cm. de diâmetro, uma xícara, um fouet ( batedor de ovos manual com espiral ), uma escumadeira e um pratinho coberto com um guardanapo.

Encha a panela de água até a metade e leve-a ao fogo alto até que a água comece a borbulhar. Quebre o ovo dentro da xícara. Bata energicamente a água com o fouet na posição vertical, rodando-o no sentido horário até formar um redemoinho. Assim que notar um buraco no meio da água, coloque ali o ovo, delicadamente, para não romper a pele da gema. Abaixe o fogo para  a temperatura média e deixe que o ovo cozinhe até o ponto desejado. Retire-o cuidadosamente com a escumadeira e coloque-o sobre o guardanapo para retirar o excesso de água. Sirva imediatamente.

Jantar caribenho

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Continuando nossa volta pelo mundo sugerimos um jantar (ou almoço) à moda das ilhas do Caribe. Junte a família e os amigos e embarque nessa deliciosa experiência gastronômica!

Obs: este cardápio foi publicado na minha página sobre culinária do Jornal Primeira Linha, de Belo Horizonte.

Culinária Caribenha

As sucessivas ondas imigratórias que a partir do século XVI vieram bater nas costas da região do Mar do Caribe, na América Central, somaram à cultura ameríndia original variada influência dos colonizadores. A culinária local é portanto uma combinação das culinárias africana, ameríndia, espanhola, francesa e até indiana. Além da rica tradição herdada, as populações locais, com a diversidade e abundância de frutos do mar, peixes, frutas tropicais e alimentos aclimatados como coco, milho, arroz e variadas especiarias, criaram uma culinária bastante peculiar. Dentre a grande variedade de pratos e de bebidas que tive a oportunidade de saborear no Caribe, tanto em restaurantes de hotéis e navios quanto em locais de tradição popular, escolhi algumas para compor um cardápio caribenho bem típico – rico em cores, odores e sabores.

 

APERITIVO

Bacardi Mojito

Para preparar o drink à maneira do tradicional bar La Floridita, em Havana:

Para cada copo, coloque em um pilãozinho de madeira 2 colheres de chá de açúcar mascavo, o suco de um limão tahiti (cerca de 2 colheres de sopa de suco) e 6 a 8 folhas de hortelã. Esprema com o socador para macerar as folhas. Passe para a coqueteleira e acrescente 1 dose de rum Bacardi Superior e a mesma quantidade de club soda. Misture. Transfira o líquido coado para um copo de boca larga. Encha o copo com cubos de gelo e enfeite com uma rodela fina de limão e um raminho de hortelã.

Accras de morue

Para acompanhar o mojito, sirva este bolinho de bacalhau bastante popular nas Antilhas (região insular do Caribe):

Bolinho: bata no processador 250 gr. de bacalhau dessalgado com 1 xícara de farinha de trigo, ¼ de xícara de leite, 1 ovo, 1 colher de café cheia de fermento, 2 dentes de alho e 1 boa pitada de pimenta da Jamaica. Passe a massa para uma tigela e junte 1/4 de pimentão vermelho, cebolinha verde e coentro picados. No óleo quente, frite os bolinhos, moldados com 1 colher de chá, até dourarem.

Molho chien para acompanhar: misture azeite, vinagre branco, suco de limão, molho de pimenta tabasco, pimentão, cebola, cebolinha e coentro bem picadinhos, tomilho seco triturado e sal. Deve ser feito com 2 dias de antecedência e deixado na geladeira.

 

PRATO PRINCIPAL

Camarão jamaicano

Ingredientes: Para 4 pessoas, separe: 400 gr. de camarões médios descascados e limpos, 8 quiabos, 2 tomates italianos grandes e maduros sem pele e sementes, 2 cebolas, 2 dentes de alho, 1 espiga de milho verde, 100 ml. de leite de coco, 1 xícara de café de coco natural ralado grosso, 1 limão, sal, azeite, pimentas tabasco e malagueta a gosto e 1 colher de café de curry. Mais 1 xícara de chá de cada: abobrinha italiana (verde), abóbora paulista (laranja) e pimentão vermelho.

Preparo: tempere os camarões com sal e limão. Pique os legumes: o quiabo em tronquinhos, o tomate em cubinhos, a cebola em fatias bem finas, o alho bem miudinho, as abobrinhas e os pimentões em tiras médias. Rale a espiga de milho crua e reserve.

Cocção: tome uma panela funda, derrame 2 colheres de azeite e frite os camarões até ficarem vermelhos. Retire e reserve. Acrescente uma colher de azeite, frite a cebola até amolecer, junte o alho e, estando frito, acrescente os tomates e o milho ralado. Misture tudo e assim que começar a grudar na panela, acrescente 3 xícaras de água quente. Abaixe o fogo, junte o leite de coco e os camarões até que estejam cozidos e o caldo ligeiramente encorpado. Prove o tempero e acrescente as pimentas e o curry. Misture bem. Desligue. À parte, frite o quiabo no óleo e escorra na peneira o excesso de gordura.

Finalização: vinte minutos antes de servir, coloque os pimentões cortados em um refratário, regue fartamente com azeite e leve-os ao forno quente até encolherem. Reserve. Cozinhe as abobrinhas ao dente. Escorra a água e reserve. Tempere os legumes com azeite, sal e pimentas. Disponha-os em um prato. Pouco antes de servir, acrescente o quiabo ao molho com camarões, já aquecido. Retifique o tempero, se necessário. Sirva o camarão com arroz branco, guarnecido com os legumes. Salpique o coco ralado.

 

SOBREMESA

Cheesecake guava

Herança de imigrantes búlgaros, o cheesecake com goiabada é uma das sobremesas preferidas do Caribe.

Base: bata no processador 160 gr. de biscoito maisena com 75 gr. de manteiga derretida. Polvilhe canela. Pincele manteiga numa forma que solte o fundo com diâmetro de 24 cm. Forre-a com a massa e nivele. Pré-aqueça o forno a 180 graus. Creme: Bata na batedeira, em baixa velocidade, 600 gr. de creamcheese e 1 xícara de açúcar refinado. Junte 1 colher de sopa de cada: baunilha, creme de leite, leite e suco de limão. Bata. Junte 3 gemas e bata até obter um creme homogêneo. À parte, bata 3 claras e misture-as ao creme delicadamente. Despeje sobre a base. Asse por cerca de 30 minutos. Retire do forno e espere esfriar. Deixe na geladeira por 4 horas. Antes de servir cubra com goiabada amolecida.

Peixe a cinco ervas

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Além de ser muito fácil e rápida de se fazer, esta receita de peixe inteiro assado tem uma bela apresentação. Outra vantagem é que não precisa ser feita imediatamente antes de servir: o peixe já assado aguenta ficar no forno, já desligado, por até 1 hora para depois ser aquecido na hora de servir. Assim você pode receber os seus convidados sem ficar de castigo na cozinha tomando conta da comida.

 Peixe assado recheado e temperado com cinco ervas

Escolha um peixe fresco inteiro de tamanho médio – entre 1,5 e 2,5 quilos. Calcule 200 gr. por pessoa. Peça ao peixeiro para passar uma faca no couro para retirar as escamas e para abri-lo apenas por baixo e limpá-lo bem, retirando os ossos da coluna dorsal e as vísceras. Ao chegar em casa, lave-o bem e seque-o com um pano. Guarde-o em um saco plástico. Se puder prepará-lo sem ter que ir à geladeira, muito melhor. Mas se for usar no dia seguinte, ou ainda depois, congele-o tomando cuidado para que não deforme. Antes do preparo, deixe o peixe descongelar naturalmente, o que pode levar de 4 a 6 horas.

