Crème brûlée

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Todos os gourmets e chefs apresentam esta sobremesa como sendo o máximo da sofisticação. Então tem-se a ideia de que trata-se de uma receita muito complicada e difícil de fazer. Na verdade, não é. Porém, para que dê certo é necessário que seja feita com atenção e muito carinho. Aqui neste blog passamos as receitas certas e revelamos todos os segredinhos! Siga o passo-a-passo abaixo e tenho a certeza de que irá se surpreender!

Crème brûlée (ou creme queimado)

Esta receita rende 6 boas porções ou 8 porções educadas

Separe: 1 garrafinha de 500 ml de creme de leite fresco*, 1 fava grande de baunilha (ou 1 colher de sobremesa de essência de baunilha), 6 gemas de ovos vermelhos, 9 colheres de açúcar e 1 colher de sobremesa de mel. Reserve mais ½ xícara de açúcar para polvilhar o creme depois de pronto. É aconselhável que você tenha um mini-maçarico. Vai precisar também de 6 (ou 8) travessinhas refratárias (ramequins) e de uma assadeira alta.

*se não conseguir achar para comprar o creme de leite fresco pode substitui-lo por uma mistura de 2/3 de creme de leite de caixinha sem o soro bem misturado a 1/3 de leite integral, de modo a obter os mesmos 500 ml. Se for alérgico(a) a lactose pode substituir tanto o creme de leite como o leite pelos produtos NoLac da Itambé.

Pré-aqueça o forno a 200 graus. Coloque 1 litro de água para ferver.

Separe as claras das gemas. Retire a pele das gemas. Há duas maneiras de fazer isto: 1- Fure-as uma a uma sobre uma peneira e deixe que escorra o líquido, ficando a pela na peneira; não esfregue a gema na peneira! 2- com a palma da mão direita para cima coloque a gema sobre os dedos e com o polegar e o anular da mão esquerda dê uma puxadinha de leve na parte de baixo da gema para fura-la. Firmando a parte de cima da gema com o polegar da mão direita, passe o anular da outra mão sobre a gema para que solte o líquido e deixe a pele entre os seus dedos.

Na batedeira em baixa velocidade ou dentro de um recipiente usando um fouet, bata bem as gemas com o açúcar até obter um creme fofo e esbranquiçado. Acrescente o mel aos pouquinhos e continue batendo até que misture completamente. Reserve.

Se comprou a fava de baunilha abra-a no sentido longitudinal e raspe com uma faquinha as sementinhas. Misture-as ao leite. Se for usar a essência, faça o mesmo.

Aqueça o creme de leite com a baunilha e deixe levantar fervura. Assim que começar a ferver nas bordas, desligue.

Misture o creme de leite quente com as gemas batidas com o açúcar com a ajuda do fouet, batendo ligeiramente para que entre ar até ficar com bolhas na superfície.

Verta o creme imediatamente nas travessinhas refratárias já colocadas dentro em uma assadeira funda. Distribua o creme por igual. Entorne a água quente na assadeira, de modo a ainda sobrar cerca de 2 cm. até a borda da mesma e que fique no nível da metade da altura das travessinhas. Reduza a temperatura do forno para 180 graus e leve a assadeira ao forno. Durante o cozimento no forno, se notar que a água da assadeira começou a ferver, despeje mais água morna, pois se esta água ferver, o creme pode talhar. Asse por aproximadamente 1 hora ( ou até 1:20, depende do forno) ou então até notar que o creme adquiriu um tom dourado. Retire do forno e deixe na temperatura ambiente até esfriar. Coloque as travessinhas na geladeira por, no mínimo, 3 horas ou até um pouco antes de servir.

Antes de servir, retire-as da geladeira e deixe que fiquem na temperatura ambiente. Polvilhe o creme com açúcar de confeiteiro. Agora chegou a hora de usar o maçarico**. Regule a chama e queime o açúcar. Sirva imediatamente.

**Se não tiver um maçarico ainda tem solução: pegue uma colher velha e esquente-a na chama do fogão. Coloque-a sobre o açúcar para queimá-lo. Repita a operação quantas vezes necessário, só que neste processo não dá as bolhinhas características do crème brûlée.

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Variação para uma noite muito especial:

Crème brûlée au coulis du fraises et Amarula ( tradução: Creme queimado com calda de morango e licor de Amarula)

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Obs: Amarula é uma frutinha nativa da África do Sul que os elefantes adoram comer. Deste país procede o famoso e delicioso licor cremoso de amarula.

