Costelinha de porco com purê de banana-da-terra

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A carne de porco é bastante apreciada em Minas Gerais. Quem mora ou já morou no interior adora uma costelinha de porco cheia de carninha pra se comer com as mãos. Sim, não há outra forma de aproveitar as partes mais gostosas da costelinha e esta é uma prática usada no mundo todo, até os chefs famosos se permitem comer com as mãos. E nada melhor para acompanhá-la do que um purê de banana-da-terra. Chame os amigos e faça um almoço mineiro! Complete o cardápio com feijão tropeiro e couve. E suflê de goiabada com sorvete de queijo! Fechou!

Esta receita é mais sofisticada do que a costelinha frita tradicional mas é mais gostosa e muito prática de se fazer. Além disso, fica tão macia que solta dos ossos, não sendo necessários comer-se com as mãos.

Costelinha de porco com purê de banana-da-terra

Para 4 pessoas, anote os ingredientes. Para a costelinha: 1kg de costelinha de porco com os ossinhos, 2 xícaras de caldo de frango caseiro aquecido. Para a marinada: 1 xícara de vinho branco, 4 folhas de louro, 1 colher de chá de mostarda em pó, 1/2 colher de chá de cominho,

1 colher de sopa de páprica picante, 1 cebola grande, 4 dentes de alho amassados, sal e pimenta-do-reino a gosto (1 colher de chá de cada é suficiente).

Ingredientes para o purê: 1/4 de cebola batidinha, 4 bananas-da-terra maduras,1 colher de manteiga em temperatura ambiente, 1/2 xícara de leite, sal e  pimenta branca a gosto.

Prepare a marinada misturando os temperos e o vinho branco e despeje-a sobre a carne dentro de um saco plástico. Faça com que toda a carne tenha contato com o líquido. Coloque o saco fechado sobre uma assadeira na geladeira por 12 a 24hs (quanto mais, melhor). Vire o saco de lado na metade do tempo.

Coloque as bananas no freezer. Lembre de retirá-las a tempo de descongelarem para fazer o purê.

Retire a carne da geladeira no mínimo 30 minutos antes de ir ao forno. Ela não pode sofrer um choque térmico quando for assar.

Pré-aqueça o forno a 200 graus e transfira a carne e a sua marinada para uma assadeira limpa (pode ser o refratário que irá servi-la). Despeje o caldo de frango já aquecido. Tampe com um papel alumínio e leve ao forno por no mínimo uma hora e meia ou até verificar que a carne está soltando dos ossos (se espetar um palito entre os ossos verá que ele afunda facilmente).

Enquanto isso prepare o purê. Esquente uma panela funda com azeite e doure a cebola já batidinha (ou cortada o menor que puder). Retire a polpa das bananas de dentro da casca e leve-as à panela. Junte o leite e a manteiga. Amasse as bananas enquanto mexe a massa em fogo baixo, até que fique com uma consistência quase lisa. Se quiser um purê menos rústico, bata-o no liquidificador antes de servir.

Passado o tempo do cozimento da costelinha no forno, aqueça uma frigideira e verta um pouco de azeite. Retire a carne do forno e, com a ajuda de um pegador, transfira-a para uma frigideira para que grelhe e fique bem bonita (só de um dos lados, escolha o que não tem os ossos aparecendo). Volte com a carne para o refratário ou monte os pratos, aproveitando o molho e os pedaços de cebola e alho, se quiser.

Sirva com o purê de banana-da-terra.

Para os amantes do vinho, sugerimos um tinto espanhol, Tempranillo, Crianza da região de Rioja. Uma harmonização perfeita!

Carne desfiada para tira-gosto

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Deu vontade de comer comidinha de bar em casa? Ponha a cerveja para gelar e, já tendo uma carne pronta na geladeira, em cinco minutos você prepara esta receita.

Desfie a carne assada já pronta (veja aqui a receita) e incremente com um molho de pimentões e azeitonas para servir de aperitivo para acompanhar cervejas e caipis. É muito fácil, rápido e vai fazer sucesso!

Para o molho: pimentões, cebola (branca, roxa ou das duas), azeitonas, passas, azeite, alho, sal, açúcar, louro em pó, pimenta do reino moída.

Desfie a carne.

Corte os pimentões e as cebolas em fatias finas. Pique as azeitonas e o alho. Coloque as passas dentro de uma xícara com rum ( pode ser vinho ou suco de uva) para hidratarem.

Aqueça um pouco de azeite em uma frigideira, doure o alho, a cebola e os pimentões. Assim que estiverem macios, junte as passas escorridas e as azeitonas. Tempere com uma pitada de sal, outra de açúcar, pimenta do reino e louro. Misture tudo. Adicione mais azeite e misture a carne. Mexa até que tudo esteja bem misturado.

Sirva fria acompanhada de pão.

Pernil de porco assado

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Em Minas Gerais, em ceia ou almoço de Natal não pode faltar pernil de porco ou leitoa. Como leitoa é difícil de conseguir e tem gente da novíssima geração que não come porque tem muita gordura, é melhor fazer um pernil pois é unanimidade: todo mundo adora. Na minha família quem faz o pernil todo ano é a minha mãe, para o almoço do dia 25. Mas eu sei a receita de cor e salteado pois acompanho o processo desde pequena. Conto pra você o segredinho de família do tempero!

Pernil de porco assado

Com antecedência, peça ao açougueiro para reservar um pernil para a véspera do dia em que pretende assá-lo. Um bom pernil pesa entre 6 e 8 quilos, então dá para umas vinte pessoas comerem, com folga. Quando for buscá-lo, peça para cortar a ponta do osso para poder caber em um forno caseiro. Pese o pernil sem o osso.

Tempero: para cada quilo de pernil, separe: 1 colher de chá de sal triturada no pilão com 1 dente de alho, 1/2 cebola triturada, 2 folhas de louro picadinhas, 1 colher de sobremesa de molho inglês, 1/2 copo de vinho rosé e 1/2 copo de suco de limão capeta maduro (aquele que tem a casca da cor de cenoura e rugosa) e 1/2 colher de café suco de pimenta malagueta.

Fure o pernil todo com um trinchante (aquele garfão com 2 dentes). Esfregue o sal com alho nele todo. Misture todos os outros temperos e mais 1/2 copo de água.

Coloque o pernil inteiro dentro de um saco grande de plástico grosso e entorne o tempero. Vire de um lado e outro para que todo o pernil fique banhado com o tempero. Feche o saco, coloque-o deitado em uma assadeira e deixe-o imerso nesta salmoura, dentro da geladeira, por 24 horas (ou pouco mais). Na metade deste tempo, vire o saco do lado contrário.

Passado esse tempo, pré-aqueça o forno a 300 graus. Tire o pernil do saco, retire as folhas de louro e o excesso de tempero e despeje a salmoura em um caneco. Unte uma assadeira bem grande e funda com óleo e coloque o pernil no meio. Asse por aproximadamente 1 hora ou até observar que o pernil mudou para cor de carne cozida. Vire-o do outro lado e deixe mais 1 hora. Então abaixe a temperatura para 250 graus e deixe assar por aproximadamente mais 4 horas, regando a cada hora com o caldo que ficou no caneco. No meio do tempo, vire o pernil outra vez. Se começar a querer dar crosta por cima, cubra com papel alumínio. Quando espetar um garfo e verificar que a carne está macia, pode retirar do forno.

Adorne o pernil com rodelas de abacaxi frito na manteiga com um pouco de açúcar para dar um tom dourado. Junte cerejas e ameixas pretas para dar um colorido.

Se quiser fatiar, faça-o com o pernil morno e é mais fácil usar uma faca elétrica. Corte contornando o osso.

 

Molho de jabuticabas

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Molho de jabuticabas para acompanhar carnes

As jabuticabas são chamadas de pérolas negras pelo brilho de sua casca preta e a delicada doçura de sua polpa braço-rosada. É uma frutinha típica da região central de Minas Gerais, onde é colhida nos pés de estatura média entre outubro e dezembro, na temporada das chuvas. Nunca soube de outro lugar no mundo onde existem as jabuticabas, se souber, me conte!

Com as jabuticabas se preparam, tradicionalmente, geleias e licores. De uns tempos para cá caiu no gosto dos chefs gourmets preparar com o caldo da fruta um molho para acompanhar carnes. Uma ideia genial e cada um tem sua própria receita que não conta para ninguém.

Morando em Belo Horizonte, sempre tive jabuticabeira em casa (ou em casa de parentes) e continuo aproveitando a temporada da fruta para fazer geleia para o ano todo. Usando o princípio da receita da geleia, inventei o meu próprio molho de jabuticabas. Se você tem facilidade para comprar a fruta, ficará muito melhor. Mas se não tiver jeito, pode fazer com a geleia de jabuticaba, desde que não tenha sido feita com muito açúcar.

Molho de jabuticabas

Para uma bacia média de jabuticabas bem espremidas (com as mãos) deve-se obter 2 xícaras de chá do caldo. É o necessário para um molho que serve até 8 pessoas. Vai precisar também de 1 colher de sobremesa de açúcar cristal, 2 colheres de sopa do caldo de cozimento da carne que estiver preparando (coado), 1 colher de sopa de vinagre de vinho tinto, 1 colher de sobremesa de aceto balsâmico italiano, sal e pimenta zimbro moída na hora.