Recheio do peixe: dentes de alho cortados ao meio; cebolas brancas, alho poró e tomates maçã cortados em fatias finas.

Meia hora antes de colocar o peixe no forno, escolha uma assadeira grande (que caiba o peixe todo) e forre-a com uma folha grande de papel alumínio – o suficiente para envolver todo o peixe. Ponha-o sobre a folha de alumínio ( com o lado brilhante para cima) e passe uma camada de sal por fora e por dentro.

Abra o peixe e regue o interior todo com azeite. Recheie com a cebola, o alho poró, o tomate e por cima, o alho, dispondo-os apenas na parte inferior do peixe. Pique as cinco ervas: salsinha, cebolinha, coentro, hortelã e manjericão. Distribua-as sobre a camada já feita. Feche bem o peixe, regue-o com azeite por fora e envolva-o com o papel alumínio, fechando bem as bordas.

Pré-aqueça o forno a 250 graus e ponha o peixe para assar. Depois de 30 a 40 minutos verifique se está assado: a carne deve estar completamente branca e macia. Antes de servir, retire a pele raspando-a com uma faca. Despreze a pele e o papel alumínio e transfira o peixe para uma travessa com a ajuda de uma tábua fina de polipropileno. Sirva imediatamente.

Salada de camarões no abacaxi

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Quando quiser uma salada de efeito para impressionar seus convidados em um almoço ou jantar de verão, ofereça esta salada servida dentro do abacaxi. Querendo sofisticar, reserve as coroas dos abacaxis para decorar, inclusive colocando as metades dos abacaxis sobre folhas de palmeira, entre strelitzas ou outras flores tropicais. Imagine como ficará lindo!

Salada de camarões servida no abacaxi

Preparo dos abacaxis: escolha os pequenos para não ter que servir uma porção exagerada de salada para cada pessoa. Retire a coroa fazendo um corte reto para que depois possa colocá-la em pé para decorar. Parta o abacaxi ao meio e retire a polpa. Cada abacaxi dá para 2 pessoas. Deixe a polpa no freezer por 15 minutos para ficar mais fácil de cortar. Retire a parte central mais dura e corte em cubos de 1,5 cm. de lado. Deixe-os escorrendo em uma peneira.

Outros ingredientes – para cada 4 pessoas, ou 2 abacaxis, separe: 2 talos de aipo (ou salsão), 2 maçãs verdes, ¼ de cenoura, folhas de hortelã. Mais 4 a 6 camarões por pessoa, dependendo do tamanho. Para o molho: 2 colheres de sopa de maionese, a mesma quantidade de creme de leite sem soro, 1 pitada de açúcar e outra de sal.

Corte os talos de aipo em cubinhos de 1 cm. de lado. Raspe e corte as cenouras em cubinhos bem pequenos, de ½ cm. de lado. Prepare o molho misturando os ingredientes. Junte o aipo, a cenoura e o abacaxi escorrido. Misture com cuidado.

Descasque e corte as maçãs em cubinhos de 1 cm. de lado e vá juntando à salada a medida que for cortando, para não escurecer. Por último, junte as folhinhas de hortelã rasgadas. Misture e coloque dentro dos abacaxis. Deixe na geladeira até a hora de servir.

Limpe os camarões e deixe a cauda. Afervente-os ligeiramente na água com sal, de modo a deixá-los ao dente. Antes de servir, distribua os camarões, ainda mornos, sobre as metades dos abacaxis com a salada já fria.

Brócolis e tomate no papelote

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Brócolis e tomates são tão comuns na salada do dia a dia… Porém se você já estiver usando o forno para fazer um peixe, por exemplo, aproveite para fazer o mesmo brócoli e o mesmo tomate de todo dia mas de uma forma que irão ficar muito mais gostosos e ainda com cara de comida de chef gourmet! Ideal para acompanhar um salmão ou uma truta assados. Veja aqui para ver receitas de peixes ao forno.

 

Brócolis e tomate assados no papelote

Ligue o forno a 200 graus. Escolha tomatinhos cereja e buquês de brócolis bem bonitos. Coloque-os dentro de uma folha de papel manteiga sobre uma assadeira. Feche a folha de papel como se fosse um embrulho, apertando as pontas para o vapor não sair. Pode ficar no forno por volta de 10 minutos.

Depois de assados, abra e deite um fio de azeite, sal e ervas aromáticas.

Sirva junto com o peixe.

Abóbora assada em fatias

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A abóbora é um ótimo acompanhamento para carnes como as preparadas para churrasco, carnes de porco assadas como pernil e joelho, carnes de boi cozidas e as carnes secas, de sol ou charque. O sabor levemente adocicado dará um toque especial ao prato.

A melhor abóbora para assar é a abóbora jerimum ( denominação no Norte/ Nordeste) ou moranga ( como é chamada no Sul/ Sudeste). Nesta receita para 2 pessoas usamos ½ abóbora ,mel, azeite, pimenta branca e sal.

Corte a abóbora em lascas largas e separe as sementes. Não as jogue fora pois as sementes tostadas dão uma crocancia gostosa às saladas e sopas cremosas e são um alimento muito saudável, apreciado nas dietas fit.

Asse as lascas de abóbora enroladas em papel alumínio até que amaciem o suficiente para serem cortadas, sem deixar amolecer. Aproveite o forno para tostar as sementes mas vigie de perto pois tostam bem rápido.

Corte as lascas em fatias finas e disponha-as sobre uma assadeira. Passe em cada fatia um fio de azeite, um fio de mel, salpique com sal e pimenta branca. Vire-as e repita o processo do outro lado.

Asse por aproximadamente 20 minutos de cada lado ou até que comecem a caramelizar. Sirva quente.

Bolo de cacau e iogurte

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Esta receita é uma opção de bolo leve e saboroso para intolerantes ao glúten e ao leite de vaca se preparado com iogurte de kefir e mix de farinha sem glúten. Mas é claro que pode ser preparado com iogurte comum e farinha de trigo. A opção é sua.

Hoje muita gente conectada com uma vida saudável cultiva kefir de leite ou de água em casa ( como nós!). O kefir é um pro-biótico natural passado de uma pessoa à outra desde milênios. Regulariza a função intestinal e, entre outros benefícios, faz com que você obtenha um perfeito funcionamento do seu intestino e ainda uma pele perfeita! Veja informações na internet, se interessar.

Bolo de cacau e iogurte

Ingredientes: 150 gr. de farinha de trigo (ou mix de farinha sem glúten), 35 gr. de fécula de batata, 20 gr. de cacau em pó, 3 ovos, 200 gr. de iogurte (usamos o iogurte de kefir), 150 gr. de açúcar (pode usar o demerara se quiser um bolo light), 70 ml. de óleo vegetal, 1 pitada de sal (1/3 colher de chá), 1 colher de chá de extrato de baunilha, 1 colher de sopa de fermento químico.

Aqueça o forno a 180 graus e unte uma forma de bolo.

Bata em uma batedeira potente os ovos com o açúcar até que espume. Adicione o sal e o extrato de baunilha. Bata para misturar.

Em outra vasilha, misture a farinha, a fécula de batata e o cacau em pó.Acrescente o óleo aos ovos batidos e bata um pouco mais. Aos poucos, adicione a mistura de farinha e o iogurte, de forma alternada, até obter uma massa fina e homogênea.