Degustei esta divina maravilhosa variação do créme brûilée tradicional em um restaurante chiquérrimo em Capetown. Lógico que não me passaram a receita, mas, como sempre, chegando em casa resolvi repeti-la. Deu certo! Agora passo com exclusividade para vocês.

Vai precisar de: 1 caixinha de morangos, açúcar cristal, 100 gr. de chocolate meio-amargo, 1 colher a duas de creme de leite, 120 ml de licor Amarula (ou Bailey). Dois recipientes (tipo garrafinha de plástico) com tampa furada ( igual a estes de servir mostarda ou ket-chup que tem nos carrinhos de cachorro-quente).

De véspera, tome uma caixinha de morangos. Escolha 3 a 4 bem bonitos, lave-os deixando a folhinha e corte-os ao meio. Reserve. Faça a calda de morango com o restante da seguinte maneira: lave e pique os morangos. Coloque-os em uma travessa ou bacia de cozinha e envolva-os completamente com açúcar cristal. Deixe de um dia para o outro na geladeira, até “dar água”. Leve ao fogo baixo até formar uma calda. Deixe esfriar. O ponto é mais mole do que geleia.

Para decorar o prato: bata no liquidificador a quarta parte da calda de morangos. Deve ficar uma calda bem lisa e grossa. Coloque em uma das garrafinhas com tampa. Faça uma calda de chocolate também lisa e grossa: leve um pedaço de barra de chocolate meio-amargo ao micro-ondas por 5 minutos (cuidado para não deixar queimar) e misture um pouco de creme de leite – a conta de dar ponto de calda grossa. Coloque na outra garrafinha.

Faça uma calda de açúcar queimado: coloque água para ferver (1 xícara de chá). Em uma frigideira deite 3 colheres cheias de açúcar cristal, leve ao fogo e mexa com uma colher de pau até derreter completamente e formar uma calda marrom. Despeja a água fervente pelas beiradas. Abaixe o fogo e deixe que a crosta que se formou derreta completamente, formando uma calda rala. Continue mexendo até notar que a calda começou a engrossar. Deslique e deixe esfriar. Depois de fria deve dar ponto de fio, ou seja, se você colocar calda na colher e deixar que escorra, vai formar um fio fino e contínuo.

Depois do creme ter sido queimado com o maçarico e já estiver pronto para servir, deite o coulis de morangos delicadamente sobre a superfície, de modo a cobri-la totalmente com uma fina camada. Por cima, espalhe a calda de açúcar queimado de modo a cobrir toda a superfície. Espalhe açúcar e queime-a novamente com o maçarico. Leve à geladeira para que esta crosta endureça e forme uma fina película espelhada.

Monte a sobremesa: em um prato grande, faça um fio circular com a calda de morango e outro com a calda de chocolate. Coloque de um lado do prato um copinho com 2 centímetros (20 ml.) de Amarula e do outro lado coloque a travessinha com o creme. Decore com o morango cortado.

Sirva e instrua os convidados a quebrar a película espelhada e deitar o licor de Amarula sobre o creme. Delícia igual não há! Prepare-se para receber muitos elogios! E… parabéns! Pode considerar-se um gourmet!

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Ovos de Páscoa de colher

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Para esta Páscoa não poderíamos deixar de ensinar como fazer os tão falados “ovos” de colher. Estão na última moda! Para quem for fazer pela primeira vez, não desanime, damos várias dicas!

Minha filha se animou com a ideia e comprou um conjunto de formas. Cada forminha (veja foto) dá para 6 ovos abertos, de 150gr cada. Ela escolheu os sabores de recheio favoritos e fomos juntas para a cozinha prepará-los.

A receita a seguir dá para fazer 12 cascas de ovo – considerando cada casca uma metade de ovo.
– Para as cascas do “ovo”, coloque 400 gr. de chocolate em barra picado em uma travessa refratária e derreta-o em banho-maria. Escolhemos o chocolate tipo “blend”, que já se vende pronto e é uma mistura de chocolate ao leite e meio-amargo.


