Farofa de castanhas

Standard

Farofa de castanhas e passas

Esta farofa, além de sofisticada e deliciosa, é perfeita para acompanhar carnes, especialmente as exóticas como cordeiro e javali. Vai muito bem com o tradicional pernil de porco brasileiro e também com o peru americano.

Como base pode ser usada a farinha feita com pão tipo baguete ou italiano ou então broa de fubá – dormidos e depois ralados. Mas a melhor opção é a panko japonesa pois fica mais delicada. Faça a sua opção.

Escolha as castanhas: do caju, do pará, nozes e, para dar um toque macio, castanha portuguesa já cozida, descascada e picada.

Coloque as passas em um recipiente com vinho ou suco de uva para hidratarem. Depois escorra.

Junte as castanhas e as passas em uma panela. Misture e salpique um pouco de açúcar mascavo. Mexa bem com uma colher de pau. Assim que o açúcar derreter junte a farinha – bem pouca, só para aglutinar as castanhas. Tempere e umedeça a farofa com um pouco do caldo do cozimento da carne. Sirva morna.

Quer esta receita impressa? Clique aqui para baixar o PDF e imprimi-lo.

Nota: esta receita foi inspirada em uma farofa inesquecível que comi no restaurante Província de Salerno, em Belo Horizonte ( foto principal).

 

Arroz com grão-de-bico

Standard

Inventei este arroz para servir junto com a paleta de cordeiro, pois lembrou-me as comidas do Marrocos. Ficou sensacional! Fácil e rápido de fazer, perfeito para ser servido como acompanhamento para carnes de caça, de cordeiro ou de porco, ou então, como uma refeição nutritiva para os veganos.

Arroz integral com cebola e grão-de-bico

Ingredientes para 2 pessoas: 1 ½ xícara de arroz integral já pronto, ¾ de xícara de grão-de-bico já cozido e escorrido, 1 cebola grande, 1 colher de sopa de azeite ou óleo, 1 colher de café de sal com alho. Pimenta do reino à gosto, se gostar.

Dica: deixe, de véspera, o grão-de-bico de molho na água. Escorra a água e coloque para cozinhar (pode ser na pressão, por 10 minutos) com uma boa quantidade de água nova. Para esta receita, deve ficar ao dente.

Corte a cebola em tiras finas e frite no azeite, mexendo com uma colher de pau, até que fique bem corada, de cor marrom claro, sem deixar queimar. Afaste a cebola para os cantos da panela, ponha mais um pouquinho de azeite e frite o sal com alho junto com o grão-de-bico. Junte o arroz já cozido, prove o tempero, junte sal e pimenta a gosto. Misture e está pronto!

Se gostar de paladar adocicado, junte uma colherinha de café de açúcar cristal à cebola quando estiver dourando-a.

Quer esta receita impressa? Clique aqui para baixar o PDF e imprimi-lo.

Purê de banana da terra

Standard

Este purê é ideal para acompanhar qualquer tipo de carne – seja de boi, porco, cordeiro, frango ou peixe. O importante é ser feito com banana-da-terra bem madura; também é necessário que a banana cozinhe até quase desmanchar.

Até alguns anos atrás, este purê era considerado comida de roça, de gente simples. Há uns dez anos os chefs começaram a valorizar a culinária regional brasileira e assim este purê virou prato gourmet. Hoje pode ser degustado nos melhores restaurantes, em receitas assinadas por chefs famosos. Mas não tem mistério não! Como este blog conta tudo, aqui vamos ensinar como se faz.

Purê de banana-da-terra

Separe 3 bananas-da-terra grandes e bem maduras, 1 colher de sopa de açúcar mascavo, 1 colher de sopa de manteiga, sal e pimenta a gosto.

Cozinhe as bananas em panela de pressão por aproximadamente 40 minutos após pegar pressão.

Resfrie e descasque-as.