Vire a massa na forma e asse no forno por, no mínimo, 45 minutos. Confira se está assado fazendo o teste do palito no centro do bolo (e não nas laterais).

Espere esfriar para desenformar. Sirva com uma calda de cacau, se desejar (na foto, decoramos com amêndoa triturada).

 

Para a calda de cacau: 1 colher de sopa de cacau em pó, 3/4 de xícara de açúcar ( pode ser demerara), 1/4 de xícara de água, 1 colher de sopa de manteiga (pode usar ghee se for intolerante à lactose).

Misture todos os ingredientes em fogo baixo e mexa até começar a ferver e a mistura engrossar. Cubra o bolo com a calda ainda morna.

Cordeiro indiano com damascos

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Esta receita tem por base um prato da legítima culinária indiana. Foi feita com temperos importados* porém usados em menor quantidade, ou seja, adaptada ao paladar brasileiro porque a comida indiana é muito picante. Depois de uma viagem de quase um mês pela Índia, minha filha nos ofereceu um delicioso jantar típico na casa dela com a mesa decorada com peças trazidas da Índia. O prato principal foi esse cordeiro.

Cordeiro indiano com damascos

Ingredientes para 4 pessoas: 500 gr. de pernil de cordeiro sem osso cortado em cubos, 100 gr. de damasco seco, 1 colher de sopa de vinagre de maçã, 2 colheres de sopa de azeite, 2 cebolas picadas miúdo, 1 dente de alho amassado, 10 gr. de gengibre picado em lascas finas, 1 pedaço de canela em pau, 6 cardamomos, 3 tomates maduros picados, 1/2 litro de caldo de carne e 1 colher de café de açúcar.

Temperos: 1 1/2 colher de café de pimenta malagueta em pó (ou 4 pimentas inteiras), 1/2 colher de café de cominho em pó, 3/4 de colher de café de garam masala, 1/4 de colher de café de pimenta-do-reino, sal a gosto.

Coloque os damascos e o vinagre de maçã em uma vasilha e deixe marinar por 3 horas.

Aqueça uma colher de azeite em uma panela e sele (passe de um e outro lado até perderem a cor vermelha e adquirirem um tom bronzeado) os cubos de carne. Reserve-os em uma tigela.

Aqueça o caldo feito com o osso e as aparas do pernil ( veja aqui como fazer um caldo de carne básico).

Deite mais azeite na panela e doure as cebolas no fogo baixo. Quando estiverem translúcidas e macias junte o alho e o gengibre picados. Misture tudo, deixando cozinhar por 3 minutos. Acrescente a canela, os cardamomos e os tomates. Refogue por mais 10 minutos e então acrescente os cubos de cordeiro, a pimenta-malagueta, o cominho, o garam masala e a pimenta-do-reino. Acerte o sal e cubra os ingredientes com o caldo de carne quente.

Tampe a panela e cozinhe em fogo baixo por, ao menos, 40 minutos ou até verificar que a carne está bem macia. Neste ponto, adicione os damascos marinados e o açúcar.

Cozinhe tudo junto por mais 5 minutos e sirva quente.

* com exceção do cardamomo e do garam marsala, os demais temperos são fáceis de se encontrar no Brasil.

Ossobuco com calabresa

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Este preparo de carne de boi, antes relegado à comida caseira de interior, vem ganhando destaque em restaurantes da moda, preparado por chefs conhecidos. Na Itália, o ossobuco sempre foi muito valorizado e servido nos melhores restaurantes. A influência vem ganhando admiradores por aqui. O importante é prepará-la no tempo devido – que é longo. A receita de hoje é bem típica da região central da Itália. Nota: a panela perfeita para preparar essa receita é a Le Creuset.

Ossobuco com calabresa

Ingredientes (para 4 pessoas): 4 pedaços de ossobuco (para rabada, use 1,2 kg), azeite, sal a gosto, 1 cebola branca grande picadinha, 5 dentes de alhos amassados, 1/2 xícara de linguiça calabresa picadinha (ou bacon), 1 copo de vinho tinto seco e encorpado, 2 latas de tomati pelati sem as sementes, 1/2 xícara de tomates secos (sem o óleo), 1 colher de chá de orégano desidratado, 1/2 colher de chá de alecrim, 4 fatias de presunto parma desfiadas.

Tempere as peças de ossobuco com sal e deixe por 15 minutos a meia hora. Aqueça uma panela de fundo grosso (de preferência que possa ir ao forno; nesse caso, pré-aqueça o forno a 180 graus). Deite azeite e sele as peças de ossobuco, de um lado e de outro. Reserve-as em um recipiente à parte.

Doure a cebola picadinha e acrescente os dentes de alho. Quando estiverem amolecidos, junte a linguiça e deixe que doure um pouco, soltando a gordura. Acrescente o vinho tinto e deixe que o álcool evapore. Adicione os tomates (os despelados da lata com o suco e os tomates secos) e os temperos e volte com a carne para a panela, cuidando para que fique submersa no molho.

Se sua panela puder ir ao forno, cubra-a com papel alumínio e sua tampa e deixe cozinhar por 1 e 1/2 hora. Se não puder, deixe-a no fogão, no fogo mais baixo que conseguir, pelo mesmo tempo. Confira, de tempos em tempos, se o molho começa a secar. Nesse caso, pingue água quente aos poucos (deixe uma panelinha com água a ferver ao lado).

Após esse tempo, acrescente as fatias de presunto parma desfiadas e confira o nível do molho e a maciez da carne. Devolva a panela para o forno (ou deixe no fogo baixo do fogão) por mais 1 hora ou até verificar que a carne está soltando do osso.

Sirva com polenta, risoto ou batatas ao murro (o acompanhamento deve ser capaz de absorver o suculento molho que se formou).

Para harmonizar, sugerimos um Merlot de bom corpo (recomendamos o da Vinícula Pizzato, da Serra Gaúcha).

Obs 1: Para quem gosta, adicione azeitonas pretas ao preparo (faltando 30 minutos para o término do cozimento).

Obs 2: Se o jantar for para dois, aproveite o que sobrar para preparar um ragu sensacional. É só desfiar a carne, desprezar os ossos e guardá-la com o molho no freezer para um outro jantar (nesse caso, retire as azeitonas e as substitua por outras frescas ao reaquecer o ragú). O molho fica ainda muito mais saboroso quando reaquecido. Sirva-o com uma boa massa.

Costelinha de porco com purê de banana-da-terra

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A carne de porco é bastante apreciada em Minas Gerais. Quem mora ou já morou no interior adora uma costelinha de porco cheia de carninha pra se comer com as mãos. Sim, não há outra forma de aproveitar as partes mais gostosas da costelinha e esta é uma prática usada no mundo todo, até os chefs famosos se permitem comer com as mãos. E nada melhor para acompanhá-la do que um purê de banana-da-terra. Chame os amigos e faça um almoço mineiro! Complete o cardápio com feijão tropeiro e couve. E suflê de goiabada com sorvete de queijo! Fechou!

Esta receita é mais sofisticada do que a costelinha frita tradicional mas é mais gostosa e muito prática de se fazer. Além disso, fica tão macia que solta dos ossos, não sendo necessários comer-se com as mãos.