1a. dica- Para derreter chocolate em banho-maria nunca deixe o chocolate em contato com a água quente. Chocolate odeia água e odeia ser queimado também! Coloque a água para ferver numa panela grande e por cima da água coloque um daqueles silicones com furinhos de cozinhar legumes. Por cima deste, ponha a travessa de vidro refratária com o chocolate dentro. Assim também estará segura e não se queimará. (se não tiver paciência ponha a travessa com o chocolate picado no micro-ondas, por cerca de 1 minuto – cuidado para não deixar queimar).

2a. dica- Misture o chocolate enquanto derrete, para dar brilho

3a. dica – Quando o chocolate estiver derretido, coloque a travessa de vidro quente em cima de uma superfície fria (sua bancada de pia, por exemplo). Este choque térmico impedirá que o “ovo” derreta com facilidade depois de pronto.


– Agora é só seguir as instruções da forminha: ela é composta de duas partes sobrepostas, uma mais rígida e outra mais mole. Coloque o chocolate derretido ainda quente até pouco mais da metade da marquinha indicada (na forma mais rígida) e sobreponha com a outra, apertando o centro da cavidade levemente com um dos dedos, o suficiente para o chocolate subir pelas laterais. Vire o conjunto de forminhas de cabeça pra baixo e gentilmente passe os dedos pelas laterais para que o chocolate preencha o restante da cavidade. Coloque na geladeira nesta posição até ficar completamente endurecido (melhor se for de um dia para o outro).

Ingredientes:

Para o recheio de maracujá: ½ lata de leite condensado, 250 gr de chocolate branco, 2 colheres de sopa de creme de leite, 1 colher de sobremesa de farinha de trigo, 1/2 xícara de café de suco concentrado de maracujá da Maguary e 1 maracujá para a cobertura.

Para o recheio de pistache: ½ lata de leite condensado, 250gr de chocolate branco, 2 colheres de sopa de creme de leite, 1 colher de sobremesa de farinha de trigo, 1/2 xícara de café de farinha de pistache para o creme do recheio e a mesma quantidade de pistache picadinho para a cobertura.

4ª dica – Para a farinha de pistache, coloque os pistaches com casca na água e após algum tempo retire as cascas e seque-os. Despreze as cascas (tanto aquela durinha como a de cor marrom que envolve a semente) e pique em um processador até formar a farinha. Reserve outras inteiras para a decoração.

Prepare à parte, em uma xícara, uma mistura de creme de leite e farinha. Ela será essencial para dar a consistência do recheio. Para cada um deles, misture 2 colheres cheias de creme de leite e 1 rasa de farinha de trigo.

Para cada recheio: derreta o chocolate branco, no mesmo processo do banho-maria. Junte ao chocolate, o leite condensado. Leve ao fogo baixo em uma panelinha, mexendo o tempo todo com uma colher de pau. Quando começar a grudar na colher, junte a mistura de creme de leite com farinha. Acrescente o ingrediente que vai dar o sabor (nesta receita, o concentrado de maracujá ou a farinha de pistache). Continue mexendo até começar a desgrudar da panela. Desligue o fogo. Dica: é o mesmo ponto do tradicional doce de nome “brigadeiro”.

Retire a forma de “ovos” da geladeira. Com cuidado, retire a forma mais mole pelas laterais. Vire de cabeça pra baixo e aperte delicadamente a forma rígida para que o chocolate se solte. Agora é só rechear. Coloque o creme – de maracujá ou de pistache e leve à geladeira para esfriar.

Para decorar, separe os sabores. Para os de maracujá, esquente o miolo de um maracujá com um pouco do concentrado. Depois que esfriar, coloque sobre as metades de ovo recheadas. Para os de pistache, pique-os com a ponta da faca, grosseiramente, e distribua por cima dos mesmos.

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Strogonoff é russo?

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Diz a lenda que a receita deste tradicional prato de carne foi criada pelo cozinheiro do Conde Stragonoff ( isto mesmo, com a) nobre de importante família de São Petersburgo, na Rússia, ainda no final do século 19. A receita original russa é feita com cubos de carne envoltos em farinha de trigo, fritos na manteiga e dourados com cebola, temperado com mostarda e cozido com caldo de legumes, servido acompanhado de batatas. Na versão francesa, leva champignons e no Brasil, onde se tornou muito popular desde a década de 1960, tomou rumos diversos, existindo hoje versões de estrogonofe de frango e de camarões.