Leve ao fogo fraco o caldo de jabuticabas com o açúcar e deixe reduzir até escurecer e começar a querer encorpar. Junte o caldo da carne, o vinagre de vinho tinto e o aceto balsâmico. Deixe que o cheiro do vinagre exale. Acrescente o sal e a pimenta zimbro a gosto. Junte uma colher de café de amido de milho já misturado em ½ xícara de café com água. Misture bem e espere incorporar, mexendo sempre com uma colher de pau ou espátula de silicone, até o ponto de caldo. Desligue. Se deixar esfriar e engrossar volte ao fogo com um pouco de água quente para retornar ao ponto ideal. Pode servir na temperatura natural.

Caldo de moranga com camarões

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É incrível a versatilidade deste caldo, ou creme, que pode ser feito com abóbora moranga, abóbora paulista ou abóbora japonesa (a denominação pode variar dependendo do lugar). Pode ser servido quente, no inverno, dentro da moranga ou em cumbucas ( para não esfriar) e também fica ótimo servido frio, em taças, no verão. Fica sofisticado e delicioso feito com camarões, especialmente se flambados, em uma versão afrancesada. À mineira, o caldo é feito apenas com abóbora e depois de pronto acrescenta-se carne seca desfiada e cebolinha verde. Experimente as variações sugeridas.

Caldo de moranga com camarões e outras variações

Ingredientes para 4 pessoas: 400 gr. de abóbora moranga, já sem a casca e o miolo entranhado com as sementes. Calcule de 4 a 8 camarões por pessoa, dependendo do tamanho. Mais: 3 colheres de óleo, manteiga ou azeite, 1 cebola grande picada, 1/3 de pimentão vermelho e a mesma quantidade de pimentão amarelo, também picados, 1 colher de chá de sal com alho. Temperos: sal, pimenta e especiarias a gosto e à escolha.

Variações para acrescentar ao caldo depois de pronto:

– 1 xícara de café de leite de coco e raspas de gengibre, se quiser dar um toque baiano. Capriche na pimenta malagueta.

-1 xícara de café de creme de leite ou de requeijão de copo, se quiser um toque francês. Tempere com pimenta do reino branca e noz moscada.

– 1 colher de café (ou de chá) de curry, outra de açafrão e raspas de gengibre, se quiser um gostinho indiano.

– outro tempero ótimo: uma pitada de páprica doce.

Se for fazer a receita com camarões, o primeiro passo é temperá-los ( já limpos, claro) com antecedência de uma hora (antes de começar a fazer o caldo) com sal e limão. Depois de meia hora no tempero, coloque-os na peneira para escorrer a água. Obs.: se ficarem com água na hora de fritar, irão ficar borrachudos.

Cozinhe e pique a abóbora.

Escolha a panela onde vai fazer o caldo. Esquente 2 colheres de azeite e frite os camarões, já bem escorridos, até ficarem vermelhos. Se der água, retire-a e reserve (depois, acrescente-a de novo ao caldo cozido). Se for fazer a versão afrancesada, flambe-os com 1 concha rasa de conhaque aquecido. Retire os camarões e reserve-os.

Na mesma panela, acrescente mais azeite, frite a cebola, os pimentões picados e o sal com alho, nessa ordem. Raspe bem o fundo da panela até limpar a borra do camarão (se precisar, pingue água quente). Acrescente a abóbora já cozida, junte água quente (cerca de 2 xícaras), deixe fervendo, em fogo baixo, até que fique tudo bem cozido e abóbora tenha desmanchado. Deixe esfriar um pouquinho e bata no liquidificador até obter um caldo bem homogêneo.

Volte com a caldo para uma panela limpa, junte mais água quente se precisar ralear, tempere e acrescente os ingredientes que quiser* (veja as variações) Junte os camarões e deixe ferver para misturar o gosto. Volte a esquentar antes de servir.

* exceto creme de leite, que só deve ser misturado um pouco antes de servir.

Conserva de alho

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A maioria de nós brasileiros do Sudeste, como descendentes de portugueses, italianos ou espanhóis amamos alho e não deixamos de cozinhar sem ele. Tanto que o nome deste blog é “Sal com alho”, por ser a base de nosso tempero. Outras culturas nunca deixam de usar alho em sua alimentação, como a árabe e a oriental, de onde se conclui que a maior parte dos habitantes do mundo ( talvez 80% já que os chineses adoram alho). E, para a nossa sorte, o alho é fundamental para se ter uma boa saúde. Ter uma conserva de alho sempre pronta na geladeira (como os italianos fazem) é um grande “quebra-galho” , tanto para se comer pura como aperitivo quanto para adicionar a assados e outros preparos. A receita abaixo, usando pimentas e outros temperos, é sofisticada e deliciosa.

Conserva de alho

Separe estes ingredientes: 4 cabeças de alho descascados, 1 colher de chá de sal, 1 colher de chá de açúcar demerara (ou cristal), 3 folhas de louro, 10 grãos de pimenta-do-reino, 5 grãos de pimenta rosa, 3 grãos de pimenta zimbro, 3 hastes de cravo, 350 ml de vinho branco seco e 350ml de vinagre de maçã (esta quantidade equivale a 1 e 1/2 xícara de chá)

Misture todos os ingredientes em uma panelinha, com exceção do alho, e leve ao fogo, mexendo para dissolver o sal e o açúcar. Deixe ferver.

Acrescente o alho e espere ferver novamente. Quando ferver, conte dois minutos e está pronto.

Coloque o preparado em um vidro de conserva previamente bem limpo com álcool, feche bem e guarde na geladeira. Espere pelo menos 2 dias para saborear. É ótima para acompanhar pão de qualquer tipo.

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Caldo de feijão fradinho com costelinhas

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Pensando em uma versão mais suave do caldo de feijão ( roxinho ou preto) para se comer à noite, resolvi testar um caldo com feijão fradinho – aquele feijão clarinho que tem uma manchinha preta. Para ficar bem gostoso resolvi fazê-lo com costelinha de porco. Um inovação deliciosa! Faça-o em sua casa e tenho certeza que irá se tornar um dos caldos prediletos da família.

Caldo de feijão fradinho com costelinhas de porco

É importante comprar em um bom açougue as costelinhas de porco com bastante carne. Peça para cortá-las em pedaços pequenos, de no máximo 4 cm. Calcule 1 costelinha por pessoa. Considerando 500 gr. de feijão fradinho, vamos fazer uma receita para de 6 a 8 pessoas. Os outros ingredientes são: 3 colheres de óleo, 2 colheres de chá de sal com alho, 1 cebola média ralada, pimenta malagueta ou do reino à gosto. Para a guarnição: salsinha e cebolinha, bacon e pimenta biquinho.

De véspera (ou com 5 horas de antecedência): deixe o feijão de molho em água o suficiente para cobri-lo e ultrapassar 2 dedos. Tempere as costelinhas com sal com alho (1 colherinha de café) e pimenta do reino e deixe pegando tempero na geladeira.

Cozinhe o feijão deixando-o ainda um pouco duro. Não jogue fora a água do cozimento, que deve ser mantida uns 2 dedos acima do nível do feijão.

Coloque água para ferver à parte. Pique miudinho ou rale a cebola. Esquente o óleo e doure o sal com alho (1 colherinha de café) e a cebola. Junte as costelinhas (retire da geladeira bem antes) e frite-as até ficarem bem coradas. Quando começarem a agarrar no fundo da panela, comece a despejar a água quente aos poucos e pelas beiradas. Vá adicionando água até a carne começar a amaciar, completando então com o caldo que cozinhou o feijão (deve estar quente).

Bata a quarta parte do feijão no liquidificador para obter um creme. Junte o feijão e esse creme no caldo da costelinha. Mexa bem, se necessário complete com a água do cozimento do feijão ou com água quente. Prove o tempero. Pode juntar 2 a 3 folhas de louro que devem ser retiradas ao final. Acrescente pimenta a gosto. Deixe que o feijão e as costelinhas terminem de cozinhar. Ao final, retifique a quantidade de caldo e o tempero. Obs: se for fazer o caldo bem antes de servir deixe com caldo a mais porque seca ao esfriar)

Frite o bacon picadinho e seque com um guardanapo. Corte miudinho a salsinha e a cebolinha e separe a pimenta biquinho. Coloque cada um em um pratinho para serem servidos junto com o caldo de feijão.

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Caldo de fubá com frango e milho verde

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Para quem é do interior de Minas Gerais este caldo tem sabor de infância. Toda fazenda tem uns franguinhos ciscando no quintal e um milharal, nem que seja só pra alimentá-los. Início de inverno é tempo de milho verde e época de preparar as comidas típicas de festa junina (e julhina, porque são tantas festas que não cabem no calendário de Junho).  Além do curau, ou mingau doce de milho verde, experimente fazer esse caldo. A receita é fácil e simples.

Caldo de fubá com frango e milho verde

Para 4 pessoas basta 1 peito de frango ( ou qualquer parte do frango com carne), 2 colheres de óleo de milho, 1/2 cebola, 2 colheres de café de sal com alho, 1/2 xícara de chá de fubá, 1 espiga de milho verde (ou 1 lata de milho escorrido) e 1/2 xícara de chá de salsinha e cebolinha picadinhas.