Costelinha de porco com purê de banana-da-terra

Para 4 pessoas, anote os ingredientes. Para a costelinha: 1kg de costelinha de porco com os ossinhos, 2 xícaras de caldo de frango caseiro aquecido. Para a marinada: 1 xícara de vinho branco, 4 folhas de louro, 1 colher de chá de mostarda em pó, 1/2 colher de chá de cominho,

1 colher de sopa de páprica picante, 1 cebola grande, 4 dentes de alho amassados, sal e pimenta-do-reino a gosto (1 colher de chá de cada é suficiente).

Ingredientes para o purê: 1/4 de cebola batidinha, 4 bananas-da-terra maduras,1 colher de manteiga em temperatura ambiente, 1/2 xícara de leite, sal e  pimenta branca a gosto.

Prepare a marinada misturando os temperos e o vinho branco e despeje-a sobre a carne dentro de um saco plástico. Faça com que toda a carne tenha contato com o líquido. Coloque o saco fechado sobre uma assadeira na geladeira por 12 a 24hs (quanto mais, melhor). Vire o saco de lado na metade do tempo.

Coloque as bananas no freezer. Lembre de retirá-las a tempo de descongelarem para fazer o purê.

Retire a carne da geladeira no mínimo 30 minutos antes de ir ao forno. Ela não pode sofrer um choque térmico quando for assar.

Pré-aqueça o forno a 200 graus e transfira a carne e a sua marinada para uma assadeira limpa (pode ser o refratário que irá servi-la). Despeje o caldo de frango já aquecido. Tampe com um papel alumínio e leve ao forno por no mínimo uma hora e meia ou até verificar que a carne está soltando dos ossos (se espetar um palito entre os ossos verá que ele afunda facilmente).

Enquanto isso prepare o purê. Esquente uma panela funda com azeite e doure a cebola já batidinha (ou cortada o menor que puder). Retire a polpa das bananas de dentro da casca e leve-as à panela. Junte o leite e a manteiga. Amasse as bananas enquanto mexe a massa em fogo baixo, até que fique com uma consistência quase lisa. Se quiser um purê menos rústico, bata-o no liquidificador antes de servir.

Passado o tempo do cozimento da costelinha no forno, aqueça uma frigideira e verta um pouco de azeite. Retire a carne do forno e, com a ajuda de um pegador, transfira-a para uma frigideira para que grelhe e fique bem bonita (só de um dos lados, escolha o que não tem os ossos aparecendo). Volte com a carne para o refratário ou monte os pratos, aproveitando o molho e os pedaços de cebola e alho, se quiser.

Sirva com o purê de banana-da-terra.

Para os amantes do vinho, sugerimos um tinto espanhol, Tempranillo, Crianza da região de Rioja. Uma harmonização perfeita!

Torta Oreo

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Esta delícia é para quem ama o biscoito Oreo e quer aproveitar a moda de introduzi-lo às mais variadas receitas de sobremesas com chocolates em barra. Além de ser uma receita super fácil de se fazer, a torta é dessas gostosuras que não conseguimos parar de comer!

Torta de biscoito Oreo com ganaches

Ingredientes (para 4 pessoas): 1 barra de chocolate ao leite com Oreo (180gr), 1 barra de chocolate branco com Oreo (use 135gr), 90 ml de creme de leite, 50 gr. de manteiga derretida e mais 18 biscoitos Oreo + 2 para decoração.

Comece separando os biscoitos de seu recheio com a ajuda de uma faca. Reserve o recheio e coloque os biscoitos no processador de alimentos.

Aqueça o forno a 180 graus.

Adicione a manteiga derretida aos biscoitos e triture-os até formar uma pasta. Coloque essa pasta sobre uma forma (dessas redondas com aro de abrir) já untada e leve ao forno por 15 min. Deixe esfriar.

Enquanto isso, prepare as ganaches. Derreta cada barra de chocolate em vasilhas separadas em banho-maria ou, se não estiver com tempo, ponha-as no micro ondas, separadamente, por 1 minuto a 1 ½ minutos, mas cuidado para não cozinhar – retire antes de fazer bolhas. Misture 45 ml. de creme de leite a cada vasilha de chocolate.

Quando a massa da torta já estiver esfriado um pouco, coloque o recheio dos biscoitos sobre ela e acomode-o com a colher para que forme uma camada uniforme. Adicione a ganache de chocolate branco e faça o mesmo: a camada deve ficar bem plana para receber a próxima. Leve à geladeira por alguns minutos apenas para firmar. Adicione então a ganache de chocolate ao leite: assim elas não irão se misturar. Leve à geladeira novamente para que endureça um pouco: a conta de colocar os biscoitos para decorar sem que escorreguem do lugar.

Volte com a forma para a geladeira por mais 4 horas. Depois é só desenformar e sua sobremesa estará pronta!

 

Camarão ao molho de coco e pimentões

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Com forte influência da Índia, uma vez que sua raiz cultural e étnica é também indiana, a culinária do Sudeste Asiático, em particular da área costeira da Tailândia é bastante rica em sabores e cores. Os produtos mais usados, além dos peixes e frutos do mar, são as especiarias, como o curry e as pimentas, o coco e frutas ácidas como maracujá, limão e abacaxi. Na adaptação deste prato – que na receita original tailandesa é bastante apimentado para o nosso paladar brasileiro-, troque a pimenta pelo pimentão.

Camarão ao molho de coco e pimentões

Para 4 pessoas: 20 camarões VG, 1 cebola média ( ou 1 xícara de café da cebola picadinha), 1 colher de chá cheia de sal e 1 limão tahiti. 2 colheres de óleo de coco. 1/3 de pimentão vermelho e a mesma quantidade de pimentão amarelo ( de forma que picadinhos completem juntos 1 xícara de café ), ½ xícara de café de salsinha e cebolinha verde picadinhas. Pimenta vermelha crua a gosto, se tiver coragem. Mais: ½ xícara de café de suco natural de 1 maracujá doce (reserve a polpa e as sementes) e ½ xícara de chá de leite de coco. Detalhe importante: pasta de curry verde tailandesa*, que dá um sabor muito especial e faz toda a diferença.

Limpe, escorra e tempere os camarões com sal e limão. Deixe por 15 minutos. Corte a cebola, os pimentões e o cheiro verde bem miudinho (como na foto).

Frite os camarões no óleo de coco até ficarem vermelhos. Retire-os e na mesma frigideira frite a cebola e os pimentões picadinhos até amaciarem ( se precisar junte mais um pouco de óleo de coco). Em um canto da panela, coloque a polpa do maracujá e deixe secar até torrar as sementes, mexendo para não agarrar. Despeje o leite de coco, misture tudo raspando o fundo da frigideira e deixe começar a ferver.

Prove o sal e junte a pimenta ( pode ser o molho de pimenta malagueta) e mais 1 colher de sobremesa da pasta de curry verde. Importante: como a intensidade do sabor dessa pasta pode variar muito conforme o fabricante, é aconselhável colocá-la aos pouquinhos e ir provando. Tempere de acordo com o seu gosto e tolerância à pimenta e temperos fortes. Junte os camarões e deixe ferver por mais 5 minutos.

Dica: faça o prato uns 15 minutos antes de servir, deixando o caldo ralo e os camarões submersos nesse caldo. Na hora de servir é só esquentar, considerando que o caldo irá reduzir. Acompanhe com arroz branco.

* ingredientes da pasta que você encontra no Brasil: curry, limão, capim-limão, gengibre, cheiro verde e leite de coco.

