Peixes e frutos do mar 

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Valeu a pena uma visita ao Mercado de Peixes de Rialto, em Veneza, para ter aqui no blog um catálogo para vocês consultarem quando tiverem dúvida sobre as diferenças entre diversos peixes e frutos do mar –  crustáceos, moluscos, lulas, polvos e outros – principalmente aqueles consumidos no sul da Europa, provenientes do mares Mediterrâneo, Adriático, Atlântico e mar do Norte. Muitos deles são exportados para o Brasil ou temos semelhantes.

Experimente receitas que temos aqui no blog de peixe, camarão e frutos do mar, como Risotto ai frutti di mare, Risotto de camarão com aspargos verdes, Camarão à pomme d’or, Escabeche de peixe, Filé de peixe à provençal.

Veja também Dicas:

1) filé de peixe: grelhar, fritar ou assar

2) como limpar frutos do mar. 

 

 

Mercado de Veneza

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Quem ama culinária não resiste a um passeio em mercados e feiras de alimentação. Ainda mais quando se trata do milenar e famoso Mercado de Rialto, em Veneza. Querendo tirar do centro histórico o odor de peixe e a desordem natural de um mercado, a prefeitura local baixou uma lei transferindo o mercado para longe. Pois feirantes, fregueses e turistas se revoltaram e o mercado continua no mesmo lugar. Tem até um cartaz com o leão símbolo da cidade: “Rialto não se toca”.

Dei uma passada geral pelas bancas e minha boca encheu d’água imaginando o que poderia fazer com aqueles ingredientes da melhor qualidade. Aqui no blog temos mais de quarenta receitas tendo o tomate como elemento principal. Experimente algumas, como molho de tomates com manjericão para pastas, creme de tomates e brusquettas.

 

As bancas de peixe são um caso à parte. Veja os nomes e compare com os do Brasil ( sai amanhã no blog).

Depois de comprar guloseimas para a viagem como frutas desidratadas e castanhas, fui encontrar com as amigas na Piazza San Marco para um fim de tarde inesquecível!

Spritz- o famoso coquetel de Bari

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Há viagens que trazem surpresas agradáveis – esta tem tido várias. Uma delas foi a surpreendente Alberobello, com sua arquitetura inusitada. Pois eis que, no mesmo dia, me encanto com Bari, porto do Adriático ao sul da Itália. Recordou-me a Copacabana sossegada dos anos 1960/80, no Rio de Janeiro, onde passava férias na minha infância e adolescência. Que lugar lindo! Tarde gostosa a admirar o mar e as pequenas embarcações no porto, sentindo o calorzinho do sol na pele, observando os aposentados a jogar damas nas calçadas, as crianças a brincarem com seus cães – a vida escorrendo plácida, suave, alegre e despreocupada, sem medo da violência urbana das metrópolis de hoje. Que delícia!

Fomos passear na parte velha da cidade. Adorei andar pelas ruazinhas simpáticas – o retrato da Itália meridional, com as roupas dependuradas nas sacadas e a vidinha sem pressa do sul. Resolvemos comemorar a vida e a amizade no barzinho mais conhecido do pedaço. Fomos atendidas por uma mulher grandona, vestida à marinheira, tatuada, muito estranha mas super simpática. Pedimos o famoso coquetel Spritz. Colorido, vibrante, cor de laranja. Caiu bem no fim de tarde a apreciar a beleza do céu de um azul profundo com nuvens rajadas de laranja e rosa forte. Perfeito!

Perguntei sobre os ingredientes do tal coquetel, a mulher deu de ombros. Então procurei a proprietária do estabelecimento, dei-lhe o cartão verdinho do Sal&Alho  e apresentei-me como blogueira. Sob os olhares de profundo e magoado ciúme da garçonete grandalhona, a senhora passou-me a receita, passo-a-passo, como gosto. Porém, disse-me que não poderia me dizer qual marca de bebidas usava ( já mostrou as porções servidas) pois era o segredo da casa. Não insisti, mas dei uma voltinha e vi-as na prateleira. Depois, fui ao supermercado, procurei e comprei-as. Adquiri também os demais ingredientes. Pronto! Agora posso fazer quantos coquetéis  quiser, pela décima parte do preço cobrado no bar!