Passe a carne do frango em água fervente, pique em cubinhos e tempere com 1 colher de café de sal com alho. Deixe pegando tempero de 15 a 30 minutos. Enquanto isto, tome a espiga de milho e passe a faca para retirar os bagos de milho do sabugo. Pique a cebola e o cheiro verde. Ponha 1 litro de água para ferver.

Esquente o óleo e frite o frango. Assim que mudar de cor, junte a cebola e o sal com alho. Quando o frango estiver bem corado, junte um pouquinho de água quente e raspe a borra do fundo da panela com uma colher de pau. Acrescente e misture o milho verde.

À parte, misture bem o fubá com 1 xícara de chá de água quente. Junte ao frango  e vá mexendo e acrescentando água quente até formar um caldo ralo e homogêneo. Prove o tempero. Pode acrescentar, se gostar, uma pitada de pimenta do reino e outra de cominho. Se quiser o caldo mais colorido pode acrescentar 1 colher de sopa de molho de tomate. Deixe o caldo engrossar até a consistência desejada. Na hora de servir, ponha por cima a salsinha e a cebolinha picadinhas.

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Mingau de milho verde

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No interior de Minas Gerais o mingau de milho verde é também chamado de Curau. Quando o inverno se aproxima e as bancas de mercado se enchem de espigas de milho verde com um precinho bem convidativo chega finalmente a época da gente fazer esta sobremesa tão típica de nossa cultura e tão gostosa! Aliás, não existe festa junina se não tiver um curau!

Hoje há muitas opções de alimentação infantil mas antigamente as crianças cresciam fortes e saudáveis à base de mingau. Se este mingau é feito mais ralinho pode ser servido morno como jantar. Experimente juntar cubinhos de queijo minas ainda na panela para que derretam ligeiramente e veja que delícia! Nessa consistência rala pode-se adicionar banana fatiada e torna-se uma excelente opção de café da manhã ou merenda. Na minha versão predileta – no ponto de partir com colher e salpicado de canela – é um alimento que serve como lanche ou sobremesa. Em suma, qualquer  desculpa serve para comer mingau o dia todo!

Mingau de milho verde

Para 2 espigas de milho verde separe 1 xícara de chá cheia de leite e 1 xícara de café de açúcar cristal (pode ser mais ou menos). Se quiser o mingau mais cremoso, use 1/2 xícara de leite e 1/2 de leite condensado – neste caso, diminua o açúcar. Se for intolerante a leite de vaca, use produtos sem lactose ou substitua o leite por leite de côco ( esta é a versão que prefiro e que faço para mim em casa).

Primeiro passe a faca na espiga retirando todo o milho. Bata o milho no liquidificador com 1/2 litro de água. Passe numa peneira média. Leve este caldo grosso ao fogo mexendo todo o tempo com uma colher de pau até que comece a borbulhar. Desligue, junte o leite e o açúcar e uma pitadinha à toa de sal. Prove. Leve ao fogo novamente para acabar de cozinhar e dar o ponto desejado. Lembre-se  que depois que esfria engrossa bastante. Se gostar, polvilhe com canela.

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Jiló recheado

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Tem muita gente que não come jiló porque dizem que é amargo, mas isto depende de como é preparado. Basta aferventá-lo para perder o amargor. O jiló é uma fruta pouco calórica ( 38 calorias/ 100gr.) , é fonte de vitamina B1, de potássio, de ferro, de fibras e de flavonóides, portanto faz bem para a visão, coração, protege as artérias, combate a anemia e ajuda a controlar a taxa de açúcar no sangue. Bom motivo para fazer parte de sua alimentação! Você pode usá-lo na salada, pode refogá-lo com cebola, tomate e pimentões. Aqui vai uma receita prática e muito fácil, aproveitando um pouquinho de arroz e de carne que já estiverem prontas na geladeira.

Jilós recheados ao forno

Para cada jiló considere uma colher de café de arroz pronto e outra de carne moída pronta (ou de carne cozida desfiada ou de linguiça frita picadinha). Para adocicar o jiló corte cebolas em rodelas e para temperar, use pimenta biquinho a gosto.

Primeiro corte os jilós ao meio e leve-os ao fogo em uma panela com água deixando cozinhar até que fiquem macios. Escorra a água, tire as sementes de modo a fazer uma canoinha. Misture o arroz com a carne e as pimentas. Recheie os jilós. Coloque-os em uma forma refratária e cubra com as rodelas de cebola. Regue com azeite. Se quiser, pode também colocar queijo ralado. Leve ao forno até corar por cima.

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Ovos mexidos

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Quem sabe fazer ovos mexidos sobrevive em qualquer lugar do mundo, salvo, talvez, na terra dos esquimós (será que comem ovos de pinguim?) Ao mesmo tempo que é uma tarefa muito fácil também pode ser uma obra de arte – você pode variar as cores e os sabores, inclusive pode se tornar um artista especializado em ovos mexidos! Tem mais, é um alimento saudável, nutritivo, rico em proteínas e perfeito para quem faz dieta.  Pode ser feito para o café da manhã, para qualquer hora do dia e ainda quando chega faminto em casa de madrugada e deseja preparar algo para comer que dê pouco trabalho e previna a ressaca do dia seguinte.

Basicamente vai precisar, por pessoa (em nível normal de fome):  2 ovos, 1 colher de sopa de manteiga (pode ser azeite) e sal. A partir daí começa o gosto pessoal e a sofisticação. O mais simples pode ficar delicioso se juntar 1 colher de chá de queijo minas ou parmesão ralado e salpicar cheiro verde (salsinha e cebolinha) picado na hora. Vamos à receita de hoje:

Ovos mexidos com presunto cru e aspargos

Separe dois ovos, 2 fatias de presunto e 2 talos de aspargos, azeite e sal. Pique os aspargos e coloque os tronquinhos em uma frigideira com um pouco de água ( 1/2 xícara de chá). Leve ao fogo e deixe a água secar, verificando se os aspargos estão macios. Rasgue as fatias de presunto em tamanhos que caibam na boca sem precisar partir. Enquanto isto, quebre os ovos sobre um prato fundo e bata-os com um fuê ou com 2 garfos juntos até que fique espumoso. Coloque sal (se quiser junte uma pitada de pimenta do reino).

Coloque de volta a frigideira limpa e seca no fogo e deixe que derreta 1 colher de sopa de manteiga ou azeite. Despeje os ovos assim que batê-los, de forma a ocupar toda a superfície da panela. Baixe o fogo. Espere que o ovo comece a endurecer nas bordas. É a hora de espalhar, rapidamente, os ingredientes escolhidos -no caso os aspargos e o presunto cru. Agora corte o ovo em pedaços grandes e vire-os ao contrário para tostarem levemente. Mexa tudo e sirva imediatamente. O acompanhamento perfeito são torradas acabadas de sair da tostadeira.

Use sua imaginação e bom gosto para variar os ingredientes, mas aconselho nunca usar mais de dois, a não ser que o terceiro seja queijo ou ervas:

1- use qualquer tipo de queijo, ralado ou cortado em fatias finas ou cubinhos.

2- cebola branca ou roxa cortada em fatias grossas: antes de juntar, frite-as à parte.

3- tomate: corte em fatias finas ou cubinhos e junte ao final.

4- legumes, como brócolis, cenoura, abobrinha: precisam ser aferventados à parte antes de misturar.

5- cogumelos: afervente-os antes e pique em fatias finas.

6- linguiça ( aferventar e fritar antes  no micro ondas) , salaminho ou carne desfiada picados.

7 – ervas frescas picadinhas ou ervas secas.

8- jiló ou quiabo: precisam ser fritos e escorridos à parte.

9 – alcaparras, alcachofras ou azeitonas: só retirar do vidro, escorrer e picar.

Se estiver com muita preguiça, veja o que tem de resto de salada ou carne na geladeira.

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Arroz de carreteiro

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Fazeres populares como o arroz de carreteiro têm variações conforme a região do país. Até na casa da gente variamos conforme os ingredientes disponíveis. A base é sempre arroz, muita cebola e alho acrescida de carne seca ou de sol, charque ou linguiça ou até um pouco de cada. Pimenta? Sempre, na medida do gosto de cada um. Goianos metidos têm a coragem de achar que este arroz é invenção deles, mas nós mineiros fomos quem povoamos as terras de Goiás e a receita veio de Minas, uai. Se nos tempos antigos veio da Bahia? Provavelmente, pois parte da colonização do estado veio do Norte e este costume de colocar carne seca na comida é coisa de nordestino e mais – pimenta certamente é coisa de baiano.

Arroz de carreteiro

Quando estou com paciência de torrar bem o arroz até ficar bem moreninho, este preparo de arroz toma uma bonita tonalidade de dourada a marrom. Mas se você estiver com muita fome, perdôo, pode sair clarinho mesmo, é sempre muito gostoso.

Como ingredientes temos: óleo, bacon – que no interior de Minas tem o nome de toucinho defumado (quando eu era criança chamava de toucinho perfumado!), bastante cebola picada em rodelas, alho picadinho, carne seca ou de sol ou então charque já preparado. Pode por linguiça frita picada também.  E arroz, lógico!