Bolo de mandioca e coco sem glúten

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Mandioca e coco são produtos que nos remetem aos tempos do Brasil Colônia, quando a corte de D. João VI ainda não havia chegado ao Brasil e introduzido a farinha de trigo na nossa alimentação. Até então, os bolos e quitutes eram feitos com mandioca e milho, produtos nativos da terra brasileira. O coco foi introduzido no país logo quando aqui chegaram os primeiros negros vindos da África, junto com a cultura da cana-de-açúcar, e se espalhou rapidamente pela costa brasileira. São alimentos que fazem parte da nossa cultura genuína.

Esta receita, inspirada nesses ingredientes, se encaixa na linha fitness de comida saudável, sendo um excelente substituto – sem glúten- para os bolos tradicionais que levam farinha de trigo.

Bolo de mandioca e coco sem glúten

Veja os ingredientes que vai usar: 2 xícaras de mix de farinha sem glúten *(ou 1 de farinha de arroz + 1 de fécula de batata), 2 colheres de linhaça, ½ xícara de óleo de coco, ½ a 1 xícara de açúcar demerara ( pode ser açúcar cristal),
1 xícara de mandioca cozida e amassada**, ¾ xícara de coco ralado, 1 xícara de leite nolac (pode ser de leite de amêndoa) e, por último, 1 colher de sopa de fermento químico. (obs: todas as medidas são de xícara de chá).

Pré-aqueça o forno a 200 graus.

Misture todos os ingredientes, com exceção do fermento. Se necessário, acrescente água aos poucos até a massa ficar em ponto de massa de bolo e dar liga. Depois de bem misturada, junte o fermento e misture.

Unte a forma com óleo comum e despeje a massa.

Leve ao forno por 30 minutos ou até verificar que o bolo está dourado nas laterais e cozido por dentro (faça o teste do palito perto do centro).
Está pronto!

* gosto do mix da FSG e da Beladri.
**cozinhe a mandioca no vapor e retire o excesso de água, desprezando as fibras ao amassar (veja na foto)

Polenta assada com ragu de cordeiro

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Esta combinação divina de cordeiro com polenta de milho é ideal para vir servida no fim da noite arrematando a rodada de petiscos. Como entrada, em pequena quantidade, pode anteceder um prato consistente (como ossobuco), servido como prato principal. E, claro, pode ser o prato principal da noite, apresentada em grande estilo e acompanhada de um vinho encorpado.

Prepare um  ragu de cordeiro. Veja aqui a receita. Adapte a quantidade conforme for servir como petisco (uma colher de sobremesa para cada disco) ou prato principal (150 gr. por pessoa).

Polenta assada

Ingredientes para 6 pessoas : 2 xícaras de água + 1 xícara de caldo de legumes caseiro (veja aqui), 1 colher de sopa de manteiga (ou ghee) e 1 xícara de fubá de milho (ou polenta instantânea). Sal a gosto (um pouquinho de pimenta do reino branca vai bem) e um ramo de hortelã para decorar.

Em uma panela média, ferva a água e o caldo juntos. Misture a manteiga (ou ghee). Quando tornar a ferver, vá misturando o fubá, aos poucos, mexendo todo o tempo para não empelotar. Prove o tempero e verifique se o fubá está cozido. A consistência é mediana – não pode ser nem muito dura, nem muito líquida (a polenta instantânea fica pronta mais rápido).

Se for servir em panelinhas ou como prato principal – em ponto de purê -, está pronta!

Caso sirva como petisco, faça discos pequenos e firmes.
Unte uma forma tipo assadeira e despeje a polenta. Leve à geladeira por, ao menos, 4 horas, coberta com um filtro plástico, para firmar.

Depois desse tempo, use um cortador de massa (ou um copo pequeno), para fazer os disquinhos de polenta (foto). Polvilhe fubá dos dois lados e reserve.

Tome uma assadeira untada e distribua os disquinhos. Leve-os ao forno pré-aquecido a 200 graus por 10 minutos ou até dourar. Retire-os com cuidado e vire-os para dourar do outro lado.

Retire novamente do forno e coloque uma colherada de ragu no centro, deixando um espaço nas bordas. Enfeite com um raminho de hortelã ou alecrim. Um pouco antes de servir, leve ao forno por mais 10 minutos só para aquecer.

 

Atum grelhado com crosta de gergelim

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O atum é um dos peixes mais nobres e conceituados da gastronomia internacional. Em seu preparo, o que o difere dos outros peixes – e isto é muito importante – é o ponto de cozimento: quase cru, no máximo, rosado. Portanto, se você não gosta de peixe cru, desista do atum. Mas se é um bom gourmet, com paladar sofisticado, experimente esta receita. Vai adorar e querer comer sempre o peixe suculento e tenro!

Compre na peixaria o filé de atum inteiro, que deve apresentar diâmetro e cor semelhantes a um lombo de porco de tamanho médio. Resfrie a carne no congelador para conseguir cortar os filés com perfeição – marque 2 dedos e corte reto, perpendicular ao sentido das fibras da carne ( como se corta um tornedor de filé mignon). Passe uma fina camada de sal de todos os lados de cada filé,  de 15 minutos a meia hora antes de prepará-lo para servir em seguida.

Torre o gergelim branco e o preto em quantidade suficiente para envolver todos os filés de atum.

Prepare um pesto com azeite extra-virgem, um macerado de ervas frescas ( salsinha e cebolinha verde/ pode por um pouquinho de hortelã) e uma pitadinha de sal.

No fogo alto, aqueça uma frigideira antiaderente. Assim que esquentar, coloque os filés de atum. Observe a lateral das peças: quando metade da altura tiver mudado de cor, vire os filés. Fique de olho: assim que observar gotículas sobre a carne, como se estivesse suando, a carne está no ponto certo, ou seja, semicrua por dentro. Neste ponto, os filés devem estar ligeiramente corados. Retire-os da frigideira, envolva-os primeiro no pesto e depois passe de um lado e outro no gergelim. Volte para a frigideira apenas para dar uma tostada rápida. Está pronto!

Sirva, de preferência, com uma salada de rúcula e alfaces, temperada com aceto balsâmico, shoyo e azeite. Pode acrescentar tomates confitados e cogumelos salteados.

Dica: para cortar os filés de atum de forma regular deixe-o no freezer até ficar duro. Corte reto no sentido transversal, marcando para cada filé cerca de de 3 cm ou 2 dedos.Veja o atum cru:

 

Tomates confitados

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Além de ser excelente e essencial para a saúde, tomates confitados são deliciosos para se comer com pão em qualquer ocasião. Tê-los já prontos na geladeira é um recurso que você pode usar para completar uma salada, fazer uma massa rápida como Penne ou Spaghetti à Primavera e ainda acompanhar um peixe grelhado. Para quem optou por levar uma marmita saudável para o trabalho é um coringa e tanto.

O melhor tomate para confitar é o do tipo italiano. É importante estarem maduros e perfeitos. Conserve sempre a pele por ser onde se concentra o licopeno que é anticancerígeno. Há quem faça a receita com as sementes, mas eu prefiro retirá-las para prevenir obstrução no apêndice.

A receita que se segue é a maneira de se fazer os tomates confitados no Sul da Itália. Lave bem os tomates, seque-os e corte-os ao comprido em cruz ou quatro partes. Retire as sementes. Coloque-os em uma forma, salpique uma fina camada de sal e de açúcar e coloque-os por um tarde inteira no sol (se possível). Depois de bem secos, passe-os para uma travessa refratária untada com azeite de oliva extra-virgem, de boa qualidade. Passe um fio de azeite sobre os tomates e leve-os para cozinhar no forno brando ( 100 graus no máximo) por 15 a 20 a minutos ou até que comecem a querer enrugar. Passe-os para uma travessa funda entremeando os tomates com alho picadinho e folhas de manjericão. Deixe por no mínimo 4 horas na geladeira antes de servir.

