Spritz- o famoso coquetel de Bari

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Há viagens que trazem surpresas agradáveis – esta tem tido várias. Uma delas foi a surpreendente Alberobello, com sua arquitetura inusitada. Pois eis que, no mesmo dia, me encanto com Bari, porto do Adriático ao sul da Itália. Recordou-me a Copacabana sossegada dos anos 1960/80, no Rio de Janeiro, onde passava férias na minha infância e adolescência. Que lugar lindo! Tarde gostosa a admirar o mar e as pequenas embarcações no porto, sentindo o calorzinho do sol na pele, observando os aposentados a jogar damas nas calçadas, as crianças a brincarem com seus cães – a vida escorrendo plácida, suave, alegre e despreocupada, sem medo da violência urbana das metrópolis de hoje. Que delícia!

Fomos passear na parte velha da cidade. Adorei andar pelas ruazinhas simpáticas – o retrato da Itália meridional, com as roupas dependuradas nas sacadas e a vidinha sem pressa do sul. Resolvemos comemorar a vida e a amizade no barzinho mais conhecido do pedaço. Fomos atendidas por uma mulher grandona, vestida à marinheira, tatuada, muito estranha mas super simpática. Pedimos o famoso coquetel Spritz. Colorido, vibrante, cor de laranja. Caiu bem no fim de tarde a apreciar a beleza do céu de um azul profundo com nuvens rajadas de laranja e rosa forte. Perfeito!

Perguntei sobre os ingredientes do tal coquetel, a mulher deu de ombros. Então procurei a proprietária do estabelecimento, dei-lhe o cartão verdinho do Sal&Alho  e apresentei-me como blogueira. Sob os olhares de profundo e magoado ciúme da garçonete grandalhona, a senhora passou-me a receita, passo-a-passo, como gosto. Porém, disse-me que não poderia me dizer qual marca de bebidas usava ( já mostrou as porções servidas) pois era o segredo da casa. Não insisti, mas dei uma voltinha e vi-as na prateleira. Depois, fui ao supermercado, procurei e comprei-as. Adquiri também os demais ingredientes. Pronto! Agora posso fazer quantos coquetéis  quiser, pela décima parte do preço cobrado no bar!

 

Vejam aqui a receita:

Coquetel Spritz

Para cada pessoa, misture na coqueteleira 3 partes de um bom Prosecco italiano ( 150 ml), 2 partes de Aperol Spritz ( a melhor é da marca Cinzano) e 1 parte de soda ( 50 ml). Bata e coloque em uma taça larga e alta. Junte de 4 a 6 cubos de gelo e enfeite com uma fatia de laranja e metade de um morango. Delicioso para se tomar em um fim de tarde como aperitivo.

A ida ao supermercado gourmet foi  um problema grave. Eu queria comprar tudo! Pensei seriamente em abandonar a viagem, alugar um apartamento à beira-mar e passar uma semana experimentando receitinhas novas com aqueles ingredientes fantásticos! Como, à tempo, cai na real e percebi que não era possível, ao menos comprei comidinhas de aperitivo e lanche para o resto da viagem. Segui passando bem por mais 10 dias! Pena que acabou…

Reparem se não dá água na boca:

 

 

 

 

 

A famosa caipirinha

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A caipirinha é uma embaixadora especial do nosso país, pois leva a alegria de viver do brasileiro para todos os cantos do mundo. Está entre os 10 coquetéis mais conhecidos e entre os 5 mais consumidos no mundo!

Como todo brasileiro sabe, este tradicional coquetel tem como base o destilado de cana-de-açúcar que, praticamente, nasceu junto como Brasil: a cachaça. Os outros ingredientes são o açúcar de cana e aquele limão pequeno e bem verdinho – o limão tahiti.

A cachaça artesanal de Minas Gerais é considerada a melhor do país (e do mundo) e a região produtora mais famosa é a de Salinas.

Caipirinha – aqui vai a receita original:

Os ingredientes: 1 limão tahiti, 1 dose ( 50 ml) de cachaça artesanal branca e cristalina, 2 colheres de chá de açúcar cristal branco, 1/2 copo de cubos de gelo. Vai precisar de uma faca, um pilãozinho de madeira e uma coqueteleira.

Como fazer: corte o limão em 8 partes. Coloque metade no pilão com 1 colher do açúcar. Esprema bem. Complete com o restante do limão e do açúcar e torne a espremer. Transfira a mistura para a coqueteleira, junte a cachaça e os cubos de gelo. Mexa. Coloque a mistura em um copo de boca larga. Acrescente mais gelo, se o dia estiver muito quente!