Para esta receita que serve 2 pessoas usei 1 xícara de arroz, 2 colheres de óleo, 3 cebolas grandes, 2 dentes de alho, 1 tomate bem maduro sem semente cortado em cubinhos e  250 gr. de carne seca já pronta, da marca Vazda.

Antes de tudo, coloque 1 litro de água para ferver. Se quiser o arroz bem moreninho como o da foto você precisa usar uma panela de ferro. Se não tiver, vai outra qualquer. Prepare a carne: coloque 1 colher de óleo na panela, doure 1/4 da quantidade de cebola picada, junte o tomate em cubinhos. Assim que a cebola e o tomate tiverem amolecido, junte a carne já pronta e desfiada. Revire e está pronta. Tire da panela e reserve.

Na mesma panela, coloque mais óleo, espere esquentar, doure o restante da cebola e junte o alho. Acrescente o arroz e com uma colher de pau continue mexendo até que arroz e cebola fiquem marrons. Abaixe o fogo. Verta a água fervendo até cobrir o arroz, cerca de 1 1/2 cm. acima do nível do arroz. Prove o sal e acrescente pimenta. Confira se está bem temperadinho. Tampe a panela parcialmente e deixe o arroz cozinhar. Assim que a água baixar para o nível do arroz, junte a carne refogada e misture. Se necessário vá pingando água quente até que o arroz fique cozidinho. Sirva o prato salpicado de cheiro verde ( salsinha e cebolinha) picadinho, acompanhado de ovo frito e pimentas biquinho.

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Pudim de claras

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Esta é mais uma das deliciosas receitas de sobremesa tradicional mineira cuja origem é portuguesa. Tem um detalhe interessante – diferente do Quindim, do Papo de anjo, dos Pastéis de Belém e de Santa Clara, dos Ovos moles e de tantas outras sobremesas feitas com gemas, este pudim é feito só com claras. Contam que em Portugal as freiras dos conventos engomavam com claras de ovos seus hábitos, as roupas dos padres e dos bispos e ainda as toalhas usadas nas liturgias da igreja. Como sobravam muitas gemas, inventaram muitos doces para aproveita-las. Só que um dia pode ser que não tinha mais roupa para engomar e resolveram usar as claras para fazer pudim! Tem outra peculiaridade interessante: para o pudim crescer é melhor que seja feito na semana da lua cheia! A receita é muito fácil mas tem de ser bem feita.

Pudim de claras

Para o pudim vai precisar de 10 claras e de 2 xícaras de chá cheias de açúcar refinado. Tem gente que junta às claras um tico de sal. Na minha receita particular eu gosto de misturar ao merengue as raspas de 1 limão tahiti para quebrar um pouco o sabor muito doce. Para a calda vai usar 1 xícara de chá de açúcar e 1/2 xícara de água fervente.

É necessária uma boa batedeira (eu uso a Planetária da Arno) ou um pulso muito forte! Bata na velocidade 5 as claras em neve, bem firmes. Baixe para a velocidade 3 e vá acrescentando o açúcar até obter um merengue denso e perfeito. Misture as raspas de limão com uma espátula, levemente.

Ligue o forno a 180 graus e esquente 1 litro de água para o cozimento do pudim no forno, no processo chamado de banho maria. Separe uma forma de número 22, daquelas de furo no meio e uma assadeira alta que caiba a forma.

Faça a calda de açúcar. Coloque o açúcar em uma panela e mexa sem parar com uma colher até que o açúcar derreta por igual e tome a cor de caramelo. Despeje a água quente (cerca de 1/2 xícara de chá) pelas beiradas, com cuidado, e deixe que incorpore ao açúcar até obter uma calda líquida e cristalina. Desligue. Imediatamente, tome a forma e deite a calda dentro dela, de modo a deixa-la forrada com uma camada de calda nas laterais e no fundo. Use um pincel grosso para espalhar bem. Despeje o merengue, bata nas laterais para a massa se acomodar e nivele. Coloque a forma na assadeira e esta no forno. Despeja a água quente na assadeira até 1 dedo abaixo da borda. Deixe assar por cerca de 25 minutos ou até ver que o pudim ficou levemente corado, de cor rosada. Retire do forno e coloque a forma sobre o fogão ou em uma superfície que não seja fria. Deixe esfriar. 

Coloque a forma na geladeira coberta por filtro plástico até pouco antes de servir. Então passe uma faca molhada (sem água escorrendo!) nas bordas externas e internas para soltar o pudim. Escolha um prato de bolo e coloque-o sobre a forma. Vire o conjunto. Se a calda ficar no fundo da forma, esquente-a ligeiramente e derrame-a sobre o pudim. Se não for servir imediatamente, volte para a geladeira.

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Abóbora moranga com carne seca

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Um dos mais tradicionais pratos mineiros, muito servido no inverno, é o purê de abóbora moranga com carne seca. Eu gosto de servi-lo dentro da própria moranga – acho que dá um charme danado. A carne seca pode ser comprada lá no Mercado Central de Belo Horizonte ( ou no da sua cidade) e cozida na água com sal até ficar macia. Outro jeito bem prático é comprar a carne já cozida e desfiada – tem uma ótima, da marca Vapza que você encontra nos melhores supermercados.  Compre também a abóbora moranga no Mercado e peça ao feirante para abri-la, fazendo uma tampa na parte superior.

Abóbora moranga com carne seca

Escolha uma abóbora bonita, bem alaranjada, do tamanho proporcional ao número de pessoas as quais vai servir. Compre a carne seca e prepare-a cortando em tiras e cozinhando na água com sal. Ou então, compre-a pronta. Separe tomate, cebola, alho, salsinha e cebolinha. Se gostar, pode usar também pimentão vermelho, picado bem miúdo.

Para 6 pessoas vai gastar, além da abóbora moranga, 500 gr. de carne, 3 cebolas, 1 tomate, 2 dentes de alho, sal a gosto e pimenta. Gosto de acrescentar requeijão de copo ao purê de abóbora.

Faça a receita por partes:

1) Corte uma tampa na abóbora, retire com faca e colher todo o recheio, deite fora as sementes e as partes muito fibrosas. A abóbora ficará oca por dentro ,como uma panela. Coloque-a para assar no forno brando, dentro de uma forma de pizza alta para que ela não “esborrache”. Deixe-a cozida, mas ainda firme e dura. Reserve.

2) Faça um purê com a abóbora. Esquente água à parte. Rale de 1/2 a 1 cebola e frite-a no óleo. Acrescente o sal com alho e pasta de abóbora crua. Desmanche-a com uma colher de pau a acrescente água quente. Deixe que a massa cozinhe. Prove o tempero. Reserve.

3) Pique 1 tomate miudinho, 1 cebola e 1 dente de alho. Se quiser, 1/4 de pimentão vermelho. Frite a cebola e o sal com alho, acrescente o tomate, deixe fritar bem, junte a carne seca e deixe os temperos incorporarem. Reserve.

4) Pouco antes de servir, misture o requeijão de copo ao purê de abóbora até “quebrar” o adocicado. Junte a carne seca já refogada. Misture e prove o tempero. Se gosta de pimenta, a malagueta combina bastante. Coloque o recheio dentro da abóbora e leve-a ao forno até verificar que o recheio está quente. Salpique salsinha e cebolinha picadinhas. Sirva acompanhada de arroz branco e batata palha. Ou então, substitua-os por pão.

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Caldo verde

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Abro um espaço entre os posts do Sal& Alho viaja – série Itália e Croácia para postar a receita do Caldo Verde português que fiquei devendo às minhas alunas desde antes desta viagem. Com atraso, aqui segue.

Caldo Verde 

Esta deliciosa sopa é perfeita para o frio que está fazendo aí nas Minas Gerais neste início de julho. Faz parte do elenco dos mais tradicionais pratos de origem portuguesa da culinária mineira.

Para 4 pessoas escolha 4 batatas médias, 1/2 linguiça cozida e defumada tipo portuguesa (calcule 20 cm.), 2 folhas grandes de couve, 1/2 cebola pequena ralada, 1 colher de sobremesa cheia de azeite ou manteiga, 1/2 colherinha de café de sal com alho e 1 pitadinha de pimenta do reino branca.

Corte as batatas em cubos e a linguiça em rodelas. Pique a couve bem fininha (veja aqui dica de como cortar) e passe a cebola no triturador de modo a ficar como ralada. Lave e afervente ligeiramente a linguiça.

Em uma panela, doure no azeite ou na manteiga a cebola e o sal com alho, sem deixar escurecer. Junte a linguiça  e a batata dando uma fritadinha. Acrescente água fervente, abaixe o fogo e deixe cozinhar. Assim que a batata estiver macia, deixe na panela a linguiça e o equivalente a uma batata e bata o restante das batatas no liquidificador com a água do cozimento. Junte mais água morna, se necessário, de modo a obter um caldo ralo.

Volte com o caldo para a panela e deixe engrossar até obter o ponto de sopa. Prove o tempero, acrescentando pimenta e sal, se necessário. Por último, antes de servir, junte a couve, mexa por 2 minutos e desligue.