Se for  deixar na geladeira como conserva, coloque-os em um vidro de boca larga bem esterilizado e bem tampado. Ao servir, pode juntar azeitonas pretas tipo azapa, se for servir na salada ou como aperitivo.

Shitake salteado

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Aperitivo ou guarnição, esta receita de cogumelos salteados é rapidíssima de fazer e muito saborosa, pois conserva toda a suculência do shitake. Também pode ser preparada com champignon-de-paris ou cogumelo portobello.

Limpe os cogumelos com um guardanapo. Tire o talo e corte em lâminas. Coloque um pouco de água em uma frigideira e leve ao fogo com os cogumelos. Assim que a água ferver, deixe por mais três a cinco minutos e então escorra a água.

Misture em uma xícara: 1 colher de sobremesa de azeite de oliva + 1 colher de sobremesa de shoyo ( molho de soja) + 1 colher de café de mel ( para uma bandeja média de cogumelos). Pique cebolinha que dê 1 colher de sobremesa.

Salteie os cogumelos com a mistura de temperos. Salpique a cebolinha cortada e sirva imediatamente.

 

 

Carne desfiada para tira-gosto

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Deu vontade de comer comidinha de bar em casa? Ponha a cerveja para gelar e, já tendo uma carne pronta na geladeira, em cinco minutos você prepara esta receita.

Desfie a carne assada já pronta (veja aqui a receita) e incremente com um molho de pimentões e azeitonas para servir de aperitivo para acompanhar cervejas e caipis. É muito fácil, rápido e vai fazer sucesso!

Para o molho: pimentões, cebola (branca, roxa ou das duas), azeitonas, passas, azeite, alho, sal, açúcar, louro em pó, pimenta do reino moída.

Desfie a carne.

Corte os pimentões e as cebolas em fatias finas. Pique as azeitonas e o alho. Coloque as passas dentro de uma xícara com rum ( pode ser vinho ou suco de uva) para hidratarem.

Aqueça um pouco de azeite em uma frigideira, doure o alho, a cebola e os pimentões. Assim que estiverem macios, junte as passas escorridas e as azeitonas. Tempere com uma pitada de sal, outra de açúcar, pimenta do reino e louro. Misture tudo. Adicione mais azeite e misture a carne. Mexa até que tudo esteja bem misturado.

Sirva fria acompanhada de pão.

Caldo picante de camarão

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No verão, sirva este caldo frio como entrada em um jantar ou para rebater a bebida no fim de noite. O tempero é de inspiração peruana.

No inverno, servido quente, é ótimo para aquecer o corpo. Pode ser servido como prato único, acompanhado e pão e um vinho Syrah rosé ou um Carmenère.

Ingredientes para 4 pessoas: 600 gr. de camarão médio, 1 limão, 1 colher de sobremesa rasa de sal, ½ xícara de café de azeite, 1 abobrinha paulista grande, 1 cebola média, ½ pimentão vermelho, 1 colher de café de curry, ají rojo peruano a gosto. Se não tiver ají, faça uma pasta de pimentão bem apimentada. Veja a receita aqui.

Limpe e tempere os camarões com o limão e o sal. Deixe por meia hora. Depois escorra o excesso de líquido em uma peneira.

Descasque e cozinhe a abobrinha paulista. Pique. Reserve.

Escolha uma panela funda . No fogo forte, doure os camarões com a metade do azeite, bem aquecido, até ficarem vermelhos. Flambe com uma colher de conhaque ou whisky. Veja aqui como fazer. Retire os camarões e na borra que ficou na panela, acrescente o restante do azeite e frite a cebola e o pimentão. Acrescente ½ litro de água fervente para formar o caldo. Junte a abobrinha cozida. Bata no processador para obter um caldo de consistência média (se precisar, coloque mais água).

Volte para a panela. Tempere com o curry e o ají ( cuidado, vá colocando o tempero aos poucos e provando). Junte os camarões e deixe cozinhar mais cinco minutos no fogo baixo.

Sirva frio no verão ou quente no inverno.

Dadinhos de tapioca

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De origem nordestina, este aperitivo caiu no gosto dos mineiros e virou moda nos bares pois vai muito bem para acompanhar cerveja. Sirva-o acompanhado de geleia de pimenta, pasta de pimentão ou outras de sabor picante de sua preferência.

Ingredientes para cerca de 36 unidades: 500 ml. de leite (pode ser nolac), 250 gr. de queijo coalho ralado, 250 gr. de tapioca granulada, sal e pimenta do reino branca a gosto.

Aqueça o leite sem deixar ferver. No fogo baixo, vá acrescentando os demais ingredientes alternadamente. Mexa todo o tempo para não empelotar. Quando o queijo estiver derretido e o creme estiver quase uniforme (pode deixar pequenos pedaços), desligue.

Unte uma forma (do tipo de bolo inglês) e transfira o creme para ela, cobrindo com um plástico filme. Deixe na geladeira por 4 horas.

Pré-aqueça o forno a 250 graus.

Retire o creme da geladeira e desenforme sobre uma tábua de corte (estará com uma consistência gelatinosa). Corte os quadradinhos com 3×3 cm e disponha-os em uma forma (do tipo tabuleiro) untada. Leve ao forno até que fiquem corados. Com uma pinça culinária, vá virando os dadinhos com cuidado para que dourem de todos os lados.

Nota: esta receita também pode ser feita grelhando os dadinhos na frigideira ou fritando-os em óleo bem quente. A textura e consistência irão variar mas o sabor é praticamente o mesmo.

Pernil de porco assado

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Em Minas Gerais, em ceia ou almoço de Natal não pode faltar pernil de porco ou leitoa. Como leitoa é difícil de conseguir e tem gente da novíssima geração que não come porque tem muita gordura, é melhor fazer um pernil pois é unanimidade: todo mundo adora. Na minha família quem faz o pernil todo ano é a minha mãe, para o almoço do dia 25. Mas eu sei a receita de cor e salteado pois acompanho o processo desde pequena. Conto pra você o segredinho de família do tempero!

Pernil de porco assado

Com antecedência, peça ao açougueiro para reservar um pernil para a véspera do dia em que pretende assá-lo. Um bom pernil pesa entre 6 e 8 quilos, então dá para umas vinte pessoas comerem, com folga. Quando for buscá-lo, peça para cortar a ponta do osso para poder caber em um forno caseiro. Pese o pernil sem o osso.

Tempero: para cada quilo de pernil, separe: 1 colher de chá de sal triturada no pilão com 1 dente de alho, 1/2 cebola triturada, 2 folhas de louro picadinhas, 1 colher de sobremesa de molho inglês, 1/2 copo de vinho rosé e 1/2 copo de suco de limão capeta maduro (aquele que tem a casca da cor de cenoura e rugosa) e 1/2 colher de café suco de pimenta malagueta.

Fure o pernil todo com um trinchante (aquele garfão com 2 dentes). Esfregue o sal com alho nele todo. Misture todos os outros temperos e mais 1/2 copo de água.

Coloque o pernil inteiro dentro de um saco grande de plástico grosso e entorne o tempero. Vire de um lado e outro para que todo o pernil fique banhado com o tempero. Feche o saco, coloque-o deitado em uma assadeira e deixe-o imerso nesta salmoura, dentro da geladeira, por 24 horas (ou pouco mais). Na metade deste tempo, vire o saco do lado contrário.

