Peixe a cinco ervas

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Além de ser muito fácil e rápida de se fazer, esta receita de peixe inteiro assado tem uma bela apresentação. Outra vantagem é que não precisa ser feita imediatamente antes de servir: o peixe já assado aguenta ficar no forno, já desligado, por até 1 hora para depois ser aquecido na hora de servir. Assim você pode receber os seus convidados sem ficar de castigo na cozinha tomando conta da comida.

 Peixe assado recheado e temperado com cinco ervas

Escolha um peixe fresco inteiro de tamanho médio – entre 1,5 e 2,5 quilos. Calcule 200 gr. por pessoa. Peça ao peixeiro para passar uma faca no couro para retirar as escamas e para abri-lo apenas por baixo e limpá-lo bem, retirando os ossos da coluna dorsal e as vísceras. Ao chegar em casa, lave-o bem e seque-o com um pano. Guarde-o em um saco plástico. Se puder prepará-lo sem ter que ir à geladeira, muito melhor. Mas se for usar no dia seguinte, ou ainda depois, congele-o tomando cuidado para que não deforme. Antes do preparo, deixe o peixe descongelar naturalmente, o que pode levar de 4 a 6 horas.

Recheio do peixe: dentes de alho cortados ao meio; cebolas brancas, alho poró e tomates maçã cortados em fatias finas.

Meia hora antes de colocar o peixe no forno, escolha uma assadeira grande (que caiba o peixe todo) e forre-a com uma folha grande de papel alumínio – o suficiente para envolver todo o peixe. Ponha-o sobre a folha de alumínio ( com o lado brilhante para cima) e passe uma camada de sal por fora e por dentro.

Abra o peixe e regue o interior todo com azeite. Recheie com a cebola, o alho poró, o tomate e por cima, o alho, dispondo-os apenas na parte inferior do peixe. Pique as cinco ervas: salsinha, cebolinha, coentro, hortelã e manjericão. Distribua-as sobre a camada já feita. Feche bem o peixe, regue-o com azeite por fora e envolva-o com o papel alumínio, fechando bem as bordas.

Pré-aqueça o forno a 250 graus e ponha o peixe para assar. Depois de 30 a 40 minutos verifique se está assado: a carne deve estar completamente branca e macia. Antes de servir, retire a pele raspando-a com uma faca. Despreze a pele e o papel alumínio e transfira o peixe para uma travessa com a ajuda de uma tábua fina de polipropileno. Sirva imediatamente.

Truta assada do Pachapapa

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O Pachapapa é um dos restaurantes do grupo Cusco Restaurants  e fica a quatro quadras da Plaza de Armas, no Bairro de São Bráz, na parte alta da cidade histórica de Cuzco, no Peru. Tem uma proposta muito interessante, pois fica em um quintal onde nos sentimos como se estivéssemos na casa de parentes do interior. Uma delícia de lugar! A gente vê a comida sendo preparada à nossa frente e assada no forno de barro. As mesas ficam debaixo das árvores, no meio de um jardim misturado com horta. Há cestos com batatas, ajís e outros produtos típicos. O pessoal da casa é muito simpático e atencioso. Os pratos são feitos com alimentos muito frescos, o que lhes dá um belo colorido. Lá servem comidas típicas, italianas ( pizzas, calzones e massas) e mais peixes e carnes assadas, que podem vir com molhos deliciosos – densos, feitos com o suco da carne e temperos locais.  A salada, que acompanha a maioria dos pratos, é indispensável. Veja o cardápio no final deste post.

Aqui vamos dar a receita da truta assada, que acompanhei sendo feita no Pachapapa.

Truta assada com tomates

Compre uma truta como a da foto principal. Na minha cidade, Belo Horizonte, que fica a 450 km do mar, a mais parecida que achei foi a truta salmonada chilena. Mas você pode fazer esta receita com qualquer peixe, é super fácil.

Compre um peixe inteiro, peça ao peixeiro para limpar e abrir ao meio. Tempere com sal e limão (os peruanos adoram limão). Enquanto isto, corte tomates em fatias de 1 cm de espessura.