Sirva em cumbuca ou prato fundo, acompanhada de  pão ou de torradas amanteigadas.

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A famosa caipirinha

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A caipirinha é uma embaixadora especial do nosso país, pois leva a alegria de viver do brasileiro para todos os cantos do mundo. Está entre os 10 coquetéis mais conhecidos e entre os 5 mais consumidos no mundo!

Como todo brasileiro sabe, este tradicional coquetel tem como base o destilado de cana-de-açúcar que, praticamente, nasceu junto como Brasil: a cachaça. Os outros ingredientes são o açúcar de cana e aquele limão pequeno e bem verdinho – o limão tahiti.

A cachaça artesanal de Minas Gerais é considerada a melhor do país (e do mundo) e a região produtora mais famosa é a de Salinas.

Caipirinha – aqui vai a receita original:

Os ingredientes: 1 limão tahiti, 1 dose ( 50 ml) de cachaça artesanal branca e cristalina, 2 colheres de chá de açúcar cristal branco, 1/2 copo de cubos de gelo. Vai precisar de uma faca, um pilãozinho de madeira e uma coqueteleira.

Como fazer: corte o limão em 8 partes. Coloque metade no pilão com 1 colher do açúcar. Esprema bem. Complete com o restante do limão e do açúcar e torne a espremer. Transfira a mistura para a coqueteleira, junte a cachaça e os cubos de gelo. Mexa. Coloque a mistura em um copo de boca larga. Acrescente mais gelo, se o dia estiver muito quente!

No Brasil, toda vez que comemos feijoada servimos antes a caipirinha. Também vai bem com carne de porco, feijão tropeiro e bolinhos típicos. Veja aqui algumas sugestões de receitas genuinamente brasileiras. Clique para ver a receita e imprimi-la:

Feijoada brasileira

Lombo de porco à mineira

Lombinho flambado na cachaça

Carne de panela das antigas

Picadinho de filé

Iscas de frango com gergelim 

Camarão na moranga

Arroz com suã

Feijão tropeiro

Caldo de feijão 

Mexido

Bolinho de arroz

Bolinho de bacalhau

Bolinho de boteco

Bolinho de mandioca

 

 

 

Bolinho de mandioca

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Entre os bolinhos que nós mineiros fazemos como tira-gosto para acompanhar caipirinha ou cerveja, ou de última hora reforçar um almoço fraquinho, o que mais gosto é o de mandioca. Geralmente preparo como vai nesta receita, mas se quiser arrasar, coloque recheios!

Bolinho de mandioca

Aprenda a fazer receitas, como se diz, “no olho”, ou seja, sem medir quantidades. Esta será a primeira para você treinar! Vamos lá, coragem , vai dar certo porque é muito fácil.

Cozinhe a mandioca- de preferência a de massa amarela, pois é melhor. Quando estiver bem macia, amasse-a ainda quente dentro de uma bacia de plástico ou tigela. Para dar liga na massa é preciso colocar gema de ovo. Para o equivalente a 2 xícaras de chá de massa de mandioca vai uma gema de ovo – isto só para você ter noção. Misture bem. Não precisa colocar farinha de trigo, mas se a massa estiver mole, pode acrescentar – para esta quantidade de massa de mandioca – uma colher de sopa. Ao contrário, se a massa estiver difícil de trabalhar, grossa, pingue leite. Eu não costumo colocar nem farinha nem leite. Junte sal e pimenta e prove. Acrescente salsinha e cebolinha picadinhas e misture tudo.

Coloque óleo para esquentar em uma panela média. Quando estiver quente, despeje uma colherada da massa. Assim que a colocar, o óleo tem que espumar, mostrando estar no ponto. Aos poucos, coloque mais colheradas da massa, de modo que um bolinho não encoste no outro. Quando ver que coraram por baixo, vire e deixe corarem do outro lado.

Assim que tirar da panela, escorra os bolinhos rapidamente em um coador de aço inox e ponha-os para secar sobre papel toalha, tampando-os para não esfriarem. Sirva quente.

Se quiser rechear- pode ser com carne seca desfiada, tirinha de queijo minas, linguiça já frita e desmanchada – coloque o recheio dentro do bolinho antes de fritar e feche-o bem.

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Ambrosia – o manjar dos deuses

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A palavra “ambrosia” significa divino e imortal. Segundo a mitologia grega, era o alimento dos deuses do Olimpo que os tornava imortais. Também teria poder de cura para o comum dos mortais que o provasse. Na tradição gastronômica portuguesa – e há séculos entre os doces tradicionais de Minas Gerais – é um doce feito com leite, açúcar e ovos. Era a sobremesa predileta de meu pai e aprendi a faze-la quando tive altura para alcançar um fogão.Existem várias versões, dependendo da quantidade de açúcar e ovos que se acrescenta o leite e do tempo de cozimento. Esta versão, como é feita na minha família há muitas gerações, é originária de descendentes de portugueses que se estabeleceram no oeste de Minas na segunda metade do século 18. Há muitos anos, quando eu costumava ir a uma fazendinha na roça, perto de Abaeté, cedinho pela manhã o vaqueiro já tirava o leite das vaquinhas, colhia os ovos no galinheiro e os deixava à beira do fogão de lenha para quando eu chegasse. Eu tomava um tacho de cobre e fazia o doce. Ficava realmente divino, encorpado, amarelinho e com um aroma delicioso. Que saudades eu tenho!

Hoje em dia, na falta do leite rico em gordura da roça, procure, nas melhores padarias, 2 litros de leite tipo A. Indispensável. Compre também ovos caipira. A receita original leva 3 ovos mas os ovos estão tão pequenos que já passei para 4. Vai precisar também de 5 colheres de sopa de açúcar cristal para adoçar.

Tome uma panela grande, com 28 a 30 cm de diâmetro e coloque o leite para secar. A dica para o leite não entornar é colocar dentro da panela um pires emborcado para baixo. Deixe ferver por cerca de uma hora e meia em fogo médio ou até o leite adquirir uma cor bege rosada clarinha. Coloque então as 5 colheres de açúcar e mexa com uma colher de pau. Deixe que volte a ferver. Bata os ovos, clara e gema juntas, com um batedor de ovos de arame, até que fique espumoso. Derrame leve e rapidamente sobre o leite, de modo a cobrir toda a superfície. Abaixe o fogo. Deixe a espuma de ovos cozinhar até que o leite comece a cobri-la. Com uma escumadeira, vá virando com carinho as partes que começam a submergir. Não deixe que o ovo endureça, assim que ficar amarelo clarinho, desligue. Deixe esfriar na panela e depois coloque em uma bonita travessa.
Sirva frio e,se gostar, polvilhado ligeiramente com canela.

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Desfiado de lombo com frutas secas

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Sabe quando sobra aquele lombo de porco ( clique aqui para ver a receita) que você fez na panela com todo o carinho? Pois não vá desprezá-lo e deixá-lo largado no fundo da geladeira. Transforme-o em um tira-gosto para comer com pão de queijo ou pão árabe delicioso! Uma dica importante: não jogue fora aquele caldo com borra que sobrou do cozimento da carne no fundo da panela. É com ele que você vai começar esta receita.

Desfiado de lombo com maçãs, ameixas e passas

Desfie a carne de lombo de porco. Pique ameixas secas e separe passas brancas e pretas, em uma proporção que, juntas, não passem de 1/5 da quantidade de carne. Prepare a receita de maçãs caramelizadas, na proporção, pronta, de 1/3 da quantidade de lombo.

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Veja como está a borra da carne: primeiro, enquanto fria, retire o excesso de gordura. Leve-a ao fogo, pingue água quente e raspe o fundo da panela para formar um caldo espesso. Retire as folhas de louro, pedacinhos de alho e cebola, se houverem, de modo a deixar o caldo limpo. Se precisar, coe. Assim que o caldo ferver, junte o lombo desfiado. Misture bem para incorporar todo o caldo. Retire da panela e deixe esfriar.

Coloque as passas para macerarem em um pouco de vinho. Depois que incharem, escorra o excesso de bebida e junte-as ao lombo com os pedacinhos de ameixa preta. Pode colocar também damasco picadinho. Ao final, quando for servir, junte as maçãs caramelizadas e misture-as com cuidado.

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Aperitivo de linguicinha com cidra

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A comida de bar ou, como se diz em Minas, a comida de buteco, prima por ser aquele aperitivo ideal para petiscar enquanto se toma uma bebida gelada, como uma cerveja artesanal mineira, uma caipirinha caprichada ou até mesmo um whisky. Pois este aperitivo, ligeiramente adocicado,  vai perfeitamente bem com qualquer destas bebidas. Se seus amigos chegarem na sua casa de repente e cada um pedir uma bebida diferente, nem pense duas vezes, dê uma fugidinha ali na cozinha, prepare a linguicinha com cidra e surpreenda a todos com este tira-gosto delicioso. 

Para não ser pego de surpresa, tenha sempre em casa um pacote de 500 gr. de linguicinha e uma garrafa de cidra.

Tome uma panela e deite ao fundo um fio de óleo. Deixe esquentar e passe rapidamente a linguiça, em bolinhas ou cortada em tronquinhos de 1,5 cm. de largura. Acrescente a cidra e espere que o álcool evapore. Abaixe o fogo. Mexa de vez em quando e espere até que a calda seque. Está pronto! Sirva acompanhada de torradinhas amanteigadas.