Passado esse tempo, pré-aqueça o forno a 300 graus. Tire o pernil do saco, retire as folhas de louro e o excesso de tempero e despeje a salmoura em um caneco. Unte uma assadeira bem grande e funda com óleo e coloque o pernil no meio. Asse por aproximadamente 1 hora ou até observar que o pernil mudou para cor de carne cozida. Vire-o do outro lado e deixe mais 1 hora. Então abaixe a temperatura para 250 graus e deixe assar por aproximadamente mais 4 horas, regando a cada hora com o caldo que ficou no caneco. No meio do tempo, vire o pernil outra vez. Se começar a querer dar crosta por cima, cubra com papel alumínio. Quando espetar um garfo e verificar que a carne está macia, pode retirar do forno.

Adorne o pernil com rodelas de abacaxi frito na manteiga com um pouco de açúcar para dar um tom dourado. Junte cerejas e ameixas pretas para dar um colorido.

Se quiser fatiar, faça-o com o pernil morno e é mais fácil usar uma faca elétrica. Corte contornando o osso.

 

Molho de jabuticabas

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Molho de jabuticabas para acompanhar carnes

As jabuticabas são chamadas de pérolas negras pelo brilho de sua casca preta e a delicada doçura de sua polpa braço-rosada. É uma frutinha típica da região central de Minas Gerais, onde é colhida nos pés de estatura média entre outubro e dezembro, na temporada das chuvas. Nunca soube de outro lugar no mundo onde existem as jabuticabas, se souber, me conte!

Com as jabuticabas se preparam, tradicionalmente, geleias e licores. De uns tempos para cá caiu no gosto dos chefs gourmets preparar com o caldo da fruta um molho para acompanhar carnes. Uma ideia genial e cada um tem sua própria receita que não conta para ninguém.

Morando em Belo Horizonte, sempre tive jabuticabeira em casa (ou em casa de parentes) e continuo aproveitando a temporada da fruta para fazer geleia para o ano todo. Usando o princípio da receita da geleia, inventei o meu próprio molho de jabuticabas. Se você tem facilidade para comprar a fruta, ficará muito melhor. Mas se não tiver jeito, pode fazer com a geleia de jabuticaba, desde que não tenha sido feita com muito açúcar.

Molho de jabuticabas

Para uma bacia média de jabuticabas bem espremidas (com as mãos) deve-se obter 2 xícaras de chá do caldo. É o necessário para um molho que serve até 8 pessoas. Vai precisar também de 1 colher de sobremesa de açúcar cristal, 2 colheres de sopa do caldo de cozimento da carne que estiver preparando (coado), 1 colher de sopa de vinagre de vinho tinto, 1 colher de sobremesa de aceto balsâmico italiano, sal e pimenta zimbro moída na hora.

Leve ao fogo fraco o caldo de jabuticabas com o açúcar e deixe reduzir até escurecer e começar a querer encorpar. Junte o caldo da carne, o vinagre de vinho tinto e o aceto balsâmico. Deixe que o cheiro do vinagre exale. Acrescente o sal e a pimenta zimbro a gosto. Junte uma colher de café de amido de milho já misturado em ½ xícara de café com água. Misture bem e espere incorporar, mexendo sempre com uma colher de pau ou espátula de silicone, até o ponto de caldo. Desligue. Se deixar esfriar e engrossar volte ao fogo com um pouco de água quente para retornar ao ponto ideal. Pode servir na temperatura natural.

Cuscuz com damasco e castanha

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Na França, o preparado de sêmola de trigo duro chamado “Couscous” é vendido já cozido no vapor, semi-pronto para servir. É um produto popular porque faz parte da culinária marroquina e de outros países de etnia árabe na África. Atualmente, esses povos formam um grande contingente de imigrantes neste país. Para fazer esta receita, procure por esse produto nos bons supermercados, vendido em caixas de 500 gr. A vantagem é que rende bastante.

Dica: para o preparo do cuscuz siga a receita estampada na caixa, lembrando que a quantidade recomendada é para ser servida como prato único. Portanto, para acompanhamento reduza a quantidade pela metade.

Cuscuz com damasco e castanha de caju

Prepare o cuscuz como recomendado na embalagem para cada 2 pessoas (no caso de acompanhamento serve 4 pessoas): ferva 1 copo de 200 ml de água com sal em uma panela. Retire do fogo e misture uma colher de sopa de azeite. Na mesma panela, verta aos poucos a mesma quantidade de cuscuz e misture imediatamente. Cubra com um pano e deixe por 5 minutos. Costuma aumentar 30 a 50% de volume. Adicione uma colher rasa de manteiga e misture com um garfo.

Antecipadamente, corte os damascos secos em quatro ou seis partes, dependendo do tamanho. Salteie as castanhas de caju cortadas ao meio na frigideira para que fiquem crocantes. Calcule 2 damascos e aproximadamente 6 castanhas por pessoa.

Assim que o cuscuz estiver pronto, misture tudo.

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Purê de couve-flor e brócolis

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Ideal para acompanhar carnes de paladar mais suave, como filé de frango, e até mesmo um rosbife de filé mignon, desde que feitos sem molho. O mais atraente é o tom de verde que dá uma cor natural e saudável ao seu prato.

Para 4 pessoas: 1 xícara de chá cheia de buquês de couve-flor cortados e a mesma quantidade de buquês de brócolis também cortados, já lavados e secos. ½ xícara de alho poró e mais a mesma quantidade de cebola, ambos fatiados. 2 colheres de sopa de azeite, 1 colherinha de sal com alho. 1 xícara de chá de molho branco já pronto. 1/2 caixinha ou 100 gr. de creme de leite.

Molho branco: 1 colher de chá de manteiga com sal, 1 colher de sobremesa de farinha de trigo torrada, ¾ de xícara de chá de leite. Aqueça ligeiramente a manteiga em uma frigideira, junte a farinha de trigo e, no fogo brando, amasse com uma espátula de silicone até formar uma pasta uniforme. Junte o leite, mexa até obter um creme liso. Deixe esfriar. Reserve.

Aqueça o azeite em uma frigideira larga, junte o sal com alho, a cebola e o alho poró. Assim que amaciarem, junte a couve-flor e o brócolis. Frite, no fogo brando, sem adicionar água. Prove para verificar se perderam o gosto de cru.

Bata no processador junto com o molho branco até obter uma massa lisa. A massa deve ficar com a consistência de um creme. Leve ao fogo mexendo sempre com uma colher de pau até dar ponto de purê. Tempere com sal, um tiquinho de pimenta do reino branca e nós moscada. Um pouco antes de servir, junte o creme de leite e misture. Assim que abrir fervura, desligue. Sirva quente.

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Caldo de moranga com camarões

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É incrível a versatilidade deste caldo, ou creme, que pode ser feito com abóbora moranga, abóbora paulista ou abóbora japonesa (a denominação pode variar dependendo do lugar). Pode ser servido quente, no inverno, dentro da moranga ou em cumbucas ( para não esfriar) e também fica ótimo servido frio, em taças, no verão. Fica sofisticado e delicioso feito com camarões, especialmente se flambados, em uma versão afrancesada. À mineira, o caldo é feito apenas com abóbora e depois de pronto acrescenta-se carne seca desfiada e cebolinha verde. Experimente as variações sugeridas.