Se não tiver um forno de barro em casa, como o da foto acima, ligue o seu forno a 250 graus ( se tiver controle de temperatura, coloque forte em baixo e médio em cima). Pincele o fundo de uma assadeira com azeite, disponha as fatias de tomate e coloque o peixe aberto por cima, com a pele para baixo. Esta é uma dica ótima para o peixe não grudar na assadeira. Regue com um fio de azeite e leve ao forno até que as bordas comecem a bronzear. Está pronto!

Sirva com salada, purê de batatas ou risoto. No próximo post daremos a receita do risoto de quinoa que servimos junto com o peixe.

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Robalo assado – receita rápida e fácil

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Esta receita pode ser feita com qualquer peixe. Escolhemos o robalo, um peixe de mar, por ser bastante saboroso. É um jeito muito fácil e rápido de preparar um peixe, ideal para quem tem pouco tempo para cozinhar e de última hora quer fazer um jantarzinho especial. A ideia é você chegar em casa e ir logo temperando o peixe, ligando o forno e colocando um vinho branco pra gelar. Dá uma voltinha, arruma a casa, põe a mesa. Termina o preparo e põe o peixe no forno. Enquanto toma um banho rápido o jantar fica pronto!

Robalo com tomatinhos cereja e cebolas baby.

Considerando um jantar para 2 pessoas, antes de sair de casa verifique se tem os seguintes ingredientes: 1 filé de robalo de 500 a 600 gramas, 10 tomatinhos cereja, 6 cebolinhas baby ou 1 cebola grande (partida em 6 gomos), azeite. Temperos: sal e limão. Para um sabor especial: coentro, alecrim, cominho, pimenta do reino branca. Para o acompanhamento separe 6 batatinhas baby ou 2 batatas inglesas.

Espalhe o suco de 1/4 de limão sobre o peixe já limpo e seco e tempere ( passando o tempero com a mão de todos os lados) com 1 colher de café cheia da seguinte misturinha: sal ( metade da porção) e mais um pouquinho de pimenta branca, alecrim, coentro e cominho. Reserve.

Despele ( eu prefiro com a pele) as batatas e cozinhe-as por 5 a 10 minutos ou até conseguir enfiar um garfo.

Aqueça o forno a 200 graus.

Após cerca de 30 minutos, aqueça a frigideira e sele o filé em 2 colheres de azeite ( passe ligeiramente de um lado e de outro com cuidado para não partir). Aproveite a frigideira, verta mais azeite e coloque as cebolas para dourar. Junte os tomatinhos e retire quando estiverem começando a amolecer. Coloque as cebolas e os tomatinhos com o azeite na assadeira e o filé por cima. Leve ao forno por 25 minutos ou até verificar que o filé está cozido e os tomatinhos estão desidratados (ficam murchos e enrugados).

Coloque em outra assadeira as batatinhas (ou as batatas cortadas em 4). Salpique sal e alecrim. Leve ao forno pelo mesmo tempo que o peixe ou até quando observar que as batatas estão macias e coradas.

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Peixe assado recheado – Tambaqui da Amazônia

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Para quem mora nas montanhas, longe do mar e de rios caudalosos onde a pesca é farta, achar um peixe fresco que não seja de criatório é uma sorte. Pois vi um peixe diferente na banca com uma ótima aparência e perguntei: Moço, que peixe é este? O rapaz pegou o peixe pelo rabo e veio me apresentar: É um tambaqui da Amazônia! Lembrei-me de quando saboreei com gosto este peixe em Manaus e decidi: É este mesmo que vou levar! Por favor, limpe-o bem e faça um corte por dentro de cabeça a rabo pois vou recheá-lo. E enquanto o moço cuidava do peixe fui procurar os ingredientes para o recheio.

Tambaqui recheado e assado

Para rechear um peixe médio (dá para 4 pessoas), compre: 2 cebolas, 1 a 2 alhos-porós, salsinha e cebolinha e mais azeitonas verdes.