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Salada com muçarela artesanal

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Depois de publicar mais de 40 saladas, confesso que fiquei sem ideias. Tanto é fácil misturar legumes e verduras a esmo como é difícil criar novas saladas diferentes. Havia me esquecido desta, que criei para o cardápio típico das famosas “Sextas Mineiras” no hotel onde trabalhei como responsável (também) pelo setor de Alimentos & Bebidas. O ingrediente principal é um tipo de queijo muçarela artesanal vendido no Mercado Central e nas boas casas do ramo de Belo Horizonte. O queijo é apresentado em tronquinhos ou em trança e precisa estar bem fresco para esta salada. A marca que prefiro é a Caçulinha.

Salada mineirinha

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Além do queijo, você vai usar tomate cereja e brócolis, azeite e manjericão ou orégano desidratado.  Corte o queijo em pedaços de 5 cm e desfaça-o com a ponta dos dedos. Coloque as tirinhas imersas no azeite com a erva desidratada para ir tomando gosto.

Prepare o brócolis, separando os buquezinhos. Ponha um dedo de água numa panela e coloque o brócolis. Assim que a água ferver, desligue e tampe a panela. Daí a 5 minutos, tire o brócolis e escorra. Misture-os ao queijo e junte os tomatinhos inteiros. Está pronta!

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Saladas para acompanhar churrasco

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Não só para acompanhar carnes feitas na brasa ou carnes frias – em que vem a ser uma excelente combinação – como também para uma salada mais picante para variar o seu dia-a-dia, veja como fazer estas saladas que têm como destaque a cebola marinada. Primeiro veja como preparar cebola marinada.  Prepare o vinagrete. Para cada cebola grande a medida é:  uma colher de sobremesa de azeite, uma colher de chá de vinagre, uma colher de café de suco de limão, uma pitadinha de sal, 1/2 dente de alho inteiro, 1 colher de café de ervas (salsinha e cebolinha). Pode ter um pouquinho de alecrim e de sálvia e também de pimenta tipo biquinho, malagueta ou dedo-de-moça, se gostar ( cuidado, pouquinha). Misture tudo e reserve. Pique ou fatie as cebolas descascadas como quiser. Coloque o vinagrete em uma tigela de vidro ( ou pote com tampa) e junte as cebolas. O vinagrete deve ficar acima do nível das cebolas. Cubra com um filtro plástico e leve à geladeira de um dia para o outro. Três preparos:

1- Pique cebolas brancas e roxas e misture-as ao vinagrete. Capriche nas ervas, como, por exemplo, no alecrim. Deixe por, no mínimo, 24 horas na geladeira antes de servir. Opção: eu prefiro dar uma amaciada nas cebolas junto com o alho no azeite antes de misturá-las ao vinagrete. Neste caso, não coloque azeite nem mais alho no vinagrete. 2- Cozinhe feijão branco ou favas até os bagos ficarem ao dente (cozidos mas bem firmes). Misture com o vinagrete, feito com azeite, vinagre, sal, alho, salsinha e cebolinha. Fica interessante se feito com coentro no lugar da salsinha. Nesta receita, pique miudinho a cebola roxa e junte azeitonas verdes picadas ao final. 3 – Faça o vinagrete com cebolinhas baby. Depois de pronto e curtido, já na hora de servir, misture-o com tomates cereja cortados e azeitonas pretas. Ideal para servir com carnes frias, tipo lagarto. 

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Farofa de banana

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Tem hora que um picadinho de carne, um churrasco, um franguinho ensopado ou assado ou até mesmo um peixe frito pede uma farofa como acompanhamento. Esta farofa de banana da terra é deliciosa, fácil e rápida de fazer e trata-se de uma excelente opção. Você pode fazê-la com outros tipos de banana, com abacaxi e também usar farinha de bijú de milho ao invés de farinha de mandioca. Pode também incrementá-la com cebola ralada, azeitonas verdes, salsinha e cebolinha. Porém, prefiro mesmo é a que segue a receita.

Farofa de banana da terra

Calcule, para cada 2 pessoas: 1 banana bem madura, 2 colheres de sopa de manteiga, 1/2 colher de café de sal com alho e 1 xícara de café mal cheia de farinha de mandioca.

Você vai precisar de 2 frigideiras – sem preguiça de lavá-las depois. Corte a banana e frite-a em uma frigideira, com 1 colher de manteiga, até que fique dourada. Enquanto a banana frita, na outra frigideira torre ligeiramente a farinha. Assim que ficar bege, afaste a farinha para as beiradas e coloque no meio da frigideira 1 colher de manteiga e o sal com alho, misturando estes dois. Em seguida, misture com toda a farinha, no fogo baixo, usando uma colher de pau. Assim que a mistura estiver homogênea, junte a banana frita e misture cuidadosamente.

Se for fazer a farofa com mais ingredientes, frite a cebola na manteiga e depois acrescente os verdes. Por último, acrescente a banana. Sirva quente.

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Salada morna como entrada

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Para variar da linha de 20 saladas lights, das saladas consagradas internacionalmente e de outras que inventamos e todas já publicadas, criamos agora esta composição de legumes de visual bonito e paladar apurado.

Veja se tem em casa: beringela, tomatinho cereja, brócolis, cenoura, abobrinha e alho poró. Para temperar: azeite, sal, alho e alecrim.

As beringelinhas que encontrei no mercado são deliciosas e também se prestam perfeitamente para servir como aperitivo. Corte-as ao meio e coloque-as numa travessa refratária. Salpique alho picado, alecrim ( e/ ou outras ervas) e sal, regue com azeite. Leve ao forno até ver que as beringelas coraram e começam a encolher.

Faça o mesmo procedimento com os tomatinhos, mas separadamente, pois este ficam muito menos tempo no forno.

Enquanto estes dois preparos estiverem assando, cuide do brócolis: coloque os buquês em uma panela com o fundo coberto com água ( cerca de 1cm.). Tampe a panela. Assim que a água ferver, desligue e deixe os brócolis dentro da panela bem tampada por 5 minutos ou até que fiquem macios. Se quiser que fiquem mais gostosos, esquente um tico de azeite com bacon em uma frigideira, torre um pouquinho de sal com alho e salteie os buquês de brócolis já amaciados.

Rale a cenoura e a abobrinha no ralo grosso, em partes iguais. Pique em rodelas o talo de alho poró, na mesma proporção. Esquente um pouquinho de azeite na frigideira, coloque uma pontinha de colher de sal com alho, misture. Passe os legumes: primeiro o alho poró até murchar e querer começar a fritar, em seguida a cenoura, a conta de amolecer e então junte a abobrinha, misture, dê uma revirada e desligue.

Disponha os legumes em uma travessa e leve-os à mesa ainda quentes.

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Pão de queijo de Minas para o mundo

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Aprendi a fazer pão de queijo um pouco antes de ir morar fora do país, no intuito de levar um pouquinho de Minas comigo. Por lá, logo encontrei uma lojinha com produtos brasileiros onde eu achava o polvilho doce. Para o queijo, na falta do mineiro, adotei o queijo holandês tipo Gouda, que acrescentou um sabor maravilhoso ao nosso pão de queijo – que tornou-se um “mineirolandês”. 

Em pouco tempo, o pão de queijo que eu fazia tornou-se conhecido por todos os meus amigos e ainda pelos amigos dos amigos. A notícia correu sobre os “cheese balls” – como eram chamados, diante da incapacidade gringa de pronunciar o “ão” e o “eijo”. Comecei então a preparar e levar para todas as festas e piqueniques para os quais era convidada. Quando não os levava, era a maior decepção! 

Passo aqui a receita do pão de queijo mineiro, o tradicional, feito com o legítimo queijo minas. Para quem não mora em Minas Gerais, pode-se substituir parte do queijo, ou todo ele, por queijo parmesão, porém em menores quantidades, pois este tem sabor muito mais forte. 

A receita é fácil de memorizar: para 600 gr de polvilho doce, 300 ml de leite, 150 ml de óleo (metade da metade da metade). Além disso, 500 gr de queijo minas padrão ou 400 gr de parmesão, 3 ou 4 ovos, a depender do tamanho, e uma colher de sopa rasa de sal. 

Coloque o leite e o óleo em uma leiteira no fogo e deixe até ferver. Enquanto ferve, passe o queijo no ralo grosso e reserve. Misture o polvilho e o sal em uma bacia grande. Quando o leite levantar fervura, desligue. Despeje a mistura líquida ainda quente na mistura seca de polvilho, o que chamamos de “escaldar a massa”.  

Comece a misturar com uma colher de pau e, logo que a temperatura permitir, amasse com as mãos. Cozinheira de verdade não sente a mão queimar, mas se você é iniciante, muito cuidado! Quando esta massa estiver quase uniforme, acrescente o queijo ralado. Se estiver geladinho, vai ser um alívio para as mãos! Por último, acrescente os ovos, um a um e vá amassando. A quantidade de ovos vai depender do tamanho deles, por isso verifique o ponto. A massa deve estar homogênea e úmida, mas ainda bem sólida. É importante amassar bem com os dedos, mergulhando a mão aberta na massa e apertando como se tivesse apertando uma bola nas mãos. 