Caldo de moranga com camarões e outras variações

Ingredientes para 4 pessoas: 400 gr. de abóbora moranga, já sem a casca e o miolo entranhado com as sementes. Calcule de 4 a 8 camarões por pessoa, dependendo do tamanho. Mais: 3 colheres de óleo, manteiga ou azeite, 1 cebola grande picada, 1/3 de pimentão vermelho e a mesma quantidade de pimentão amarelo, também picados, 1 colher de chá de sal com alho. Temperos: sal, pimenta e especiarias a gosto e à escolha.

Variações para acrescentar ao caldo depois de pronto:

– 1 xícara de café de leite de coco e raspas de gengibre, se quiser dar um toque baiano. Capriche na pimenta malagueta.

-1 xícara de café de creme de leite ou de requeijão de copo, se quiser um toque francês. Tempere com pimenta do reino branca e noz moscada.

– 1 colher de café (ou de chá) de curry, outra de açafrão e raspas de gengibre, se quiser um gostinho indiano.

– outro tempero ótimo: uma pitada de páprica doce.

Se for fazer a receita com camarões, o primeiro passo é temperá-los ( já limpos, claro) com antecedência de uma hora (antes de começar a fazer o caldo) com sal e limão. Depois de meia hora no tempero, coloque-os na peneira para escorrer a água. Obs.: se ficarem com água na hora de fritar, irão ficar borrachudos.

Cozinhe e pique a abóbora.

Escolha a panela onde vai fazer o caldo. Esquente 2 colheres de azeite e frite os camarões, já bem escorridos, até ficarem vermelhos. Se der água, retire-a e reserve (depois, acrescente-a de novo ao caldo cozido). Se for fazer a versão afrancesada, flambe-os com 1 concha rasa de conhaque aquecido. Retire os camarões e reserve-os.

Na mesma panela, acrescente mais azeite, frite a cebola, os pimentões picados e o sal com alho, nessa ordem. Raspe bem o fundo da panela até limpar a borra do camarão (se precisar, pingue água quente). Acrescente a abóbora já cozida, junte água quente (cerca de 2 xícaras), deixe fervendo, em fogo baixo, até que fique tudo bem cozido e abóbora tenha desmanchado. Deixe esfriar um pouquinho e bata no liquidificador até obter um caldo bem homogêneo.

Volte com a caldo para uma panela limpa, junte mais água quente se precisar ralear, tempere e acrescente os ingredientes que quiser* (veja as variações) Junte os camarões e deixe ferver para misturar o gosto. Volte a esquentar antes de servir.

* exceto creme de leite, que só deve ser misturado um pouco antes de servir.

Coelho ao caçador

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Pouca gente tem o costume de comer carne de coelho no Brasil. Acredito que as razões são culturais, pois a criação de coelhos, trazidos da Europa, foi introduzida tardiamente no país. Muitos se aventuram a cozinhá-lo tal qual se faz frango ou carne de porco, como não fica bom, passam a dizer que não gostam de carne de coelho. No entanto, sabendo fazê-lo, é um prato delicioso. Esta receita é proveniente da região da Toscana, na Itália, onde coelho é um prato muito comum e apreciado.

Nesta receita, servimos o coelho com nhoque grelhado e cenouras em corte palito, para dar um colorido ao prato.

Coelho ao caçador – com vinho e tomates

Como o tamanho o coelho varia, vamos tomar por base os ingredientes para preparar 1 (um) kg de coelho. Anote: 6 tomates tipo italiano maduros (ou 1 lata de tomati pelati), 1 cebola branca, 1 cebola roxa, 2 dentes de alho amassados (sem a casca, socados), 150 ml de vinho branco, 1 colher de chá de páprica picante, basílico ou manjericão, azeite, sal e pimenta do reino branca.  Vinho branco para a marinada.

Limpe o coelho e corte-o em pedaços. Prepare uma marinada com a cebola branca picada e os temperos verdes frescos de sua preferência, sal e pimenta do reino branca moída na hora. Para esta receita, além do manjericão, piquei salsinha, cebolinha verde e alecrim fresco. Junte vinho branco. Tome um saco plástico, coloque as peças cortadas do coelho, acrescente a marinada. Feche, deixe na geladeira por, no mínimo, 6 horas. Na metade do tempo, vire o saco de lado. Retire da geladeira e deixe voltar à temperatura ambiente.

Caso for usar tomates frescos: faça uma cruz superficial na lateral de cada tomate, com a ponta da faca. Coloque água para esquentar em uma panela. Quando a água estiver fervendo, desligue o fogo e coloque os tomates, um a um, retirando-os rapidamente, assim que a pele se soltar (use um garfão para não se queimar). Retire a pele com cuidado e parta-os em quatro, para tirar as sementes. Corte-os em cubos pequenos.

No caso dos tomates já pelados, retire as sementes, passando-os em um coador. Corte-os em pedaços.

Em uma panela funda, deite azeite e doure os pedaços do coelho. Retire-os e reserve em um recipiente à parte. Na mesma panela, doure a cebola roxa cortada em fatias. Acrescente a páprica e misture bem até incorporar. Pingue um pouco de água quente para a cebola não grudar na panela. Adicione o vinho branco e deixe o álcool evaporar. Acrescente os tomates, o alho e as folhas de manjericão.

Volte com o coelho para a panela e misture tudo. Acerte o tempero e deixe cozinhar, no fogo baixo, por, ao menos, 40 minutos, acrescentando água quente, pelas beiradas, de pouco em pouco,  até o completo cozimento da carne. Não deixe o molho secar, pois a carne deve ficar completamente envolvida no molho. Quando verificar que a carne está macia e o molho incorporado, está pronto!

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obs: sobrou coelho? Desfie a carne e guarde, junto com o resto do molho, no freezer. Quando precisar, terá  um ótimo ragú para rechear um ravioli caseiro.

 

 

Pãozinho de batata doce

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Nestas tardes frias de maio dá tanta vontade de tomar um chá quente e comer um pãozinho recém comprado na padaria! Mas para quem tem intolerância à leite e à glúten não é nada fácil, pois dá a maior tristeza quando passamos por uma padaria: não se acha um único pão que possamos comer! Não se aflija, aprenda a fazer este bolinho! Assim nem precisará ir à padaria e terá, feito por você, um pãozinho quentinho e delicioso à qualquer hora. E mais, se você ama comida fitness, este será um de seus pãezinhos prediletos!

Pãozinho de batata doce

Esta receita rende 24 pãezinhos no formato de pão-de-queijo.

Ingredientes: 1 ½ xícara de batata doce bem cozida e amassada, 1 ½ xícara de polvilho doce, 1 ½ xícara de polvilho azedo, 2 colheres de sopa de azeite, 2 colheres de sopa de biomassa de banana verde. Cúrcuma para dar cor e manjericão e sal para temperar.

Primeiro, pré-aqueça o forno a 200 graus.

Misture todos os ingredientes em uma tigela funda e vá acrescentando água, aos poucos, até formar uma pasta com consistência suficiente para enrolar.

Acrescente cúrcuma (cuidado, é pouco!), manjericão desidratado e sal a gosto. Misture bem.

Molde as bolinhas com as mãos, calculando uma colher de sopa bem cheia para cada pãozinho. Disponha-as em uma assadeira grande, untada com um pingo de azeite. Leve ao forno. Retire após 30 minutos ou quando começar a dourar.

Dica: se quiser congelá-los para uso posterior, disponha-os separadamente sobre uma superfície plana (uma assadeira, por exemplo) e leve-os ao congelador por 3 horas. Depois é só colocá-los em saquinhos plásticos e voltar para o congelador.

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