Pique as cebolas e os alhos-porós em lâminas finas, o equivalente a 1 xícara de café cheia de salsinha e cebolinha picadas bem miudinho e 1/3 de xícara de café de azeitonas verdes picadas. Para temperar junte o suco de 1/2 limão, 1 colher de café rasa de sal, 1/2 xícara de café de vinho branco e uma boa pitada de pimenta do reino branca. Deixe marinar por 10 minutos. Ligue o forno a 250 graus.

Enquanto isto, fure o peixe com a ponta fina de uma faca e esfregue sal e limão misturados. Abra o peixe por baixo, pela barriga, e coloque dentro todo o recheio. Feche.

Escolha uma assadeira grande que caiba o peixe todo, unte-a com uma camada farta de azeite e deite o peixe. Leve ao forno a 200 graus e deixe assar até que a pele do peixe fique bem corada. Antes de retirar do forno, teste com um garfo se está macio.

O tambaqui tem um sabor delicioso e uma carne rosada, leve e delicada. Para melhor servi-lo retire a pele afastando-a com cuidado e deixando a carne exposta (foto 3). Com o garfão chato e largo de servir peixe retire a carne da parte superior e sirva-a. Depois retire as espinhas e coloque-as à parte. Sirva a parte inferior deixando a pele no prato.

Sirva o peixe acompanhado de purê de banana da terra e arroz branco.

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Robalo com crosta de pistache

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Esta receita pode ser feita com qualquer peixe branco do qual se possa retirar filés ou meia postas, como badejo, linguado, namorado, pescada e outros. Escolhemos robalo por ser um dos que mais apreciamos. Da mesma forma, a crosta de pistache pode ser substituída por crosta de amêndoa, de pinole, de castanhas do pará ou de cajú e até um mix de castanhas. Assim você pode variar o preparo de peixes.

Robalo com crosta de pistache

Para 2 pessoas, compre 600 gr. de filé de robalo. Para o tempero, basta sal, limão e pimenta do reino branca. Vai precisar de azeite extra virgem. Para a crosta, conte 20 pistaches.

Seque bem o peixe e tempere-o com uma misturinha de sal e pimenta – 1 colherinha de café é suficiente – mais 1 colher de sobremesa de suco de limão tahiti. Espalhe igualmente por toda a superfície e deixe pegando tempero por meia hora.

Deixe os pistaches de molho na água para facilitar a retirada da casca e do excesso de sal.

Pré-aqueça o forno a 200 graus. Aqueça a frigideira, deite 1 colher de sopa de azeite e sele os filés dos dois lados, com cuidado.  Use uma espátula para não quebrar os filés. Se começar a agarrar, coloque mais azeite. Antes que comecem a corar, transfira-os para uma assadeira untada com azeite e leve ao forno por 15 minutos. A selagem é feita para evitar que o peixe dê água, fique borrachudo, custe a cozinhar e a dourar.

Dica: se você não tiver alergia a glúten, pode passar o filé na farinha de trigo antes de levá-lo à frigideira mas, atenção: o filé precisa estar bem seco e a camada de farinha tem que ser bem fina. Para isto, depois de empaná-lo, dê uns tapinhas para tirar o excesso da farinha. Isto é bom para o peixe não quebrar, se o filé for muito fino.

Enquanto isto, descasque os pistaches e pique-os grosseiramente. Coloque-os sobre os filés, ainda dentro do forno, assim que começar a corar, para que dourem juntos.

Para acompanhar o peixe, sugerimos um purê de banana da terra. Aguarde a próxima receita!

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Peixe fresco com cogumelos, tomates e alcaparras

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Sabe quando estamos com muito pouco tempo para cozinhar e além da vontade de querer saborear um prato bem gostoso ainda desejamos uma bela apresentação? Esta receita é perfeita! Aqui usamos bacalhau fresco, encontrado com facilidade nos supermercados de Bruxelas e do norte da Europa. Porém, você pode fazer a mesma receita com filé de peixe tipo robalo, linguado ou tilápia, peixes comuns no Brasil.