Se você tiver tempo e paciência, deixe a bacia com a mistura na geladeira descansando por cerca de duas horas (ou mais) para que fique mais fácil de enrolar. Depois faça as bolinhas do tamanho que desejar, pequenas para lanche ou grandes para sanduíches. Usando como medida uma colher de sopa cheia, a receita rende cerca de 50 pães de queijo pequenos.

Chegou a hora de assá-los. Disponha as bolinhas na assadeira, com o espaço de, no mínimo, 2 cm entre elas, pois irão crescer. Asse-os por cerca de 20 minutos, ou até que fiquem dourados, em forno pré-aquecido a 180 graus. 

Para congelar, disponha-os na assadeira com um espacinho entre eles e deixe-os no congelador até que endureçam. Depois que estiverem durinhos, pode colocá-los em sacos plásticos. Eu gosto de separar em porções de 10 ou 12, assim já fica um saco para cada lanche. Na hora de assar, deixe fora do congelador por 15 a 20 minutos enquanto o forno pré-aquece e então asse normalmente. Nada melhor do que ter pão de queijo caseiro sempre à mão para receber aquela visita de última hora!

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Linguicinha ao vinho

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Este é um aperitivo delicioso, bom para acompanhar vinho. É bem fácil de fazer.

Compre a linguicinha especial para aperitivo. Lave e fure cada uma fazendo um pequeno corte com uma faquinha. Coloque-as no micro-ondas para assar por 5 minutos ( atenção: se você não furar a linguiça ela estoura!)

Veja como fazer o molho: misture 1 xícara de café de aceto balsâmico com a mesma quantidade de vinho tinto. Leve ao fogo baixo em uma panelinha. Deixe evaporar o álcool e então misture 1 colher de sobremesa de maisena, previamente diluída em um pouco de água. Cozinhe em fogo baixo por uns 2 minutos e junte a linguiça, cozinhando por mais 5 minutos. Sirva imediatamente, pois à medida que esfria o caldo pode engrossar.

Acompanhe com pão francês ou baguette, natural ou ligeiramente torrado.

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Batata – aperitivo ou salada MB

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Batata é sempre fácil de preparar e tem uma infinidade de receitas, inclusive você poderá inventá-las! Se, de repente, seus amigos chegarem na sua casa sem avisar e você quiser aprontar um aperitivo rapidinho, veja se tem batatas na despensa e corra à cozinha para preparar uma dessas receitas.

Batata com ervas

Tanto é ótima para acompanhar uma cerveja como para colocar na Marmita Business e levar para o trabalho junto com uma saladinha de folhas. Basta ter em casa ou comprar batatinhas baby ou batatas comuns, azeite e ervas.

Cozinhe as batatas com casca. As pequenininhas ( ou maiores cortadas em cubos) colocadas para cozinhar na pressão ficam prontas em 10 minutos. Pegue uma dessas embalagens de supermercado redondas com tampa ( veja foto) e coloque as batatas cortadas dentro. Regue com um pouco de azeite e as ervas que tiver: pode ser ervas secas tipo aromáticas ou salsinha e cebolinha, ou manjericão ou alecrim, picados miudinho – o que for do seu agrado. Salpique uma poeirinha de sal. Se quiser, acrescente pimenta do reino ou calabresa ( cuidado!) Se for fazer uma conserva para guardar na geladeira e servir até uma semana depois, pode acrescentar vinagre de vinho branco. Tampe a embalagem e balance bem até misturar tudo. Sirva fria.

Batata com cebola e ervas

Proceda da mesma forma da receita anterior para fazer a batata. Estando esta pronta, pique as cebolinhas em quatro e frite ou asse-as com pouco azeite e um tiquinho de sal. Depois junte-as às batatas.

Batata com linguiça calabresa e cebola

Neste aperitivo, excelente para acompanhar cerveja, chopp, caipirinha ou whisky, junte à receita anterior uma linguiça defumada tipo calabresa para incrementar. Para isto, corte a linguiça e coloque para aferventar em uma frigideira até a água secar. Junte um pouquinho de azeite e salteie ( frite de todos os lados por igual – sabe como? Levante a frigideira do fogo e faça repetidos movimentos para a frente em circular, de baixo para cima). Coloque a linguiça para escorrer a gordura em uma peneira e depois transfira para o papel toalha para ficar bem sequinha. Junte à batata e à cebola. Veja o prato pronto na foto do topo da página.

Ideal também para acompanhar churrasco.

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Bolinho de espinafre

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Mineiro adora um bolinho. Para servi-los como aperitivo, acompanhando cerveja ou caipirinha, faça-os pequenos e em forma de bolinha. Como guarnição, combina com bife de lombo, carne de panela, frango e por aí vai. Para esta finalidade, pode também moldá-los maiores e alongados, como na foto. É muito fácil de fazer, veja a receita.

Bolinhos de espinafre

Vai usar um molho de espinafre, 1 ovo, 1 xícara de farinha de trigo, sal e alho. Para a fritura, usará 3 xícaras de óleo, que será reaproveitado. Vai precisar de 1 bacia pequena de cozinha, 1 batedor, 1 tábua, 1 panela média, 1 escumadeira, 1 peneira de metal e papel toalha.

Retire as folhas de espinafre dos galhinhos e lave-as. Coloque-as em uma panela e leve-as ao fogo com 2 colheres de sopa de água. Tampe a panela e espere que a água evapore, tendo cuidado para a água não secar completamente, pois não pode deixar as folhas escurecerem. Retire as folhas da panela e, sobre uma tábua, bata-as com um batedor até formarem uma pasta homogênea.

Em uma bacia ou travessa redonda, misture a farinha de trigo com o ovo, tempere com 2 dentes de alho amassados com 1 colherinha de café de sal. Junte o espinafre batido e misture bem. Acrescente 1 colher de café de fermento em pó.

Misture tudo e prove o sal. Faça os bolinhos com a medida de uma colher de sobremesa, se for fazer bolinhas para aperitivo ou 1 colher de sopa, se for preparar bolinhos alongados para guarnição. Coloque a colherada de massa na palma da mão e molde-os um a um. Dica: se tiver as mãos quentes e a massa começar a grudar, mantenha uma xícara com gelo a seu lado e vá passando-o nas mãos.

Esquente 3 xícaras de óleo em uma panela funda. Assim que o óleo estiver quente, teste com o primeiro bolinho. Se espumar é porque o ponto do óleo está certo. Coloque os bolinhos para fritar de modo que um não encoste no outro. Assim que corarem por baixo, vire-os. Quando corarem por igual retire-os com a escumadeira e coloque-os na peneira para escorrer. Em seguida, coloque-os sobre o papel toalha, com outra folha por cima até ficarem bem sequinhos.

Sirva-os bem quentinhos.

Para variar, coloque dentro de cada bolinho um quadrinho de queijo minas, fica delicioso!

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Abobrinha com carne

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Comentando os aspectos da vida diária com nossas amigas, verificamos que cresce a cada dia o número de pessoas que decidiu abandonar fast-food e procurar uma alimentação mais saudável. Muitas delas não têm facilidade para conseguir um restaurante para almoçar perto do trabalho com uma comida de boa qualidade e preço razoável. Acabam comendo uma comida pesada, feita com muito óleo barato, muito sal e conservantes – o que, definitivamente, faz muito mal à saúde. Basta ver a pele do rosto de quem come na rua todo dia, com constantes problemas de acne. Posto o problema, tivemos juntas a brilhante ideia de desenvolver uma linha de refeições leves, saudáveis, fáceis de fazer em casa na véspera- ou em um dia da semana escolhido para cozinhar – que resistam bem a alguns dias de geladeira e que fiquem perfeitas – como recém-feitas – quando voltam à temperatura natural ou são aquecidas em forninho elétrico ou micro-ondas. Um desafio! Mas topamos!  Como esta nova seção do blog Sal & Alho destina-se ao público executivo, escolhemos o sugestivo nome de Marmita Business ou MB

Vamos à nossa primeira receita MB, que como as demais que publicaremos, foi testada e aprovada.

Rolinho de abobrinha recheado com carne cozida

Esta receita é de inspiração italiana. Como todas as outras da linha Marmita Business, foi feita em um dia e comida no dia seguinte no almoço. Se você tiver um forninho ou micro-ondas em seu trabalho, pode esquentar que fica ótima. Testamos também comer os rolinhos frios. Aprovado das duas maneiras!

A carne cozida pode ser preparada em maior quantidade e guardada na geladeira por até 5 dias ou então deixada congelada para uso futuro. Para fazer de 3 a 4 porções de carne, compre 400 gr. de alcatra, patinho ou chã-de-dentro. Misture à parte o seguinte tempero: 1 colher de chá de sal com alho, 1/2 colher de café de molho inglês, 2 colheres de sopa de vinho tinto (ou água) e 1/2 cebola branca pequena. Passe este tempero na carne e deixe-a descansando por 1/2 hora. Para o cozimento da carne: esquente em um caneco 4 xícaras de chá de água. Coloque a carne no fundo de uma panela de pressão( veja como usar) com 1 colher de óleo. Frite bem, até mudar de cor e corar. Despeje então a água fervente e tampe a panela. Depois que começar a apitar conte 45 minutos. Espere a pressão acabar e a tampa cair. A carne deve estar bastante macia. Retire-a da panela. Sobre uma tábua, desfie-a em pedaços usando dois garfos.  A carne está pronta para várias receitas!