No Brasil, toda vez que comemos feijoada servimos antes a caipirinha. Também vai bem com carne de porco, feijão tropeiro e bolinhos típicos. Veja aqui algumas sugestões de receitas genuinamente brasileiras. Clique para ver a receita e imprimi-la:

Feijoada brasileira

Lombo de porco à mineira

Lombinho flambado na cachaça

Carne de panela das antigas

Picadinho de filé

Iscas de frango com gergelim 

Camarão na moranga

Arroz com suã

Feijão tropeiro

Caldo de feijão 

Mexido

Bolinho de arroz

Bolinho de bacalhau

Bolinho de boteco

Bolinho de mandioca

 

 

 

Caribe – coquetéis II

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Tudo pelo blog! Quanto esforço! Continuo a bordo do Norwegian Gateway em um cruzeiro de 7 dias pelo Caribe Leste, com a proposta de tomar dois coquetéis por dia, testá-los e escrever a receita dos melhores para vocês.  Com a assessoria dos simpáticos garçons indonésios – com os quais já fiz amizade – escolho um drink antes do almoço tomando sol na beira da piscina com vista para o azul do Mar do Caribe e  outro à noite, no bar ou na boate, ao som de reggae, jazz…e outras variedades musicais dançantes. Vamos aos coquetéis testados e aprovados que lhes envio hoje. Para variar, escolhi um coquetel com gim e outro com vodka.

Sapphire

Sapphire Peach Collins

O gim, cuja origem vem do século 17 nos Países Baixos, é uma bebida destilada de forte teor alcoólico feita a partir de cereais e de zimbro. Ao líquido que sai do alambique é adicionada água destilada e aromatizantes frutais, como cássia, laranja, amêndoa, lírio ou álamo.

O Bombay Sapphire Gin usado neste coquetel é um gim do tipo London Dry, bem seco. Há muitos anos, apaixonei-me pela cor azul cristalina desta bebida e comprei uma garrafa. Era tão linda que passei anos guardando-a intacta no bar. A verdade é que não achei graça nenhuma na bebida, pois é tão forte que parece álcool puro – ou seja – achei melhor deixar a linda garrafa decorando o bar. Neste drink o gim é suavizado com suco de pêssego, o que lhe dá a cor azul piscina. A receita leva também um licor especial de flores maduras.

Prepare o coquetel batendo uma medida de suco concentrado de pêssego na coqueteleira com uma colher de café de suco de limão. Junte uma dose do licor Saint Germain Elderflower. Derrame a mistura em um copo alto de boca larga e adicione a dose de Bombay Sapphire. Dois ou três cubos de gelo, uma misturadinha de leve e o coquetel está pronto, apresentando um tom de azul maravilhoso – repare na foto! Ao fundo, a excelente banda de reggae jamaicana Groove International.

O nome Collins só pode ser uma homenagem à famosa avenida de Miami Beach.

305 Cosmo

305 Cosmo

Como o drink leva vodka, a intenção deve ter sido a de homenagear a espaçonave de mesmo nome da oitava missão à Lua do projeto russo Kocmoc, lançada em 1969. Mas a tal nave não conseguiu entrar na órbita lunar e reentrou na atmosfera terrestre dois dias após seu lançamento. A cor vermelha, é claro, lembra a cor da bandeira russa. A vodka usada foi a Voli Lemon.

Uma bebida típica da região do Caribe é o licor Curaçao. O Triple Sec é uma variedade aromatizada com a casca seca de laranjas doces e amargas.

Bata na coqueteleira 1 dose de suco de cranberrie ( aquela frutinha vermelha americana) e 1 colher de café de suco de limão. Junte uma dose de Triple Sec e outra de vodka. Despeje em um cálice como os de servir marguerita – já com o sal na borda. Enfeite com uma rodela da casca de limão siciliano.

Ao fundo, na boate que apresenta finalistas do Grammy Awards, a cantora Shannon McNally, que encantou a plateia cantando velhas canções dos estados sulinos dos EUA.

Cosmo Recipe

 

 

 

Coquetéis caribenhos I

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Um dos meus prazeres a bordo do Norwegian Gateway, navegando pelo Mar do Caribe, foi escolher e acompanhar o preparo dos deliciosos, coloridos e refrescantes coquetéis servidos nos bares do navio. Em seguida, escolhia o melhor ângulo para uma bonita foto e passava à parte melhor: beber devagarinho, apreciando o sabor. Sempre tinha algum curioso observando e aproveitava a ocasião para puxar conversa. Assim mais pessoas – americanos, sul-americanos e europeus – ficaram sabendo deste blog e passaram a acompanhá-lo e a mandar sugestões. Aqui vão algumas das receitas e as fotos para você prepará-los em casa para os amigos.

Crusoe

Para uma quente manhã de sol, uma boa pedida leve e refrescante é o coquetel cujo nome é uma homenagem ao lendário Robinson Crusoe, personagem do romance de Daniel Defoe publicado em 1719. Único sobrevivente de um naufrágio, Crusoe narra suas aventuras durante os anos vividos em uma ilhota remota do Caribe.