Na década de 1970, o bar e restaurante Chez Bastião, em Belo Horizonte, servia – e continuou servindo por mais de 30 anos – um estrogonofe de carne famoso, que era o carro-chefe da casa. Aos domingos, sempre almoçávamos lá e como, a vida inteira, eu tive mania de tentar copiar em casa o que comia de bom em restaurantes, fiz de tudo para conseguir a receita. Sempre foi um segredo guardado a sete chaves mas tanto fiz que consegui reproduzir este prato tão bem quanto o estrogonofe do tempo áureo do Chez. Aqui então vai a minha receita:

Estrogonofe de carne

Um filé de tamanho médio dá para fazer a receita para 8 pessoas. Para temperar: sal e alho, pimenta do reino, páprica e molho inglês. Vai usar 1 cebola grande ralada, 1 ½ xícara de chá de um bom molho de tomates, 1 colher de sopa de ketchup e 1 caixa de creme de leite.

Limpe e corte o filé, perpendicular ao fio da carne, em bifinhos de 1 cm. Deite os bifinhos e corte-o em tiras também de 1 cm. O corte certo é fundamental para a carne ficar macia. Veja aqui dica de como cortar um filé. Para cerca de 1,5 kg. de carne, prepare uma colher de sopa cheia de uma mistura de 3 dentes de alho e sal. Misture o sal com alho à carne, salpique um pouco de pimenta do reino e outro de páprica e deixe por meia hora.

Tome uma panela grande e larga, coloque no fogo forte e deite uma colher de sobremesa de óleo. Assim que o óleo estiver bem quente, vá colocando as tiras de filé aos poucos, sempre mexendo com uma colher de pau para que dourem por igual, sem dar água e sem agarrar na panela. Se começar a dar água, divida a quantidade de carne ao meio, doure uma parte, separe, doure a outra e volte com tudo para a panela ao final, mexendo até verificar que a carne está toda corada – de cor marrom – por igual.

Neste ponto, prepare-se para flambar a carne: à parte, esquente meia concha grande de vodka, whisky ou conhaque sobre a trempe do fogão até começar a evaporar. Incline a concha ligeiramente para que o líquido pegue fogo e verta-o rapidamente sobre a carne. Verá que sobe uma labareda de fogo de um palmo de altura – portanto tome cuidado para não ter nada perto para queimar – muito menos você. Deixe que o fogo se apague sozinho.

 

À parte, coloque água para ferver.

Acrescente a cebola ralada sobre o filé e doure-a, junto ao filé, até ficar marrom. Junte então todo o molho de tomate. Aconselho usar 1 lata do italiano – pomodori pelati – mas é indispensável passá-lo antes em uma peneira fina para tirar as sementes. Junte o ketchup ao molho antes de misturá-lo à carne. Misture bem. Despeja água quente aos poucos – pelas beiradas, sem lavar a carne! – até que o molho quase cubra a carne. Abaixe o fogo. Deixe ferver e prove o tempero. Acrescente 1 colher de café de molho inglês, sal, pimenta do reino e páprica a gosto. Prove – deve estar bem temperadinho. Abaixe o fogo, tampe a panela e deixe cozinhar por mais 15 a 20 minutos ou até a carne ficar bem macia. Por último, já quase na hora de servir, junte uma caixa de creme de leite, colocado previamente na geladeira para ficar mais consistente.

Se for colocar cogumelos, use os cogumelos-de-paris em conserva fatiados ou então, use os frescos, desde que já aferventados e cortados em fatias finas. Os cogumelos são colocados imediatamente antes do creme de leite.

Tradicionalmente, serve-se com arroz branco (para aproveitar melhor o molho) e batatas coradas. Gosto de usar as batatinhas baby: cozinho-as com a casca, depois despe-lo. Na hora de servir, douro-as na manteiga e acrescento ervas frescas- salsinha e cebolinha picadinhas ou então alecrim.

 

Nao vejo necessidade nenhuma de se colocar farinha de trigo (tem muita gente com mania de colocar farinha – glúten! – em tudo). Mas , se quiser, coloque 1 colher de sobremesa rasa de farinha de trigo já torrada junto com a cebola. Mas, atenção, o molho ficará espesso e sem brilho.

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Pavlova

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Na Rússia existe uma companhia de balé muito famosa de nome Bolshoi. Foi fundada em 1776 e tem um teatro maravilhoso na cidade de Moscou, onde são encenadas óperas e espetáculos de balé. A primeira escola do balé Bolshoi fora da Rússia foi aberta em 1998 na cidade de Joinville, no estado de Santa Catarina, no Brasil, considerada a capital da dança clássica em nosso país.