Bacalhau assado com cogumelos, alcaparras e tomates cereja

Para 2 pessoas, compre uma posta de bacalhau com 400 gr. Compre também cogumelos frescos tipo champignon de Paris, tomates cereja e alcaparras. Separe, por pessoa: de 3 a 4 cogumelos, 6 tomatinhos, 1 colher de sopa cheia de alcaparras, sal, limão, 1 colher de salsinha e cebolinha picadinhas e azeite. Tempere o peixe espalhando em sua superfície uma camada bem fina de sal. Se gostar, salpique gotas de limão. Deixe por 10 a 15 minutos.

Pode usar bacalhau seco, mas tem de estar bem dessalgado. Veja aqui dica de como prepara-lo. Neste caso, não use tempero.

Enquanto o peixe pega tempero, corte os cogumelos em fatias finas. Tome uma assadeira ou forma refratária. Espalhe uma fina camada de azeite no fundo, coloque a posta ou o filé de peixe no meio e os cogumelos em volta. Regue com o azeite. Leve ao forno a 180 graus por 15 minutos ou o suficiente para o peixe ficar macio.

Se estiver usando o bacalhau, retire-o da forma e desfolhe-o, retirando a cartilagem branca e os ossos, se ainda tiver. Volte com o bacalhau para a assadeira entremeando-o com os tomates e as ervas já misturadas ao azeite.

Se for filé de peixe, vire-o para o outro lado, deixe-o inteiro e coloque os tomatinhos por cima.

Espalhe as alcaparras por cima e salpique o azeite misturado com as ervas. Leve ao forno novamente, a conta de amaciar os tomates.

Sirva acompanhado de arroz branco ou arroz de brócolis, com  batatas douradas ou  suflê de espinafre. 

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Salmão com risotto siciliano

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Havia algum tempo que eu andava afastada do salmão, sem nenhuma vontade de comer este peixe das águas frias do litoral do Pacífico, hoje de consumo tão popular no nosso país. Das últimas vezes que pedi salmão em restaurantes aqui no Brasil, o sabor não me agradou e já estava quase concordando com os argumentos de certas pessoas que detestam salmão. Mas resolvi ensinar a preparar salmão em uma das minhas aulas de culinária e aí o compromisso de fazê-lo bem feito ficou sério. Fui então ao Mercado Central e lá comprei um peixe inteiro bem bonito, com cara de fresco ( bem, na verdade, descongelado, pois moro em Belo Horizonte, a quilômetros de um mar ou rio de água fria). Na aula, preparei um Salmão à Belle Meunière ( para ver a receita neste blog clique aqui) com 2/3 do peixe.  As alunas adoraram! Guardei o restante para fazer no domingo para a família. Fiz um salmão assado ao mel e mostarda acompanhado de risotto ao limão siciliano. Ficou delicioso, merecendo ser colocado nesta seção Gourmet, embora o preparo seja bastante fácil. Mesmo que você não tenha muita experiência em cozinha, pode arriscar-se a prepará-lo para os seus convidados, pois estou certa de que fará sucesso!

Salmão crocante ao mel e mostarda

Preparo do peixe:

Compre, de véspera, um peixe inteiro e peça para limpá-lo bem, raspando a pele e cortando-o ao meio no sentido horizontal, retirando a espinha. Pode deixar a cabeça e a ponta do rabo na peixaria e levar para casa o peixe já aberto. Prepare, em uma bacia, uma salmoura, usando, para cada quilo de peixe, 1 colher de sobremesa de sal, suco de 1/4 de limão siciliano, 1 colher de sobremesa de vinagre de vinho branco e 1 xícara de café de espumante rosé (pode ser vinho branco, se não tiver). Passe o peixe pelo lado da pele na salmoura e depois assente-o, pelo lado da carne, sobre a salmoura. Tampe a bacia com um plástico grosso e leve-o à geladeira de um dia para o outro.