O drink é feito com 1 dose de rum – o indicado é o Organic Silver- misturado com o suco coado de 1/4 de limão tahiti e adoçado com néctar de agave. Este adoçante é indicado para o preparo de bebidas pois dissolve-se com facilidade e não deposita no fundo do copo como o açúcar. É um preparado feito a partir da agave azul ou tequilana, planta muito comum no México, que é também a matéria prima para a fabricação da tequila.

Pineapple Coconut Mojito

Uma delícia inspirada no tradicional Piña colada, coquetel criado no final da década de 1950 em San Juan. Enquanto neste drink portoriquenho usa-se o leite de côco, no drink servido nos bares do Norwegian Gateway usa-se o Bacardi Rock Coconut, um destilado de rum com essência de côco. Misture, na coqueteleira, 1 dose deste rum com 1 colher de sopa de polpa de abacaxi,1 colher de café de suco de limão e 1 colher de café de melado de cana (pode adoçar com açúcar mascavo ou cristal). Verta a mistura no copo, acrescente 1 dose de club soda e junte cubos de gelo até completar o copo. Como enfeite, use um raminho de hortelã.

Raspberry Guava Mojito

Uma variação bem original do mojito ( pronuncia-se morrito) que seduz pela cor vibrante e pelo aroma. Bem própria para um drink servido no Caribe, entre as duas Américas. É uma feliz e bem dosada mistura do delicado sabor das frutas vermelhas da família dos “berries” do hemisfério norte com o sabor acentuadamente doce das frutas tropicais do hemisfério sul – no caso, a nossa conhecida goiaba vermelha.  Macere, em um pilão de madeira, 3 framboesas com 3 folhinhas de hortelã e 1 colher de chá de açúcar de cana.Verta a mistura na coqueteleira e junte 1 dose de Bacardi Superior e 1 colher de sopa de polpa de goiaba. Despeje a mistura coada em um copo de boca larga, misture com 1 dose de club soda e cubos de gelo até completar. Prenda no palito 3 framboesas e coloque-as enfeitando o drink, junto com um raminho de hortelã.

Veja abaixo estas receitas originais e mais outras. Experimente fazê-las!

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Cruzeiro no Caribe – Mojito

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Belíssima manhã na ensolarada Flórida. O imenso magnífico navio Norwegian Gateway solenemente deixa o porto de Miami na direção do Caribe Leste, com mais de 5500 pessoas a bordo em plena festa.

Navegamos por sete dias e sete noites sem nos cansarmos de apreciar o deslumbrante tom de azul do Atlântico Norte e do Mar do Caribe, aportando em Saint Maarten, Saint Thomas, nas Ilhas Virgens Americanas e em Nassau, nas Bahamas. Com doze restaurantes oferecendo culinária internacional e típica, como a creola, a francesa, a italiana e a japonesa, dentre outras – sem faltar a churrascaria brasileira – e mais seis bares e cafés a bordo, a tripulação indonésia responsável pela alimentação ofereceu-nos um festival gastronômico verdadeiramente delicioso.

Na impossibilidade de passar para vocês fotos e receitas dos pratos servidos a bordo, tal a variedade e complexidade, optei pelo tema coquetéis, escolhendo diariamente para beber um drink na piscina pela manhã e outro à noite, nos bares e boates do navio, curtindo um reggae jamaicano, uma bossa nova no piano, um blue ou jazz de New Orleans ou matando a sede entre uma salsa e um samba.

Mojito

Sugarcane Mojito Bar – A história do Mojito

Já no século 16 o “The Draque”, predecessor dos mojitos, era consumido a bordo dos navios corsários da famosa esquadra inglesa de Sir Francis Draque. Tratava-se de uma mistura de destilado grosseiro de cana com suco de limão – para prevenir o escorbuto – acrescido de hortelã e açúcar para melhorar o rude sabor da bebida. Havana estava na rota dos navios e foi ali que Don Fecundo criou o rum, em 1862, causando forte impacto no consumo do tal “The Draque”. A leveza e o complexo sabor do rum superior de nome Bacardi deu então origem ao mojito original. Em 1939, o Bacardi Mojito já havia virado lenda no famoso bar cubano La Floridita. Um perfeito Mojito equilibra técnica e a qualidade dos ingredientes. O objetivo é servir uma bebida refrescante e saborosa, sendo indispensável um rum leve e um acúcar mascavo de fina qualidade para realçar o sabor do limão e da hortelã.

Bacardi Mojito

Para fazer o drink à maneira tradicional, coloque em um pilãozinho de madeira 2 colheres de chá de açúcar mascavo, o suco de um limão tahiti (cerca de 2 colheres de sopa de suco) e 6 a 8 folhas de hortelã. Esprema com o socador para macerar as folhas. Passe para a coqueteleira e acrescente 1 dose de rum Bacardi Superior e a mesma quantidade de club soda. Misture.Transfira o líquido coado para um copo de boca larga. Encha o copo com cubos de gelo e enfeite com uma rodela fina de limão e um raminho de hortelã. Ideal para os dias quentes de verão.