Em outra panela, derreta a manteiga, junte o açúcar*, misture e imediatamente acrescente as bananas. Mexa bem com uma colher de pau, em fogo médio, para que as bananas se desmanchem. Cozinhe, mexendo para não agarrar no fundo da panela, até secar o excesso de líquido que irá de formando. Acerte o ponto do sal e da pimenta (a gosto) para que o purê não fique completamente doce. Sirva quente.

Obs.: * a coloração do purê dependerá do quão madura está a banana. Caso esteja bastante madura, é normal o purê ficar mais escuro e mais doce. Neste caso, acrescente o açúcar aos poucos, para que possa dosar a quantidade.

Quer esta receita impressa? Clique aqui para baixar o PDF e imprimi-lo.

Purê de 3 batatas e a história da batata

Standard

Batata para todos

Batata é uma unanimidade – hoje é o quarto alimento mais consumido no mundo. Originária dos Andes sul-americanos, foi levada à Europa pelos colonizadores espanhóis. Porém, você pode imaginar que a batata já foi tida como alimento impróprio e impuro? Só porque crescia debaixo da terra, os europeus achavam que só servia para ser dada aos porcos! Sabe como se tornou popular? Vou contar a história:

Na segunda metade do século 18, os pobres passavam fome na França enquanto os nobres viviam no maior luxo. Reza a lenda que nos idos dos anos 1770 o rei Luiz XV ficou sabendo que uma horda de famintos planejava invadir o Palácio de Versailles. Junto com seus ministros e assessores, decidiu dar um grande banquete nos jardins do palácio a fim de aplacar a ira dos famigerados. Marcou a data. A notícia se espalhou. Os cozinheiros vieram dizer que, diante da multidão que era esperada, não haveria trigo suficiente para fazer pães.

Antoine Parmentier, chef da cozinha do palácio e também agrônomo, há algum tempo defendia veementemente o uso da batata como alimento próprio ao consumo humano, mas ninguém lhe dava ouvidos. Surgia a oportunidade de vencer as resistências. Como tinha uma padaria-escola, ensinou aos cozinheiros do palácio a fazer pães e outras receitas com batata. No dia do grande banquete as pessoas se fartaram de comer e elogiaram os quitutes. Um detalhe: só contaram que o ingrediente básico das receitas havia sido a batata no dia seguinte da festa, quando a multidão já enchera a barriga de batata sem saber o que comia! Daí Parmentier obteve a permissão do rei para ensinar o cultivo da batata aos agricultores.

Nas muitas guerras que se seguiram à esta época foi a batata que salvou a população europeia da fome.

Quem me contou esta história, quando eu tinha doze anos, foi Mère Colombier, freira francesa de nascimento e minha professora de história no colégio.

Hoje vou passar a receita de um purê delicioso que se faz com três tipos de batata: a batata inglesa, a batata doce e a batata baroa, também conhecida por mandioquinha.

Purê de três batatas

Considere que a quantidade de batata inglesa deve ser igual à das outras duas batatas juntas. A receita é a mesma do purê de batata: cozinhe as batatas sem pele na água com sal até ficarem bem macias. Esprema ou amasse. Misture as três massas.

 

Em uma panela, esquente manteiga (1 colher de sobremesa rasa para cada batata), doure o sal com alho e a cebola triturada ou ralada ( ¼ de cebola pequena para cada batata). Acrescente a massa das batatas e misture bem com uma colher de pau.  Vá juntando leite quente aos poucos e mexendo até formar um mingau grosso e homogêneo. Continue mexendo em círculo até que o purê comece a pular e a desgrudar das laterais da panela.

Dica: se não for servir na hora que terminar de fazer, deixe o purê um pouco mais mole, pois ao esfriar ele endurece. Se na hora de servir o purê estiver duro, junte mais leite quente e volte a mexer até ficar no ponto outra vez.

Quer esta receita impressa? Clique aqui para baixar o PDF e imprimi-lo.