 

Vejam aqui a receita:

Coquetel Spritz

Para cada pessoa, misture na coqueteleira 3 partes de um bom Prosecco italiano ( 150 ml), 2 partes de Aperol Spritz ( a melhor é da marca Cinzano) e 1 parte de soda ( 50 ml). Bata e coloque em uma taça larga e alta. Junte de 4 a 6 cubos de gelo e enfeite com uma fatia de laranja e metade de um morango. Delicioso para se tomar em um fim de tarde como aperitivo.

A ida ao supermercado gourmet foi  um problema grave. Eu queria comprar tudo! Pensei seriamente em abandonar a viagem, alugar um apartamento à beira-mar e passar uma semana experimentando receitinhas novas com aqueles ingredientes fantásticos! Como, à tempo, cai na real e percebi que não era possível, ao menos comprei comidinhas de aperitivo e lanche para o resto da viagem. Segui passando bem por mais 10 dias! Pena que acabou…

Reparem se não dá água na boca:

 

 

 

 

 

Alberobello – frutos do mar

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Apaixonei-me por esta cidadezinha da província da Puglia, no extremo sul da Itália. Fica a uma hora ao sul de Bari – porto do mar Adriático – bem no início do “salto da bota” do território italiano. Pense em um lugar lindo, simpático e acolhedor e ainda totalmente diferente de tudo o que já se viu neste mundo – pois é lá! O pitoresco é que, além de ser uma cidade tombada pela Unesco por ter uma arquitetura única no mundo, conserva impecáveis as casinhas chamadas de “trullo” (uma só) ou “trulli ” ( plural) , cuja origem vem do século 15. A maioria delas ( embora reformadas) têm entre trezentos e seiscentos anos, imagine! São construções circulares com um teto piramidal feito com pedra calcária da região. Muitas ainda são casas particulares, mas há lojinhas de artesanato  e barzinhos.

Almocei em um restaurante lindo, destes de comida autoral, fantástica. Tentei tirar fotos do cardápio mas o gerente percebeu e colou em mim, que pena, daria tantas boas ideias para o blog…Assim, consegui apenas tirar uma foto do mural e do meu próprio prato.

 

Calamares da Costa Amalfitana

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Costa Amalfitana – este pedacinho encantador do mundo, na costa Mediterrânea ao sul da Itália, merece uma estada de pelo menos uma semana curtindo a bela paisagem – tanto do mar azul profundo quanto das encostas cobertas de parreirais, limoeiros, laranjeiras, tomateiros, figueiras nativas e muitas flores.

As cidadezinhas são alegres e aconchegantes, cheias de gente bonita, restaurantes, bares e lojinhas de artesanato.

A especialidade são os frutos do mar e os sorvetes- estes de todos os sabores e cores, divinos!

 

 

Limoncello de Capri

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Já contamos uma história sobre Capri neste blog quando postamos a receita da Salada Caprese. Agora estamos aqui para novas experiências gastronômicas, ao vivo e em cores – dizem ser a cor do mar em torno da ilha de Capri a mais linda do mundo. Frutos do mar é que não faltam e que sabor!  Porém, diante do delicioso perfume de flores e de limão siciliano que senti ao caminhar a pé pela bela encosta, escolhi para vocês outra receita, exclusiva do sul da Itália.

Para começar, em San Michele, na parte mais alta da ilha, tem uma loja linda que cheira a limão, chocolate e flores. Degustei o licor Limoncello geladinho, feito artesanalmente com o limão siciliano e ainda todas as delicias da loja. Vejam algumas fotos:

Receita do Limoncello 

Veja o tamanho dos limões sicilianos comparado com o cartão Sal & Alho com 5×5 cm.

ingredientes: 8 limões sicilianos, 1 quilo de açúcar e 1 litro de água.

Tire somente a casca dos limões e coloque-as em infusão em álcool 95% dentro de um recipiente hermeticamente fechado. Guarde um um lugar escuro e espere 3 semanas. Prepare uma calda colocando 1 quilo de açúcar dentro de 1 litro de água quente. Espere a calda esfriar e misture bem a infusão de álcool com a calda e deixe repousar por mais uma semana. Filtre e coloque em uma garrafa com rolha. Deve-se servir bastante gelado ( ponha no congelador tomando cuidado para não virar gelo).

Além dos produtos feitos com limão e laranja, como o Limoncello, chocolates, doces, geleias, perfumes, sachês, sabonetinhos etc, a ilha tem um artesanato lindíssimo, onde se sobressai a cerâmica como motivos de limões e flores.