A bailarina mais famosa do Bolshoi se chamava Anna Pavlova e esta sobremesa foi criada em homenagem a ela. Austrália e Nova Zelândia disputam a sua criação mas hoje é uma sobremesa conhecida em todo o mundo e feita de várias maneiras.

A receita mais tradicional é um merengue – ou suspiro – baixo e largo, do tamanho de um prato, recheado com chantilly e morangos. O merengue é preparado batendo-se claras de ovos até ficarem bem duras e adicionando-se açúcar até o ponto de se fazer uma bolinha firme na palma da mão. Pode adicionar umas gotinhas de limão. Depois se leva ao forno a 180o para assar, tomando cuidado para não corar. O chantilly é um creme de leite batido até ficar bem fofinho, ao qual também se adiciona açúcar.

Em nossa casa fazemos esta sobremesa de maneira tão fácil que até criança pode fazer sozinha!

Veja o que vai precisar:

– 1 saco de suspiros – acha-se para comprar em loja ou banca de mercado que vende biscoito;

– 1 embalagem de morangos maduros com aproximadamente 12 a 15 morangos;

– 200 gr. de chantilly ( se não achar pode substituir por creme de leite batido com açúcar).

 

Escolha uma travessa de vidro transparente.

Lave e corte os morangos do mesmo tamanho dos suspiros.

Para montar: coloque uma camada de morangos, outra de suspiros, cubra com o chantilly. Repita até acabar com os ingredientes.

Ponha na geladeira e sirva de 3 a 5 horas depois que tiver terminado de fazer, pois assim os ingredientes se misturam e produzem um caldinho delicioso.

 

Dica: se quiser fazer uma sobremesa individual com menos açúcar pode substituir o chantilly por iogurte natural e montar com morango e suspiros em uma taça.

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Strogonoff de carne – o famoso

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No final da década de 1960, Belo Horizonte ainda contava com poucos restaurantes ( hoje são 18,6 mil  estabelecimentos de alimentação fora do lar! ). Diferente de hoje, quando tudo acontece na rua, aniversários e outra datas importantes eram comemorados em casa. Em alguma data especial, quando se convidava gente fina para um jantar alinhado, o chique era servir strogonoff de filé. Conta a lenda que foi inventado por um russo, o Conde Stragonoff, que criou a receita original  à base de picadinho de carne com creme de natas e tomates.

Pouca gente sabia prepará-lo tão bem como era servido no saudoso Chez Bastião, durante muito tempo o mais tradicional bar e restaurante da cidade, inaugurado em 1965, onde o strogonoff se tornou o prato mais tradicional do cardápio. No final da década de 1970, quando eu já tinha idade suficiente para frequentar um restaurante à noite, o Chez passou a ser o meu local favorito, só por causa do strogonoff. Por mais que eu pedisse, nunca deram a menor dica da receita; pois não sosseguei enquanto não preparei o prato tal e qual era lá servido. Então aqui vai a receita, que não é a original nem do Conde nem do Chez mas, com certeza, passa bem perto.

Strogonoff de filé

Na verdade esta receita pode ser feita com qualquer carne de boi, mas a receita do Chez Bastião era com filé de primeira qualidade. O segredo – preste atenção que isto é essencial – é cortar a carne da maneira certa. Veja Dica- como cortar um filé.

Considere 200 gr. de filé por pessoa, logo, um filé médio de 2 quilos dá para 10 pessoas. Aqui vamos considerar que você já aproveitou a parte do meio do filé para fazer outras receitas, como medalhão ou rosbife e que deixou as pontas para fazer o strogonoff. Vamos considerar então uma receita para 4 pessoas. Além da carne vai precisar de 1 cebola, 2 colheres de sopa de molho de tomates, 1 colher de sobremesa de ketchup, ½ xícara de café de vodka e 1 xícara de café de creme de leite.

Corte a carne em bifes de 1 cm, depois torne a cortar os bifes em tiras no sentido contrário. Faça uma mistura de sal e alho triturado, gotas de molho inglês, uma pitada de páprica doce, outra de pimenta do reino e folhas de louro. Acrescente um pouquinho de água para fazer uma salmoura. Coloque a carne no tempero por 15 minutos a ½ hora.  Rale a cebola e reserve.