 

Maçãs caramelizadas

Standard

Para quem gosta de um pernil ou um peru assado, um lombo de porco e outras carnes deste tipo, experimente fazer este acompanhamento com maçãs, de preparo simples, paladar sofisticado e belo visual. Pode ser feito com maçã ácida (verde) , mas eu prefiro prepará-lo com aquelas maçãzinhas pequenas e doces, como as que vêm do sul do Brasil.

Maçãs caramelizadas

Para 5 maçãs, separe 2 colheres de sopa de açúcar cristal, 1 a 2 pauzinhos de canela e 3 cravos da índia. Descasque as maçãs e corte-as em cubinhos. Borrife-as com água e limão para não escurecerem enquanto prepara a calda de açúcar queimado.

Coloque 1 litro de água para ferver. Deite o açúcar em uma outra panela aquecida e mexa com uma colher de pau até ficar da cor de mel. Despeje 1/4 da água fervente – com cautela e aos poucos para não se queimar. Abaixe o fogo e mexa até formar uma calda. Junte o cravo e a canela. Acrescente as maçãs picadas e deixe que cozinhem até ficarem translúcidas e douradas. À medida que a calda for secando, vá colocando mais água, sempre quente, aos poucos.

Cuidado para que as maçãs não cozinhem demais, para não virarem uma papa. Se quiser que fiquem mais doces e brilhantes, coloque um pouco de mel ao final do cozimento.

Para acompanhar carnes, sirva quente.

É também uma compota de fruta muito gostosa que dura dias na geladeira. Ótima para passar no pão ou no bolo. Experimente servi-la quente com sorvete, é delicioso!

Quer esta receita impressa? Clique aqui para baixar o PDF e imprimi-lo.

Saladas para acompanhar churrasco

Standard

Não só para acompanhar carnes feitas na brasa ou carnes frias – em que vem a ser uma excelente combinação – como também para uma salada mais picante para variar o seu dia-a-dia, veja como fazer estas saladas que têm como destaque a cebola marinada. Primeiro veja como preparar cebola marinada.  Prepare o vinagrete. Para cada cebola grande a medida é:  uma colher de sobremesa de azeite, uma colher de chá de vinagre, uma colher de café de suco de limão, uma pitadinha de sal, 1/2 dente de alho inteiro, 1 colher de café de ervas (salsinha e cebolinha). Pode ter um pouquinho de alecrim e de sálvia e também de pimenta tipo biquinho, malagueta ou dedo-de-moça, se gostar ( cuidado, pouquinha). Misture tudo e reserve. Pique ou fatie as cebolas descascadas como quiser. Coloque o vinagrete em uma tigela de vidro ( ou pote com tampa) e junte as cebolas. O vinagrete deve ficar acima do nível das cebolas. Cubra com um filtro plástico e leve à geladeira de um dia para o outro. Três preparos:

1- Pique cebolas brancas e roxas e misture-as ao vinagrete. Capriche nas ervas, como, por exemplo, no alecrim. Deixe por, no mínimo, 24 horas na geladeira antes de servir. Opção: eu prefiro dar uma amaciada nas cebolas junto com o alho no azeite antes de misturá-las ao vinagrete. Neste caso, não coloque azeite nem mais alho no vinagrete. 2- Cozinhe feijão branco ou favas até os bagos ficarem ao dente (cozidos mas bem firmes). Misture com o vinagrete, feito com azeite, vinagre, sal, alho, salsinha e cebolinha. Fica interessante se feito com coentro no lugar da salsinha. Nesta receita, pique miudinho a cebola roxa e junte azeitonas verdes picadas ao final. 3 – Faça o vinagrete com cebolinhas baby. Depois de pronto e curtido, já na hora de servir, misture-o com tomates cereja cortados e azeitonas pretas. Ideal para servir com carnes frias, tipo lagarto. 

Quer esta receita impressa? Clique aqui para baixar o PDF e imprimi-lo.