 

Torta de maçã Piemontesa

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Esta é a receita da torta de maçã tradicional da região do Piemonte, na Itália, que aprendi a fazer quando por lá estive, há dois anos. É fácil de fazer e bem leve. Ela é quase uma torta-bolo pois sua massa é preparada como um bolo e fica fofinha e leve. Na língua italiana não há a diferenciação entre os nomes torta e bolo, como temos aqui e como temos por exemplo em inglês ‘cake’ (para bolo) e ‘pie’ (para torta). Usando esta língua como meio-termo entre o português e o italiano, tentei então convencer os nativos de que existem as duas modalidades e são diferentes. O bolo tem uma massa fofinha e pode ser redondo, quadrado ou em formato de bolo inglês, retangular. E geralmente é formado por uma massa uniforme e única. A torta é (quase) obrigatoriamente redonda e usualmente tem duas ou três camadas: a base (de massa mais densa) o recheio cremoso, e por vezes uma cobertura. Como é o caso da torta de limão por exemplo. Mas não adianta e os italianos insistem: é tudo torta. Portanto, chamamos esta de….

Torta de maçã

Separe os ingredientes que irá precisar: 130 gr. de manteiga (veja na embalagem a medida), 190 gr. ou uma xícara de chá de açúcar, 3 ovos, 200 gr. ou 2 xícaras de chá da farinha de trigo, 3 colheres de sopa de leite morno, 2 colheres de chá de fermento. Escolha de 2 a 3 maçãs, dependendo do tamanho.

Vai precisar também de uma forma de bolo redonda daquelas de aro de abrir, com cerca de 24 cm. de diâmetro, de uma vasilha ( tipo bowl) de fundo arredondado para misturar a massa e uma espátula e/ou colher de pau.

Comece misturando, à mão, com a colher de pau, a manteiga (se estiver dura, amoleça-a no micro-ondas por 2 minutos) com o açúcar, depois junte os ovos inteiros, a farinha e o leite. Depois que a massa estiver lisinha, sem nenhum caroço, junte o fermento e bata com a espátula.

Pré aqueça o forno a 180 graus.

Descasque as maçãs e corte-as em pedaços ou fatias médias.

Unte a forma com um pouco de manteiga e despeje a massa. Nivele. Disponha por cima as maçãs, também conservando o mesmo nível. Deixe um espaço de dois dedos antes da borda sem maçã, pois a massa irá crescer e formar uma borda mais alta. Asse por cerca de 20 a 30 minutos ou até perceber que as maçãs douraram. Faça o teste do garfo ou palito – enfie na massa até em baixo, se sair limpo, a torta está assada. Importante: não abra o forno antes da torta corar.

Finalize pulverizando açúcar de confeiteiro e canela por cima.

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Salada piemontesa

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A Itália é conhecida pelas pastas, pizzas, salames e sorvetes, mas pouca gente se lembra das saladas. O italiano faz questão de preparar diariamente a sua salada fresquinha para o almoço, que acompanha a carne ou então é servida como último prato. Isto mesmo, diferente daqui, que vem primeiro. Sabe porquê? Nutricionistas confirmam: os ingredientes usuais da salada ajudam na digestão.

A região montanhosa do Piemonte, ao  noroeste da Itália produz frutas, como pêras, maçãs, pêssegos e kiwis; vinhos como o famoso Barolo; castanhas, como a nocciola (avelã) – a Nutella é de lá! – , chocolates (Ferrero Rocher e Gianduia); as famosas e caríssimas trufas, e ainda uma grande variedade de salames e queijos.

Tem uma salada que gosto muito e é muito fácil de preparar, que aprendi a fazer lá na região, onde leva o nome de salada de outono, pois é nesta  estação que se tem fartura de pêras e avelãs. Para fazê-la aqui temos que adaptar os ingredientes, então, em homenagem à sua origem vamos chamá-la de

Salada Piemonte

Escolha folhas verde escuras, a que vai melhor é a rúcula.  Lá na Itália tem um tipo de espinafre adocicado e tenro de folhas menores, que se come na salada, mas o daqui é amargo e não fica bom cru. Prefira a pera portuguesa, porque sendo mais firme é melhor para a salada. Na falta de avelã, usamos nozes e como queijo, escolha o de cabra, típico do Piemonte, que por lá é chamado de ‘Caprino’.

Monte em um prato, nesta ordem: folhas de rúcula, peras em  lascas, nozes em pedacinhos e cubinhos de  queijo de cabra. Está pronta! Prove e aprecie um sabor diferente, sofisticado e delicioso!

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