Meia hora antes de servir o almoço ou jantar, ligue o forno a 250 graus. Unte uma assadeira com óleo e coloque o peixe com a pele para baixo. Leve ao forno até que o peixe fique corado ( dependendo do forno, pode levar de 20 a 30 minutos). Teste com um garfo se a carne está macia. Tire o peixe do forno e coloque-o tampado em um local fechado.

Preparo do molho:

Separe, para cada quilo de peixe, 1 colher de sobremesa de manteiga, a mesma quantidade de mel e uma colher de café de mostarda de Dijon em grãos. Quando o peixe dourar, tome uma frigideira e derreta a manteiga no fogo médio. Junte o mel e depois a mostarda. Misture bem e pincele sobre o peixe ainda quente. Volte ao forno por 3 minutos só para tostar.

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Risotto ao limão siciliano

Primeiro, antes de colocar o salmão no forno, prepare um bom caldo de legumes. Ponha para cozinhar em 1,5 lt. de água: 1 cenoura, 2 caules de aipo (ou salsão), 1 cebola, 1 cabeça de alho, 1 buquê de salsa e cebolinha, 1 xícara de café de repolho cortadinho. Deixe fervendo.

Assim que colocar o salmão no forno, inicie o preparo do arroz.

Para 6 pessoas você irá precisar de: 2 xícaras de chá de arroz carnaroli ou arbóreo, 1/2 xícara de café de azeite, 1 xícara de café de cebola ralada, 1 xícara de chá de espumante brut ( pode ser vinho branco), 1 limão siciliano, 1 colher de café de sal com alho, 1 colher de sobremesa de sal, 100 gr. ou 1 xícara de café de queijo pecorino ralado grosso.

Passe o limão no ralador e reserve as raspinhas.

Tome uma panela média, coloque metade do azeite e frite a cebola até começar a dourar. Frite o sal com alho, acrescente o restante do azeite e depois o arroz. Mexa com uma colher de pau. Quando o arroz mudar de cor (fica translúcido), junte o espumante e deixe que o álcool evapore. A esta altura, coe o caldo de legumes. Acrescente-o ao arroz até cobri-lo. Abaixe o fogo. Mexa, de tanto em tanto, para que não agarre no fundo da panela e vá acrescentando o caldo quente até verificar que o arroz está começando a amolecer. Acrescente então o suco de 1 limão siciliano. Tempere com sal, um pouquinho de pimenta do reino branco e um tico de açafrão. Prove o tempero. Deixe que a água do arroz diminua até que os grãos fiquem de al dente para menos e comecem a formar uma pasta. Neste ponto, ainda com o arroz molhado, jogue o queijo e dê a última misturada.Desligue e tampe a panela. Se não for servir imediatamente, deixe o arroz ainda com algum caldo, que irá secar sozinho. Ao servir, salpique as raspinhas do limão.

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O Tucunaré de Marabá

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A blogueira filha me ligou do mercado de Marabá dizendo que iria trazer um tucunaré de avião! Marabá, é uma cidade no estado do Pará, situada na confluência de dois dos grandes rios da Amazônia, o Tocantins e o Itacaiunase e é famosa pela sua culinária. Pensei: ai meu deus, deve ser um daqueles peixes enormes da Amazônia! Nem vai caber no meu freezer (que é pequeno). Ainda bem que, esta semana, ela chegou com um peixe pequeno, um filhote! Trouxe também um maço de jambú, a tal folha que anestesia a língua.

Esperamos a outra filha, a casada, vir à nossa casa no final de semana, para prepararmos o peixe para o almoço de domingo. No sábado, temperei o peixe com sal e limão e o deixei na salmoura, amarrado dentro de um plástico, deixando-o passar a noite na geladeira. Quando for temperar um peixe, coloque em um pratinho sal e suco de limão, na proporção de 1 limão tahiti para cada colher de chá de sal. Misture e vá passando a mão nesta mistura e no peixe, espalhando o tempero por igual, em uma fina camada. No caso de peixe inteiro, passe o tempero por fora e por dentro.