Coloque uma colher de sopa de óleo na panela e deixe que fique bem quente. Escorra a carne do tempero e coloque para fritar. Revire de um lado e outro até que fique corada. Ponha água para esquentar em um caneco à parte. Agora flambe a carne: esquente a vodka em uma concha sobre a trempe do fogão e assim que pegar fogo na bebida, deite-a sobre a carne. Cuidado, pois a chama pode ficar alta. Assim que o fogo apagar sozinho, coloque mais um pouquinho de óleo e frite a cebola no meio da panela, tomando cuidado para que a borra da carne não fique preta. Junte o molho de tomates e misture para que frite também. Acrescente devagar a água quente pela beiradas da panela, a conta de quase cobrir a carne, raspando bem, com uma colher de pau, o fundo e as beiradas para que toda a borra se incorpore ao caldo. Abaixe o fogo e espere que a carne fique bem macia. Ao final do cozimento, o caldo deve ficar a conta de quase cobrir a carne. Acrescente o ketchup e prove o tempero. Se o cozimento tiver sido feito corretamente, não precisa engrossar o caldo com farinha de trigo, mas se ficar ralo, tire um pouco do caldo, misture à parte com uma colher de sobremesa rasa de farinha de trigo já torrada e volte com a mistura para a panela. Misture bem até começar a ferver. Na hora de servir, acrescente o creme de leite e misture. Assim que começar a ferver, desligue. Está pronto!

Sirva com arroz branco e batatas douradas.

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Bacalhau com natas

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Véspera de Natal é aquela correria mas você quer fazer um prato especial para a ceia ou o almoço do dia 25. Pois, vamos ser práticos, pode fazer esta receita com alguma antecedência, guardar na geladeira e na hora é só colocar no forno!

Esta receita é tradicional no Natal em Portugal e tem este nome porque lá eles chamam creme de leite fresco de “natas”. Como pode ser feita para o número de pessoas que desejar, aqui vamos dar a quantidade de ingredientes e fazer a receita para apenas 2 pessoas e você multiplica pela quantidade que quiser.

Bacalhau com natas

O cálculo da quantidade de bacalhau para um prato como este é de uma posta de 300 gr.  para 2 pessoas. Mais: 2 batatas médias, 2 cebolas, 1 xícara de café mal cheia de azeite, 1 xícara de café de molho branco e a mesma quantidade de creme de leite fresco.

Separe uma panela, um escorredor, uma faca de lâmina estreita e afiada e uma espátula. Panela de pressão para cozinhar as batatas. Uma travessa refratária, que vai ao forno e depois à mesa.

Coloque as  batatas para cozinhar na pressão por 15 minutos (conte depois que a panela chiar). Enquanto isto, coloque a posta de bacalhau já dessalgado ( veja Dica – Bacalhau) numa panela com água até que esta comece a ferver. Desligue, escorra, deixe que o bacalhau esfrie. Retire a pele, limpe bem qualquer vestígio de gosma branca, retire os ossos e espinhas. Separe em lascas grandes.

Corte as cebolas em fatias finas. Aqueça o azeite na panela e doure as cebolas até que fiquem amareladas e macias. Para isto, mexa o tempo todo com uma espátula em fogo baixo. Não coloque água. Acrescente um pouquinho de sal e prove se ficou ligeiramente salgada.

Verifique se as batatas estão cozidas, sem estarem moles. Tire a pele e reserve. Misture o molho branco pronto com o creme de leite fresco e tempere com sal, pimenta do reino branca e nós moscada, de modo que fique bem temperadinho.

Coloque a travessa refratária na sua frente. Agora vamos às camadas:

1a. camada: corte 1 batata, já fria, em fatias finas e, à medida que for cortando, disponha-as em uma camada única no fundo da travessa.

2a. camada: coloque metade da cebola.

3a. camada: disponha todas as lascas de bacalhau formando uma camada grossa.

4a. camada: despeje metade do creme.

5a. camada: coloque a outra metade da cebola.

6a. camada: disponha uma camada de fatias finas da outra batata.

7a. camada:  cubra com a outra metade do creme.

Obs: se o bacalhau ainda estiver salgado, elimine o sal dos outros ingredientes.

Tanto você pode levar ao forno para corar as batatas e servir imediatamente como pode preparar de véspera, deixar sem assar e guardar na geladeira até 1 hora antes de ir ao forno. Prefiro fazer de véspera, pois assim o sabor dos ingredientes se misturam.

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