Para esta receita, considerando 4 rolinhos para 1 pessoa, separe para o recheio 1 xícara de chá cheia da carne cozida e desfiada. Junte 1 colher de sopa cheia de molho de tomate e 1 colher de café de ervas ( salsinha e cebolinha frescas picadinhas ou erva aromática desidratada). Misture e reserve para rechear as fatias de abobrinha.

Corte fatias finas da abobrinha de comprido, usando um cortador. A abobrinha permanece com casca e sementes. Coloque as fatias em uma panela, salpique um pouquinho de sal e abafe (tampe) por 1 a 2 minutos, só para amaciar e ficar mais fácil de enrolar.

Coloque uma colher de chá cheia do recheio dentro de cada fatia e enrole. Disponha os rolinhos em uma travessa refratária. Cubra com um pouco de molho de tomate e um fio de azeite e leve ao forno até ver que a abobrinha está cozida ( fica translúcida)

Se preferir fazer com berinjela, a receita é a mesma. Porém, não se esqueça que berinjela escurece depressa e depois não presta mais. Para que isto não aconteça, assim que cortar as fatias, mergulhe-as em água. Depois escorra e prossiga o preparo da receita.

Quer esta receita impressa? Já foi publicada anteriormente com o nome de Involtini de zucchini. Clique aqui para baixar o PDF e imprimí-lo.

Feijoada magra

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Como todos sabem, a feijoada é o prato típico brasileiro mais consumido nos estados do Sudeste. Presença indispensável no bufê dos restaurantes de comida a quilo nas sextas-feiras e servida no cardápio dos restaurantes tradicionais no sábado, é também inspiração e razão para muitos almoços e festas, tanto familiares como de comemorações sociais.

Até mesmo a nova geração saudável, que tem como credo uma dieta restrita em calorias, não deixa de escapulir, uma vez ou outra, e se esbaldar numa boa feijoada. É o caso de minha família, que durante a semana toda praticamente só se alimenta seguindo uma dieta light. Mas à feijoada da mamãe no domingo ninguém resiste. Só tem um detalhe: cedo estão na cozinha para conferir se estou mesmo tirando a gordura das carnes! Diz-se que á a gordura que dá sabor. Desafio! Experimente esta receita de feijoada – menos calórica é impossível de ser feita – e prove o seu delicioso sabor! Tem mais: é de fácil digestão e não dá aquele sono e sede habituais de quando se ingere comidas pesadas.

Para 6 pessoas pode-se calcular 60 gr. de feijão preto por pessoa x 6= total 360 gr. Escolhi apenas os ingredientes de nossa preferência: 400 gr. de lombo defumado, 300 gr. de costeleta defumada, 200 gr. de paio e 200 gr. de linguiça tipo calabresa. Para o preparo da feijoada vai precisar de 50 gr. de bacon, 1 colher de sobremesa de óleo, 1 colher de sobremesa rasa de sal com alho ( ou 3 dentes de alho e uma colher de chá de sal), 1 cebola média, 3 folhas de louro e pimenta malagueta. Para a finalização, 1 colher de sopa cheia de salsinha e cebolinha picadas. Importante: inicie o preparo da feijoada pelo menos três horas antes do horário que pretende servi-la.

O feijão: comece colocando, de véspera, o feijão preto, catado e lavado, de molho em uma quantidade de água que o cubra por 2 dedos. No dia seguinte, verá que os bagos dobraram de tamanho pois absorveram toda a água. Assim gastará muito menos tempo para cozinhá-los. Despeje o feijão na panela de pressão e coloque água fria até cobri-lo por 2 dedos. Ponha do fogo forte. O tempo de cozimento dependerá do tempo de colheita do feijão e do calor do fogo. Normalmente, depois que a panela começa a apitar marque 10 minutos e desligue. O ponto certo do feijão cozido é quase duro, oferecendo um pouco de resistência ao ser mordido.

As carnes: enquanto o feijão cozinha, corte, sem dó, as gorduras brancas e amarelas do lombo e da costela, rapando ainda com a faca para tirar toda a gordura externa. Corte as costelas entre os ossos e o lombo em cubos de 3 cm. de lado. Corte o paio em fatias de um pouco menos de 1 cm. e a linguiça em tronquinhos de 3 cm. Lave tudo com água quente, escorra e ponha para ferver em uma panela grande, cobrindo as carnes com água quente. Como o lombo leva muito mais tempo para cozinhar, coloque-o em uma panela separada. Afervente o paio, a linguiça e a costela por 15 minutos e o lombo por 30 minutos. Escorra a água e coloque tudo em uma travessa. Leve ao micro-ondas por 12 minutos – assim irá secar toda a gordura excedente.

 

Os temperos: enquanto as carnes fritam no micro-ondas, fatie o bacon em lâminas finas. Pique a cebola no processador para ficar tão fina quanto um purê. Bata o alho e acrescente o sal. Pique a salsinha e a cebolinha e reserve.Prepare também o vinagrete, cortando bem miudinho: 1 tomate tipo italiano maduro, 1 cebola média, salsinha e cebolinha que dê 1 colher de sopa cheia. Misture 1 colher de sobremesa de azeite e o dobro de vinagre. Não coloque sal e tempere com pimenta à gosto.Se tem na família a turma da pimenta, separe um pouco do vinagrete e coloque mais pimenta, de preferência, da malagueta picadinha.

A feijoada: Muita gente faz o feijão e as carnes separadas. Para mim, o bom da feijoada é o gostinho especial do caldo de feijão cozido junto com as carnes. Escolha uma panela grande e grossa, de preferência de ferro, para fazer a feijoada. Melhor que seja bem apresentável para poder ir direto à mesa, assim as carnes não se partem na passagem de panela para travessa.

Deite 1 colher de sobremesa de óleo na panela e coloque as lâminas de bacon para fritarem até quase torrarem. Retire-as. Na gordura que ficou na panela, frite o sal com alho e depois a cebola até amorenar. Acrescente 1/3 dos bagos de feijão cozido sem o caldo. Mexa com uma colher de pau até fritar. Amasse os bagos de modo a formar um purê grosso. Agora acrescente todo o caldo e os restante dos bagos que ficaram na panela de pressão e junte as 3 folhas de louro. Mexa bem. Coloque água para ferver em um caneco à parte e mantenha-a aquecida, para ir adicionando aos poucos à panela do feijão com as carnes.

Teste com um garfo todas as carnes. Se estiverem no mesmo ponto de cozimento, coloque todas no caldo do feijão; se alguma ( ou mais de uma) estiver mais dura, coloque-a primeiro e quando ficar no mesmo ponto das outras, junte todas na panela do feijão. Misture e prove o sal. Tampe a panela e deixe cozinhar em fogo médio. Vigie todo o tempo a quantidade de caldo – deve sempre tampar completamente as carnes e ainda sobrar cerca de 1 dedo. A pimenta deve ser dissolvida em um pouco de feijão à parte e este caldo apimentado deverá ser acrescentado aos poucos, já no final do cozimento. Prove se o tempero está perfeito, nunca coloque muito sal ou pimenta. Quando as carnes e os bagos de feijão estiverem macios, a ponto de cortar com um garfo, tire as folhas de louro. A feijoada está pronta, com cerca de 1 cm de caldo sobrando acima das carnes e do feijão. Normalmente, para esta quantidade, a feijoada deverá ter ficado cozinhando por cerca de duas horas. Eu sempre deixo a feijoada descansar por mais de meia a uma hora, pois é neste tempo que o gosto do feijão e das carnes se misturam.

Os acompanhamentos: enquanto a feijoada cozinha, faça o arroz branco. Corte a laranja – 1 pequena por pessoa – como mostram as fotos.

Ponha na geladeira a laranja e o vinagrete.

Perto da hora de servir, esquente o arroz, confira se a feijoada já está fervendo e então termine a couve e a farofa.

A couve: corte a couve como mostram as fotos. Coloque na panela uma colher de sopa de óleo ( se quiser que fique mais saborosa, aproveite o bacon já usado e deixe terminar de fritar em 1 colher de chá de óleo, azeite ou manteiga e depois retire o bacon). Quando estiver quente, jogue a couve e misture-a até que reduza o volume e brilhe. Desligue e sirva imediatamente.

 

A farofa: coloque 1 colher de sopa cheia para esquentar na panela. Acrescente 1 colher de sopa cheia de cebola processada ( fina igual a um purê). Doure 1 colherinha de sal com alho. Despeje 2 xícaras de chá bem cheias de farinha de mandioca. Misture bem e deixe começar a torrar, então desligue e sirva imediatamente.

Na hora de ira à mesa, espalhe a salsinha e a cebolinha sobre a feijoada. Coloque na mesa o arroz, a couve, a farofa, a laranja e o vinagrete.

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A feijoada é sempre precedida e até mesmo servida acompanhada de caipirinha.

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