Lá pelo meio-dia, fomos as três para a cozinha. O que fazer? Nunca havíamos preparado um tucunaré! Poderia ser feito na grelha, mas aqui em casa só tem a da churrasqueira e não tenho costume de fazer peixe assim. Em panela, não cabia! Pois então, vai para o forno! Forramos uma assadeira com papel alumínio e colocamos o peixe. Achamos que ficaria sem graça. A filha viajante, que havia comido tucunaré em Marabá contou-nos que o haviam servido recheado com farofa de camarão defumado, mas não tínhamos camarão deste jeito em casa. Bem, pensamos em aproveitar a barriga do peixe aberta para colocar algo dentro dele. Não sabíamos se o peixe teria ou não a carne seca, então decidimos colocar cebolas como recheio, pois amaciam e ajudam a cozinhar. Cortamos cebolas baby em quatro e colocamos o que coube dentro do peixe. Pré aquecemos o forno a 200 graus e colocarmos o peixe para assar. Sem papel alumínio por cima, pois queríamos a pele tostada.

Tinha ainda o jambú. A filha caçula havia comido o peixe em Marabá com arroz de jambú. Olhei para as folhinhas e achei que poderia dar certo fazer igual arroz de brócolis. Lavamos as folhinhas e as coloquei com um pouquinho de água no fogo baixo. Assim que a água secou, apaguei o fogo e tampei a panela. Abafando folhas elas ficam macias e conservam o verde. Bati metade da quantidade de folhas no liquidificador com um pouco de água. Fui fazer o arroz e na primeira água já coloquei uma quantidade de folha batida suficiente para colorir o arroz. Quando o dito cujo estava quase pronto, misturei algumas folhas, para ficar bonito. Com parcimônia, pois se exagerasse na quantidade de jambú sabia que ficaríamos com a língua adormecida.

E a farofa? Tivemos a ideia de fazer uma farofa de bananas. A banana da terra é perfeita para farofa mas aqui em Belo Horizonte só é achada no Mercado Central. Não dava tempo de ir buscar! Decidimos fazer a farofa com banana prata mesmo e escolhemos as madurinhas. Para 3 bananas, torrei 1 xícara de chá de farinha de mandioca e quando começou a ficar rosada, acrescentei 2 colheres de sobremesa de manteiga, uma colherinha de café de sal e misturei. Apaguei o fogo. Cortei a banana em rodelas. Em uma frigideira, fritei-as com 2 colheres de manteiga e no final, para dourá-las, polvilhei açúcar. Então juntei a farinha. Joguei por cima 1 colher de chá de salsinha picadinha. Misturei com cuidado para não partir as rodelas de banana. E o peixe?

Quarenta minutos de forno, o tempo certo de preparar o arroz e a farofa e eis que o peixe estava bem macio e com a pele tostadinha, perfeito! Servimos o tucunaré recheado com a farofa de banana, o arroz de jambú enformado, as cebolas ao lado e enfeitamos com tomatinhos. Ficou simplesmente delicioso! A família aplaudiu!

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Dica – Filé de peixe – grelhar, fritar ou assar?

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1- Se você tiver uma grelha, de churrasqueira ou elétrica, pode colocar o filé direto sobre a mesma. Assim que um lado corar, vire e core do outro lado.

2- Peixe é muito delicado para colocar sobre aquelas chapas de ferro que você põe sobre a trempe do fogão. Mesmo se untar com óleo costuma queimar.

3- Se quiser fritar o peixe numa frigideira, primeiro você tem que passar os dois lados do filé na farinha de trigo ou de pão para que o peixe não desmanche na fritura. Frite no óleo ou azeite e se, quiser, coloque manteiga só no final.

4 – Para assar, esquente o forno a 180 graus. Coloque o peixe na travessa refratária que vai servir, pois se colocar em uma assadeira o filé pode partir ao ser transportado para outro recipiente.  Passe azeite no fundo formando uma camada fina. Assente o peixe no meio da travessa e leve ao forno. O tempo de cozimento é de aproximadamente 20 minutos. Se o filé for alto, ou quiser apressar o cozimento, cubra com um papel alumínio; se começar a dar água, retire o papel alumínio e deixe corar ligeiramente.

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