De volta a Bruxelas !

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Estou de volta a Bruxelas, onde o blog Sal & Alho tem, desde 21 de fevereiro último, sua filial européia. Neste dia, preparamos um prato típico belga – coelho ao molho de cerveja – para marcar a data. Hoje, vamos falar da cidade. E, nos próximos dias, voltamos às nossas receitas de inspiração européia, preparadas com ingredientes frescos na cozinha de nosso apartamento na linda capital da Bélgica, situado bem próximo ao Parque do Cinquentenário.

Quer saber qual a origem da cidade de 1,8 milhões de habitantes que hoje é a sede da União Européia? Por volta do ano 580, construiu-se uma capela dedicada a São Gaugérico em uma ilhota do rio Sena, no caminho fluvial entre as cidades de Gante e Bruges, na região de Flandres, a noroeste da Europa. A partir daí floresceu uma aldeia dedicada ao comércio, sobretudo de víveres para os viajantes. É interessante notar que a belíssima Grand Place (foto acima) – o primeiro lugar da cidade que o turista visita – foi construída sobre a antiga praça do Mercado. Fui dar uma volta e comecei a observar os nomes das ruas ao redor da praça: Rue du Marché aux Herbes (rua das ervas), Rue du Poivre (rua da pimenta), Rue du Marché aux Fromages ( rua do mercado de queijos), Rue au Beurre ( rua da manteiga),Rue du Marché aux Poulets ( rua do mercado dos frangos), Rue du Bouchers ( rua dos açougueiros), Rue des Harengs ( rua dos arengues – um tipo de peixe), Rue des Brasseurs ( rua dos cervejeiros) e por aí vai. Alguém conhece origem mais gastronômica para uma cidade?

E hoje, o que existe de comércio nestas mesmas ruas? Ah! De olhos fechados já se sabe – todo o centro histórico cheira a manteiga, mel e chocolate! As lojas de chocolate dominam – o chocolate belga é sabidamente o melhor do mundo. É de enlouquecer!

 

A cada cem metros vende-se waffle feito na hora com coberturas de chocolate, frutas vermelhas, castanhas e outras delícias.

A batata frita é uma instituição nacional, inclusive alegam que a invenção das famosas french fries é deles ! É servida em cartuchos de papel com diversos molhos à escolha. Os jovens adoram, vêm-se filas enormes mesmo debaixo de temperatura negativa.

 

E a cerveja? Sem dúvida é o produto mais consumido na Bélgica, famosa pela fabricação das melhores cervejas artesanais do mundo. Os primeiros fermentados de cevada – gueuze – eram fabricados por monges trapistas. Hoje continuam com a mesma receita, como uma das mais conhecidas – a Leffe – fabricada desde o ano de 1240! Outras famosas: Chimay, Duvel, Delirium, Mort Subite, La Choufe, Karmeliet, Grimbergen. Há louras, morenas e escuras, destiladas duas ou três vezes. Tem também cerveja fabricada com cereja, chamadas Kriek, que são rosadas e docinhas. Todas ótimas para temperar um prato e para beber enquanto cozinhamos, é claro!

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